six_strings Postado 9 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 9 de Dezembro 2009 The Jack MeHoff Story “Içar a âncora” Deixem que me apresente, o meu nome é Jack MeHoff, tenho 37 anos e sou treinador de futebol. Pensando bem não podia nunca ter sido de outra forma o meu destino era esse e embora não acredite nisso, sinto-o como tal. Mas não é ainda altura de falar de mim, lá chegaremos, antes quero contar-vos como aqui cheguei. A minha história começou à mais de 230 anos, nas docas de Plymouth, quando o meu antepassado, mais precisamente o meu Nonavô entrou a bordo do Endeavor. Deixava para trás apenas a sua pequena casa à beira do porto, nada mais. Não tinha família, nem riquezas e a oportunidade de sair dali surgiu no momento em que já nada para ele fazia sentido. Três dias antes o seu grande e único amigo Jack MeHoff bateu-lhe à porta com a solução para os seus problemas, tinham ambos conseguido um lugar como marinheiros no novíssimo e imponente navio o “ENDEAVOR”, tripulado por um Jovem e ambicioso capitão de seu nome James Cook. O empreendimento era de sonho, e algo de surreal. O principal objectivo da expedição do Endeavor era a observação da pouco frequente passagem do planeta Vénus em frente à face do sol. Tal observação e medição dos acontecimentos seriam cruciais para a determinação da real distância entre a Terra e o Sol. Tal objectivo e relevância falhava à compreensão do meu Nonavô e do seu amigo Jack, para eles a oportunidade de saírem daquele lugar era o que lhes interessava, e como tal em Agosto de 1768 partiram a bordo do poderoso Endeavor para aquela que seria a aventura da vida deles e que para sempre marcaria o meu futuro. Âncora içada, velas desfraldadas partiam os dois amigos rumo ao Pacífico Sul, ao desconhecido. Peito cheio de esperança e vontade de recomeçar. Para o meu nonavô era como se nascesse uma segunda vez. Mal sabia que o faria de novo anos mais tarde… PEACE
Roman Postado 9 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 9 de Dezembro 2009 Gostei da introdução a história! Vou acompanhar, favoritado. :thumbsup: BS!
six_strings Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 Gostei da introdução a história! Vou acompanhar, favoritado. :thumbsup: BS! Obrigado pelo apoio. :specool:
Gourcuff Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 Vai começar na Inglaterra?! BS!
bks Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 BS! Save seu eu não perco :specool: Pelo jeito se rendeu a sua paixão pelas ligas inglesas!
LC² Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 SIX COME BACK TO FMANAGER!!! Grande introdução Gustavo, será um grande save, tenho certeza!!! BS!
six_strings Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 Vai começar na Inglaterra?! BS! Será?? Obrigado :specool: BS! Save seu eu não perco :specool: Pelo jeito se rendeu a sua paixão pelas ligas inglesas! Vamos ver. :rolleyes: Obrigado :specool: SIX COME BACK TO FMANAGER!!! Grande introdução Gustavo, será um grande save, tenho certeza!!! BS! Obrigado :specool: “O Miúdo Português” A vida a bordo do Endevour tornara-se rotineira para Jack e o meu Nonavô. Içar velas, baixar velas, lavar o convés, etc faziam de tudo um pouco. Fazia já 3 meses que tinham partido e a perspectiva de um novo começo começava a esbater-se. Teria sido esta a melhor opção a tomar? Os dias iam escorrendo até que de repente, na alvorada do centésimo primeiro dia, o navio foi acordado pelo grito “Terra à vista”. De repente como que por magia, emergiram no convés, quais coelhos a sair da toca, toda a tripulação. Aquelas palavras tinham algo de mágico e os semblantes pela primeira vez desde que partiram mostravam sorrisos bem abertos. Iam a pôr os pés em terra. O Capitão Cook deu então as ordens que todos esperavam. Vamos aportar, no RIO DE JANEIRO. Pôr os pés em terra pareceu estranho Jack e o meu Nonavô quase que não se equilibravam, era como aprender a andar de novo. À beira do cais alguns dos marinheiros a bordo do Endevour de origem italiana, mais especificamente de Florença, trocavam entre eles um novelo de pano que empurravam maioritariamente com os pés. Chamavam-lhe Calcio Fiorentino, e depressa chamaram a atenção de muita gente, mas em especial de um rapaz. Os seus olhos brilhavam a observar a mestria e a destreza com que aqueles homens bailavam passando aquela bola de pano entre eles. Ficámos doze dias aportados no Rio de Janeiro, a sensação da terra firme já tinha esmorecido e a ânsia de voltar a soltar amarras e içar as velas era mais do que evidente, e assim a notícia de que partiríamos ao final da tarde trouxe novamente o sorriso aos rostos da tripulação do Endeavor. Já prestes a partir, encostado à amurada do navio o meu Nonavô viu um dos marinheiros de Florença, Francesco Baggio, a falar com aquele miúdo que no primeiro dia nos havia observado com tanta atenção, e reparou que lhe oferecia a sua bola de pano. Nunca tinha observado tamanha alegria como a daquele miúdo com a bola de pano nas mãos. Quando subiu a bordo o meu Nonavô abordou o companheiro de Florença e perguntou porque ele havia oferecido a bola ao miúdo, ao que ele respondeu: “É um miúdo português, havias de ver a habilidade que ele tem, fez-me lembrar do meu filho Roberto, e nunca tinha jogado Cálcio Fiorentino. Ofereci-lhe a bola. Chama-se Ruben Arantes do Nascimento.” Aquele nome não mais voltaria a sair da cabeça do meu Nonavô. Voltou aos seu deveres, e lá partiu o Endeavor rumo ao Pacífico Sul. PEACE
Lucy Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 bem interessante a história acompanharei boa sorte!
Roman Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 História tomando um rumo futebolístico, parente de Pelé na área! Hehe
Suplemento Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 Boa sorte marinheiro! =]
bks Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 Já li até tu assumir o time. Essa ficção encaixou muito bem.
six_strings Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 bem interessante a história acompanharei boa sorte! Obrigado :specool: História tomando um rumo futebolístico, parente de Pelé na área! Hehe Pelé e não só.... Obrigado :specool: Boa sorte marinheiro! =] Obrigado :specool: Já li até tu assumir o time. Essa ficção encaixou muito bem. Andou a ler na tuga? Obrigado :specool:
six_strings Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 “O Mar Branco” Depois de termos saído do Brasil, seguimos para sul. A intenção do Capitão Cook era seguir a rota de Magalhães e passar o estreito para o outro lado do continente, para o gigante Pacífico. Contudo a curiosidade enorme do homem foi maior e decidiu continuar o rumo para sul. O Capitão já tinha ouvido falar da possibilidade da existência de uma grande terra de gelo e de facto essa possibilidade era cada vez mais provável na cabeça de todos nós, pois de dia para dia os dias e as noites eram cada vez mais frios e muitos começavam já a sentirem os seus efeitos. Ao trigésimo segundo dia após sairmos do Rio de Janeiro começámos a avistar grandes massa de gelo a flutuar. A visão era algo de espectacular, com a luz do sol a reflectir no gelo dando-lhe cores lindas como nunca tinha visto. De dia para dia era cada vez mais difícil serpentear entre os blocos de gelo, pelo que o Capitão achou que estaríamos muito perto de uma grande massa de gelo, e assim deu ordem para começar a ir para nordeste, circulando o gelo e ao mesmo tempo voltar a águas mais temperadas. O objectivo da expedição não podia ser posto em causa, o avanço científico era o mais importante e haveria tempo de lá tentar chegar. À medida que o barco ia mudando de rumo olhei para o horizonte, para aquele imenso mar branco que deixávamos para trás, e quase que jurava ter visto pessoas a acenar para nós, pequenos vultos negros. Contudo não disse nada a ninguém. Concentrei-me nas minhas tarefas, a perspectiva de voltarmos para um clima mais ameno já me preenchia o espírito. PEACE
baixinho Postado 10 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 10 de Dezembro 2009 Boa Sorte... Estou gostando da ficção, continua :specool:
Bigode. Postado 11 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 11 de Dezembro 2009 A história está muito boa. Boa sorte!
six_strings Postado 11 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 11 de Dezembro 2009 Boa Sorte... Estou gostando da ficção, continua :specool: Obrigado :specool: A história está muito boa. Boa sorte! Obrigado :specool:
Gourcuff Postado 11 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 11 de Dezembro 2009 Tá legal mesmo! E só as peças, Baggio, o parente do Pelé... xD
six_strings Postado 11 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 11 de Dezembro 2009 Tá legal mesmo! E só as peças, Baggio, o parente do Pelé... xD :rolleyes: Obrigado :specool:
LC² Postado 11 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 11 de Dezembro 2009 Está muito legal a sua história Six! Parentes futebolisticos... O Capitão Cook gosta de se aventurar em outros lugares hein, sai de Portugal, foi para um lugar de um clima predominantemente quente, e depois, se aventurou no frio, interessante... BS!
six_strings Postado 11 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 11 de Dezembro 2009 Está muito legal a sua história Six! Parentes futebolisticos... O Capitão Cook gosta de se aventurar em outros lugares hein, sai de Portugal, foi para um lugar de um clima predominantemente quente, e depois, se aventurou no frio, interessante... BS! Só uma pequena correcção meu amigo, ele saiu de Plymouth na Inglaterra, e parou no Brasil, depois seguiu para sul. Obrigado :specool:
six_strings Postado 11 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 11 de Dezembro 2009 “Sacrifício Supremo” As ilhas eram de uma grande beleza, praias de areia branca, mar azul a ver-se o fundo e uma vegetação colorida. O capitão procurava uma onde pudesse estabelecer a sua base de observação da Vénus em trânsito (era como ele chamava à passagem do ponto negro em frente do Sol. Fundeámos numa enseada de uma das maiores ilhas daquele vasto arquipélago e não tardou a que começassem a acorrer à praia os nativos daquela ilha. O primeiro encontro entre as duas culturas foi pacífico, mas muito tímido, como se ambos se estudassem, tentando aperceber-se das reais intenções dos outros. Este povo de tez escurecida, mas diferente dos povos de África chamava a si próprio Maori, que queria dizer normais, distinguindo-os dos seres especiais considerados Deuses. Os dias foram passando, e a convivência com este povo, foi-se tornando mais aberta e a confiança foi-se instalando. Comecei a frequentar com o meu amigo Jack a sua aldeia principal, onde vivia o grande chefe Ava Nui (Rio Grande). Foi lá que a conheci, a mais bela mulher que alguma vez poisei os olhos. Chamava-se Papatuanuku (Terra). Começámos a conversar, e a ver-nos regularmente ao final do dia, escondidos, pois Papa era a filha de Ava Nui, e era noiva prometida do seu chefe militar Karika. Karika um dia seguiu Papa e surpreendeu-nos quando nos preparávamos para dar o primeiro beijo. O que se passou a seguir foi tudo muito rápido e a num ápice a lança de Karika descia sobre mim, esquivei-me e puxei Papa para mim e corremos. Atrás de nós conseguíamos ouvir Karika a correr e gritar, chamando por reforços. Depressa fomos rodeados na praça central da aldeia e o fim aproximava-se. Sem lugar para fugir cerrei os punhos e preparei-me para me defender o melhor que conseguisse. De novo o braço de Karika se ergueu e a sua lança vou silvando, cortando o ar. Fechei os olhos e esperei, e esperei. Parecia uma eternidade, quando é que a lança me atingiria, não me atrevia a abrir os olhos. Contudo notei o silêncio que de repente se fez e atrevi-me a abrir os olhos, deitado no chão trespassado pela lança estava Jack. Os seus olhos muitos abertos fitavam-me chamando-me. A tremer ajoelhei-me e encostei o meu ouvido aos seus lábios e ouvi as suas últimas palavras: “Honra-me e não deixes que eu morra em vão.”. Pousei a mão no seu punhal e de um salto virei-me e cobri os dois metros que me separavam de Karika. Olhei para ele e a sua expressão era de espanto e balbuciava algo que me era incompreensível, a faca de Jack penetrara no estômago, fundo e implacável. Karika estava morto e eu condenado. PEACE
LC² Postado 12 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 12 de Dezembro 2009 Quis aprontar e se fudeu!!! :heh:
Roman Postado 12 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 12 de Dezembro 2009 Mas que safadeza. :nono: Da próxima vez encare a mulher dos outros como homem. Hehehehe Teria se safado dessa se fosse assim. (Só leve isso para a ficção, na vida real...)
six_strings Postado 12 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 12 de Dezembro 2009 Quis aprontar e se fudeu!!! :heh: É o amor. Obrigado :specool: Mas que safadeza. :nono: Da próxima vez encare a mulher dos outros como homem. Hehehehe Teria se safado dessa se fosse assim. (Só leve isso para a ficção, na vida real...) :rolleyes: Obrigado :specool:
Suplemento Postado 13 de Dezembro 2009 Denunciar Postado 13 de Dezembro 2009 O jogo nem começou e já tem pessoas morrendo, essa violência do mundo atual está impregnando até os Saves da LLM & Histórias hahahah =P
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