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Irina Kollontai: orgulho, preconceito e perseverança - Aguardando avaliação


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Postado

Ou seja, defesa de Betão, hehe.

  • 3 semanas atrás...
Postado

Antes de qualquer coisa gostaria de pedir desculpas pela falta de atualizações, mas é que estou em reta final de quadrimestre no meu mestrado e estou com várias coisas para fazer para estas próximas duas semanas. Os prints para a próxima atualização já estão em ordem, só falta mesmo o tempo pra escrever. Mas não abandonei o save, não. Logo mais atualizo. :)

Em 28/07/2023 em 13:47, Cadete213 disse:

Ou seja, defesa de Betão, hehe.

Pois é. Hahaha :)

 

  • 2 semanas atrás...
Postado
Spoiler

Pessoal, antes de mais nada, eu gostaria de pedir desculpas pela demora nas atualizações, mas a vida está meio corrida e eu estou cheio de trabalhos do meu mestrado para entregar até o final dessa semana. Aproveitei para me distrair um pouquinho das leituras e tudo mais para escrever a postagem agora, que é bem genérica porque só cheguei mesmo no começo de julho e salvei, sem mexer muito no elenco. Tirei os prints quando vi que demoraria além do esperado só para ter tudo à mão quando pudesse fazer a atualização. Que, como vocês verão, pretendo modificar um pouco o estilo para facilitar também pra mim já que é meio difícil criar um encadeamento minimamente aceitável para postar os diálogos e as suas relações com acontecimentos do jogo. A partir de terça eu fico mais liberado, porque tenho um último seminário para apresentar no dia pela manhã, e aí vou poder jogar um pouco a pré-temporada e dar sequência às atualizações com uma frequência mais aceitável - e também, claro, acompanhar as histórias dos colegas aqui do fórum que, confesso, estou devendo bastante. Mas logo já retorno! Um abraço a todos e muito obrigado por acompanharem a história até aqui, que estou me divertindo bastante jogando! :)

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T06: Capítulo 23 -  A sensação do momento
🌍 
Sede do Hauts Lyonnais, Pomeys - 1º de julho de 2027 | 10h

- Bom dia, pessoal. Eu convoquei essa reunião porque temos algumas coisas administrativas para tratarmos aqui e uma proposta muito interessante na mesa que gostaria de discutir com todos vocês, especialmente com a comissão técnica. - diz Titouan, presidente do clube
- Bom dia. Pois diga. - responde Irina.
- Em primeiro lugar eu gostaria de agradecer à nossa querida e amada lenda, Irina, que fez o inimaginável por aqui e sempre se dedicou ao máximo para que pudéssemos alcançar o que alcançamos hoje. Algo que, acredito, nenhum de nós jamais havia pensado em fazer tão cedo na história: disputar uma Ligue 1. São cinco anos de casa trazendo o time desde o National 3 até a principal divisão francesa é um feito, sem sombra de dúvidas, histórico que dificilmente será esquecido. E isso tudo passando por diversas descrenças externas que mostraram a resiliência da nossa russa preferida. Eu não tenho palavras para te agradecer, ma cherie. Então peço a todos uma salva de palmas para ela. - diz enquanto os demais começam a aplaudir.
- Não precisa disso, Tito. Estou fazendo apenas o meu trabalho e agradeço pela confiança de todos, sobretudo por possivelmente ter atrasado esta chegada à Ligue 1 em uma temporada por causa do meu doutorado, mais c'est la vie, como vocês dizem... Agora que chegamos teremos de fazer em dobro para mostrar que é aqui que pertencemos, então conto com o trabalho de todos aqui presentes para qualificarmos o elenco e nossas estruturas com o objetivo de trazer bons jogadores para nossa equipe.

 

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- Claro, Irina. Faremos tudo que estiver em nosso alcance para isso e estou certa de que você já começou a articular com a diretoria de futebol para reforçar o elenco, tanto que alguns jogadores já chegaram por aqui. E estou impressionado, aliás, com os lugares onde fomos buscar esses jogadores. Mercados muito inusitados, mas que parecem ter sua confiança.
- São inusitados porque nosso fluxo de caixa está baixo, mas quem chegou me pareceu bem pronto para disputar um campeonato forte como o nosso e, principalmente, capaz de se integrar bem ao nosso plantel. Até porque nosso futebol é coletivo desde que cheguei e é a forma mais adequada de se praticar o esporte. Deu certo até aqui e acredito que pode seguir dando certo além daqui. Não pretendo modificar muito o nosso esquema tático, que nos carregou com muito conforto ao longo dessa Ligue 2 e nos assegurou um título com certo conforto. Mas mais adiante eu comento um pouco mais detalhadamente sobre nosso plantel atual, porque estou curiosa para saber a respeito do que é essa proposta que temos na mesa. Só espero que não seja para você sair do clube, Tito...
- Não, não. Pode ficar tranquila, Irina. Eu recebi uma proposta de um pessoal das artes e audiovisuais em conjunto com o pessoal da educação física para realizarmos uma parceria com a Université Lumière-Lyon 2. Com isso, eles teriam dois grupos de pesquisa aqui no clube: um para gravar o dia-a-dia das nossas atividades e outro para ter o contato com as práticas esportivas e possivelmente ajudar na aplicação desde as captações juvenis até, eventualmente, no time principal caso a Irina aceite que eles trabalhem junto ao grupo de jogadores. No momento está tudo muito preliminar, apenas sondagens mas já decidi vir até aqui para comunicá-los e deixar todos cientes desta possibilidade. Até porque isso pode ser algo que vá impactar na estrutura do clube como um todo e, dessa forma, acho importante ouvir o retorno de todos sobre isso.
- Nossa, sério? Que legal! Acho que é importante demais isso. Será um atrativo para dar experiência de campo para os estudantes da universidade, permitir que possam conhecer o dia-a-dia de um clube, aprender a manusear e editar materiais de filmagens e coisas do gênero. Eu não teria problema algum com isso, inclusive acho que até do ponto de vista de marketing seria interessante. Mostraria que nosso clube tem um engajamento forte com a comunidade onde estamos. Caso queiram, eu fico à disposição para ajudar nas conversas e construir essa ponte entre os dois mundos, já que tive que fazer malabares entre eles. Hahahaha!
- Que ótimo, Irina. Então você está convidada para a reunião que farei mais tarde lá na universidade para detalharem melhor os procedimentos. É até bom porque você pode indicar melhor os limites da exposição do trabalho e tudo mais. Assim que terminarmos a reunião aqui, almoçamos e iremos para lá. Agora fique à vontade para fazer sua apresentação.

 

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- Agora eu estou muito animada com essa possibilidade, não sei nem o que havia preparado mais. Mas vamos lá. - disse enquanto fuçava no computador tentando colocar uma apresentação de PowerPoint para apresentar um pouco do elenco do clube.
- Ah, aqui. Bom, Acho que é importante começar este sexto ano à frente do comando técnico do clube fazendo uma apresentação sobre o plantel que temos atualmente, discutindo nossos pontos forças e fragilidades. Começaremos, então, pelo começo que é onde está uma de nossos maiores pontos fortes: o gol. Nosso titular absoluto é o Anthony, que é um goleiro de altíssima qualidade e que está conosco desde o National 2. Sempre teve atuações bastante regulares e fez boas intervenções em momentos de fragilidade que tivemos defensivamente. Seu reserva é o Nicolas, um jogador mais jovem que está aqui mais para compor o elenco do que qualquer outra coisa. Ele está ciente disso e não mostrou objeções. Na defesa temos alguns nomes interessantes e, pra mim, o destaque fica com Clément que é um bom zagueiro e bastante forte no jogo aéreo. Algo que temos pretensões de utilizar ao longo da temporada com as bolas paradas. O Cvetojević, por sua vez, tem uma boa impulsão e é, no geral, um zagueiro de bom porte físico capaz de segurar as pontas quando necessário. Tenho alta confiança em ambos. O Rayan, atuou no centro da zaga na última temporada e se mostrou bastante seguro na cobertura, apesar de ter algumas evidentes deficiências técnicas. Mas como nosso sistema é composto por três zagueiros, acho que esse porte físico dele é capaz de segurar razoavelmente bem ao longo desta temporada, embora esteja vendo ele perder a posição para um dos dois anteriores, já que trouxemos um lateral mais versátil, canhoto, que pode segurar bem na zaga, que é o David. Estou testando ele tanto pela ala esquerda quanto no lado esquerdo da zaga e ele tem correspondido bem em ambos, só que estou inclinada a deixá-lo na defesa por ser um jogador mais técnico e permitir uma melhor qualidade na saída de bola. Sobretudo porque o recém-chegado Zakaria tem se provado um bom candidato à titularidade pela ala esquerda, com boas atuações no setor. Então, Tito, não se preocupe porque o zambiano é bom de bola e inclusive tem um bom gosto musical. Dessa forma, com a rotação adequada, temos jogadores para cobrir adequadamente os dois setores. Já para o lado direito temos o Allan, que fez boa temporada na Ligue 2, e o Diatta, que é jovem e finalmente chegou depois da contratação dele. Parece muito promissor e uma boa alternativa para o setor.
- Tudo certo. E existe alguma possibilidade de reforços ou o setor está fechado?

 

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Milan Guendouzi (MD/M/MA C)
 

- Reforços sempre existe a possibilidade, porque somos claramente uma equipe cotada para o rebaixamento, como fomos durante quase todas as temporadas anteriores em que surpreendemos. Mas é necessário melhorar todos os setores, aos poucos, para nos tornarmos uma equipe competitiva e deixar de ser cotados como candidatos fortes ao rebaixamento. O setor que eu estou mais satisfeita, contudo, é o meio-campo. De longe o setor mais qualificado de nosso plantel, junto com o gol, porque é onde temos os principais jogadores que foram as referências técnicas até aqui. O Milan dispensa comentários, pois está conosco desde praticamente o meu primeiro dia no clube e permanece sendo uma referência de alta qualidade técnica e com desenvoltura o suficiente para se livrar de situações perigosas. Da mesma forma, o Sofiane é outro que é um jogador fantástico que atuou como meia-atacante e foi uma máquina de assistências na última temporada, mas nessa eu pretendo recuá-lo para aproveitar a qualidade dele na saída de jogo e como presença na intermediária, pois é bom finalizador de média e longa distâncias. Isso tudo porque trouxemos o Mohamed, que estava no Marrocos, para ter sua primeira experiência internacional e ele é um jogador de boa qualidade técnica e bastante inteligente também. Sem contar que tem uma capacidade de definição na parte de dentro da área um pouco melhor que o Sofiane. Contamos com o retorno do jovem Fede Pintos, jovem típico uruguaio que fez algumas boas temporadas enquanto esteve emprestado, e ele me parece ser um ótimo jogador para ser o cão de guarda da defesa, já que tem uma altíssima combatividade. Se não for o titular, é possível que esteja bastante envolvido saindo do banco. Competirá pela posição com o Kéres, que se mostrou um bom jogador para cobrir a defesa, e com o Daouda, que tem características bem similares. O Alexandru, apesar de ser um jogador que me transmite sempre muita segurança e pode atuar praticamente em todos os setores de nosso esquema tático, tem deixado um pouco a desejar nos treinamentos e estou conversando com ele para evitar que ele perca sua posição, até porque desta vez a competição tá forte. O menino Erwan foi simplesmente o negócio dessa janela, na minha opinião. Foi um furto, porque não quis renovar com o Auxerre e assim que selamos a subida tentamos conversar com ele e foi bastante receptivo, porque queria jogar no time principal e o Auxerre demorou demais para subi-lo, quando o fez já estávamos em negociações avançadas e fechamos a transferência livre para assinar ao final de seu contrato com eles. Sem sombra de dúvidas será um dos pilares do time por muitos anos. Outro que voltou de empréstimo e estamos vendo a possibilidade de encaixe é o Amrabat, que se desenvolveu bem enquanto esteve fora, e tem aptidões exatamente como quero no meu plantel: sabe jogar coletivamente, está relativamente bem integrado apesar de passar algumas temporadas emprestado, e é um bom jogador no geral. Fechando o meio-campo, temos o Santiago, outro uruguaio, que é mais ofensivo e habilidoso. A princípio será reserva do Milan e do Mohamed, mas tem a capacidade de substituí-los tranquilamente sem perdermos qualidade.
- Realmente temos muitos meias, você não está preocupada com a gestão deles? Ainda mais agora que a janela internacional acabou de abrir e a busca de reforços segue em alta?

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Motshegetsi Mohami (MA C/PL) - ele, na verdade, é nascido no Lesoto, mas decidiu competir internacionalmente pela África do Sul

- Eu acho que temos, sim, muitos meio-campistas ao mesmo tempo que nosso esquema tático também usa quatro jogadores centralizados no meio. É possível rotacionar todos sem que eles reclamem, porque tudo é conversado e bem definido com os jogadores. Eles sabem que o rendimento nos treinamentos é importante e que ninguém tem vaga cativa como titular no time, se começar a render abaixo do esperado e um companheiro estiver melhor, não terei dúvidas de colocar alguém no banco. O Milan e o Sofiane, que são os nossos dois principais jogadores até aqui, têm ciência disso e, inclusive, já tiveram seus períodos parados no banco de reservas para motivá-los a reencontrar a forma. Mas mesmo assim é possível que alguns jogadores desse meio saiam e outros cheguem, porque já tivemos sondagens de empréstimo por dois meias e alguns desses jogadores já despertaram interesse estrangeiro em outras oportunidades. Então nesse momento está fechado, mas isso tudo depende do andar da janela. O que precisaremos reforçar urgentemente é o ataque. Tempos apenas dois atacantes de ofício: o Charly, que terminou a última temporada em baixa e foi relegado ao banco com a ascensão do Marushkin, que voltou pro Shakhtar ao final do empréstimo. E temos também o Mohami, que eu não sei pronunciar o nome direito, e voltou com um desenvolvimento absurdo após uma grande temporada emprestado ao Feirense, de Portugal. Ele deve ser o titular nesse começo de campanha, mas temo que rapidamente algum interessado surgirá e ele fará pressão pra sair, porque não gostou muito de ter sido emprestado na última temporada. A nossa prioridade de contratação está aqui no momento.

* * * * *

🌍 Sala de Reuniões da Reitoria da Universitè Lumière-Lyon 2, Lyon - 1º de julho de 2027 | 14h

- Boa tarde, senhor Titouan e senhorita Irina. Fico feliz que vocês dois tenham vindo até aqui para conversar conosco e ouvir a nossa proposta para vocês. - cumprimenta a professora Noemie, das artes visuais.
- Boa tarde para a senhora também. Hoje, mais cedo, tivemos uma reunião administrativa no Hauts e pude apresentar um pouco do que vocês haviam sondado comigo e a Irina aqui ficou bastante empolgada com a ideia. Como ela tem uma cadeira cativa na direção enquanto eu presidir o clube, decidi trazê-la junto de mim na reunião de hoje para que vocês alinhem tudo. O que ela decidir, está decidido e eu assino embaixo, já que ela é a treinadora da equipe e será a facilitadora das coisas tanto do audiovisual quanto dos estudantes de educação física no plantel principal até o sub19. Nas peneiras do sub15 até abaixo, já é necessário o consentimento dos pais da garotada, mas não deve ser muito difícil de conseguir. - diz Titouan
- Que ótimo! Então, senhorita Irina, nós aqui, da faculdade de Cinema e Audiovisual gostaríamos de gravar um documentário contando a trajetória do Hauts nestes últimos cinco anos, que está em toda a imprensa nacional o feito de vocês. Quando teria a disponibilidade para fazermos isso?
- Acho legal. Estamos disponíveis a qualquer momento, desde que não tenhamos jogos. E caso queiram gravar nossos amistosos também, fiquem tranquilos porque podem. Mas, se me permite um pouco de indelicadeza, acho que seria interessante também vocês criarem um projeto de extensão de longo prazo em que os estudantes possam vir e gravar uma série sobre o nosso dia-a-dia, ver como lidamos com as coisas simples, com as alegrias das vitórias e frustrações das derrotas, para desmistificar um pouco daquela vida de que o pessoal do futebol são entidades sobrenaturais e que todos ali são humanos. Seria, talvez, uma excelente iniciativa para aproximar mais o nosso clube com a comunidade que nos cerca, permitir aos estudantes terem acesso mais rapidamente às práticas da própria profissão que escolheram e tudo mais.

- Vocês fariam isso por nós?
- Claro! Até porque eu fiz o meu doutorado aqui na instituição, na área de humanidades, e tenho ótimas referências. Sem contar que acho que a proposta do documentário sobre o nosso passado é uma boa ideia, claro, mas pode ser o começo de uma parceria que renderá bons frutos tanto para os estudantes quanto para o clube. Mostrar para a população que o esporte não apenas se relaciona com a cultura, mas é parte dela; mostrar para a comunidade que estamos abertos a todos e queremos desenvolver a melhor relação possível por aqui. Este é o intuito do projeto desde que eu assumi o cargo, porém nos faltava a visibilidade para fazer acontecer e agora acho que o momento é ideal pois a imprensa internacional está falando de um time humilde de um povoado simples que, com muito trabalho, conseguiu chegar à Ligue 1.
- Magnífico! Então já vou conversar com outros professores aqui para redigirmos um projeto para conseguirmos algumas bolsas para nossos alunos interessados. Mas no momento temos uma pequena verba para gravarmos o documentário, além de dispormos de equipamentos para fazer as gravações.
- Já que tem essa parte inicial, por que vocês não vêm no final do mês que assim podemos gravar algumas conversas e contar a nossa história até aqui ao mesmo tempo que podemos falar sobre o que faremos dali em diante? Assim, acho que poderia ser uma forma legal de consolidarmos bem essa série e, embora nosso balanço financeiro no clube não esteja muito bem organizado, acredito que podemos dar uma ajuda básica com o pagamento da mão de obra para a série enquanto não saem as bolsas.


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- Perfeito. Então combinamos assim. Faremos uma conversa no dia 31 deste mês.
- Dia 31 não podemos, Irina. Tem o último amigável da pré-temporada. Esqueceu?
- Vixe! Não estava sabendo, mas me parece interessante. Por que não aproveitar e gravar esse jogo? Inclusive é uma boa forma para ter um contato inicial com os jogadores, ver como é lá dentro. E como é amistoso, e o último, tudo já estará mais ou menos definido para o começo da temporada e é uma partida para manter o ritmo de jogo. Não vejo problema algum nisso, só preciso conversar com os rapazes, mas certamente eles irão aceitar de bom grado. De qualquer forma, pode marcar provisoriamente dia 31 ou 1º de agosto que é garantido uma das duas datas.
- Certo. Mas Irina, já que você tem interesse em mostrar esse dia-a-dia do clube e tudo mais, vocês têm um departamento de marketing? Ou coisas do gênero?
- Ainda não, mas a ideia é criá-lo assim que nossas finanças se estabilizarem. Estamos para receber, assim que definir, as cotas televisivas desta Ligue 1 e veremos internamente como distribuir, porque acho que a Irina vai pedir uma parte para a contratação de jogadores e precisamos dar uma melhorada nas estruturas internas do clube também.
- Isso. Queríamos criar uma TV Hauts também, em plataforma digital, para dar acesso aos torcedores ao que está acontecendo dentro do clube. Precisamos de alguma pessoa responsável pelas demais redes sociais, porque atualmente tudo está bem amador embora todas as nossas redes sociais estejam crescendo bastante em termos de seguidores. Mas isso é algo que estamos debatendo para fazer ao longo dessa temporada como estruturar e organizar direitinho. Agora e o amiguinho da Educação Física, o que deseja?
- Nós gostaríamos de fazer uma visita guiada pelo CT do Hauts, para mostrar aos estudantes como é o cotidiano da comissão técnica, dos jogadores e até mesmo as metodologias de treinamento.
- Ah, isso é tranquilo. Acho, inclusive, que caso seja do interesse vocês podem ter alguns estudantes fazendo estágio em nosso clube. Conhecendo e aprendendo sobre os cronogramas de treino, organização das atividades, gestão pré e pós jogo. Coisas assim. Acredito que a comissão da base não teria problema nenhum em aceitar alguns estagiários, inclusive devem ficar contentes com mais gente para dar o suporte nos treinos. Também podem, vez ou outra, ver como fazemos as coisas no time principal.
- Então ótimo. Faremos assim, com certeza será algo muito proveitoso para todos.
- Sim, sim. Aproveitem e comentem com os professores de outros departamentos que, caso queiram, podem entrar em contato conosco para desenvolverem atividades no clube. Será bom para as duas partes.

- Então fica combinado dessa forma. Vocês viram que o meu trabalho, com essa moça do lado, é a coisa mais fácil do mundo, não é? Precisamos de verbas pra construir uma estátua dela na frente do estádio. Hahaha! Basta que me encaminhem depois a documentação necessária e os nomes das pessoas que pedirão acesso, que emitiremos carteirinhas para participarem das atividades no centro de treinamentos.

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Epah, futebol moderno também conta muito com marketing...há que definir prioridades. Já sabíamos que reforçar a equipa não seria fácil mas acho que estamos prontos para a Ligue 1.

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Herr, nesse mundo de skins focada em análise, chegou a testar a Hodr? Segue tela de perfil do jogador para ter uma ideia. É diferente, muito diferente, eu diria até que é poluída demais para usar, mas talvez lhe interesse.

Sobre o elenco, eu acredito que irá lutar para não ser rebaixado, porém é como disse, a coletividade da equipe pode ser um ponto forte e não duvido nada chegar na metade da tabela.

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Em 24/08/2023 em 05:16, Cadete213 disse:

Epah, futebol moderno também conta muito com marketing...há que definir prioridades. Já sabíamos que reforçar a equipa não seria fácil mas acho que estamos prontos para a Ligue 1.

Pois é. O time está progredindo rapidamente e as estruturas administrativas estão ficando um pouco para trás, o que é natural já que o foco mesmo está voltado integralmente para o rendimento em campo. Mas uma mexida aqui e acolá na parte administrativa e umas parcerias bem engajadas para a interação com a comunidade não vão fazer mal ao clube. A parte dos reforços, como vou mostrar no próximo post, foi um garimpo bem interessante e esteve muito difícil pegar jogadores com rodagem na Europa com o nosso fraco poder econômico, mas acho que estou bem satisfeito com o que conseguimos.

Em 24/08/2023 em 09:15, Johann Duwe disse:

Herr, nesse mundo de skins focada em análise, chegou a testar a Hodr? Segue tela de perfil do jogador para ter uma ideia. É diferente, muito diferente, eu diria até que é poluída demais para usar, mas talvez lhe interesse.

Sobre o elenco, eu acredito que irá lutar para não ser rebaixado, porém é como disse, a coletividade da equipe pode ser um ponto forte e não duvido nada chegar na metade da tabela.

Ela eu tinha dado uma olhada bem rápida, mas achei muito poluída e com muitos contrastes de cores que, de alguma forma, atrapalhariam um pouco a visão. Por agora o que eu fiz foi pegar a Mustermann, que achei bem limpa, e mesclar com vários painéis da Statman, que eu estava usando, e outros da Tato (como o das informações do clube e dos resultados pós-jogo) para tentar criar alguma coisa que facilite um pouco a apresentação no tópico. Ainda pretendo mexer em algumas coisas, mas parei por conta das atividades da vida pessoal.

Eu acho que o elenco é suficiente para evitar o rebaixamento, caso o time mantenha a mesma pegada da última temporada (e pela pré-temporada, parece que está seguindo o mesmo ritmo). Os reforços que chegaram, de países diferentes, também são bem interessantes e têm feito boas atuações. Eu só cometi um erro por desatenção em uma contratação, que eu trouxe um jovem pra ser titular e gastei quase toda minha verba com ele mas sem querer aceitei o pedido do time para ele seguir emprestado, achando que era para aceitar a chegada dele. Hahahaha!

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T06: Capítulo 24 -  A ansiedade para começar

🌍 
Stade de La Neylière, Pomeys - 31 de julho de 2027 | 18h

Moussa Maazou - Diretor de Futebol do Hauts Lyonnais
- Como é que isso funciona? <é só falar sobre o tema que você disse, como se estivesse conversando, que a gente grava e fica tudo em ordem para a edição que faremos depois, dizia uma voz ao fundo>. Ah! Então a honra de ter a primeira fala desse negócio é minha? Que ótimo! Acho que vocês vão ter a oportunidade de conhecer a Irina um pouco melhor, mas se tem uma coisa que ela gosta bastante de fazer é circular pelas salas da sede tentando arranjar dinheiro em qualquer lugar para investirmos nas nossas categorias de base. E é difícil dizer não para ela, porque ela fala sempre com muita convicção e parece que tudo vai sair da forma mais perfeita do mundo. Felizmente estamos em uma fase de crescente em termos financeiros e conseguimos dar boas condições para ela trabalhar, então uma das primeiras coisas que investimos assim que as cotas de televisão entraram nos cofres foi melhorar orçamentos de treino para a base que agora atingiram um nível excepcional. [...] Mas o que mais surpreende nela é, sem sombra de dúvidas, a sua capacidade de estar em aparentemente todos os lugares possíveis desse clube organizando alguma coisa ou outra. Desta vez, como garantimos a subida com antecedência, ainda na temporada passada ela já estava se reunindo comigo e com nossos olheiros para determinar possíveis reforços para essa Ligue 1 e fomos buscar peças em cada lugar que eu jamais imaginei, mas aparentemente ela está satisfeita.

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Ao todo praticamente montamos um novo elenco, mas várias contratações foram de jovens jogadores pensando no futuro. Talvez montar um elenco mais pronto para esta Ligue 1 fosse um caminho melhor, mas ela deixou claro sua confiança no esquema tático atual e nas peças do elenco que temos à disposição. As três primeiras chegadas vieram da base do Paris Saint-Germain: Santiago Ennes é um jovem português que tem boa capacidade com o pé esquerdo, atuando bem por este lado e ainda consegue fazer seu trabalho no miolo de zaga. Mike Gosset tem características parecidas, mas atua pelo lado direito e faz bem a função tanto na lateral quanto na ala. Já o Keheran é um jogador de área, teve uma boa temporada na base do time parisiense e marcou seus gols nas competições sub19 que disputou. Outro jovem que desembarcou aqui foi o Ebrahim Motahari, um jovem meia-central iraniano que foi um achado muito bom nesta janela e tem tudo para encontrar seu espaço no plantel, embora esteja treinando com os jovens no sub19 para se adaptar à nova realidade. A primeira grande contratação para o elenco foi, de longe, a chegada e Mohamed El Mourabit. Um excelente armador marroquino, com mais rodagem no futebol, e que chega para ter sua primeira experiência fora de seu país, também possivelmente sua primeira experiência profissional já que seu contrato no Mohammedia era amador. Logo em seus primeiros treinos depois de sua chegada eu pude perceber que a Irina sabia bem o que queria mandando nossos olheiros para países que não têm muita ponte garantida com a Europa, porque o rapaz é muito bom de bola. A única despesa nestas cinco primeiras contratações foram os €86 mil pagos para assegurar a contratação de Ebrahim, valor que, na minha opinião, é quase um roubo porque ele tende a se desenvolver muito bem e render bons frutos para nossa equipe. Seja como jogador, seja como valor de revenda.

Na entrada da janela, quando chegaram ao final de seus contratos com seus respectivos clubes, temos o jovem Erkan, que chegou após Irina ter longas conversas com ele quando do fim de seu contrato no Adana, e decidiu por prosseguir sua formação conosco e ter a perspectiva de competir em uma liga do alto escalão europeu. Mas como acordado antes de selar sua contratação, já encontramos um clube para ele ter mais tempo de jogo e o Le Havre foi um excelente destino para este jovem. O Antoine Boyer é um jogador que, em princípio, não saltou muito aos olhos de ninguém, mas que teve o aval da comissão técnica juvenil para chegar. Outro jovem interessante que chegou foi o Dorian Martz, português, que é um jogador capaz de desenvolver sua capacidade como organizador de jogadas e tem um bom poder de decisões. Para fechar os pequenos roubos que realizamos nesta janela, temos o Mohamed Ali. Um jovem egípcio que chegou recheado de recomendações de nossos olheiros e que Irina se animou absurdamente com os compilados dele. Chegou hoje por €100 mil do Wadi Degla, mas já voltou para seu clube anterior por empréstimo, que foi uma cláusula que seu clube praticamente nos obrigou a aceitar para selarmos a contratação, e terá uma pessoa do clube acompanhando seu desenvolvimento de perto.

Agora voltando ao plantel principal, além do El Mourabit, queríamos reforçar um pouco a nossa defesa e fechamos duas contratações vindas do mesmo país: repatriamos Clément Vidal, que estava no Hajduk Split, e chega para qualificar bastante a zaga, sobretudo no jogo aéreo, como também chega o Nikola Soldo, do Osijek, pela bagatela de €32 mil, servindo como peça de reposição para a saída de Masscho, que foi emprestado ao Eupen, da Bélgica.

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O grande nome, talvez, dessa janela é de um jovem que a Irina deve ter torrado tanto a paciência que ele veio vencido pelo cansaço. O Ewan Berthon, volante que pertencia ao Auxerre, é um jovem que já tinha capacidade de atuar pelo time principal porém estava na equipe de reservas e com seu contrato vencendo. Alguns olheiros comentaram sobre ele e a Irina já buscou logo o telefone para conversar com o jovem, com a família, com o empresário. Acho que as primeiras ligações, todas, não quiseram nem ouvir a proposta. As coisas só mudaram quando despontamos de vez como candidatos ao título da Ligue 2 e, novamente, Irina entrou em contato para falar sobre nosso projeto com o jogador e a família. Acho que ele foi o único jogador que ela, de fato, demonstrou interesse e chegou até a comentar com a imprensa em toda a passagem dela por aqui. No momento em que garantimos oficialmente o título da Ligue 2, com muita antecedência, ela tratou de reiterar o interesse com o jogador e sua família, pedindo as prévias do contrato e que entraria em negociação de fato assim que tudo se definisse no campeonato, mas deixou claro que aqui ele seria titular para manter o interesse dele aceso. O Auxerre até tentou puxar ele para o time principal, mas acho que esse contato muito próximo de Irina com ele foi determinante na sua vinda pra cá, tanto que a negociação foi bem rápida e agora contamos com um excelente jogador para o futuro. Além dele, e seguindo a proposta de reforçar o setor defensivo, fomos trazer o Azmi Ghouma para a ala esquerda. Ele é outro que terá sua primeira experiência no futebol europeu, e chegou ao término de seu contrato com o Pharco, do Egito. Do mesmo país também chegou o experiente Ahmed Rayan, que pertencia ao Ceramica Cleopatra, para sua primeira experiência no futebol europeu e chegou com estatuto para ser titular na equipe. A excursão de nossos olheiros ao Egito rendeu mais frutos e, nos mesmos moldes, encontramos o Magdy, que teve sua carreira praticamente inteira no Ismaily e é um jogador que, apesar de ponta-direita de ofício, é capaz de atuar mais centralizado como armador e também como meia-atacante. E para fechar a leva de contratações africanas para ter suas primeiras experiências na Europa, o centroavante zambiano Justin Shonga chegou para dar profundidade ao setor de ataque. Mas a contratação mais cara da temporada, infelizmente, não vai jogar com a gente porque... Bem, deixa que a Irina conta pra vocês.

Irina Kollontai - treinadora do Hauts Lyonnais
Boa noite, pessoal! Espero que vocês gostem desse nosso projeto em colaboração com a Université Lumière-Lyon 2 e se interessem um pouco mais pelo trabalho que estamos fazendo aqui no Hauts. <Irina, já tivemos uma fala anterior com o seu diretor de futebol. E ele pediu pra você falar sobre a contratação mais cara dessa temporada. - disse uma voz ao fundo>. Ah, sim, desculpa. Achei que seria eu, bem linda fazendo a abertura do projeto, mas o Moussa já tomou as rédeas, né? Gosta pouco de uma câmera esse nosso querido. E ainda por cima jogou a bomba do nosso amadorismo pra cima de mim? Hahahaha! Pois é. Ele fez como? [...] Entendi. Então, ele já mostrou o fluxograma das transferências e ali dá pra ver que contratamos um jovem chamado Ivan Reshetnyak, do Istra 1961, equipe croata por um valor de €1,6 milhão.

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Pois bem. Ele é um jovem de uma capacidade técnica absurda e capaz de encontrar a jogada mais inusitada possível se tiver o mínimo de espaço para encontrá-la. Chegou muito bem recomendado pelo nosso olheiro que segue as ligas dos Bálcãs, teve bons índices também entregues pelos nossos analistas e, principalmente, me agradou bastante ver o compilado dele, com algumas partidas na íntegra. Entramos em conversas preliminares com o clube dele e logo descobrimos que ele tinha uma cláusula de rescisão naquele valor e, bem, não pensei duas vezes em pagá-la pois certamente teria espaço em nosso time para ele ir ganhando tempo de jogo. Porém, quando recebemos um e-mail pedindo a confirmação de alguma coisa, eu só li que veio do Istra e solicitava o meu aceite. Imaginei que seria para o contrato de uma vez, contudo depois de assinar virtualmente, me dei conta de que eles haviam solicitado o reempréstimo do jovem para esta temporada. Foi uma decisão muito amadora, o que diz muito sobre a que ponto estamos existencialmente enquanto estrutura administrativa, mas que nossos resultados são sempre frutos de muito esforço e trabalho coletivo. Assim que o Ivan desembarcou aqui para assinar o contrato, cheguei a comentar com ele do erro cometido e desejei-lhe boa sorte na temporada de despedida de seu clube formador. Na sequência, liguei até para o presidente deles e pedi para dedicar uma atenção especial ao rapaz porque deram sorte de eu não ter lido direito o correio eletrônico e ter aceitado liberá-lo por empréstimo de mais uma temporada.

Spoiler

Na verdade foi bem parecido, porque eu estava escrevendo umas coisas de trabalho enquanto passava os dias. Na hora eu só li o nome dele, do Istra e um Aceitar embaixo, cliquei e só me dei conta depois que ele chegou e não encontrei ele em lugar nenhum, pq eu oculto jogadores que estão fora do clube kkkkk

De qualquer forma, mesmo com esse erro que cometi, acredito que montamos um elenco capaz de nos manter na Ligue 1 sem muitos desconfortos. A questão é saber se os nossos atletas se adaptarão bem a jogar numa liga competitiva como a Ligue 1, porque capacidade de jogar já vimos que eles têm. Também temos um plantel grande o suficiente para lidar com o desgaste físico da temporada e com eventuais quebras de forma de jogadores, contando com 24 atletas.

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Temos alguns que têm despertado interesse de outros clubes e ainda temos um mês inteiro antes da janela internacional se encerrar. Possivelmente não deveremos fazer mais contratações, já que o plantel está adequado para nossas capacidades. Mas mesmo assim estamos de olho em alguns jogadores e os negócios só devem ocorrer mesmo caso seja necessária alguma reposição. Mas, de acordo com a imprensa, que não gosta muito da gente, a nossa temporada deve ser complicada e difícil e tudo vai depender desse amistoso que jogaremos daqui a pouco contra o Vaulx. Vamos lá, então, pra vocês gravarem essa partida também.

Milan Guendouzi - meio-campista e capitão do Hauts Lyonnais
- É pra falar da nossa pré-temporada ou desse jogo? <da pré-temporada, mas pode falar desse jogo se quiser também - disse uma voz no fundo>. Como vocês viram, o espírito aqui no vestiário está em altíssimo astral. Tivemos uma grande partida e soubemos castigar muito bem o adversário, como fizemos ao longo de toda pré-temporada. Tenho muito orgulho de estar aqui desde o começo da nossa caminhada e é uma honra trabalhar com a mademoiselle, que detesta ser chamada assim. Aprendi bastante ao longo destes seis anos no clube e fui cativado, como vários outros colegas, pela atmosfera que conseguimos criar aqui. Não tem tempo ruim lá de fora que faça chover aqui dentro, mesmo com o time funcionando aos trancos e barrancos, aqui sabíamos do trabalho e o que precisaríamos fazer para melhorar.

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No geral nós tivemos uma pré-temporada bastante sólida e tivemos oportunidade de praticar contra equipes dos mais variados escalões e, inclusive, uma experiência contra equipe de outro país que, para muitos aqui, é algo novo. Ainda mais contra um clube tradicional do porte do Nottingham Forest. Perdemos, mas saímos de cabeça erguida por ter feito uma partida sólida, como praticamente todas as outras destes preparativos. Os dois 3x0 contra Saint-Étienne e contra Nancy foram importantes para termos uma ideia de como nos sairíamos contra equipes niveladas na parte inferior da Ligue 1, os resultados foram promissores e conseguimos dominar com facilidade os adversários. Saímos, agora, deste último jogo bastante felizes com o resultado de 11x0, só que estamos com medo do Justin, que não parou de pular por um minuto depois de ter marcado seis gols na partida. Estamos com medo da bateria dele acabar no meio do trânsito e ele ter algum acidente, e já combinamos pro Charly levar ele em casa, pra não ter riscos.

Só que agora começam os jogos de verdade e é fundamental nós entrarmos focados na busca pela pontuação, porque sabemos que todos nos colocam como favoritos ao rebaixamento, só que acreditamos que temos capacidade de surpreender um pouco. Até porque estes primeiros 8 jogos da temporada terá apenas o Lille e o Marseille que vêm de grandes campanhas na Ligue 1, com os demais sendo equipes mais irregulares e possíveis de competir. Só sei que estamos muito ansiosos pelo início da temporada e para darmos nosso melhor nos jogos que valem pontos.

Postado

Como disseste, foram os reforços possíveis, mas parece que encaixaram bem na equipa. Pelo menos pelos resultados de pré-época.

Postado

A julgar pelos resultados da pré-temporada o time parece bem preparado para a Ligue 1, inclusive com boas vitórias contra adversários diretos na divisão. Agora é ver o que vai acontecer quando a bola rolar para valer - mas acho que conseguirá atingir os objetivos sem grandes problemas.

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Fez bons amistosos, só perdendo para o Forest, e isso é bom para dar conjunto a equipe. Mas no aguardo para ver como a equipe reage com os jogos a valer.

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Em 28/08/2023 em 09:25, Cadete213 disse:

Como disseste, foram os reforços possíveis, mas parece que encaixaram bem na equipa. Pelo menos pelos resultados de pré-época.

Eu gostei bastante das contratações e me surpreendi bastante com a qualidade de vários deles, tanto que tivemos uma ótima pré-temporada e um começo de campanha muito bom também como vou comentar mais abaixo

Em 28/08/2023 em 19:43, Tsuru disse:

A julgar pelos resultados da pré-temporada o time parece bem preparado para a Ligue 1, inclusive com boas vitórias contra adversários diretos na divisão. Agora é ver o que vai acontecer quando a bola rolar para valer - mas acho que conseguirá atingir os objetivos sem grandes problemas.

Também acho, mantive o esquema tático que funcionou bem na Ligue 2 e o time, apesar de vários reforços, conseguiu manter um bom padrão e até melhorar em alguns aspectos. Tem tudo para ser uma temporada bem interessante!

Em 29/08/2023 em 15:38, LC disse:

Fez bons amistosos, só perdendo para o Forest, e isso é bom para dar conjunto a equipe. Mas no aguardo para ver como a equipe reage com os jogos a valer.

Pois é, fizemos muito bem mas eram jogos que serviram para ajudar a encaixar as novas peças dentro do nosso contexto tático e, claro, dar um pouco de ritmo de jogo para todo o plantel. Rotacionamos bastante e o time me parece bem equilibrado.

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T06: Capítulo 25 -  Chegamos para ficar!
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Múltiplas localizações entre Lyon e Pomeys - 29 de setembro de 2027

Moussa Maazou - Diretor de Futebol do Hauts Lyonnais
- Uma coisa eu nunca vou esquecer na minha vida: o dia que fui comentar com Irina sobre o futuro de Santiago, porque o uruguaio tinha algumas propostas. Ela achou que não satisfaziam o valor dele e me indicou para dar uma especulada até quanto poderíamos tirar numa eventual venda dele. Fui lá e fiz isso até provavelmente ele ficou sabendo e foi conversar com Irina. Ela prometeu que não o venderia, porém alguns dias depois o próprio Santiago veio me comunicar que buscaria saber de suas opções ao final de seu contrato. No momento em que eu falei isso com Irina, eu vi aquela mulher falar um monte, numa velocidade absurda, em um idioma que só poderia ser russo. Imagino o tanto que a família do nosso uruguaio não foi xingada, porque ela se revoltou em um grau que foi impressionante, nunca tinha visto ela desse jeito. Mas disse que pensaria sobre o futuro dele e pediu para que não tentasse vendê-lo enquanto não tomasse uma decisão.

Mas essa não foi a única saga da janela de transferências. Estávamos muito bem no campeonato quando, no deadline day o Brentford faz uma proposta de €10 milhões pelo Mohami. De pronto fui perguntar a Irina o que fazer, já que ela estava usando bastante o jovem e ele vinha fazendo alguns bons jogos. Ela disse para aceitar e para corrermos atrás da reposição. Algo difícil, porque não era algo que esperava ter de fazer no último dia da janela internacional, mas ela tinha uma carta na manga e já me sugeriu logo o nome para abrir conversas. O jovem acabou indo para a Inglaterra e, na nossa busca, encontramos uma ótima reposição com o Willelm Geubbels, que estava disputando a Ligue 2 com o Dijon, num negócio de €4,2 milhões. Acho que foi uma boa troca, já que o francês pôde voltar a disputar uma Ligue 1 e era um jogador mais pronto que chegou por pouco menos do valor que arrecadamos com o Mohami.

Milan Guendouzi - meia-atacante e capitão do Hauts Lyonnais
- Era impressionante o quanto a imprensa desportiva francesa creditava nosso time como um saco de pancadas na Ligue 1. A gente começou a temer isso, porque poucos tínhamos a experiência de disputar uma liga competitiva assim em alto nível e, principalmente, como jogadores fundamentais. O máximo que chegamos a fazer, na maior parte, foi ganhar ritmo de jogo quando éramos mais jovens. Mas com os jogos de pré-temporada e com os incentivos de Irina, nós decidimos que o que os outros falam sobre nós não é necessariamente o que somos e era fundamental dar o nosso melhor em campo.

A imprensa fazia alguns questionamentos sobre a gestão dela, a mesma coisa que fizeram desde que nosso time começou a chamar a atenção na nossa escalada até aqui, porque sempre tínhamos uma boa celebração depois dos jogos e isso, para todos, era algo sem profissionalismo algum. Para nós era ótimo, porque sabíamos que era uma recompensa por nossos esforços. Ganhando ou perdendo o importante era celebrar que estávamos fazendo nosso trabalho da melhor forma possível e isso, com certeza, determinou muito para o ganho de confiança e foco de todo mundo aqui dentro. O clima é o melhor possível!
 

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Tanto é que estamos imbatíveis nestas primeiras oito rodadas do campeonato e sempre fazendo bons jogos, chegando até a impor nosso próprio ritmo de jogo contra adversários muito superiores a nós. Era algo impensável, mas que nos deu a confiança necessária para acreditar que... Bem, se estávamos ali é porque merecíamos estar e temos a capacidade de enfrentar quem quer que seja.
 

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Para a nossa estreia, contra o Troyes, estávamos todos com aquela empolgação de sempre mas era perceptível que tinha alguma apreensão em todos, até em mim, mas tudo deu certo quando logo no começo do jogo o Rayan sofreu um pênalti e, com muita elegância, abriu o placar. Algum tempo depois, ele sofreu um novo pênalti e, desta vez, passou a cobrança para o Mohamed, que bateu com força e ampliou o marcador. Isso era algo que Irina havia comentado bastante ao longo da pré-temporada, que era importante construirmos nossa confiança e que era fundamental para os recém-chegados baterem os pênaltis de forma a tirarem o peso das costas. Me pareceu algo incomum no começo, porque estava acostumado a sempre ter alguém fixo para cobrar os penais, até com ela era assim, mas a ideia de fazer isso acabou sendo muito proveitosa porque todos começaram a ganhar confiança. Tanto que pouco tempo depois fizemos o terceiro. No segundo tempo, a pedido de Irina, começamos a queimar um pouco de tempo e cercar melhor os donos da casa para tentarmos sair com um resultado e sem nenhuma bola deles na linha. Deu certo e isso foi decisivo nessa arrancada inicial que tivemos.


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No jogo seguinte, novamente fora de casa, e contra um adversário tradicional, tivemos que enfrentar o Strasbourg e o time esteve bem consistente. Tive a felicidade de abrir o marcador na primeira etapa, depois de pegar o rebote do pênalti desperdiçado pelo Rayan que não teve nem tempo de lamentar o erro, porque todos corremos para abraçá-lo, já que mesmo errando a penalidade nós marcamos, ainda mais tendo sido ele quem sofreu o pênalti. Só que o time da casa era perigoso e sabia o caminho do gol, mas esbarrou numa das atuações mais impressionantes que eu vi de um goleiro. O Anthony foi simplesmente fenomenal, fazendo suas defesas quando era exigido e tendo um domínio completo de sua grande área. Ainda coroou sua atuação com uma assistência para o Sofiane no apagar das luzes, quando o Strasbourg estava completamente focado em marcar seu gol de empate e deixou o Sofiane ficar isolado atrás da linha defensiva, mas antes do meio-campo. Anthony viu isso e fez um balão, algo que não está no nosso plano de jogo. O Sofiane, que tinha entrado na segunda etapa e estava bem descansado, conseguiu correr atrás da bola, tirou do goleiro deles, que também fazia muito bom jogo, e só tocou para matar o jogo.


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Até que chega, finalmente, o momento de fazermos nossa estreia em casa na liga. Estávamos ansiosos, porque mesmo com as duas vitórias anteriores, ainda não conseguimos encaixar de fato o nosso padrão de jogo e dominar a posse de bola. Era algo que deu certo na última temporada e até aqui não conseguimos e o adversário era extremamente difícil: o Lille vinha de ótimas campanhas e é um time muito perigoso. O jogo começou aberto e bem disputado, com os dois times querendo marcar. A nossa felicidade é que o primeiro fomos nós e o Rayan conseguiu abrir o marcador logo no começo, porém não tivemos nem tempo de comemorar porque na saída do meio de campo eles pegaram a gente desprevenidos e empataram logo o jogo. No final do primeiro tempo ainda conseguiram virar e nosso ânimo foi pro chão até a chegada nos vestiários.

Lá, esperando a Irina falar super mal da nossa partida, tivemos a recepção oposta. Ela disse pra gente que estava tudo bem, que nós estávamos fazendo tudo certo e que era necessário ajustar uma coisa ou outra. Deu o caminho pra gente e nós voltamos pro campo. Num escanteio, cobrei certeiro na cabeça de Clément, que acertou e empatou a partida. Mas, outra vez, eles aproveitaram a nossa desconcentração após o gol enquanto todo mundo tava feliz que tudo deu certo e logo Irina chamou alguém para a beira do gramado para passar instruções. Não sei ao certo o que foi dito, mas o que recebi foi dizendo que estávamos bem e que precisávamos manter a concentração após marcar o gol, porque eles tinham aproveitado bem o momento de celebração quando marcávamos. Então seguimos com a proposta e, antes de marcarmos outro gol de empate, a professora tava conversando com alguém na linha e deu umas instruções para caso fizéssemos o gol, todos sairmos para pressionar. Como marcamos, fizemos isso e deu certo porque El Mourabit desarmou um zagueiro isolado e viu a infiltração de Rayan, deu o passe e viramos o jogo. Dois gols em dois minutos. Foi a ironia perfeita, rimos por último e conseguimos segurar o marcador até o final!


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O jogo seguinte foi novamente em casa e contra um bom adversário. O Toulouse tem um dos melhores atacantes da liga e a professora insistiu bastante em tentarmos frear seu futebol, mas ele mostrou logo suas credenciais no começo da partida e marcou um gol antes dos dez minutos. Foi um banho de água fria, mas seguimos tentando jogar nosso futebol e apertar um pouco nos desarmes para evitar o perigo dos adversários. Isso rendeu bons frutos, porque pouco depois o Ewan roubou uma bola e me lançou em profundidade. Cortei abrindo, para a esquerda, e bati seco, cruzado. O goleiro deles não viu nem a cor da bola. E seguimos mantendo a mesma proposta de jogo, dominando amplamente a posse de bola e sendo incisivos diante do gol deles, mas no segundo tempo, com a expulsão de nosso ala esquerdo, nós tivemos que segurar bastante do ímpeto e conter a forma como os visitantes vinham para cima. No final das contas o empate acabou sendo um bom resultado e nos mostrou que poderíamos, sim, dominar as partidas como fizemos na última temporada.

Ahmed Yasser Rayan - atacante do Hauts Lyonnais
- É a minha primeira experiência jogando na Europa e tive a felicidade de vir para um clube com um grupo bastante amigável, receptivo e de alto astral. Isso impactou muito na minha adaptação por aqui, ainda mais que tenho alguns conterrâneos que chegaram junto comigo ao Hauts e isso só tende a facilitar. Sem contar que Irina é uma pessoa super solícita e gentil, esteve a todo instante conversando com quem chegou agora, verificando se precisavam de alguma coisa, algum suporte e isso é algo que, pra mim, é muito importante. Estou muito feliz com meu desempenho até aqui e, inclusive, acho que a chegada do Willem deve ter trazido muita dor de cabeça pra ela! Hahahaha. Porque estamos os dois muito bem e marcando nossos gols sempre que estamos em campo, e o esquema só tem espaço para um atacante... Aí com o time funcionando bem assim e dois atacantes rendendo sempre que exigidos, só posso imaginar o que se passa na cabeça dela. Porque se fosse eu teria muitas dúvidas: será que eu mudo o esquema pra encaixar os dois atacantes? Será que se eu fizer isso o time pode parar de funcionar e eu colocar os dois em má fase? São muitas perguntas que eu faria, mas por agora ela tá confiando no sistema tático e já teve algumas conversas comigo e com o Willem, inclusive juntos, para explicar a situação e disse que estamos muito bem e nossas oportunidades estarão sempre em questão. Pode ser que um comece uma partida, outro na outra e assim sucessivamente, mas por ora a opção principal seria eu para que o Willem se adapte melhor a todo o grupo, já que foi o último a chegar e ele entendeu perfeitamente.

 

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Entendeu, mas também deixou sua mensagem de que está aqui e vai me dar muito trabalho para manter minha titularidade, hahahaha! Tanto que teve uma partida contra o Olympique Marseille que fizemos um grande jogo, eu deixei o meu logo no começo, eles conseguiram o empate tentando se aproveitar de todos os pequenos erros que cometíamos, tivemos um baque enorme com a lesão do Mohamed, porque ele trabalhava muito bem junto com o Milan na construção das jogadas. Aí a professora decidiu me substituir pelo o Willem e eu pensei "ah, vai ser difícil dele encontrar os espaços pra fazer o dele"... Pois ele achou. Marcou o gol de desempate e nós não podíamos estar mais felizes, porque estávamos a vencer um jogo muito difícil contra um adversário de muita tradição no futebol francês. Uma pena que, por este mesmo motivo, eles sabiam explorar todos os pequenos erros de posicionamento, de passe e qualquer coisa que fosse, para empatar a partida no final do jogo.

Ainda não temos essa malícia dos times altamente competitivos, mas é bom aprendermos com cada uma dessas coisas. Já tivemos dois bons aprendizados nesse pouco tempo de temporada: o de manter a concentração logo após marcar o gol, porque tem gente que vai se aproveitar disso, e o de trabalhar melhor nosso posicionamento e movimentos, porque tem gente que está preparada pra te pegar no contrapé e aí é difícil reagir.


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Com a mesma mentalidade nós fomos visitar o Montpellier. A professora fez algumas modificações para alguns setores, mas nada muito drástico, e fomos para campo. Logo no começo consegui abrir o marcador depois de um bom cruzamento de Azmi, vindo pela esquerda, e bati os adversários na corrida para marcar. Eles chegaram a empatar, mas nós estávamos com um funcionamento muito bom dentro de campo, todo mundo sabendo o que tinha que fazer, como executar e quando também. Tanto que o gol não nos abateu em momento algum, muito pelo contrário, despertou mais vontade em todos porque estávamos cientes de que poderíamos alcançar um bom resultado. E aí numa jogada muito bem trabalhada pelo meio, o Milan me deu um novo passe em profundidade e eu bati na saída do goleiro para desempatar. Pense numa felicidade! Tanto que no vestiário, para o segundo tempo, eu pedi à professora para não me substituir para eu tentar fazer meu hat-trick e ela disse para eu ficar tranquilo que permaneceria em campo para ter a chance de marcá-lo e encontraria outra alternativa para colocar o Willem. A sorte, talvez, foi que o Sofiane tenha sentido uma entrada e olhou para o banco, ainda que não pediu pra sair. A professora, de imediato, chamou o Willem e pediu para jogar ao meu lado enquanto centralizava o outro meia-atacante. Deu certo, porque uns dois ou três minutos depois dele entrar em campo, eu recebi uma bola meio sem ângulo, mas vi ele chegando e dei um passe firme e forte que ele só precisou aproveitar e tocar para o fundo das redes e matar o jogo. Não consegui meu hat-trick, mas participei dos três gols que marcamos, então está ótimo.

Irina Kollontai - treinadora do Hauts Lyonnais
- Eu não poderia estar mais feliz com o nosso desempenho nesse começo de campeonato. Meu grupo conseguiu lidar muito bem com a pressão externa, com os comentários deselegantes sobre minha gestão de elenco, com todo mundo chamando a gente de saco de pancadas e essas coisas que, vocês sabem, afetam de alguma forma a nossa percepção de realidade. Felizmente eu consegui conversar com todos e tentar blindar eles dessas expectativas externas, e trazer para nós a responsabilidade de nosso destino. Acho que deu certo, porque são oito partidas com seis vitórias e dois empates. Ninguém pode falar um "A" da gente, até porque temos a mesma pontuação do dominantíssimo Paris Saint-Germain e seu trilionário orçamento, enquanto nós somos um time modesto que mal e mal fechamos o balanço com alguns milhões em caixa.

 

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O Rayan tem aparecido em todas as principais estatísticas de gols marcados e de gols esperados, quase igualando às marcas do Mbappé, que é tão venerado pela imprensa, enquanto o Mohamed está muito bem posicionado entre os melhores garçons da liga. O Willem tá sendo uma peça importante, deixando sua marca sempre que entra e colocando muita pressão no Rayan que, como vemos, tem lidado muito bem com ela. A pressão, agora, está em cima de mim porque é difícil gerenciar a expectativa de dois jogadores ambiciosos e que estão agarrando suas oportunidades com unhas e dentes. Só que isso, no limite, só gera ganho para o nosso clube como um todo! Ainda, para falar de estatísticas, temos o Igor como um dos melhores recuperadores de bola jogando em nossa defesa. Então está tudo muito bom, estou super satisfeita e mostramos até aqui que temos o que é necessário para competir neste nível!
 

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Além disso, usei praticamente todos os jogadores do plantel nesses primeiros oito jogos do campeonato e posso dizer, com muita satisfação, que todos os jogadores estão contentes com o tempo de jogo deles, até aqueles que ainda não jogaram, e ainda mais alegre eu digo que estou em êxtase vendo nosso time jogar. Eu tenho atletas que tomaram para si as responsabilidades e têm correspondido de forma magnífica. O mais importante até aqui é o Rayan, que chegou um pouco tímido, encontrou seu espaço no grupo e tem sido avassalador marcando gols importantes! Junto dele vem o Willem, que ainda está se ambientando ao nosso grupo mas já mostra que quer brigar pela posição e sempre que entra consegue deixar sua marca, tendo um recorde de 1 gol a cada 48 minutos, é algo fantástico. Outro que está esbanjando classe e categoria é o Mohamed. Chegou bastante feliz e disposto a mostrar sua importância no time titular, conquistou a titularidade e tem sido impressionante na construção de jogadas, dando uma classe a mais em nosso meio-campo. Meu último destaque é aquele que não poderia faltar em hipótese alguma, é o meu pupilo e nosso talismã. O Milan é o típico jogador que nos momentos de aperto tem uma estrela brilhante e faz o necessário. Marcou o gol das vitórias contra Lens e Saint-Étienne e o gol de empate contra o Toulouse. É por isso que é nosso capitão, tem minha confiança plena em campo!
 

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Nos próximos jogos teremos uma maratona bastante difícil, encarando Nice e Monaco fora de casa, e Paris Saint-Germain e Rennes dentro de casa. Além de outras equipes que têm um bom futebol apresentado até aqui, bem como a nossa estreia na Coupe de France. Estou ansiosa para ver nosso rendimento nesses próximos jogos porque eles certamente definirão onde brigaremos ao final da temporada, sobretudo os três jogos do mês de dezembro serão decisivos para a campanha do ano que vem! Seguiremos focados e em busca de terminar o ano em um bom plano.

Postado

Eu ri alto da treinadora assinando a liberação do rapaz por empréstimo achando que era a confirmação da contratação. Espero que o garoto não faça falta. 

Me diz uma coisa, o que tu tá achando de jogar com essa skin? Eu confesso que achei a ideia legal de início, mas agora tá me irritando um pouquinho acompanhar os perfis dos jogadores que tu traz e não conseguir saber nada sobre eles. Imagino que seja melhor para quem está jogando e vendo os rapazes no dia a dia, que aí não fica tão refém dessa tela. Mas queria ouvir de ti como tá sendo. 

Também ri do nome do print da história do Santiago Costa. 

Começo de campeonato excelente. Essa história de ter dois atacantes jogando bem e um lugar só no grupo é a famosa dor de cabeça que todo treinador quer para si. De repente tu podia emprestar um deles para o AmaTuks, já que por lá atacantes estão em falta, rs. 

 

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Jogadores que querem sair, mais vale vender. Quanto à Liga, devo dizer que não esperava que tivesses já nessa "luta" pelo primeiro lugar. Já estou ansioso por esse jogo que aí vem contra o PSG.

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Em 31/08/2023 em 20:54, Danut disse:

Eu ri alto da treinadora assinando a liberação do rapaz por empréstimo achando que era a confirmação da contratação. Espero que o garoto não faça falta. 

Me diz uma coisa, o que tu tá achando de jogar com essa skin? Eu confesso que achei a ideia legal de início, mas agora tá me irritando um pouquinho acompanhar os perfis dos jogadores que tu traz e não conseguir saber nada sobre eles. Imagino que seja melhor para quem está jogando e vendo os rapazes no dia a dia, que aí não fica tão refém dessa tela. Mas queria ouvir de ti como tá sendo. 

Também ri do nome do print da história do Santiago Costa. 

Começo de campeonato excelente. Essa história de ter dois atacantes jogando bem e um lugar só no grupo é a famosa dor de cabeça que todo treinador quer para si. De repente tu podia emprestar um deles para o AmaTuks, já que por lá atacantes estão em falta, rs. 

 

Nem me fala, porque na hora eu fiquei indignado já que tinha uma composição de dados que se encaixaria muito bem no time. Mas por enquanto parece não fazer muita falta, ainda mais porque temos bastante tempo entre os jogos e também, depois da besteira de deixar ele emprestado no time dele, acabei vetando a saída de outro meia/volante pra manter a profundidade no plantel. De qualquer forma o time está indo bem acima do esperado, então sem problemas.

Eu confesso que nesse save são raras as vezes que abro os perfis dos jogadores, já que o que me interessa de verdade são as estatísticas que eles entregam no jogo. Eu abro mesmo para ver rapidamente em que espectro está o índice dos atributos. Os critérios de contratação são 1) as estatísticas dos jogadores e 2) a análise entregue pelos olheiros, se vale ou não a pena trazê-los. E essa skin que coloquei agora nesta temporada, pra mim, está no geral (outras telas) mais agradável de jogar. Até porque eu integrei vários painéis da Statman, que era a que eu usava antes, nela. Estou tentando ver se ajusto essa página dos atributos/perfil do jogador pra melhorar um pouco pra vocês.

O negócio do Santiago Costa eu fiquei indignado pq eu acho ele um bom jogador, tem um valor razoável pra quem está em estado de rotação no elenco e queria ver o quanto conseguiria por ele para aproveitar a valorização. Ele pediu pra não negociar, eu entendi até porque na minha ideia era mesmo pra ver quanto pagariam por ele. Aceitei e aí o amiguinho vem no dia seguinte (e se não me engano era depois do fechamento da janela) dizer que ia explorar as opções. Aí me revoltei.

Tô bem feliz com esse começo de campanha fantástico e acho que muito dele tem a ver com a "sorte" de pegarmos times intermediários, os únicos realmente fortes foram o Marseille e o Lille, ambos em casa, então amenizou bastante a pressão neste começo. E a boa campanha deixou a nossa moral lá no alto, então os jogadores acabam tendo um rendimento melhor também. Quanto aos atacantes, estou feliz porque foi uma preocupação que tive no final da última temporada já que o Dutournier parou de render totalmente e achamos a solução no ucraniano que estava emprestado e fez a boa, então foi uma das prioridades reforçar a posição. Naquele momento o Rayan foi um dos primeiros que entrou na nossa lista de possíveis aquisições, mas não tinha conversado com ele ainda porque estava na reta final da Ligue 2 e queria planejar com a nova janela aberta; o Geubbels veio como indicação nas férias entre as duas temporadas e tinha boas contribuições no geral e me agradou, só que o preço era inacessível. Outro que surgiu no radar foi um newgen do Toulouse que não me lembro o nome agora, mas tava com estatísticas bem expressivas para um jovem de 17~18 anos que era reserva deles, mas tava completamente fora da realidade financeira do nosso clube então decidi ser mais conservador nesse sentido.

Acabou que a venda do Mohami no último dia da janela trouxe um bom fluxo de caixa para repor com a experiência do Geubbels e aí ter dois atacantes mais rodados e capazes de decidir os jogos, para mim, foi mais importante do que queimar quase todo o dinheiro em taxa de transferência e outros bônus por um jovem que talvez não rendesse tanto de imediato. É basicamente a política de transferências do clube: ter bons jogadores mais experientes para segurar o rojão quando necessário e trazer jovens para ir ganhando cancha sem muita pressão enquanto se desenvolvem.

Em 01/09/2023 em 05:25, Cadete213 disse:

Jogadores que querem sair, mais vale vender. Quanto à Liga, devo dizer que não esperava que tivesses já nessa "luta" pelo primeiro lugar. Já estou ansioso por esse jogo que aí vem contra o PSG.

Eu concordo. Inclusive, como comentei acima, o Santiago não queria que eu o vendesse e acabei prometendo que não o faria. Mas logo na sequência disse que avaliaria suas opções ao final do contrato. Não sei o que farei na próxima janela, mas existe uma possibilidade de vender a qualquer preço para evitar perdê-lo de graça. 

Particularmente eu também não esperava estar lá na parte de cima da classificação nesse começo, mas penso que o calendário ajudou um pouco já que foram poucos jogos contra equipes claramente superiores e, estes, foram em casa. Também estava bem ansioso para ver o jogo contra o PSG, mas não vou comentar como foi porque logo mais eu posto a atualização com ele. :)

Postado (editado)

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T06: Capítulo 26 -  Estamos no céu!

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Múltiplas localizações entre Lyon e Pomeys - 20 de dezembro de 2027

Titouan Carnot - presidente do Hauts Lyonnais
- Esta aqui é a nossa humilde estrutura, uma pequena sala de reuniões onde nos encontramos com a comissão técnica e com potenciais parceiros e patrocinadores, duas salas de escritório. Uma para mim e outra que nossos diretores responsáveis pelo futebol e pela base dividem o espaço. Vez ou outra Irina fica ali também para receber e avaliar os relatórios da comissão técnica, dos nossos olheiros e analistas. Mas como ela diz, isso é raramente, porque acha ali muita gente pra pouco espaço e prefere ver isso de cabeça mais tranquila em lugares mais espaçosos, então ela só vai lá quando estritamente necessário. Um dos nossos planos para o futuro é justamente construir um novo estádio com uma nova sede, mas por enquanto isto é o que temos para hoje.

Naquela sala de reuniões tivemos um encontro recente com os presidentes de Andrézieux-Bouthéon, do Stade Poitevin e do L'Étrat para definir um possível acordo de parceria. Optamos pelo Andrézieux, a pedido de Irina, porque ela queria "repagar de alguma forma" eles terem dispensado o Anthony há alguns anos e nos dado a oportunidade de contar com um goleiro que até hoje é nosso titular. Então podemos enviar-lhes jogadores emprestados sem custo, realizar amistosos para ajudá-los na captação de recursos e também pagaremos anualmente a eles uma quantia de pouco menos de €20 mil.


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Aproveitamos o final das reformas em nossas instalações de treinamento para investir na ampliação e melhoria das condições para nossa categoria de base, e é aí que determinaremos nossos esforços para qualificar cada vez mais nossas estruturas. Por isso que, no momento, demos ênfase na montagem de um elenco competitivo e apto para disputar a Ligue 1 sem muitos sustos. E essa decisão cada vez mais se mostra acertada, porque a imprensa já se derreteu em elogios ao Rayan após a goleada sobre o Saint-Étienne e o Berthon foi eleito a revelação do ano da Ligue 1.


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Isso sem contar que a Irina foi eleita a treinadora do ano da Ligue 2. Então estamos fazendo apostas interessantes que têm se provado, cada vez mais, certeiras. Estou muito contente pelos rumos que estamos tomando!

Irina Kollontai - treinadora do Hauts Lyonnais
- A felicidade de ter ganhado o prêmio de treinadora do ano da Ligue 2 é enorme. Fizemos um grande trabalho em todas as temporadas que estive à frente do clube e receber essa premiação só demonstra que estamos no rumo certo. Cada um dos nossos passos é muito bem calculado porque nós não temos a chance de cometer erros ao longo da trajetória, porque um erro em qualquer momento desse caminho é o que define a nossa progressão ou estagnação. Queremos avançar, progredir e, sobretudo, nos estabilizar agora que chegamos na Ligue 1. Posso afirmar, sem medo nenhum de estar equivocada, que estamos no caminho certo e lutaremos até o fim de todos os jogos para um bom resultado para o Hauts.


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Podemos perder ou empatar, mas a nossa torcida vai saber que sempre nosso time entra em campo com o desejo de conseguir o resultado e isso é algo muito importante para o nosso moral. Na sequência deste último trimestre experimentamos as primeiras derrotas no campeonato, os primeiros grandes dramas por classificações e pontuações, mas ainda assim seguimos firmes e fortes completamente longe da temida zona de rebaixamento. Aliás, nós terminamos o ano achando que a Champions League é uma coisa que não parece distante. Quem imaginaria uma coisa dessa?
 

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O primeiro jogo mais complicado do trimestre veio contra um adversário forte. O Nice tem um elenco com vários jogadores conhecidos, rodados e de altíssima classe e batemos de frente contra uma equipe bem armada taticamente. Conseguíamos controlar o jogo, mas tínhamos dificuldade na infiltração das linhas defensivas e muitas das jogadas que tínhamos para romper essas linhas não estavam sendo muito eficientes e eles conseguiram, de forma brilhante, quebrar várias linhas de passe que eram muito fáceis para executarmos. Mas mesmo assim conseguimos abrir o placar, de pênalti, com o Rayan.

No segundo tempo, porém, eles começaram a jogar de forma frenética e veloz que não foi uma nem duas vezes que meus atletas vieram à beira do campo perguntar alguma coisa sobre posicionamento, sobre as subidas ofensivas e coisas assim. Eles tinham passes rápidos e não hesitavam em momento algum para concluir as jogadas. As primeiras três chances do segundo tempo foram deles, mas todas de chutes que não causaram muito perigo até o momento que o 10 deles pegou a bola, driblou dois rapidamente e entregou um passe livre para o centroavante marcar. Foi um gol bonito mas que me gerou muitas dúvidas: eles chutavam de qualquer jeito, mas têm jogadores bons o suficiente para quebrar toda a nossa solidez defensiva num piscar de olhos. Como gerenciar isso? Então depois do empate modifiquei algumas coisas e tentei bloquear mais a possibilidade deles penetrarem em nossas linhas, o que, ao mesmo tempo, limitou muito nossa criação de jogadas. Dali em diante o jogo se tornou um show de horrores porque nós não conseguíamos criar, só tínhamos uma posse improdutiva, e eles tentavam desesperadamente virar o placar de qualquer jeito. O empate acabou ficando de bom tamanho.


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Depois, contra o Nantes, foi uma lástima. Foi nosso jogo mais azarado no campeonato sem sombra de dúvidas. Até começamos bem o jogo, dominando os adversários e sendo muito perigosos enquanto eles estavam tentando se segurar do jeito que dava. O problema veio aos 15 do segundo tempo quando o Fede tomou o segundo amarelo e foi expulso. Eu implorei no vestiário para ele jogar de forma mais cautelosa, evitar o conflito e o cartão, mas, infelizmente, não deu certo. Com a expulsão dele, os canários decidiram que gostaram do jogo e aí foram para cima. Criavam com muita facilidade e fizeram dois gols muito bonitos em cima da gente. Uma derrota triste e amarga, mas é uma experiência que fica.


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O jogo que eu mais esperava, porém, era contra o Paris Saint-Germain. Quem não quer enfrentar um clube recheado de craques e se provar contra um time forte e competitivo? Tínhamos um plano, mas eles tinham a velocidade e a habilidade. É difícil marcar gente assim. No primeiro tempo a partida já estava decidida com dois gols de Mbappé e Macias, os dois atacantes. Sinal que não adiantou destacar meus dois volantes na marcação individual a eles, tentando sobrecarregá-los. Eles achavam espaço mesmo assim. Como, pra mim, o jogo já estava decidido e perder de um ou perder de mil é a mesma coisa, tentei no segundo tempo relaxar meus jogadores e incentivá-los a jogarem como se o placar estivesse neutro. Aproveitamos também que eles tiraram um pouco do pé, mas conseguimos diminuir o marcador depois que o Milan conseguiu fazer uma pressão em Marquinhos, roubou a bola e marcou o gol. Foi uma pena que eles mataram logo aos 40 do segundo tempo, mas no geral ficou o aprendizado. Espero melhorar para as próximas partidas contra eles.
 

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O meu medo, contudo, foi a partida seguinte, contra o Rennes. Eles têm um time fantástico e costumam jogar um futebol de alta qualidade, mas nessa temporada estavam um pouco cambaleantes. Só que o que eu vi nessa partida foi uma coisa que eu jamais esperaria: eles cometeram erros graves na marcação, na interceptação e tudo mais que se possa imaginar e nós, felizmente, soubemos aproveitá-los com maestria. O Murić, que é um excelente goleiro, falhou em dois gols e nos ajudou a conquistar uma grande vitória e recuperar um pouco do ânimo perdido após a derrota para o PSG.


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Fechamos o ano com uma partida dificílima contra o Nice e, novamente, um empate. Diatta marcou logo no começo se aproveitando da marcação tentar cortar as linhas de passe e cruzamento enquanto dava espaço para ele subir. Ele encontrou uma linda tabela com o Mohamed, invadiu a área, e bateu cruzado para marcar. Eu entrei em êxtase, porque o conforto do gol veio logo aos 8 minutos de jogo e, com isso, poderíamos reter a bola e ameaçar melhor porque o tempo estava do nosso lado. Eles, contudo, se recuperaram do gol e retomaram a compostura. Decidiram que a bola em seus pés era algo importante também e mantiveram a partida equilibrada, criando ótimas oportunidades com perigo. O nosso azar foi que eles empataram nos acréscimos do segundo tempo e as penalidades foram inevitáveis.

Mas ali que a estrela do nosso querido Anthony brilhou, quando pegou a cobrança de Laborde. Enquanto nós convertemos todas as nossas penalidades. Um resultado dramático, mas que nos leva à próxima fase da competição.
 

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Mesmo sentindo um pouco mais de pressão neste último trimestre, seguimos na vice-liderança com 33 pontos, onze atrás do PSG que deve ser confortavelmente campeão, e acredito que já posso falar, com mais calma, que o rebaixamento já não é uma possibilidade. A Champions é, porque temos 4 pontos de vantagem do Monaco e do Montpellier, que fecham as disputas pela vaga na maior competição continental. Tudo o que vier daqui para a frente já nos é um grande lucro, porque o grande objetivo que tínhamos era escapar do rebaixamento. Mas estaremos, sim, brigando até onde nos for possível!
 

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Logo depois da virada do ano visitaremos o Pontivy na Coupe de France e é um jogo que, espero, vençamos com certo conforto mesmo com o time reserva. Porém os três jogos seguintes serão teste para cardíaco porque Lyon, Marseille e Lille são bons times e têm tudo para nos enfrentarem querendo nos tirar alguns pontos. Principalmente o Lille, que vem mal no campeonato. O mês de fevereiro é um pouco mais tranquilo, apesar dos confrontos contra Montpellier e Strasbourg, porque teremos três jogos em casa. E em março precisaremos fazer nosso trabalho para manter o bom ritmo. Quem sabe assim nós nos consolidaremos como francos candidatos à estreia continental logo numa UEFA Champions League!

Editado por Herr Jones
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Time continua com uma campanha muito boa. Que o PSG dispare não é surpresa nenhuma, infelizmente vai ser um campeonato pelo segundo lugar mesmo. Mas nessa disputa está mandando bem demais. Achei que o time ia cair mais de produção nessa parte.

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Irina continua em grande e vencendo prémios individuais, mas acabamos por descer à terra. PSG é muita areia para a camioneta, mas a campanha continua a surpreender e 2º lugar seria fenomenal.

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Um segundo lugar na liga seria muito bom, mesmo porque o PSG já começa a disparar. Ver a Irina disputando uma Champions League seria muito bom.

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Em 08/09/2023 em 02:25, Danut disse:

Time continua com uma campanha muito boa. Que o PSG dispare não é surpresa nenhuma, infelizmente vai ser um campeonato pelo segundo lugar mesmo. Mas nessa disputa está mandando bem demais. Achei que o time ia cair mais de produção nessa parte.

O que mais impressiona é a solidez e consistência do time. Mesmo contra adversários muito mais fortes é perceptível a quantidade de jogadas semelhantes que o time cria, inclusive em bolas paradas, e esse entrosamento é fundamental para entender a maravilhosa campanha até aqui. A felicidade de ler o "infelizmente vai ser um campeonato pelo segundo lugar mesmo" é grande, porque o time acabou de subir e eu esperava estar brigando, se muito, por um meio de tabela. E a produção continua muito boa mesmo. Até o jogo contra o PSG, apesar da goleada, foi bom de assistir e não tinha como reclamar do resultado porque eles conseguiram interceptar bem várias jogadas que fizemos e explorar muito bem a que, me parece, a única fragilidade que temos até aqui: a velocidade na recomposição. Não tem como correr atrás daquele monte de velocista do time deles (Hakimi, Nuno Mendes, Havertz, Mbappé, Macias com Neymar e Soler ainda entrando descansados para piorar minha situação hahahaha). É muita qualidade pra gente se virar, mas no geral foi uma partida até boa e relativamente bem equilibrada.

Em 08/09/2023 em 06:29, Cadete213 disse:

Irina continua em grande e vencendo prémios individuais, mas acabamos por descer à terra. PSG é muita areia para a camioneta, mas a campanha continua a surpreender e 2º lugar seria fenomenal.

Era difícil não darem o prêmio de melhor treinadora da Ligue 2 pra ela, a campanha da última temporada foi simplesmente avassaladora e irrepreensível. O time dominou tudo praticamente do começo ao fim e chegou até essa Ligue 1 com os ânimos em alta. Inclusive tem mostrado um futebol do mesmo nível, senão melhor, e isso é algo fantástico. O PSG realmente é um time difícil de se jogar contra, mas mesmo tomando a goleada que tomamos penso que foi um jogo proveitoso. De qualquer forma o time segue muito bem na tabela e alcança feitos inesperados, esse 2º lugar até aqui é absolutamente fantástico e seria divino mantermos o mesmo ritmo da campanha para fechar com uma classificação à Champions League.

Em 09/09/2023 em 11:57, LC disse:

Um segundo lugar na liga seria muito bom, mesmo porque o PSG já começa a disparar. Ver a Irina disputando uma Champions League seria muito bom.

Seria maravilhoso mesmo. O PSG já praticamente garantiu o título porque quem tá mais perto é nossa equipe e já vimos que o páreo contra eles é duro; imagina dos que estão atrás? Mas a classificação para a Champions é definitivamente um objetivo bastante exequível e pode ser o ápice de todo um trabalho de recrutamento muito bem feito, pinçando ótimos jogadores em ligas bastante alternativas que chegaram, se encaixaram bem e vêm dando conta do recado com muito gosto.

Logo mais posto a atualização porque empolguei demais jogando essa Ligue 1 e estou aproveitando meu recesso pra dar uma adiantada antes de algumas viagens que vou fazer. :)

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T06: Capítulo 27 -  Será que é para ligar o alerta?
🌍 
Casa de Irina, Lyon - 20 de março de 2027 | 18h

Narradora: passaram-se mais três meses de um campeonato recheado de emoções para o Hauts Lyonnais. Irina está sentada em sua casa à beira do rio Rhône enquanto contempla a paisagem pensando o que deu errado no dia de ontem, quando o Hauts empatou com o Nice num fiasco impressionante. Ela abre uma cerveja e nos chama para organizar o equipamento de filmagens, pois este capítulo é dela.

Irina Kollontai - treinadora do Hauts Lyonnais
- Vocês sabiam, pessoal, que depois de bons e maus resultados a gente gosta de tomar alguma coisa para extravasar ou mesmo para refletir? Todo mundo cria uma aura estranha em torno de profissionais do esporte, mas eles são como você e eu. Gostamos de nos descontrair, e é necessário que façamos isso para não deixar aquela pressão diária do nosso trabalho nos consumir. Mas deixemos isso de lado. Vamos ao que interessa: algumas notícias do nosso dia-a-dia porque o futebol, pra mim, não é só treino e jogo. Tem mais coisas administrativas que fazem parte do meu papel. A primeira boa notícia foi que, finalmente, pude começar minha última etapa no curso de treinadora. É um curso longo, de 1 ano, em que estou aprendendo bastante e, honestamente, estudando além da conta também. Pode ser que isso tenha interferido um pouco no nosso rendimento, mas não posso afirmar com certeza. Só sei que daqui a uns 9 meses receberei minha licença pro da UEFA e isso só tende a acrescentar em minha capacidade de gestão em todos os sentidos. A segunda boa notícia é que conseguimos concluir a melhoria do centro de treinamentos da nossa base, podendo agora trabalhar melhor com as boas peças que captamos nestes últimos tempos. Da mesma forma, era importante começar a qualificar ainda mais nossas estruturas e outra decisão que tomamos, sobretudo com algumas saídas de janeiro, foi a de melhorar as nossas estruturas de treino, reforma esta que começou hoje se não me engano, e também a expansão de nosso querido e modesto estádio, mas ela apenas começará ao final da temporada a meu pedido porque precisamos aproveitar a mística que temos no Stade de la Neylière para seguir encaixando bons resultados na nossa briga pela classificação à Champions League. Também contratamos um arquiteto para replanejar algumas estruturas da nossa base, porque apesar da conclusão recente das reformas por lá, ainda sentimos que temos muito o que melhorar e demos até o final deste mês para que ele entregue uma planta melhor detalhada e com mais espaço para comprarmos, adiante, equipamentos até chegar ao estado da arte em termos de estrutura de treinos. Pretendemos começar esta reforma em algumas semanas e sabemos que, ao final, haverá alguns espaços livres e sem muitas coisas mas foi a forma que pensamos para crescer tudo de forma orgânica. Inclusive, algumas das ideias deste arquiteto foram e outras serão incorporadas na reforma da nossa estrutura de treinamento da equipe principal. Falando nisso, como não sabia quando começaria a reforma no nosso CT, decidi dar aos meus atletas o dia de folga hoje para refletirem bem sobre a partida de ontem e eu também poder pensar e digerir tudo. Amanhã retomaremos aos trabalhos em condições normais de temperatura e pressão, se tudo der certo. Por fim, para terminar essas bobagens administrativas que pouca gente tem interesse em saber, fechamos uma parceria com o Jeanne D'Arc de Drancy, um simpático clube que disputa o National porque me parece ser um bom plano para começarmos a pensar em nosso futuro e, quem sabe, ajudá-los a progredir com alguns jovens que estão preparados para jogar competitivamente mas ainda não têm o padrão que precisamos em nossa equipe principal.

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<suspira> Então vamos à parte complicada... Abrimos o ano com uma goleada tranquila sobre o Pontivy pela Coupe de France, algo que já esperávamos e pude encaixar um time recheado de reservas para batê-los tranquilamente. Na sequência veio a nossa esperadíssima partida contra o Olympique Lyonnais. Receberíamos nossos adversários, de uma rivalidade que criamos em nossas cabeças, aqui no Stade de la Neylière e queríamos capitalizar na boa forma que estávamos tendo ao longo do ano passado. Com toda a certeza seria a injeção de ânimo necessária para que todos corrêssemos em dobro para alcançar a nossa sonhada Champions League.

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O jogo em si não foi nada demais. Aproveitamos muito bem a posse de bola e tentávamos criar nossas jogadas trabalhando bem os passes até encontrar aquele passe lindo, que todos gostamos de ver, capaz de romper as linhas de marcação e deixar a defesa adversária perdida. Encontramos ele logo cedo, aos 11 minutos, quando o Ewan recebeu a bola, parou e driblou rapidamente o Aouar, enquanto progredia em campo. Nessa progressão a dupla de volantes adversária se desesperou e veio afoita para reduzir o espaço, mas não deu tempo porque no meio do caminho o Ewan já tinha achado o passe lindo, entre os dois volantes e nas costas da defesa, que tinha subido para recuperar a linha perdida, para o Mohamed. Ele não tinha reparado a subida da defesa adversária e ficamos, sem forçar muita coisa, numa situação de superioridade numérica com três jogadores, já que o Geubbels tinha recuado acompanhando a zaga, e o Mohamed não contou conversa, correu e tocou na saída do goleiro. Foi um gol bonito em uma jogada muito bem tramada.

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Na sequência veio um dos jogos mais difíceis que jogamos nesse campeonato. Acho que foi até o mais difícil, porque o PSG venceu a partida contra nós por conta da superioridade técnica e física; o Marseille me deu um nó tático que até hoje não sei como superar. Vejo e revejo essa partida e não faço ideia do que eu poderia ter feito para evitar o que aconteceu. O placar de 2x1, aliás, ficou até pouco para o que aconteceu no Vélodrome. Veja bem, eu não estou dizendo que o time deles não é melhor técnica e fisicamente do que o nosso, eu estou dizendo que, neste jogo em específico, eles conseguiram neutralizar absolutamente tudo o que tentamos fazer e isso tem mais a ver com superioridade tática.

Até conseguimos abrir o placar em nossa primeira chance, com o Magdy. Com o gol veio o alívio, já que eles haviam finalizado umas três ou quatro vezes, todas com muito perigo, e a sorte é que o Anthony estava em um dia inspirado. Depois de abrir o placar esperei aquela naturalidade de que poderíamos parar, pensar e jogar enquanto o adversário se desesperaria e tentaria de qualquer jeito o empate, algo que me acostumei bastante a ver ao longo dessa Ligue 1. Mas eles mantiveram a compostura, jogavam no ritmo deles mas sabiam escolher o melhor momento do passe. Seguiam tornando nossa vida defensiva um inferno e eu não sabia o que fazer pra mudar esse jogo porque, pra mim, desde lá já me parecia condenado pelo simples fato de ser praticamente impossível o Anthony conseguir fechar o gol em tantas oportunidades que eles criavam, e criavam com uma facilidade absolutamente fantástica. Pois no segundo tempo, depois da sempre muito produtiva conversa com o treinador, eles voltaram ainda mais perigosos e aí não deu jeito. Empataram e viraram a partida, muito merecidamente. Tanto que ao final do jogo cumprimentei rapidamente meus atletas e fui parabenizar minha contraparte adversária pelo belíssimo jogo que realizaram.

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Decidida a tentar recuperar um pouco da moral depois da derrota contra o Marseille, fomos visitar o Rennes pela Coupe de France e me parece que foi aí que tudo começou a desandar. Logo aos 6 minutos de jogo o Sofiane, que é um dos meus homens de confiança, cometeu uma falta dura por ter se atrasado na antecipação, algo que acontece e, pra ele, foi muito azar de ter realmente sido uma falta dura, e acabou punido com a expulsão. Se com onze homens a partida seria difícil, com dez, então, seria impossível. Optei por priorizar a defesa e explorar os contra-ataques, algo que não estávamos muito bem familiarizados mas em um deles veio o escanteio que nos abriu o placar: Milan cruzou no segundo poste, Allan escorou para o outro lado e o Clément estava sozinho, livre da marcação para cabecear às redes... Depois dessa, moj drug, eu mandei todo mundo ficar lá atrás e fechar a casinha porque não seria nada melhor do que isso. Deu certo....... Até os 44 minutos do segundo tempo, quando todo mundo estava empolgado e ansioso para o jogo acabar que se desconcentraram e deixaram eles empatarem a partida. Advinha a ironia do destino? Isso mesmo. Foram dez pênaltis cobrados para cada lado. Isso significa que todos os meus jogadores que estavam em campo cobraram pelo menos um pênalti e eles puderam escolher alguém dentre seus onze homens para deixar de fora das cobranças. Foi um momento de tensão até o Niakhaté cobrar e o Anthony defender, isso na nona cobrança. Infelizmente, para nós, o Allan cobrou para fora e aí começou o coração a disparar. Ainda mais porque o próximo cobrador deles seria um homem de linha, que teoricamente teria mais aptidão à finalizar e o nosso seria o goleiro que definitivamente não o tem. O Hadji cobrou e marcou. Aí começaram os 15 segundos mais longos da minha vida vendo o Anthony, nosso goleiro tendo que se responsabilizar por uma cobrança que nos manteria vivos na partida. Ele ajeitou a bola, respirou bastante. Olhou para a meta e cobrou.......... Pra fora. Fomos eliminados ali e ele desabou no chão, desconsolado, pois acreditava que quem nos eliminou foi ele. Fui até lá, abracei-o e disse que ele fez uma grande partida e que se não fosse por ele nem ali estaríamos. Hoje não era o dia dos nossos ídolos, porque todos caímos juntos, mas sustentamos uma dura batalha até o final. Até a última gota de suor que tínhamos e isso é honroso.

Mas como se não bastasse eu ter que lidar com o desapontamento de nosso plantel pela eliminação, ainda me veio mais um problema que possivelmente eu ajudei a criar. O Alexandru, que é um ótimo jogador e costuma se envolver bastante no meu time em campo, pediu-me um novo contrato. Era algo razoável e uma conversa que, em outro momento, não criaria nenhum problema... Mas este não era outro momento, ali eu estava chateada. Com raiva de abrir os jornais e ver a imprensa criticando tanto o Sofiane quanto o Anthony como responsáveis pela nossa eliminação, não foram. Eles deram azar. Só que a raiva a gente não consegue conter e na hora que o Alexandru veio me pedir o contrato, eu falei um "não" ríspido para ele, que interpretou como se eu não tivesse mais interesse nele. E isso virou um burburinho na imprensa que não ajudou nem a mim, nem a ele.

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Com o moral completamente abalado após a difícil eliminação contra o Rennes, fomos visitar o Lens e, em um dia completamente apagado, sofremos uma derrota bastante pesada contra uma boa equipe que não tinha nada com nosso desânimo. Foi basicamente o que fizemos com o Rennes ainda no ano passado. Para se ter uma ideia do nível de nervosismo que estávamos, o Igor ainda foi expulso da partida na segunda metade do segundo tempo. Um jogo para esquecermos!

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Na sequência era fundamental que buscássemos uma recuperação, reencontrar o futebol ou algo assim. Porque estava tudo errado. Passei a semana inteira conversando bastante com os jogadores, elogiando seus desempenhos nos treinos e tentando, de alguma forma, recuperar o brio que havia nos colocado lá em cima. E então fomos para o jogo contra o Montpellier... Primeiro tempo dominávamos as ações, finalizávamos e eles bloqueavam; construíamos e eles interceptavam, parecia que tudo ia dar errado até que deu. Numa dessas interceptações, repuseram rapidamente e Mavidi correu mais que nossa defesa e abriu o placar. Eu não sabia o que fazer, porque estávamos bem em campo e o gol foi um fantasma que brotou ali para tentar nos desconcentrar. No vestiário era visível as caras desanimadas em todo mundo. Passei os quinze minutos falando que estávamos bem, que o que nos estava faltando era o penúltimo passe e era ali que precisaríamos decidir um pouco melhor. Optei, naquele momento, por tirar o Rayan de campo e colocar o Willem, que é um pouco mais móvel e conseguiria navegar melhor dentro da estrutura defensiva deles. E voltamos para o segundo tempo... Aos 15 minutos eles ampliaram e eu não sabia o que fazer. Era um absurdo estarmos a perder aquela partida, então rasguei anotação, rasguei tática, rasguei... cyka blyat. Eu joguei tudo pro alto e chamei o Ewan para ele mandar todo mundo pra frente e seja o que acontecer. Só berrava ao lado do campo. "SOLTA ALI, SOLTA AQUI, SOLTA LÁ, CORRE, CORRE, AVANÇA, NÃO TOCA PRA TRÁS" e era isso. Minha instrução foi mandar o time esquecer do que planejamos e tocar o foda-se. Aos 19 o Willem diminuiu, num lançamento rápido nas costas da zaga, ele aproveitou a velocidade e tocou na saída do goleiro. Três minutos depois, novamente, ele fez o mesmo, mas desta vez o goleiro conseguiu espalmar para escanteio. Dali o Milan encontrou a cabeça de Nikola no primeiro poste, que escorou rapidamente para empatar. Eu entrei em êxtase. Elogiei todo mundo e comecei a berrar do lado de fora do campo "ESQUECE A PORRA DA TÁTICA, EU NÃO SEI DE NADA, JOGUEM QUE VOCÊS ENCONTRAM O CAMINHO, SUFOCA ELES E NÃO PAREM DE ATACAR!". O time manteve uma pressão absurda o Montpellier que, desta vez, não conseguiu segurar e no cair do pano, Willem virou a partida e nos trouxe os três pontos mais complicados que conquistamos até aqui. Sem tática. Sem nada. Apenas na emoção.

O jogo seguinte foi uma quebra total da emoção, porque recebemos o Strasbourg e tivemos uma dificuldade enorme em concluir as jogadas e o empate em 1x1 acabou sendo justo.

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O que me deixou indignada foi contra o Saint-Étienne que conseguimos empatar em 1x1 contra um time que não finalizou UMA ÚNICA VEZ NO GOL!!!!!!!!!! <disse, gritando>. Eu não quero nem falar muito dessa porcaria de partida porque só de lembrar eu já me irrito, mas é um absurdo o que aconteceu. Abrimos o placar com Clément, após cobrança de escanteio, e NO LANCE SEGUINTE, na saída do meio de campo o Igor recuou no contrapé do Antony e marcou contra. COMO É QUE PODE O TIME FAZER UMA COISA DESSA??? Eu não sei explicar, meus jogadores não souberam explicar. Foi uma desgraça, mas paciência. Não jogamos mal, dominamos o jogo e conseguimos criar nossas oportunidades. Demos azar de não aproveitá-las e de termos feito um gol contra inexplicável. E que definitivamente abalou o moral de todo mundo, porque depois disso não conseguíamos criar porcaria nenhuma e ganhamos do Toulouse com um gol de Allan, depois de um escanteio, em mais uma partida que o adversário sequer finalizou à nossa baliza e empatamos com o Angers depois de tomar um banho deles durante todo o jogo até alcançarmos o empate aos 47 do segundo tempo.

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E então chegamos a mais um momento inexplicável deste maravilhoso trimestre com o Hauts. A partida de ontem. O time se soltou um pouco mais e melhorou a capacidade criativa, tanto que aos 9 minutos o Rayan abriu o placar após bom passe do Mohamed. Aos 7 do segundo tempo Ewan cobrou uma falta magistral e ampliou o placar, então seguíamos mantendo uma boa forma, jogando bem, sem dar muitos espaços até que o time deu um apagão repentino que aos 45 do segundo tempo a linha de marcação simplesmente desistiu da jogada e eles diminuíram, depois aos 47 novamente a mesma jogada e a mesma coisa. Eles empataram. Eu não sei explicar, eu não entendi o que aconteceu. Eu simplesmente estou impactada com essa sequência de dificuldades que nós mesmos nos criamos.

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Pelo menos, mesmo com essa queda abrupta de rendimento e as estranhezas todas que tivemos de passar, seguimos na terceira colocação e agora é praticamente impossível alcançar o Monaco, ainda mais com essa sorte que temos ultimamente, mas estamos no páreo para a Champions com 2 pontos à frente do Montpellier, graças à remontada que conseguimos contra eles, e 4 à frente do Marseille que é o vencedor do troféu maior nó tático que sofri na minha carreira. Na janela de transferências de janeiro não fizemos nenhuma contratação, porque achei que o time estava bem e tudo estava ótimo, mas acabamos recebendo uma proposta irrecusável de €22,5 milhões do Colônia pelo nosso ala direito El Hadji Diatta e era difícil dizer não, mesmo ele sendo titular indiscutível. Também liberamos o Santiago Costa, que pediu para não vendê-lo e depois disse que analisaria suas possibilidades ao final do contrato. Tentei de todo jeito conseguir algum trocado por ele e o que conseguimos foi €175 mil do Luzern, então ele terminará a temporada na Suíça.

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Bem, taça foi à vida e uma senda de empates nos últimos jogos que tornam a vida da nossa treinadora complicada. Melhor mesmo acabar com o curso e sentar à janela para refletir bem no que fazer.

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Precisei ler duas vezes para ter certeza que não era uma expansão de 1.800 lugares, e sim uma expansão para 1.800 lugares. Não lembrava que o time tinha um estádio tão pequeno. Inclusive tá cara essa expansão aí hein, com essa capacidade era pra ser bem mais barata a obra. Aposto que tem diretor levando por fora. 

Que doída essa eliminação na copa. Gol no finalzinho, disputa de pênaltis... até me lembrou a final perdida com o meu AmaTuks. A diferença é que tu ainda teve a chance de classificação na 9ª(!) cobrança, além de ter jogado a partida toda com um a menos. Triste mesmo que não tenha levado a vaga.

Na liga o time começou a dar umas bobeadas. Empate em 1 a 1 com time que não chutou no gol é uma daquelas histórias tristes que todo mundo já viu acontecer uma vez, mas que é sempre inacreditável quando acontece. 

Ainda está bem vivo na briga pela Champions, o que é ótimo considerando as expectativas. Mas o time precisa parar com essas bobeadas. 

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19 horas atrás, Cadete213 disse:

Bem, taça foi à vida e uma senda de empates nos últimos jogos que tornam a vida da nossa treinadora complicada. Melhor mesmo acabar com o curso e sentar à janela para refletir bem no que fazer.

Pois é. Foram três meses de resultados razoáveis porque o time segue bem, mas que poderiam definitivamente serem muito melhores já que teve muito azar envolvido na situação. Agora é retomar o caminho dos bons resultados, porque não estamos jogando tão mal assim.

17 horas atrás, Danut disse:

Precisei ler duas vezes para ter certeza que não era uma expansão de 1.800 lugares, e sim uma expansão para 1.800 lugares. Não lembrava que o time tinha um estádio tão pequeno. Inclusive tá cara essa expansão aí hein, com essa capacidade era pra ser bem mais barata a obra. Aposto que tem diretor levando por fora. 

Que doída essa eliminação na copa. Gol no finalzinho, disputa de pênaltis... até me lembrou a final perdida com o meu AmaTuks. A diferença é que tu ainda teve a chance de classificação na 9ª(!) cobrança, além de ter jogado a partida toda com um a menos. Triste mesmo que não tenha levado a vaga.

Na liga o time começou a dar umas bobeadas. Empate em 1 a 1 com time que não chutou no gol é uma daquelas histórias tristes que todo mundo já viu acontecer uma vez, mas que é sempre inacreditável quando acontece. 

Ainda está bem vivo na briga pela Champions, o que é ótimo considerando as expectativas. Mas o time precisa parar com essas bobeadas. 

O time é de um vilarejo minúsculo perto de Lyon. A capacidade de 1800 pessoas é maior do que a quantidade de habitantes do lugar. HAHAHAHAHA!

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O "estádio" do clube é aquele gramado enorme ali atrás. Risos.

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Também achei cara a expansão, mas como tem que criar praticamente toda a estrutura do zero é compreensível. Hahaha!

Quanto à eliminação, foi triste demais porque estávamos bem no jogo e o placar era favorável, mesmo com um jogador a menos praticamente o jogo inteiro. Eu definitivamente não esperava o gol já no final, porque naquele momento já tinha feito uma recomposição e esse jogador a menos não era algo que atrapalhasse nossa vida, já que o foco era mesmo a solidez na defesa. Infelizmente não deu certo e quis o jogo que fosse o goleiro e ídolo que desperdiçasse o pênalti decisivo. O lado "bom" é que permite focar inteiramente na liga e isso pode ajudar a manter uma consistência melhor. Só que com esse monte de bobeadas que estamos cometendo no final das partidas, é algo que me preocupa um pouco.

Mas mesmo assim, eu não esperava que a minha preocupação na temporada de estreia na Ligue 1 seria a de organizar o time pra manter dentro da zona de classificação para a Champions hahahaha

______________

Como eu esqueci de postar os próximos jogos e ainda tenho um post sobre a fornada pra fazer, que foi no meio desses jogos caóticos entre janeiro e março, vou aproveitar pra fazer agora porque eu já terminei a temporada e daqui até o final do mês eu tenho duas viagens pra fazer, uma, inclusive, daqui a pouco.

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T06: Capítulo 28 -  Captação de jovens jogadores
🌍 
Sala de Reuniões do Hauts Lyonnais, Pomeys - 22 de março de 2027 | 13h30

- Salut, Irina. Ça va? - pergunta Rami, diretor das categorias de base do Hauts Lyonnais.
Privet, Adil. C'est tranquille et vous? - responde.
- Tudo na paz também. Venha cá, você já viu a gurizada jogando?
- Que gurizada, rapaz?
- Da peneira.
- Poxa, eu tô tão compenetrada tentando resolver essa situação trágica de empates sucessivos que nem soube disso.
- Tudo bem. Eu elaborei aqui uma apresentação pra você ver. Tive que agir rápido já que eles ficaram em testes aqui por umas duas semanas e não escutei nada de você nem do Vargas, então escolhi quem faria a formação conosco.
- Eu confio em você, mas me diga aí o que tenho pro futuro, ó, grande vidente?
- Hahahaha.

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- No geral eu achei que tivemos um excelente processo de captação, com quatro jogadores que eu e o Moussa julgamos terem um ótimo potencial para chegar ao time principal como peças fundamentais, outros quatro que podem dar uma ótima profundidade no time titular e mais dois que têm futuro mas depende bastante de como trabalharemos com eles.
- Tanta gente assim? A última foi uma coisa divina que eu tô quase subindo um dos rapazes pro time titular pra dar oportunidades e ver se melhora nossa situação defensiva. Aí agora você me traz dez jogadores que podem chegar ao time principal? Me lembra de pedir ao Tito pra te dar um aumento...
- Hahaha! Deixa eu falar um pouquinho de cada, então. O Pernin é um lateral direito mais ofensivo, que gosta de ganhar campo e dos adversários na corrida. Tem as características que você gosta e apesar de ter algumas limitações na parte defensiva, compensa isso com um bom índice de trabalho e não tem medo de tentar as divididas. Já o Lelievre é um atacante que tem fundamentos muito bons para a posição desde já e acredito que logo mais você vai querer ver ele treinando com o plantel principal.
- Você vai bancar os caras assim mesmo desde os 15, 16 anos? Tá empolgado, hein?

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- Vou sim. Gostei bastante deles. O Leonard, na minha opinião, é um dos melhores que vimos nos jogos da peneira e é um ponta direito canhoto, que gosta de cortar pra dentro e partir pra cima do adversário. Ele finaliza muito bem também.
- Pera, esse senhor barbudo aí tem 15 anos? Você chegou direitinho a documentação dele?
- Hahahaha! Chequei, sim. Tudo nos conformes. Fique tranquila... O Dehais é um volante interessante, com bons fundamentos embora eu acredite que ele precise dar uma ênfase em sua marcação. Tem tempo pra isso ainda. Kayembe, por sua vez, é um zagueiro interessante, tem uma preparação física muito boa e gosta bastante de correr. O problema com ele é os fundamentos para ser um zagueiro, mas tem bastante espaço para se desenvolver e também pode jogar ali como volante, então é um jogador que tem sua potencialidade. Já o Beaurain é um outro zagueiro, este com uma boa capacidade no jogo aéreo. O Vincent é um centroavante que não se compara tanto com o Lelievre, mas tem boas características para atuar nas pontas como fez durante a peneira. Só que depois de aprovado, disse que preferia ser atacante embora entenda que a comissão técnica possa utilizá-lo como achar melhor. Como essa foi a peneira dos atacantes, o Jaffre é outro que impressionou. Só que, novamente, ele foi mais eficaz atuando nas pontas porque tem um jogo aéreo bastante fraco mas compensa isso com um excelente controle de bola.
- É, esses dois últimos aí, pelo que você me compilou parecem ser mais adequados para atuar nas pontas. O problema é que o Edu tá tentando usar um esquema parecido com o nosso do time principal lá no sub19 e, bem, não usamos pontas. Talvez seja o caso de conversar com ele, que atuou ali na área do ataque, para tratá-los como ele achar melhor.
- Com certeza. Os dois últimos foram jogadores que analisamos para compor o elenco mesmo do nosso sub19. O Pierson é um goleiro bastante comum, sem muito destaque mas que servirá para o setor, pois precisamos de um goleiro já que estamos tentando nos inscrever em várias competições de base e acho que é necessário ter alguém ali para cobrir quando encontrarmos. E se você nos qualificar para a Champions, com certeza disputaremos a Youth League, então é bom já antecipar tudo de uma vez. Por fim, o último é o Lacoste que é um meio-campista interessante. Tem uma boa técnica, parece ter uma estrutura psicológica muito legal para aguentar as adversidades e se mostrou um jogador muito determinado. Com certeza teremos alguma margem para desenvolvê-lo muito bem.
- Olha, eu gostei dos nomes e dos perfis que você me mostrou. Não dá para ter muita certeza, mas acredito que é um bom momento mesmo para povoarmos um pouco melhor nossas categorias de base, ainda mais que temos agora algumas parcerias que podem nos ajudar bastante no desenvolvimento da garotada. Aliás, essa garotada aí parece tudo mais velho. O que eles estão fazendo com a comida nesse país?!
- Hahahaha! Pois é. Estou trabalhando aqui com o prospecto de classificar nossa base para a Youth League e termos uma competição oficial para disputar, porque a FFF não nos deu uma vaga nos campeonatos nacionais de base até hoje, não importa o quanto eu pedisse... E falando nisso, como tá a ansiedade pra classificar o time pra Champions?

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- Olha, tá boa. Mas vai ser complicado porque essa reta final é um jogo mais difícil que o outro. Tem PSG, tem Rennes, tem Monaco e Lyon ainda pela frente. Sem contar com os desesperados pra fugir da zona de rebaixamento, com os que querem vagas continentais. Vai ser um caos, só que é o que tem pra esses dias, então vamos adiante.
- Fique tranquila porque todos aqui confiamos em você, Irina. A gente tava esperando brigar contra o rebaixamento e você tá sofrendo tentando pensar em como retomar a confiança dos jogadores para classificar para uma Champions League.
- Que todos confiam em mim, eu tô ciente. Tanto que o Tito me implorou pra renovar o contrato e eu acabei aceitando. O problema é que agora que você me disse que tá difícil achar competição de base pra participar, eu acho que a Champions virou quase uma obrigação para continuar trabalhando bem a nossa juventude.
- Não precisa se pressionar assim, não. Tempo de jogo é importante, mas treino também é. O clube está começando a se estruturar por agora, então ter tempo pra garotada treinar é importante também.
- Tudo bem, Adil. Obrigada. Agora deixa eu ir ali, porque tenho um treino para cuidar e me preparar para não empatar contra o Reims. Depois a gente se fala mais, só não desiste de achar competição pra gurizada jogar, porque precisamos muito.

  • 2 semanas atrás...
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T06: Capítulo 29 -  Existem coisas na vida que a gente acostuma
🌍 
Múltiplas localizações na cidade de Lyon | 23-30 de maio de 2027

Milan Guendouzi - meio-campista e capitão do Hauts Lyonnais
- <com um semblante de indignação> O quê? Se temos orgulho da nossa temporada? Claro que sim! O que não temos é mais paciência para ver e ouvir um monte de gente falando mer## do nosso time e da Irina. Nós, jogadores, tentamos fazer de tudo que fosse possível para acabar com essa bizarra onda de insultos, críticas e questionamentos que fizeram com nossa professora. Parece que tudo o que aconteceu em nossa história se resume a estes últimos três meses que, claro, não foram muito bons. A Irina fez tudo o que estava no seu alcance para que conseguíssemos ser o melhor que podíamos e, honestamente, conseguiu. Todo mundo esperava que a gente caísse com nenhum ponto marcado, tinha gente questionando a contratação do Rayan, do Mohamed, de quase todo mundo porque ninguém tinha experiência em uma liga competitiva como a francesa. Eles chegaram e mostraram o trabalho deles, foram importantes e o rebaixamento jamais passou pela cabeça de ninguém depois do terceiro ou quarto mês desta temporada. Aí agora, por causa de uma sequência ruim de resultados, essa gente tem que ficar cornetando? Vai pra p### que pariu. Gente falando que a Irina não sabe treinar, que ela não sabe gerir o elenco, que estamos todos rachados, que tem grupos que não querem jogar e tantas outras coisas.

Anthony Maisonnial - goleiro do Hauts Lyonnais
- Na nossa carreira a gente passa por algumas fases boas, outras ruins. Nas boas ninguém fala muita coisa, nas ruins tá tudo uma desgraça. E não é assim que a banda toca. Eu diria até que nesses últimos tempos, apesar dos maus resultados, foi uma das vezes que eu vi esse grupo treinando com mais força. Porque a gente via a imprensa falando mal da professora, que ela não tinha capacidade de treinar em um nível tão alto e essas coisas assim. Mas ela vinha para os treinos sempre querendo saber como nós estávamos reagindo às críticas, sendo que todas eram praticamente direcionadas a ela. A preocupação que ela teve com cada um dos jogadores do nosso time foi algo que eu nunca vi em toda minha carreira, tanto que teve gente com pouco tempo de jogo que sequer teve o pensamento de pedir um jogo como titular. E mesmo assim, ela tentou, na medida do possível dar tempo de jogo para todo mundo. Mesmo sabendo que algum fulano que nunca pisou num gramado na vida ia questionar a decisão.

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Se quiserem creditar a alguém os maus resultados, que seja a mim. Porque nós tentamos ganhar e eu tomei alguns gols que não tomaria em outros momentos e, inclusive, conversei com o Nicolas, que era meu reserva, para assumir a titularidade. Ele sorriu e foi conversar com a Irina e logo ela veio conversar comigo. Quis saber como eu estava, disse que tinha plena confiança em mim e que o próprio Nicolas disse que seria bom se eu seguisse como titular para recuperar minha confiança. E logo que acabou a temporada, quando eu estava chateado depois da derrota contra o Troyes, ela sentou ao meu lado e pediu que eu seguisse durante as férias fazendo o acompanhamento no departamento médico do clube para reconquistar minha confiança porque na próxima temporada contaria comigo. No Saint-Étienne, no menor sinal que eu tive de queda de rendimento, acabei afastado e fui embora. Aqui não. 

Eu sei que todo mundo acha ela uma pessoa curta e grossa, que não tem muito trato com as pessoas de fora, mas aqui ela é querida por todo mundo. Tanto que ao final da temporada fomos todos do grupo conversar com o Titouan para ter a certeza de que ela não nos deixaria e, felizmente, ouvimos que sim. Então aqui todo mundo mata e morre por ela.

Sofiane Augarreau - meio-campista do Hauts Lyonnais
- Nós até começamos bem a reta final da temporada, porque vencemos o Reims com muita autoridade e logo na sequência tivemos um jogo difícil, mas com vitória, contra o Nantes. O problema é que também o nosso calendário da reta final não foi lá muito amigável com a gente e todos os nossos problemas começaram na derrota contra o Paris Saint-Germain.

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Foi um placar difícil de digerir, mas que não estava também muito fora do que se esperava, afinal de contar o PSG é dono de um dos melhores elencos do planeta e jogava em casa. Tentamos muito só que era muito difícil para marcá-los. Até tivemos umas oportunidades interessantes para marcar o gol, mas o Donnarumma é um goleiro de classe mundial e parou nossas finalizações no gol; em outras começamos a nos afobar e é isso. 3x0 foi um placar justo, só que ele é um placar que querendo ou não abala um pouco o pessoal, ainda mais com eles conseguindo praticamente neutralizar todas as nossas tentativas sem muito esforço. Na sequência, um pouco abalados, recebemos o Bordeaux mas não saímos do 0x0 num jogo que nenhum dos dois times conseguiu fazer nada em campo. Aquele típico jogo que não ajuda em nada.

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A derrota para o Rennes foi triste porque era um jogo que merecíamos ganhar e até fizemos por onde, só que ali o Anthony já estava um pouco abalado com as críticas e teve uma falha crucial logo no começo da partida. O segundo gol não ajudou muito a recuperar a confiança dele, porque apesar de não ter culpa, a gente sabe como o companheiro se sente depois de um erro que dá o gol pro adversário e o quanto é difícil retomar a mentalidade correta para seguir em campo dando sua contribuição. Tanto que no vestiário, a Irina pediu para seguirmos jogando do mesmo jeito pois estávamos bem, e era realmente verdade, depois passou os outros doze ou treze minutos conversando com o Anthony para tentar trazer sua confiança de volta.

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O que matou mesmo foi perder para o Lyon. Era um jogo que estávamos com a mentalidade certa, mesmo sofrendo um gol relativamente cedo. Conseguimos recuperar e buscar até a virada, mas aí um erro do Nikola numa interceptação acabou deixando o Anthony vendido e eles empataram a partida. No vestiário tentamos nos reconcentrar e a Irina, de repente, no meio da conversa parou e olhou para o lado, viu o Anthony sentado com as mãos na cabeça murmurando algumas coisas que eu não entendi muito bem. Ela foi e ficou conversando com ele, pediu para ele tentar se recompor. Só que era uma situação difícil, porque era perceptível que o Anthony não estava com muitas condições psicológicas de voltar a campo, mas a gente não costuma levar goleiro reserva para os jogos, então não dava para fazer mudança nenhuma.

Foi uma pena porque no segundo tempo o Anthony cometeu dois erros e saímos derrotados da partida por um placar desconfortável. No final da partida, a Irina agradeceu nosso esforço e liberou todo mundo para ir embora, enquanto ficou conversando com o Anthony, que estava super mal e falando mais alto que o lugar dele não era ali, que ele era incapaz de competir nesse nível, que era uma farsa e tantas coisas que a gente sabia que não era verdade. Dali em diante nem ela e nem ele frequentaram os nossos treinamentos, eles passaram a semana inteira conversando e tentando recuperar um pouco da motivação dele. Acabou o Nicolas treinando no time titular e um rapaz da base subiu para compor o time de suplentes naquela semana.

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O jogo seguinte seria o último da temporada, recebíamos o Troyes em casa. Irina decidiu levar o Nicolas no banco de reservas, mas insistiu que o Anthony deveria ser o titular. Aproveitou para deixar o Charly como titular também, porque seria a última partida dele no clube já que se aposentaria ao final da temporada. Nos mandou para campo sem pressão nenhuma, para apenas desfrutarmos essa última partida porque já estava tudo decidido e cumprimos muito bem os nossos objetivos. Fizemos uma partida boa, mas quem cometeu alguns erros dessa vez foram os zagueiros. No vestiário, já com a derrota parcial de 3x1, quem tava consolando os nossos defensores era o Anthony, então parecia que essa semana afastado dos treinamentos com bola e focado no departamento médico do clube fez bem a ele. Tanto que no final do jogo, o Clément errou um bote na entrada da área e cometeu um pênalti. A confiança nos olhos do Anthony era gritante, ele estava gritando que ia pegar, que ia pegar e... Pegou mesmo. Defendeu. Encaixou a bola. Não soltou. Depois, de felicidade, isolou a bola pra tiro de meta do Troyes, mas foi muito bom ver aquilo. Tanto que saímos daquela derrota felizes. E aí a imprensa não perdoou, porque a quantidade de imagem do nosso time saindo com um sorriso no rosto depois de uma derrota contra o Troyes, ainda mais em casa, foi o que eles precisavam para inflamar contra a Irina. E nós estávamos felizes porque o nosso companheiro, que estava super mal, retomou sua confiança. Isso ninguém viu, ninguém disse.

Irina Kollontai - treinadora do Hauts Lyonnais
- Tem coisas que a gente se acostuma, não é mesmo? Hahaha! Não foi a primeira vez que tive de lidar com críticas e tenho certeza que não será a última. Da mesma forma que eu tenho certeza que se fosse qualquer outra pessoa no meu lugar, não teria tantas armas apontadas e disparando contra si. Mas tudo bem. É desse jogo. Não tivemos o final de temporada mais brilhante da história, mas isso de forma alguma vai apagar as conquistas que esse grupo alcançou. Os candidatos absolutos ao rebaixamento, com uma treinadora horrorosa e incapaz, vão disputar uma competição europeia. E com muita folga, vale dizer.

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Eu não poderia estar mais orgulhosa dos meus jogadores. De vê-los superando as adversidades, tendo que lidar com fantasmas do passado e encontrando a redenção em um lugar que ela jamais poderia ser oferecida. Estou feliz de saber que o Charly, que tanto fez por nós, decidiu que aqui era o ambiente para pendurar as chuteiras e que seguirá conosco treinando nossas categorias de base. Estou feliz de ver que este time que há pouco tempo estava no National 3 terá a honra de competir em nível europeu depois da primeira temporada disputando uma Ligue 1. Como eu não ficaria orgulhosa?

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Queria aproveitar o momento para agradecer a todo o meu grupo de jogadores fantásticos que se dedicaram para alcançar um feito histórico neste clube. Eles compraram as minhas ideias e executaram com maestria. E daí que o final de campeonato foi ruim? Já estávamos garantidos para competir internacionalmente e tivemos uma tabela bastante desfavorável. É uma questão que eu precisarei pensar melhor a partir da próxima temporada, porque teremos três frentes de disputa e queremos fazer bonito em todas. Mas em um time que tem um armador do nível do Mohamed, que consegue abrir os mares e encontrar os passes certeiros para nossos gols. De um ataque que me complicou as decisões tendo que escolher entre o Willem e o Rayan, que quando entravam deixavam suas marcas. Do Milan, que é uma liderança muito positiva em nosso plantel e sempre está acolhendo de braços abertos quem chega no clube. E até mesmo do Ewan. Um jovem que poderia estar em qualquer clube do mundo e escolheu estar conosco, contribuindo desde sua chegada com bastante segurança defensiva e qualidade na saída de bola. Eu estou é empolgada para começar os trabalhos da próxima temporada, isso sim. Quem tem o direito de reclamar de mim é a presidência e meus jogadores, o resto não me interessa e não vai me abalar.

Titouan Carnot - presidente do Hauts Lyonnais
- Eu lembro que teve um momento nessa reta final que veio todo mundo do time na minha sala. Achei que seria um motim pra derrubar a Irina por conta dos maus resultados, mas foi o contrário. Eles estavam desesperados para saber se ela continuaria aqui, porque teve rumores na imprensa de que eu dispensaria ela ao final da temporada. Eu não sei quem foi que inventou isso, porque essa ideia não passou sequer pela minha cabeça. Não era e nunca foi uma possibilidade, aliás, eu seria irresponsável de demitir ela com o time na zona de classificação para competições continentais em um time que era o principal cotado para o rebaixamento.

A Irina, aliás, é uma das principais responsáveis pela excelente saúde financeira que temos. Montou um elenco forte e competitivo para a Ligue 1 lucrando ainda por cima, algo que eu jamais esperava ver. Normalmente é o contrário, o time que sobe de divisão acaba torrando uma quantidade considerável de dinheiro em busca da manutenção. Tivemos um ano extremamente positivo em todas as receitas possíveis! E, inclusive, falando sobre a montagem de elenco nós tivemos a melhor contratação da temporada: O Rayan chegou livre do Ceramica Cleopatra, do Egito, atuou conosco em 30 partidas e marcou 15 gols. 

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E finalmente os nossos estudos de perfil da torcida foram liberados, nossas redes sociais têm crescido em ritmo bastante acelerado e nosso estádio tem sempre alcançado a ocupação máxima prevista. Agora seguiremos no planejamento da próxima temporada que, ao que tudo indica, já está em andamento. Não sei muito bem, mas me parece que a Irina e o Maazou já começaram a se mobilizar embora eles digam que o planejamento só vai começar no começo do próximo mês.

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Teve fase ruim com muitas derrotas mas Irina deve estar muito orgulhosa mesmo com a qualificação para as competições europeias. E a respirar muito bem financeiramente. 

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