[FM 11] Cavalcanti Futebol Clube

[leopalmeiras]

bom acho que o mais importante agora, não é ja focar na serie B e sim focar no estadual(a equipe precisa de titulos, principalmente contra seus maiores rivais) e até se bobear fazer historia na copa do brasil, pois acredito que voce só pode fazer uma possivel reformulação completa depois do estadual, onde bastará contratar peças chaves, porem as deficiencias ja existem e hora de trabalhar

e ve se não perde do criciuma denovo :morrediabo:

[C_A. Rod]

bah.. o importante foi que subiu e o avaí começa a pensar em voar alto de novo

parabéns pelo acesso

[Nismo]

Parabéns pela promoção.

[Gourcuff]

Subiu bem e a final ficou em segundo plano. Foi uma derrota totalmente aceitável.

Vamos ver como estará a situação financeira do time pra Série B. Dinheiro o time tem, mas só falta o presidente liberar.

[Tsuru]

bom acho que o mais importante agora, não é ja focar na serie B e sim focar no estadual(a equipe precisa de titulos, principalmente contra seus maiores rivais) e até se bobear fazer historia na copa do brasil, pois acredito que voce só pode fazer uma possivel reformulação completa depois do estadual, onde bastará contratar peças chaves, porem as deficiencias ja existem e hora de trabalhar

e ve se não perde do criciuma denovo :morrediabo:

Eu discordo...o Estadual é importante sim, tem a coisa da rivalidade e tal, mas a principal competição é a Série B. É ela quem vai definir investimentos, interesse dos jogadores, reputação do clube, enfim, e a coisa varia muito se a gente subir para a Série A, cair para a C ou se mantiver na B. E não disputaremos a Copa do Brasil, que em SC só dá vaga ao campeão e ao vice do Estadual.

Por outro lado, já estou cansado de perder para o Criciúma, e espero dessa vez conquistar o título, mesmo não sendo o principal objetivo. :trolljump:

bah.. o importante foi que subiu e o avaí começa a pensar em voar alto de novo

parabéns pelo acesso

Sim, temos que olhar por esse lado...o mais importante era a Série B, e chegamos lá, agora é pensar nela. Valeu!

Parabéns pela promoção.

Obrigado! :dudeok:

Subiu bem e a final ficou em segundo plano. Foi uma derrota totalmente aceitável.

Vamos ver como estará a situação financeira do time pra Série B. Dinheiro o time tem, mas só falta o presidente liberar.

Não achei tão aceitável assim, mesmo com o Confiança tendo um bom time. De qualquer jeito, não adianta lamentar...vamos ver como estaremos de grana para poder pensar na Série B. :dudeok:

[Tsuru]

Um novo desafio

27/12/2016

Após o vice-campeonato da Série C, os jogadores do Avaí tiraram férias, e eu, por tabela, ganhei uma folga de quinze dias. Pretendia descansar em Caruaru antes de começar a pensar no ano que vem, e no planejamento do Avaí para o Estadual de 2017 e a Série B.

Porém, recebi um inesperado telefonema vindo do Paraguai e tive de mudar meus planos. Troquei a passagem de avião de Pernambuco por uma para Assunção, capital paraguaia, e lá, durante um almoço, foi colocada na mesa uma proposta excelente. Não só em termos financeiros, como de elenco, estrutura, títulos e projeção continental, ou seja, chances de disputar a Libertadores da América. Uma oferta irrecusável.

E foi assim que assumi o comando do Cerro Porteño, o clube mais popular do Paraguai e um dos maiores vencedores do campeonato do país, com 30 conquistas. Desde já, agradeço ao Avaí pela oportunidade e desejo toda a sorte ao Leão em seu processo de reconstrução. Tivemos uma parceria de sucesso e torço para que o clube continue colhendo os frutos nos próximos anos.

Enquanto isso, terei um desafio diferente pela frente. Assumi o Cerro no meio do Campeonato Paraguaio na vaga de Daniel Raschle, que deixou o clube para treinar o Paraguai (atual 6º colocado nas Eliminatórias para a Copa de 2018). O “El Ciclón”, como meu novo clube é conhecido, ocupa atualmente a terceira posição da competição, a três pontos do líder Guarani e um do arquirrival Olímpia. A missão será manter o bom trabalho de Raschle, garantir a vaga nas competições continentais e alcançar a primeira posição para ficar com o título.

O presidente do Cerro também foi claro em seus objetivos: a longo prazo, quer a conquista da Libertadores da América, título que não temos - ao contrário do Olímpia.

O Campeonato Paraguaio é formado por doze equipes, que se enfrentam em sistema de turno, returno e treturno. O campeão é o time que somar mais pontos, e o último colocado é rebaixado para a segunda divisão. Os dois primeiros colocados vão para a fase de grupos da Libertadores, e o terceiro, para a pré-Libertadores. Além disso, os três primeiros da tabela se garantem na Copa Sul-Americana.

A competição é disputada entre os meses de agosto e maio, com uma pré-temporada em julho (ou até junho, dependendo da programação de cada clube) e início de agosto. Mesmo com todos os problemas do país, o Paraguai consegue ter um campeonato nacional com um calendário mais honesto e estruturado que o do Brasil. Prova de que ainda temos muito a evoluir em termos de futebol.

Na década de 2000, três times disputaram a hegemonia do Campeonato Paraguaio: Cerro Porteño, Olímpia e Libertad. Nos últimos anos, o Libertad perdeu espaço para Guarani e Nacional, que passaram a brigar por títulos e ser presença constante na Libertadores e Sul-Americana.

Encontrei um clube em boas condições financeiras, embora com os salários no limite – nada que um pequeno ajuste não resolva. A equipe técnica, porém, é pequena, e deverá ganhar reforços após o fim do campeonato. Já a estrutura do clube é muito boa, com destaque para o estádio General Pablo Rojas, apelidado de “La Olla” (“a panela”, ou, como eu prefiro, “o caldeirão”), com capacidade para 28 mil espectadores.

O elenco é bastante grande, com muitos jogadores versáteis e capazes de atuar em mais de uma posição. Essa versatilidade é excelente para o Campeonato Paraguaio, uma vez que a regra das substituições é diferente do restante da América do Sul: apenas cinco jogadores podem ficar no banco em cada partida do campeonato nacional, ao contrário de sete. Por outro lado, não há limite de estrangeiros nas equipes.

Segundo o relatório do meu adjunto, precisamos de reforços para o meio campo, e já estou buscando alguns nomes. Ainda de acordo com ele, o grande destaque do time é o atacante brasileiro Thiaguinho, emprestado pelo Emelec, do Equador.

Por falar em atacantes, logo após chegar ao clube eu soube que o craque paraguaio Oscar Cardozo, por muito tempo titular da seleção do país, havia sido dispensado do Benfica, de Portugal, e estava sem clube. Chamei-o para uma conversa, negociamos e acertamos a vinda dele para o Cerro. Sem dúvida, um excelente reforço para a sequência do Campeonato Paraguaio.

Sequência que promete ser muito difícil: logo na minha estreia receberemos o líder Guarani, em seguida enfrentamos o Libertad fora de casa, e no caminho ainda visitaremos o Olímpia. Por isso, a ideia é manter o trabalho tático de Raschle, sem muitas mudanças, ao menos por enquanto. Em breve explicarei melhor como pretendo armar a equipe.

Obrigado a todos e até a próxima!

Raimundo Cavalcanti

[Nismo]

Boa sorte em terras paraguaias.

[C_A. Rod]

uia

mudou bem de ares e com certeza foi pra melhor

sorte no cerro tsuru

[Matheus Bruno.]

Boa sorte nesse novo desafio! :awesome:

[Tsuru]

Boa sorte em terras paraguaias.

Obrigado!

uia

mudou bem de ares e com certeza foi pra melhor

sorte no cerro tsuru

Também tenho certeza que foi. Se a diretoria do Avaí não fosse tão tacanha, de repente eu teria considerado ficar. Mas, com as coisas como estavam e a proposta excelente do Cerro, não pensei duas vezes. Obrigado Caio!

Boa sorte nesse novo desafio! :awesome:

Valeu! :dudeok:

[Ichthus]

Fora do Brasil? :(

Volta depois, né? ;)

Boa sorte nesse turismo aí! :lol:

[Tsuru]

Fora do Brasil? :(

Volta depois, né? ;)

Boa sorte nesse turismo aí! :lol:

Hahahahaha...quem sabe...tudo depende do mercado e como estiver a situação aqui no Paraguai. Mas a ideia é voltar pro Brasil sim, embora eu não tenha pressa.

Obrigado! :dudeok:

[Victor Braz]

Deixou o time bem e pegou um bom time até, tradição.

[guilhermesilveira]

Li tudo (29 páginas tem que ter disposição) e vi que tem talento. Boa sorte aí!

Ah, cuidado pra não te oferecerem drogas ou entrar na máfia da falsificação! hehe

[Gourcuff]

Curti pra caramba a mudança. Cardozo será o nome da equipe.

[Tsuru]

Deixou o time bem e pegou um bom time até, tradição.

Tb gostei da mudanca...valeu victor!

Li tudo (29 páginas tem aque ter disposição) e vi que tem talento. Boa sorte aí!

Ah, cuidado pra não te oferecerem drogas ou entrar na máfia da falsificação! hehe

Que bom que esta gostando, obrigado pelos elogios!

Deixa comigo, a unica droga que verei pela frente sao os times rivais :lol:

Curti pra caramba a mudança. Cardozo será o nome da equipe.

Tambei gostei mt, renato, o bom trabalho no avai rendeu frutos. E tb tenho certeza q o cardozo fara a diferenca :dudeok:

[Tsuru]

Em busca da regularidade

26/02/2017

Meus primeiros dois meses no comando do Cerro Porteño foram bastante instáveis. Mesmo mantendo o esquema tático do técnico anterior e evitando contratações em excesso, o time e se mostrou muito irregular, prejudicando a caminhada rumo ao título do Campeonato Paraguaio. Para piorar, sofremos demais com lesões e suspensões por cartões amarelos, e não me lembro de ter conseguido repetir a mesma escalação por dois jogos seguidos.

Fizemos três contratações, todas para o meio campo: os meias Quintanilla, Muñoz e Freitas. Junto com Cardozo, eles devem ser os últimos reforços do Cerro para a temporada. Por outro lado, vendemos e emprestamos vários jogadores, já que o elenco estava inchado e era necessário aliviar a folha salarial. O resultado foi o equilíbrio do caixa, com o balanço passando a fechar (quase) sempre no azul. A lamentar, porém, tivemos a venda do meia Bryan, titular absoluto, para o Vasco, que ativou a cláusula de rescisão.

Já nossa formação tem sido um 4-4-2 inglês, com o qual não estou satisfeito. Nossa defesa anda sofrendo gols demais e as bolas não têm chegado aos atacantes. Talvez um dos motivos seja que praticamente todas as equipes paraguaias jogam no 4-4-2 com duas linhas de quatro, o que “encaixa” a marcação. Assim, mudanças devem acontecer em breve.

Em minha estreia fizemos um excelente jogo contra o líder Guaraní no La Olla, mas a pontaria estava péssima, principalmente de Thiaguinho – que anda em uma fase terrível, jogando mal e sem conseguir balançar as redes. De pênalti, Cardozo abriu o placar no segundo tempo, marcando seu primeiro gol pelo Cerro, mas os visitantes empataram pouco depois. Seguimos pressionando até o fim, e vencemos graças a um gol de cabeça do zagueiro Chará, já nos acréscimos, em falta cobrada por...Cardozo. O veterano chegou mostrando que pode mesmo fazer a diferença.

Em seguida visitamos o Libertad, então 6º colocado, mas que sempre é um adversário muito perigoso. A partida foi muito equilibrada, e depois de sairmos na frente com Mohozzo, não conseguimos segurar a pressão dos donos da casa e cedemos o empate. De qualquer jeito, não foi um mau resultado.

De volta ao La Olla na rodada seguinte, atropelamos o Sol de América por 4 a 1, com destaque para os três belos gols marcados por Matías Jones – que substituiu Thiaguinho, suspenso, e começou a chamar minha atenção. Achei que agora a equipe embalaria.

Mas estava enganado. Enfrentando o General Caballero, que ainda sonha com a Libertadores, jogamos melhor, pressionamos o tempo inteiro, mas de novo a pontaria estava péssima – com mais um destaque negativo para Thiaguinho – e nem quando eles tiveram um jogador expulso conseguimos balançar as redes. Pior: em um erro bobo da zaga, ainda sofremos o gol da derrota. Uma tarde para esquecer.

O time pareceu sentir a derrota e jogou muito mal contra o Sport Colombia, na cidade de Fernando de La Mora. Por pouco não sofremos uma derrota, e pelo pouco futebol apresentado, valeu o empate sem gols fora de casa.

Ainda fora de casa, disputamos o clássico nacional contra o Olimpia no Defensores del Chaco. O duelo costuma ser muito equilibrado, e dessa vez não foi diferente, com ligeira vantagem para o rival. No fim, valeu o empate, embora uma vitória em um confronto direto nos teria deixado em situação muito melhor na briga pelo título.

Fechando o mês de fevereiro, recebemos o lanterna 12 de Octubre no La Olla. Dessa vez preferi poupar Thiaguinho, e lancei Matías Jones entre os titulares. Jogamos bem e vencemos com tranquilidade, com direito a um golaço de Jones em uma bela arrancada no fim do jogo.

Nossa irregularidade nos manteve em terceiro lugar na tabela, ainda a três pontos do Guaraní, mas agora também a três do Olimpia (a diferença para o arquirrival era de apenas um ponto antes do início do bimestre).

No próximo bimestre enfrentaremos o Guaraní, podendo tirar a diferença que nos separa deles, mas não jogamos mais com o Olimpia. Assim, temos de torcer por um tropeço do nosso arquirrival e precisaremos vencer o líder fora de casa, naquela que pode ser uma verdadeira final de campeonato.

E, claro, não podemos tropeçar mais na reta final para não depender de uma complicada combinação de resultados.

Um grande abraço a todos e até a próxima!

Raimundo Cavalcanti

[Gourcuff]

Acho que pode conseguir mais. Os jogos após o confronto frente ao Sol de América não foram nada bons, mas só três pontos separam seu Cerro dos líderes e ainda conta com um confronto direto.

Vai que dá.

[leopalmeiras]

complicou, mas acho que dá para chegar

contrata um brasileiro de futebol original e tira esses paraguaios falsificados :yeeeaaahhh:

porem o thiaguinho é o pior e é brasileiro né :okay:

[Augusto.Zimmer]

voltando a acompanhar...

o começo de trabalho foi complicado, mas pra quem treinava o avaí, foi um grande avanço e uma nova ótima experiencia rss

[Henrique M.]

Está com uma situação complicada, depender das pernas dos outros às vezes é complicado.

[Tsuru]

Acho que pode conseguir mais. Os jogos após o confronto frente ao Sol de América não foram nada bons, mas só três pontos separam seu Cerro dos líderes e ainda conta com um confronto direto.

Vai que dá.

Também acho, não estou satisfeito com o rendimento do time. Agora vamos ter que correr atrás do prejuízo, mas o título é perfeitamente possível!

complicou, mas acho que dá para chegar

contrata um brasileiro de futebol original e tira esses paraguaios falsificados :yeeeaaahhh:

porem o thiaguinho é o pior e é brasileiro né :okay:

Hahahahahahaha...o único brasileiro e craque do time não tá jogando nada. Mas ainda dá pra chegar sim, vamos que vamos!

voltando a acompanhar...

o começo de trabalho foi complicado, mas pra quem treinava o avaí, foi um grande avanço e uma nova ótima experiencia rss

Opa, bem-vindo de volta! :lol:

Tivemos um começo difícil mesmo, até pela chegada ao clube no meio do campeonato, mas seguimos na briga pelo título. A experiência tem sido boa mesmo, além do Cerro ser muito legal, é a primeira vez no save que treino um time favorito na maioria dos jogos que disputa :dudeok:

Está com uma situação complicada, depender das pernas dos outros às vezes é complicado.

Pois é, não é fácil. Temos que fazer a nossa parte e "secar" o Olímpia pra sermos campeões.

[Tsuru]

Nos últimos dias faltou tempo pra atualizar, mas hoje tem post. Até lá!

[Ichthus]

:specool:

[Tsuru]

O Dia do Ciclone

21/05/2017

Como técnico profissional, meu dever é trabalhar bem por cada clube que passo, esteja ele na divisão ou na situação que estiver. Mas é inegável que, ao longo da carreira, nos identificamos mais com alguns que com outros – e assim tem sido com o Cerro Porteño.

Desde que cheguei, fiquei impressionado com a força da torcida, a raça do time e o peso que a camisa azul e vermelha tem no Paraguai. Isso, somado à forma como a equipe atua em casa e o jeito como parte para cima dos rivais, definem muito bem o apelido “Ciclone”.

E, depois de um início instável, o Ciclone ganhou força e chegou de vez na disputa do título. Achamos a formação ideal – o 4-1-2-1-2 –, superamos a falta de vários jogadores por lesões e suspensões (a violência do Campeonato Paraguaio é bastante alta, com muitos cartões amarelos e vermelhos), e com Cardozo, Jones e Monzillo jogando o que sabem, tudo ficou mais fácil.

Ainda no 4-4-2 inglês, começamos o mês de março visitando o Sportivo Luqueño. Desisti de vez de Thiaguinho, que realmente está muito mal, e promovi Jones a titular. E foi dele o primeiro gol. Chará, de cabeça, completou o placar após escanteio. Não foi um grande jogo, mas vencemos bem fora de casa.

De volta ao La Olla, tentei um 4-5-1 contra o bom time do Rubio Ñu, mas não funcionou. Após abrir o placar com Monzillo, “sentamos” demais em cima da vantagem, erramos passes demais e acabamos cedendo o empate, em um jogo que eu considerava fundamental na briga pela taça.

O tropeço nos obrigava a vencer o Nacional no Arsenio Erico, no jogo seguinte, para não permitir que Guaraní e Olimpia abrissem boa vantagem na briga pela taça. Estreando nosso 4-1-2-1-2, Jones abriu o placar e Romano, contra, ampliou para nós, mas o Nacional diminuiu com Díaz. No minuto seguinte, porém, Jones fez mais um e nos deu ótima vantagem. Já no fim, o Nacional marcou o segundo após intensa “blitz”, mas conseguimos nos segurar e levamos os três pontos para casa.

Gostei do que vi em campo e decidi manter a formação para o jogo seguinte, contra o Sportivo Trinidense. Não tivemos pena do adversário, e em tarde inspirada de Cardozo (dois gols) e Jones, conseguimos uma ótima goleada por 4 a 0. Enquanto isso, o Olimpia e o Guaraní tropeçavam, o que nos garantiu subir para o segundo lugar, a três pontos do líder.

A partida seguinte era duríssima: mesmo em casa, o Libertad é um adversário complicado. Pressionávamos o jogo inteiro, atacávamos mais, mas os alvinegros conseguiram formar uma forte retranca e o gol não saía. Coube a Monzillo, em bela jogada individual, bater de longe e garantir a vitória por 1 a 0. Para ficar ainda melhor, o Olimpia venceu o Guaraní e assumimos a ponta pela primeira vez desde a minha chegada, empatados com os rivais em número de pontos mas levando vantagem no saldo de gols.

Na penúltima rodada o adversário foi o vice-lanterna Sol de América, que complicou (e muito) as coisas ao jogar em casa. Não conseguíamos encaixar os contra-ataques, sofríamos para segurar a pressão deles, mas brilhou a estrela de Cardozo, que aproveitou lançamento, cabeceou da meia-lua da área e encobriu o goleiro, fazendo o gol da vitória.

Assim, bastava um empate contra o Guaraní, na última rodada, para garantir o sonhado título de campeão paraguaio, além da vaga na fase de grupos da Libertadores e a participação na Sul-Americana. Uma verdadeira final de campeonato, e na casa do adversário...tinha tudo para ser um jogo dramático. Para piorar, não tínhamos Jones, suspenso, e escalei Thiaguinho. Era a chance dele, e tinha de aproveitá-la.

Como era de se esperar, o estádio Rogelio Lorenzo Livieres, casa do adversário, estava lotado, tendo maioria da torcida rival. Ainda no vestiário, disse aos jogadores para jogarem o que sabiam e brigar pelo título, independente do resultado, se empate ou vitória. Queríamos a taça e aquilo era a única coisa que realmente importava.

Segui o conselho do meu adjunto e armei o time em um 4-5-1, mas foi um desastre: logo aos 2 minutos o Guaraní abriu o placar com Jonathan, fazendo as arquibancadas explodirem. Sem alternativa, partimos para o ataque, mas a formação definitivamente não funcionava, e jogávamos mal.

No intervalo mudei as coisas, voltamos ao 4-1-2-1-2 e passamos a pressionar. Até que Thiaguinho fez o que se esperava dele durante todo o campeonato: deu ótima arrancada pela esquerda, invadiu a área e cruzou na medida para Muñoz bater rasteiro e fazer o gol de empate. O gol que nos dava o título!

O Guaraní se desesperou e passou a atacar com tudo, até mesmo com um homem a menos, e seguia levando perigo. Recuamos demais, demos muito campo, mas nos segurávamos como podíamos. No último minuto, em falha da nossa zaga, Jonathan recebeu dentro da área, acertou boa cabeçada, a bola caprichosamente bateu na trave...e a zaga afastou. Fim de jogo!

O CERRO PORTEÑO É CAMPEÃO PARAGUAIO!!!!

Só eu sei como fiquei feliz naquele momento. Todos viram, pelas fotos e vídeos, a alegria, as lágrimas no rosto, a euforia ao invadirmos o campo, fazermos a festa junto com a pequena torcida presente no estádio. E depois nas ruas, carregando a taça em carro aberto, diante de uma verdadeira multidão vestida de azul e vermelho.

E fico ainda mais feliz por ter contratado jogadores como Freitas, Muñoz e Cardozo, escalado Jones e Monzillo, enfim, apostado em atletas que fizeram a diferença na hora em que o time mais precisou. Só tenho que parabenizar os jogadores e à torcida, eles merecem mais do que ninguém.

E a vocês, meus fiéis leitores, tenho uma notícia em primeira mão: estou deixando o Cerro Porteño. Meu planejamento no Ciclone incluía a disputa da Libertadores e da Sul-Americana, mas recebi uma proposta irrecusável de um clube grande do Brasil e vou voltar para casa. Aceitei a oferta nas últimas rodadas do Campeonato Paraguaio, mas combinei que só sairia depois do encerramento da competição.

Agradeço aos jogadores e a torcida do Cerro, saio com a certeza do dever cumprido e muito feliz pelo título que ganhamos aqui. Que o próximo treinador conquiste o bicampeonato paraguaio e a tão sonhada Copa Libertadores.

Um grande abraço a todos e até a próxima!

Raimundo Cavalcanti