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Irina Kollontai: orgulho, preconceito e perseverança - Aguardando avaliação


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Após várias semanas enrolando, finalmente decidi vir e ler o save rsrs.

Vou começar dizendo, parabéns por usar essa skin, eu sinceramente até tentei mas o hábito de enxergar os atributos foi maior. E novamente parabéns pelos consecutivos acessos e a campanha na Ligue 2 vem superando as expectativas em minha opinião.

Vem recebendo alguma proposta para deixar o clube?

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Confesso que nem conhecia esse time. Mas pela temporada ainda ser recente e estar enfrentando times tradicionais e jogando bem não deveriam estar nessa pentelhação constante né. O que parece faltar para o time é de um atacante melhorzinho ou mesmo dum meia mais pifador. Porque se fôssemos contar só a defesa era para estar no top 4.

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Estou a gostar da prestação até ao momento. Adeptos exigentes e que pensam saber mais que a treinadora, enfim, são os treinadores de bancada. E na Taça, equipa está em grande momento.

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Em 27/06/2023 em 16:32, Johann Duwe disse:

Após várias semanas enrolando, finalmente decidi vir e ler o save rsrs.

Vou começar dizendo, parabéns por usar essa skin, eu sinceramente até tentei mas o hábito de enxergar os atributos foi maior. E novamente parabéns pelos consecutivos acessos e a campanha na Ligue 2 vem superando as expectativas em minha opinião.

Vem recebendo alguma proposta para deixar o clube?

Seja bem vindo, Johann! Espero que esteja gostando! :)

Eu tenho apenas dois "problemas" com essa skin: o primeiro é a repetição de alguns atributos, que se encaixam em várias categorias diferentes, e aí traz uma distorção meio inevitável na hora de avaliar pelos atributos o jogador. O segundo é na parte de treino, que eu toda hora me esqueço quais são os atributos destacáveis para determinadas funções e aí como ele não destaca isso, acabo demorando um pouco pra organizar os treinos individuais para alguns jogadores (no caso para tentar priorizar um treino de um atributo específico que uma função X treina e as outras não, algo que eu sempre fiz mas nunca tinha reparado na mão na roda que era ter os atributos em destaque, risos), enquanto é bem tranquilo aqueles focos de treino porque praticamente cada agrupamento dos atributos indica o que cada um dos focos prioriza. Quanto aos acessos, eu imaginava que os dois primeiros seriam tranquilos - sobretudo quando o diretor de futebol montou esse elenco com jogadores muito bons. Definitivamente não esperava um plantel bom assim com o diretor de futebol a cargo das contratações.

Nessa Ligue 2 eu concordo plenamente com você, afinal de contas os principais jogadores do elenco estiveram aqui no National 3 e 2, que são ligas bem inferiores tecnicamente ao escalão profissional. Eu esperava mesmo brigar contra o rebaixamento e me surpreendi vendo que o time tem plena capacidade de competir a este nível sem muitos custos.

Quanto às propostas para sair, ainda não recebi nenhuma. Teve uma sondagem ou outra de equipes melhores na última temporada, mas não cheguei a receber convite para entrevista e nem nada. Também não tentei aplicar para assumir outro time, pois estou tentando manter o save mais ou menos dentro do compasso da história aqui e certamente a última coisa que a Irina faria era ver outras alternativas neste momento.

Em 27/06/2023 em 18:52, felipevalle disse:

Confesso que nem conhecia esse time. Mas pela temporada ainda ser recente e estar enfrentando times tradicionais e jogando bem não deveriam estar nessa pentelhação constante né. O que parece faltar para o time é de um atacante melhorzinho ou mesmo dum meia mais pifador. Porque se fôssemos contar só a defesa era para estar no top 4.

Eu também não conhecia. Carreguei várias ligas que me interessavam jogar até os escalões mais baixos e fiquei rodando em alguns times, e achei que o Hauts Lyonnais tinha uma escala de cores interessante e vi que tinha sido fundado em 2012, não tinha nenhum pessoal favorito, nenhum clássico e nem nada. Me parecia um time bem legal para a história que eu estava pensando (até porque, quando fui olhar os times, eu já tinha aquele perfil da treinadora traçado). Casou bem o fato de lá quando pensei a personagem ela ter atuado no Lyon (que poderia trazer uma plausibilidade para começar fora do país natal dela), com o time que é da região metropolitana de Lyon. Hahaha!

Eu estou de pleno acordo com você, o time é novo, é a primeira experiência profissional e era cotado para o rebaixamento. Me pareceu meio irrealista as pessoas reclamando dos resultados (e, confesso, quando eu vi a notícia corri pra ver se éramos o lanterna, mas não estávamos nem perto dos playoffs de rebaixamento hahahaha). 

Eu acho, acredite se quiser, que o setor mais frágil do time é justamente a defesa. O que salva muitas vezes é o goleiro, que é muito bom e foi um achado do diretor de futebol. O setor de meio-campo também não é muito ruim, embora não esteja muito perto dos melhores da liga. São meias que fazem o feijão com arroz sem comprometer muito, mas a parte na contenção deixa um pouco a desejar. No ataque, de fato, eu concordo que precisamos de um atacante melhor (e meu diretor de futebol também acha isso, porque ele tentou trazer uns 6 atacantes nessa última janela, mas todos acabaram indo para outros lugares). Então com uma economia limitada e com as ações de contratação mais limitadas pelo diretor de futebol, além do time ter uma reputação menor do que vários times do National 2, as dificuldades se impõem na hora de atuar no mercado. Mas considerando a campanha até aqui, acho que o plantel é ok para a liga.

12 horas atrás, Cadete213 disse:

Estou a gostar da prestação até ao momento. Adeptos exigentes e que pensam saber mais que a treinadora, enfim, são os treinadores de bancada. E na Taça, equipa está em grande momento.

Exatamente, Cadete. A torcida sempre sabe mais que quem tá ali na beira das quatro linhas e vivenciando o cotidiano com o elenco, mas paciência. Felizmente há o respaldo da diretoria, então é um problema a menos para ocupar a cabeça. Na Taça vamos bem, mas foram equipes mais fracas. A única melhorzinha mesmo foi o Rodez, que na última temporada havia nos eliminado da competição para, posteriormente, nos ceder a vaga à Ligue 2, então tudo bem. Agora é que as coisas ficam mais difíceis, porque o próximo adversário é o Toulouse e eles têm um bom plantel.

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T04: Capítulo 16 - Estão achando que somos o Paris Saint-Germain!

🌍 Campus Lyon-Lumière-II, Lyon - 2 de fevereiro de 2026 | 14h~19h

Era um dia de bastante estresse para Irina por dois motivos. O primeiro era a pressão psicológica de defender a tese de doutorado e o segundo, possivelmente tão impactante quanto, era a péssima fase do Hauts Lyonnais na Ligue 2.

- Irina, como você tá? - pergunta Mikhail.
- Mika, querido. Que bom ver você por aqui! Eu tô bem, tentando ficar tranquila pra defender minha tese daqui a pouco. - responde.
- Ah, é que eu vi esse jornal aqui e imaginei que você estaria a cara do nervosismo...
- Eu tô um pouco preocupada, sim, mas acho que isso tem a ver também com o fato de eu não ter me dedicado integralmente ao time* por conta dos preparativos finais da minha defesa, e também porque já me acostumei com a imprensa pegando no meu pé. Mas que jornal é esse aí? Deixa eu ver.
- Depois eu te mostro, se concentra pra ficar de boa e defender sua tese. Deixa essa galera falando sozinha.

Spoiler

* isso é apenas recurso narrativo mesmo, eu tava tentando ganhar mas a dificuldade não deixou hahahaha!

Citar

Diário esportivo de Rhône
Hauts Lyonnais parece ter encontrado seu limite em janeiro

Houve todo um alvoroço no começo dessa temporada em torno da história do Hauts Lyonnais, um pequeno clube da região, fundado em 2012, que se tornou profissional e está competindo pela primeira vez em uma liga profissional de alto nível do futebol francês. O time, que vinha oscilando bastante ao longo da temporada, ainda conseguia se segurar na metade da tabela, mas agora tem um bom flerte com o rebaixamento. E agora parece que o mês de janeiro trouxe consigo um prognóstico extremamente negativo para o torcedor do simpático clube do interior. Uma das maiores críticas que se faz a esta gestão do clube é o foco em contratação de jovens promissores para um clube com estruturas não muito boas, basta ver a movimentação do clube nesta janela de transferências do mês de janeiro: de seis contratações, apenas três vêm para competir no time principal. Algumas, é verdade, podem ter o potencial de ganhar espaço no elenco, mas o time precisa de jogadores de mais nível para competir nessa Ligue 2.

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A primeira contratação do pós janela de agosto foi o zagueiro Jean Ruiz, de 27 anos, que chegou e assumiu a titularidade na defesa do clube. Para ajudar na composição defensiva, será apresentado nos próximos dias o também zagueiro Colin Kleine-Beckel, de 23 anos, que tem passagem pelos escalões de formação do Borussia Dortmund, e o último reforço para o time principal foi o volante guineense Daouda Peeters, de 27 anos. As três contratações vieram sem nenhum custo para o clube francês e suscitam questionamentos nos entornos da torcida, já que o clube trouxe três jogadores jovens e promissores que não deverão ter muito espaço, e gastou quase €100 mil para trazê-los. O principal nome é o do volante uruguaio Fede Pintos, de 18 anos, vindo do Defensor Sporting por €44,5 mil e ainda por cima foi repassado por empréstimo ao Boston River até o final da temporada, e, pelas estatísticas, parece ser um jogador melhor do que muitos volantes que estão no plantel atual do clube. Outro que se viu numa contratação de moldes semelhantes foi o lateral direito El Hadji Diatta, também de 18 anos, que foi contratado pelo Jaraaf, do Senegal, pela bagatela de €50 mil e retornou a seu clube formador por empréstimo até o final da temporada. Por fim, a última contratação foi do jovem Daniel Pimentel, de 19 anos, que foi pinçado a custo zero do Vitória da Conquista e integra os escalões juvenis do Hauts.

Essas movimentações estranhas no mercado realizadas pelo Hauts Lyonnais se mostram ainda piores quando se dá conta que praticamente todas foram realizadas apenas na abertura da janela de transferências, sem nenhuma outra ao longo dos dias do mês de janeiro, e observando as péssimas exibições do time de Pomeys na Ligue 2.

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Abrindo o ano de 2026, o primeiro jogo do Hauts foi recebendo o Toulouse, em casa, em jogo válido pela Coupe de France. Mesmo em uma partida equilibrada, a melhor qualidade técnica dos visitantes prevaleceu na vitória por 2x0 sobre o time do Rhône. Na sequência, foram visitar o Brest e ficou evidente a falta de pontaria ao saírem derrotados por 1x0. A partida seguinte, novamente, um jogo monótono e deprimente de se assistir. Uma derrota por 1x0 contra o Grenoble, em casa, que escancara a crise e a inaptidão do clube em jogar um futebol de qualidade digna para essa Ligue 2. Alguns torcedores, no final do último ano, creditaram à treinadora Irina Kollontai a falta de sensibilidade de tentar mudar as coisas quando o time parecia estagnado na má fase, mas bastou alguns resultados favoráveis em jogos sofríveis para estas críticas se cessarem. Agora, quem sabe, seja a hora de repensar o futuro deste clube, porque parece evidente que encontraram seu teto e, para progredir, precisarão de um novo treinador mais capaz.

Após a defesa de sua tese, era notável na cara de Irina a sensação de alívio. Finalmente uma boa notícia aparecia em seu horizonte, um vento revigorante que lhe permitiria colocar as coisas em novas perspectivas. Afinal de contas, ela tinha passado boa parte desses últimos meses completamente reclusa em casa tentando finalizar os preparativos para este dia crucial de sua vida, conciliando com suas qualificações de treinadora pela UEFA e ainda por cima administrando um time que parecia muito inconstante em um campeonato bastante difícil.

BLYAT MEUS AMORES!!! CONSEGUI!!! VAMOS, AGORA, TOMAR TODAS PARA AFOGAR AS MÁGOAS NO ELIXIR DA EXISTÊNCIA! - gritava Irina enquanto saía pulando, feliz, do prédio onde havia defendido sua tese.
- Onde vamos, solnyshka? - pergunta Elena.
- Qualquer lugar. Preciso beber porque um obstáculo já foi ultrapassado e preciso pensar em como ultrapassar os outros, mas hoje não. Hoje eu quero celebrar.
- Bora na Since the Cavern, então. Talvez tenha alguma banda, mas não sei, porque é muito coisa de gente sem o que fazer ir tomar todas numa segunda feira à noite.
- Tô nem aí, amiga. Hoje eu só saio expulsa do bar ou pro hospital! Hahaha!

* * * * *

🌍 Since the Cavern, Lyon - 21 de março de 2026 | 21h

Solnyshka, como você está se ambientando no novo trabalho? - pergunta Irina a Elena.
- Estou achando interessante, nunca esperei atuar no meio do futebol, mas agradeço a oportunidade. O que você acha?
- Você tá salvando meu couro, solnyshka. Não fosse trazer você para atuar como psicóloga aqui no time acho que a motivação da galera teria ido embora. Só que todas essas mudanças que fizemos depois que pude me focar plenamente em pensar nas possibilidades de melhorar tudo por aqui, foi uma boa.
- É, amiga. Realmente eu notei que teve uma mudança bem legal nos seus jogadores, eles parecem um pouco mais leves e calmos, mesmo com as adversidades.
- Tudo começou quando, depois daquela bebedeira louca da minha defesa, eu pude acordar, morrendo de ressaca, para planejar alguma coisa... Mas hoje vamos curtir.
- Mas, solnyshka, eu quero entender um pouco mais desses negócios de futebol. Porque se eu vou atuar com atletas profissionais, preciso entender esse meio, inclusive eles falam muita coisa de campo e treino que eu não entendo muito bem. Aí eu gostaria de saber e, também, ver os treinos para me familiarizar melhor.
- Você sabe que se eu for começar a falar sobre futebol, eu não paro. Hahahaha!
- Tem problema, não.
- Então, antes da minha defesa o time estava uma lástima. Perdemos três partidas e empatamos uma, você sabe o quanto é frustrante encarar essa sequência de derrotas na vida e isso, inevitavelmente, atrapalha a motivação de todo mundo. A primeira coisa que eu fiz foi justamente te convidar para trabalhar com o pessoal, mas não adianta fazer isso e permanecer naquela mesmice que não estava funcionando. Minha saída foi mudar o esquema tático e priorizar a parte defensiva, porque não tomar gols me parecia uma prioridade.


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- Decidi aplicar um esquema com três zagueiros e dois volantes, para ter cinco pessoas capazes de atrapalhar o outro time de progredir ofensivamente. Ao mesmo tempo, nos lados teriam dois jogadores que correriam pelos corredores incessantemente, algo que eu me perguntei se seria interessante, mas acabou que temos visto algumas melhorias e eles estão conseguindo aguentar bem o tranco físico. No final das contas, são sete jogadores que também ajudam na defesa. Na parte ofensiva, com dois meia-atacantes e um centroavante eu tentei formular um problema pro adversário, já que além destes três que ficam lá na frente, os dois jogadores na ala também sobem, e aí temos cinco jogadores atacando, além de um dos volantes que também progride no campo e ajuda na armação das jogadas, fazendo seis jogadores na fase ofensiva. Fazendo as contas, parece que nosso time tem treze jogadores em campo, porque existem pessoas cumprindo uma duplicidade de tarefas em todas as fases do jogo.
- É, eu percebi que alguns deles reclamaram um pouquinho de esgotamento físico, mas me parecem felizes no geral que tão conseguindo vencer. Acho que você poderia reduzir um pouco o tempo deles na academia, aí melhoraria um pouco. Mas não sei.
- Esse esquema aí ainda tá em processo de amadurecimento, tem muita coisa que precisamos dar uma aprimorada. O desenho me parece o ideal, talvez possa modificar uma função e tarefa ou outra, mas no geral me parece ser algo que funcionará bem. Até porque já percebi que muitos adversários que tive nos últimos tempos jogam em sistemas parecidos. De qualquer forma só de termos conseguir melhorar um pouco o futebol apresentado já me agrada.

 

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- Entendi. Então aquele primeiro jogo de fevereiro foi o primeiro com essa tática nova?
- Isso. Foi uma partida impressionante a nossa vitória contra o Sochaux, porque o time jogou bem e soube responder quase que instantaneamente à frustração do gol de empate deles, coisa que estava muito difícil antes. 
- Pois é. Eu notei que depois desse jogo foi o que eles estiveram mais motivados nestes dois meses que estou trabalhando com eles.
- Então, depois tivemos uma derrota um pouco lamentável contra o Nîmes, porque jogamos muito bem, mas a nossa defesa deixou um pouco a desejar. E foi nesse jogo que eu comecei a pensar na necessidade de fazer alguns experimentos para mexer no setor defensivo, porque não estou muito satisfeita com a quantidade alta de chutes que temos deixado os adversários fazerem. Aí, por exemplo, fui mexer em muitas coisas no jogo contra o Auxerre e não gostei muito da exibição apesar da vitória, porque entregamos muito a bola para eles e demos sorte de estarmos em um dia bom à frente do gol. Já na derrota contra o Caen foi uma frustração tremenda, porque dominamos bem o jogo mas entregávamos alguns passes desconfortáveis na construção da jogada que viravam contra-ataques muito perigosos deles. Aí no final do jogo, quando tudo parecia encaminhado para vencermos por 3x1, minha defesa começou a desandar porque o gol contra desestabilizou todo mundo, depois ainda conseguiram marcar mais dois gols praticamente em sequência, aos 84 e 86 minutos e virar o jogo. Tomar três gols num espaço de cinco minutos é inadmissível pra mim.
- Realmente, depois desse jogo tive um trabalho mais pesado porque era visível a frustração de todo mundo. O rapazinho que fez o gol contra sentiu muito o baque.
- Na sequência tivemos exatamente o mesmo problema no empate contra o Metz. Estávamos a vencer por 3x0, comandando o jogo com autoridade, até que um erro na ligação do meio campo fez um contra-ataque deles acertar o gol. Eles se animaram e, novamente, em um espaço de três minutos sofremos dois gols. Aí me parece que o time sofre um apagão no segundo tempo, o que ficou muito evidente quando perdemos para o Lens com um gol aos 94 minutos em uma partida de intensidade bem alta, mas com poucas finalizações. Hoje, pelo menos, eu posso celebrar tranquila porque vencemos o Valenciennes por 4x2 com muita autoridade e também não corremos risco de rebaixamento, já que pra cair precisaríamos perder todos os jogos e quem está atrás da gente precisaria ganhar todos. 

 

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- Que bom! Então meu trabalho vai ser mais tranquilo nos próximos meses, é?
- Espero que sim, solnyshka. Até porque eu espero conseguir ajustar esse meu esquema tático pra sermos um time mais consistente, fornecendo menos riscos à defesa, que era minha prioridade nessa modificação.
- Torço para que você consiga. Aliás, uma coisa que eu notei, apesar de ainda não ter muita intimidade com todo mundo do elenco, é que você pode se fiar bastante em alguns jogadores.
- Eu tenho alguns nomes em mente, mas queria saber quem você acha que está com a melhor mentalidade para trabalhar em torno deles.
- O que me parece ter os nervos mais em ordem, por agora, é o Augarreau. Sempre foi bem tranquilo em nossas conversas e demonstrou atitudes bem positivas em relação a uma melhora de rendimento, inclusive foi um dos que estava amparando os colegas depois daqueles dois jogos que o time tomou seis gols. Outro que tem uma boa atitude é o Guendouzi, que parece ter uma parceria legal com o outro e eles, juntos, têm demonstrado bastante liderança e confiança de que as coisas podem melhorar.
- Justamente os dois melhores jogadores do nosso elenco, e que tiveram grandes atuações desde que chegaram aqui. São meus homens de confiança mesmo.
- O Dutournier também mostrou uma determinação enorme em melhorar, apesar de se sentir, por vezes, um pouco frustrado com alguns resultados do time. E o último, apesar de ser um pouco tímido, é aquele rapaz da Romênia.
- O Alexandru?
- Ele mesmo. É tímido, mas pelo que pude perceber no vestiário é um dos que traz mais energia aos colegas, tá sempre tentando dar uma palavra de apoio e confiança de que as coisas vão melhorar. Faça tudo em torno deles que, com certeza, meu trabalho será uma brisa de verão. Hahahaha!
- Não sei, solnyshka. Teremos alguns jogos difíceis na sequência e se eu não conseguir dar conta de fazer os ajustes corretos antes disso, você vai ter que lidar com muita gente frustrada e, claro, com minhas revoltas contra a existência. Mas você tá gostando mesmo de trabalhar lá?
- Estou sim, mesmo com você dizendo que tava todo mundo meio pra baixo por causa dos maus resultados em janeiro, eu notei que todo mundo é animado e alguns até deveriam ser seus melhores amigos, porque são doidos que nem você... - dizia antes de ser interrompida por Irina.
- É claro, você acha que eu ia trabalhar com gente desagradável e cheia de complexo? Inclusive, eu tô pensando em uma estratégia infalível de motivação. Tenta acompanhar meu raciocínio e me diz se é loucura: todas as semanas faremos uma confraternização do elenco, para deixar todo mundo bem integrado e feliz. Incialmente todo mundo dividiria, mas quem for muito mal ou acabar prejudicando o time vai pagar a conta da semana. Inclusive eu, se fizer alguma besteira, faço o mea culpa e pago a confraternização de todo mundo.
Solnyshka, com certeza isso não vai dar certo, porque vai pegar alguém pra repagar os erros? Acho que pode ter um impacto péssimo na motivação de todo mundo, mas é você quem sabe...

[...]
 

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Conseguiu se recuperar bem do mês de Janeiro e já abre 16 pontos da zona da degola. Acredito que duas vitórias nos próximos 6 jogos já mantém o clube na Ligue2. Boa sorte na sequência.

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Lá mudaste a tática e parece que teve efeito positivo. Equipa está tranquila no meio da tabela. 

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Parabéns pelo acesso à Ligue 2, e pelo que vejo, apesar de um ou outro tropeço e de algumas cornetas em cima da tática de nossa treinadora preferida na PM, vai conseguindo fazer uma temporada tranquila, ainda mais agora que quase não corre mais riscos de cair.

Eu quero ver é o que vai ser da vida dessa mulher quando chegar na Ligue ÔHN. 

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Vou tentar postar a atualização com o final da temporada ainda hoje ou, pelo menos, começar a escrevê-la. Não garanto terminar porque eu tô um pouco cansado depois de passar esse final de semana inteiro fazendo minhas leituras. Mas de qualquer forma, logo mais ela sai. :)

* * * * *

Em 29/06/2023 em 22:39, LC disse:

Conseguiu se recuperar bem do mês de Janeiro e já abre 16 pontos da zona da degola. Acredito que duas vitórias nos próximos 6 jogos já mantém o clube na Ligue2. Boa sorte na sequência.

Aos poucos a gente vai organizando a casa e acredito que conseguimos, desde já, fazer uma grande campanha na Ligue 2, mesmo com o povo reclamando bastante da tática. Hahahahaha!

Em 30/06/2023 em 02:15, Cadete213 disse:

Lá mudaste a tática e parece que teve efeito positivo. Equipa está tranquila no meio da tabela. 

Pois é. Garimpei um pouco o estilo de jogo dos outros times e notei que muitos jogavam de forma parecida. A única diferença é que em vez de dois meia-atacantes, eles usavam pontas. Como eu não tenho pontas, mas tenho dois bons meia-atacantes pensei "por que não?" e tem dado certo. Vamos conseguindo uma boa manutenção e jogando um futebol de mais qualidade, mesmo sendo um time mais fraco.

11 horas atrás, Fujarra disse:

Parabéns pelo acesso à Ligue 2, e pelo que vejo, apesar de um ou outro tropeço e de algumas cornetas em cima da tática de nossa treinadora preferida na PM, vai conseguindo fazer uma temporada tranquila, ainda mais agora que quase não corre mais riscos de cair.

Eu quero ver é o que vai ser da vida dessa mulher quando chegar na Ligue ÔHN. 

Pois é. Eu tava ficando indignado com essas cornetas por causa das táticas quando claramente meu time é um pouco inferior aos adversários, já que qualquer pressão a mais já cria um caos na minha defesa por conta da alta chance de entregar a bola. Mas mesmo assim é chato demais, sobretudo com o time em uma posição bem confortável na tabela quando comparado às expectativas iniciais.

Com relação à Ligue 1, acho que não tem uma mudança muito acentuada no nível de jogo. Se - e quando - subirmos, acho que o time consegue a manutenção tranquilamente. A dificuldade mesmo de lá é na briga pelas vagas continentais e, principalmente, pelo título porque o PSG é muito acima junto com o Monaco. Rennes, Lyon, Marseille e Lille costumam fazer boas campanhas, alguns outros times de meio de tabela também fazem vez ou outra uma campanha espetacular. Mas o caso mais estranho acabou acontecendo no save que eu tava fazendo de teste na França, que um time tava cotado pro rebaixamento (se não me engano era o Lens), conseguiu ficar em 4º. Foi pra Champions e acabou rebaixado na temporada seguinte, risos.

O mais importante é que essa temporada na Ligue 2 conseguimos manter um balanço financeiro bom, permitiu melhorar as infraestruturas de treino e da base e ter uma administração mais orgânica sem depender da venda de jogadores.

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T04: Capítulo 18 - Um breve resumo do final de temporada
Estou com o tempo um pouco corrido para fazer o post mais detalhado sobre o final da campanha dessa Ligue 2, a primeira da profissionalização do elenco e aproveito esta possibilidade para abordar temáticas mais genéricas que possivelmente seriam mais difíceis para encaixar no estilo de postagem que seguimos nas atualizações. Já fiz uma vez uma atualização no estilo simplificado de noticiário e tomo a liberdade para retomar. Neste post eu vou fazer uma análise da temporada e, espero, que com isso, vocês possam imaginar um pouco do que aconteceu nestes últimos jogos do mês (foram 6 no total) e, caso queiram, podem especular à vontade sobre resultados, já que aparentemente a posição final vai acabar inevitavelmente aparecendo. Mas tudo virá na postagem seguinte, que farei quando tiver um tempinho mais legal para dedicar à escrita da narrativa.

 

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Imagine-se o leitor navegando pelas interwebs e se depara com um programa esportivo chamado L'Équipe du soir, em que algumas pessoas e ex-atletas decidem dar seus pitacos sobre tudo que acontece no mundo esportivo. Alguns fazem comentários inteligentes, outros não sabem muito bem o que estão fazendo ali e parecem ter caído de paraquedas na ocasião. Algo difícil de se imaginar, mas peço que imaginem. No dia em questão, o programa era dedicado ao final da temporada francesa.

- Acho que já chega de falarmos sobre a Ligue 1, mais um ano que o Paris Saint-Germain levantou o título com conforto enquanto Monaco, Marseille e Rennes se digladiaram até o final por quem estaria na melhor posição para as vagas da Champions, mais uma temporada com mais do mesmo. Vamos passar a analisar os acontecimentos dessa Ligue 2. E aqui temos algumas surpresas, não é mesmo?
- Temos sim. A equipe sensação da temporada conseguiu se recuperar e encerrou a campanha em alta, com a treinadora Irina Kollontai recebendo o prêmio de melhor treinadora da liga. Algo inédito!
- Felizmente ela escutou um pouco das nossas críticas, na imprensa, e os anseios da torcida para ir realizando modificações nas formações até encaixar um 3-4-3 (5-2-2-1) diferente. Isso, ao que tudo indica, foi o ponto de virada da equipe em sua campanha.
- Realmente pareciam dois times distintos, nesse final de temporada o Hauts Lyonnais, que até então era uma equipe desconhecida de todos, mostrou suas cartas e tem pedido passagem com um futebol agradável de assistir, com um repertório ofensivo bastante diversificado e adepto da posse de bola. Parecem ter encontrado algo que muitos times franceses não têm: uma identidade.


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- Não foi à toa que os meio-campistas ofensivos do time estiveram entre os destaques da competição. Para mim, o melhor deles foi o Sofiane Augarreau que acabou eleito o líder de assistências na liga, oferecendo doze passes para gol.
- Realmente, o Sofiane esteve jogando ao nível que esperávamos dele quando surgiu no Olympique Lyon. Conseguiu encontrar sua forma no vizinho, jogando com um pouco menos de pressão sobre si, mas exibiu-se em altíssimo nível mesmo nos momentos ruins da temporada que o Hauts teve.
- Mas pera aí, gente. Deixa eu interromper vocês porque uma coisa que eu sempre quis falar, mas nunca tive a oportunidade, e hoje estou tendo é sobre essas críticas que vocês fizeram à má fase do Hauts. Eu, como ex-jogador, sei quanto é difícil atuar em um time que está se estruturando e tive vários colegas que tiveram a oportunidade de atuar em equipes que tinham elencos muito menos competitivos do que o que eles disputavam pedia. É difícil falar de uma "má fase" do Hauts quando, na verdade, a pior posição que eles tiveram na tabela foi um 12º lugar em uma liga de 18 times, depois de ter subido consecutivamente por três escalões. Saíram do Championnat National 3 até uma Ligue 2 em três temporadas, isso é algo que poucos times poderiam dizer.

 

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- Tudo bem, Youri. Mas se analisarmos a tabela de expectativas, vemos que o time, apesar de terminar numa 8ª colocação, tinha a expectativa de se terminar na 6ª.
- Claro, né, meu amigo. Você é um jornalista e vai analisar dados frios, tudo bem. Mas quem está ali no campo não se preocupa muito com esses dados. Eles querem jogar futebol e fazer o melhor possível para ajudar seu time. E ainda assim, se você olhar essa tabela que você apresentou aí no telão, a única coisa que está abaixo da expectativa é a posição final. Aliás, a posição final e a expectativa de gols sofridos. Era esperado que o time deles sofresse 47 gols e sofreram 39; de resto, tudo muito melhor. Marcaram 7 gols a mais do que o esperado e fizeram 1 pontinho além do esperado, então foi uma campanha dentro dos parâmetros e eles se consolidam bem na competição.
- Isso é verdade, Youri. Inclusive, discordando do colega ali, o Hauts teve simplesmente o melhor ataque da competição, empatado com o Lens, que acabou sendo o campeão.
- Claro, era um time que estava se adaptando a um futebol diferente. Profissionalizado. É difícil, tem mais pressão, tem mais cobrança. Tem mais tudo. E já que você falou em estatísticas, vamos ver algumas estatísticas do time nesse campeonato. Tem como colocar na tela?


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- Olhem para isso. Foi um time claramente dominante em todos os setores do campo e fizeram um campanha muito boa para quem, até antes do começo da temporada, era o mais cotado para o rebaixamento. É por isso que eu acho inadmissível essa crítica que fizeram ao clube. O time sobrou no ataque, criando inúmeras oportunidades, tanto que o Sofiane foi o líder em assistências na liga, e teve uma defesa consistente dentro das limitações que estavam postas.
- É verdade, Youri. Mas até que ponto as nossas críticas à treinadora durante a campanha não impactaram no estilo de jogo dela que se transformou da água para o vinho nessa reta final?
- Não é possível que você está falando isso, meu caro. Uma coisa que tem muito no mundo do futebol é jornalista cornetando jogador, cornetando treinador, cornetando contratação e tudo mais. Mas essa deve ser a primeira vez que eu vejo um jornalista querendo tomar para a profissão os créditos de um trabalho desenvolvido por uma profissional em conjunto com seu elenco. Eu aposto que se ligássemos para Irina agora ela se sentiria ofendida com essa sua fala... Aliás, tem como ligar para ela aí enquanto seguimos a conversa? Tem como, produção?
- Olha, realmente analisando essas estatísticas é um time claramente preparado para competir neste nível. Veja aquele lindo gráfico de passes do último jogo deles na temporada, eles têm uma capacidade absurda de construir o jogo desde lá de trás e têm um passe bem qualificado. O centroavante acaba caindo um pouco para arrastar a marcação e permitir a infiltração do meia-atacante pela esquerda, que era o Milan Guendouzi. Outro que fez uma belíssima te... - dizia enquanto fora interrompido.
- Pera, pera. A produção acabou me dizer que conseguiu contactar a treinadora do Hauts. Ela vai aparecer aqui ao vivo. Oi, Irina. Me escuta?
- Sim, sim, Youri. Tudo bem?
- Tudo. Estávamos aqui tendo um debate acalorado quando o Antoine chamou para a imprensa os créditos de sua mudança tática na temporada.
- Pera aí, pera aí. Não foi... - dizia Antoine antes de ser interrompido por Irina, que tinha um delay.
- Olha, Youri. Essas críticas da imprensa não tiveram absolutamente nada a ver com minhas mudanças, nem deles nem da nossa torcida. Eu mudei porque sentia um pouco exposta a nossa defesa. Não mudei antes porque, em comum acordo com o presidente e com o próprio elenco, eu estava me dedicando à defesa da minha tese de doutorado e modificar um esquema tático demanda muito do treinador para corrigir imperfeições e eventuais problemas. Só pude realizar isso mesmo depois da defesa. E todo o processo foi amplamente conversado com o elenco, tentando deixá-los o mais confortáveis possível para dialogar e propor alternativas. Tanto que desde a primeira implementação inicial do desenho tático até a finalização dos últimos ajustes estruturais foram alguns jogos. Depois disso, a cada partida buscava um ajuste ou outro para a melhor forma possível. Então, não, eles não têm nada a ver. Aliás, a única coisa que eles podem ter algum crédito é de desgastar minha saúde mental em um momento crítico da minha vida, porque era muita crítica desnecessária; eles tavam achando que o Hauts Lyonnais era um Paris Saint-Germain. Não temos dinheiro, estrutura e nem nada. Estamos criando praticamente tudo do zero por aqui.
- Tá vendo, Antoine? Eu te disse. Irina, eu gostaria de te parabenizar e, mais importante, agradecer por conseguir fazer seu time entregar um estilo de jogo muito agradável de assistir.
- Obrigada, Youri. O Antoine eu não tenho muitas palavras, porque ele foi um dos críticos mais ostensivos do meu trabalho, mas me parece que ele descobriu o Hauts e quem eu sou só ontem. Já tive uma carreira consolidada e muito respeitada como jogadora de futebol e estou tendo bons resultados nessa minha incursão do lado de lá das quatro linhas. Isso tudo ainda tendo que lidar com os estudos e outras coisas que a vida pessoal, que é muito diferente da profissional, demanda. Mas tudo bem. Deve ser muito triste viver tendo que sempre achar alguma coisa para reclamar, sendo que pouco me importa. Na hora ali só me importou porque eu, de fato, não estava me dedicando integralmente ao clube e, inclusive, tinha colocado meu cargo à disposição do Tito, mas ele foi super tranquilo e manteve a confiança em mim. Agora é hora de retribuir.
- E quais são os planejamentos para a próxima temporada, Irina?
- Os únicos planejamentos que fizemos até aqui são de investir nas nossas categorias de base, melhorando o nível de treino e de captação, porque queremos fazer um trabalho amplo e tentar buscar jovens para dar uma oportunidade de mudar as vidas deles e de suas famílias. Outro plano, me parece, que o Tito quer ampliar a capacidade de nosso estádio. Não sei muito bem a que pé anda isso porque ele apenas me comunicou. Possivelmente teremos algumas mudanças no departamento médico, com a incorporação permanente de um setor de atenção psicológica e psiquiátrica, mas ainda não há nada de muito concreto.
- Mas e com relação ao elenco? Vão ter mudanças?
- Provavelmente iremos ao mercado reforçar algumas posições carentes e teremos que ver como nossos jogadores serão abordados ao longo da próxima janela. Mas por ora não estou muito a par disso, porque logo após vencermos o LeMans eu conversei brevemente com o elenco, agradeci pela boa temporada e marquei a reapresentação, liberando todo mundo para curtirem as merecidíssimas férias. Eu também entrei em férias, então tudo que depender de mim estará pausado até segunda ordem. Mas temos, sim, alguns alvos que eu repassei ao nosso diretor de futebol.
- Então estamos interrompendo suas férias?
- Sim, mas como é você, não tem problema. Foi uma das poucas pessoas que defendeu meu trabalho. Na verdade, só quem defendeu mesmo foram ex-jogadores e treinadores. É normal, porque sabemos todos da pressão envolvida, do que acontece ali no íntimo do vestiário, dos pequenos problemas externos que interferem no rendimento em campo. Quem está de fora não tem muita noção, acha que todo mundo é uma entidade sobrenatural e onisciente. Somos pessoas comuns. Mas obrigada pelo espaço e tenham um bom programa. [chto Antoine suki... = este Antoine é um filho da p...] - dizia Irina em russo, enquanto ia desligando o telefone e cortar no meio da frase.

 

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- Outra coisa que parece importante destacar é o departamento médico do Hauts. Eles conseguiram lidar com três lesões de Sofiane, que ficou fora de dois meses nesta temporada, e ainda assim foi o melhor assistente da liga. Youri, você, que era meia, o que diz sobre isso?
- É difícil. E também por isso que falo bem do trabalho de Irina. Ela teve alguns problemas com jogadores ausentes de jogos importantes, mas uma das faltas mais sentidas me pareceu o Kéres Masangu, que era um pilar como volante, e ficar de fora por sete meses é muito tempo para se lidar. É complicado isso.
- Vamos falar, então do Racing Club de Lens? A gente passou mais da metade desse bloco dedicando a analisar um time que terminou no meio da tabela e não vamos falar nada sobre o campeão da liga?
- Nossa, Antoine, você sentiu? Tá triste? Se acalme que temos muitas coisas pra falar ainda. [...]

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Sem dúvida uma época extremamente positiva. Por acaso, de vez em quando, vejo o L'equipe du Soir. Gosto do programa. 

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E a gente que acha que a imprensa brasileira é que é muito dura hein. Hahahaha

No geral deu pra sentir que foi uma boa temporada, terminou bem acima do que era esperado e o time cada vez mais parece encontrar uma identidade.

Quais os planos para a próxima época, o time vai brigar pela subida de divisão?

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Em 04/07/2023 em 06:11, Cadete213 disse:

Sem dúvida uma época extremamente positiva. Por acaso, de vez em quando, vejo o L'equipe du Soir. Gosto do programa. 

Foi uma boa temporada mesmo, consegui encaixar muito bem o time nessa reta final e deu tudo certo. 

Em 04/07/2023 em 06:47, Tsuru disse:

E a gente que acha que a imprensa brasileira é que é muito dura hein. Hahahaha

No geral deu pra sentir que foi uma boa temporada, terminou bem acima do que era esperado e o time cada vez mais parece encontrar uma identidade.

Quais os planos para a próxima época, o time vai brigar pela subida de divisão?

Hahahaha! Eu tentei dar um ar daqueles belíssimos programas esportivos da televisão aberta aqui do Brasil, que eu não assisto há tempos. 

Quanto à temporada, sem dúvidas, foi muito boa. Na hora que encaixamos bem o esquema tático e o time passou a jogar de uma forma mais padronizada ficou muito melhor.  Estou satisfeito porque eu esperava montar uma identidade mais coesa pro plantel depois de muito tempo, com o time bem mais consolidado. De qualquer forma eu não tenho do que reclamar hahahaha!

Confesso que pelo final de temporada, como vou mostrar no próximo post com os resultados, eu acho que é possível, sim, tentar uma subida caso mantenhamos a boa forma do final dessa campanha. A questão que vai se impor mesmo é em relação ao nosso elenco. Dependemos excessivamente de dois jogadores que podem despertar interesse e aí é saber como gerenciar isso, mas por enquanto não tem ninguém interessado e espero que continue assim. Se conseguirmos manter essa base e encorparmos com algumas peças, acho que dá pra brigar pela subida. Por ora estou de olho num zagueiro equatoriano que parece ser um absurdo de bom com 18 anos - e deve sair barato. 

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Antoine sentiu a raquetada que levou na cara. 🤣

Parabéns pela excelente temporada, principalmente porque o time era cotado ao rebaixamento. Boa sorte na próxima temporada.

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Spoiler
Em 09/07/2023 em 11:45, LC disse:

Antoine sentiu a raquetada que levou na cara. 🤣

Parabéns pela excelente temporada, principalmente porque o time era cotado ao rebaixamento. Boa sorte na próxima temporada.

Hahahah! Pois é, né? A muié é braba mesmo.

No final das contas a campanha foi excelente mesmo. Como dá pra ver no post a seguir, quase deu pra pegar os playoffs

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T04: Capítulo 19 - Um breve resumo do final de temporada
🌍 
Sede do Hauts Lyonnais, Pomeys - 26 de maio de 2026 | 15h

- Salut, Irina! Obrigado por ter segurado um pouco sua viagem de férias, mas é que como você sabe eu tive algumas questões internas para resolver e queria fazer essa reunião pra liberar você pras suas férias sem ter preocupação nenhuma com o planejamento da próxima temporada.
- Tudo tranquilo, Tito. Eu fiquei sabendo que algumas pesquisas que você tinha encomendado demoraram um pouco para sair e entendo perfeitamente. Até porque para a próxima temporada meu foco estará integralmente em nosso clube, então vamos fazer as coisas de forma adequada.
- Certo. Em primeiro lugar eu gostaria de te parabenizar por uma excelente temporada, sobretudo considerando todo o contexto que estava ao seu redor com a imprensa e a nossa própria torcida reclamando dos resultados e ainda por cima tendo que lidar com sua tese. Mas depois disso tudo você conseguiu se reunir bem com os jogadores e encontraram uma alternativa para o bom futebol. Não à toa que nesses últimos seis jogos, apenas uma derrota.

 

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- Poxa, aquela derrota contra o Saint-Étienne foi difícil de digerir. Não jogamos mal, mas demos muitas oportunidades para eles em contra-ataques velozes e contamos bastante com a sorte do ataque deles estar em um dia ruim para sairmos derrotados apenas por 1x0. Tanto que todo mundo no vestiário, depois do jogo, estava perplexo pela derrota simples que sofremos. Aí eu percebi todo mundo com uma dedicação absurda nos treinamentos da semana seguinte e isso se refletiu demais na goleada contra o Guingamp. Fizemos o que o Saint-Étienne não conseguiu fazer conosco, mas dominamos bem a posse de bola e não demos espaço nenhum para a progressão deles. Foi um dia raríssimo de ver o time absolutamente inteiro jogando em altíssimo nível que até quem estava no banco não queria muito entrar pra não estragar o ritmos do nosso futebol. Hahahaha!
- Sério mesmo?
- Sim. Tive que falar pra quem entrou pra se divertir em campo, estávamos com o jogo bem encaminhado e alguns entraram descontraídos até demais, mas tudo bem. Hahaha!
- E me explica aquela goleada contra o Châteauroux? Como que o time jogou muito melhor com um a menos?
- Com o time misto também. Mas é que estávamos bem em campo, com o placar controlado e vencendo por 2x1 até o Louis-Jean se machucar depois de termos feito as 5 alterações. Dei uma mexida porque imaginei que eles tentariam se impor e arriscar por um empate ou até mesmo uma virada. Contamos também com um grande dia do jovem Daniel, que foi o melhor em campo de longe, com dois gols e uma assistência na partida. Conseguimos melhorar ainda mais o bom rendimento e marcar três gols com um jogador a menos em campo, uma grande vitória mesmo. Nos dois últimos jogos ficou uma coisa bem demarcada para melhorarmos: nosso rendimento fora de casa, apesar de estar bom, precisa melhorar para conseguirmos manter um padrão de jogos. Tanto que contra o Paris nós tivemos uma boa vitória, no baixar do pano, num dia inspirado do Milan, mas sentimos um pouco o adversário querer gostar do jogo com o domínio da posse de bola.

 

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- O jogo de encerramento da temporada foi uma obra de arte também
- Ah, mas foi contra o lanterna, né? Não demos chance alguma para eles e dominamos em todos os setores do campo, só faltou melhorarmos um pouco a pontaria mas ainda assim foi uma boa vitória contra o LeMans. De qualquer forma fechamos uma temporada com chave de ouro, na 8ª colocação, e tivemos a consolidação de alguns jogadores e o aparecimento de outros que parecem ser interessantes para as próximas. O grande nome dos últimos meses mesmo foi o Milan, que foi a referência técnica no nosso meio-campo e deixava nosso ataque jogar de forma muito mais livre e tranquila. O Charly também fez uma grande temporada e foi o artilheiro de nossa equipe. O Daniel, por sua vez, veio ganhando um pouco de espaço e mostrou um bom futebol. Certamente é um jovem que poderá ser aproveitado por aqui na próxima temporada.
- Que ótimo, bom ver que nossas apostas em jogadores jovens têm dado bons frutos. Agora com relação à nossa análise de perfil da torcida, detectamos alguns marcos importantes em nosso crescimento e pensamos que mais algumas boas campanhas assim teremos boa influência nas redes sociais.

 

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- Que ótimo. Estamos progredindo bastante mesmo e notando o surgimento de algumas tendências de moda nas nossas arquibancadas, porque temos feito grandes avanços em campo, com diversos acessos em sequência e agora uma campanha que se tivéssemos engrenado mais cedo na temporada, poderíamos estar nos playoffs de acesso. Então estamos muito bem encaminhados.
- E com relação à próxima temporada, o que você acha que podemos fazer? De minha parte, acho que é importante nos mantermos na Ligue 2 como expectativa mínima, mas considerando a forma como terminamos esta temporada, imagino que você queira brigar por algo a mais.
- Eu passei pra todo mundo que queria eles tranquilos para nos salvarmos do rebaixamento, mas que tenho certeza que dá pra brigar pelos playoffs de acesso. Nessa temporada, que tivemos altos e baixos e eu não estive completamente focada na gestão do time, quase chegamos lá... Então na próxima, com os reforços corretos e o afinamento de nosso esquema de jogo, tenho certeza que dá pra brigar nessa parte superior. Mas para isso eu preciso dar uma quebrada de cabeça em nosso esquema tático para melhorar o desempenho fora de casa, porque dentro está muito bom. Deve ser alguns pequenos ajustes mesmo, mas vou aproveitar essas férias para rever alguns jogos e identificar essas possíveis melhorias.
- Tudo bem, Irina. E você viaja quando?
- Eu vou na semana que vem. Vou organizar as coisas lá em casa porque a Elena deve estar indignada com a bagunça que eu deixei. Hahaha! Ah, e falando nela, acho que poderíamos efetivá-la no departamento médico do nosso time. A chegada dela para trabalhar com a parte mental dos nossos atletas teve um ótimo impacto e foi importante para encontrar essa boa forma mais rapidamente, sem contar que era notável que mesmo em jogos frustrantes, os jogadores se mostravam resilientes e se empenhavam ainda mais pelo resultado.
- Certo. Vou entrar em contato com ela então para acertarmos uma estruturação para esse departamento em nosso clube.
- Tranquilo. Agora eu vou precisar ir, para organizar minhas coisas antes da viagem. Fique em paz, Tito. Até julho.
- Até, Irina. Tenha uma boa viagem, descanse bastante e aproveite suas férias!

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Agora é aproveitar as férias. Às vezes temos jogos onde o resultado é injusto, mas tanto para um lado como para o outro. Bom era se fosse sempre para o nosso lado, hehe.

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Em 11/07/2023 em 05:14, Cadete213 disse:

Agora é aproveitar as férias. Às vezes temos jogos onde o resultado é injusto, mas tanto para um lado como para o outro. Bom era se fosse sempre para o nosso lado, hehe.

Pois é. Mas de qualquer forma eu senti que o time teve uma boa atuação no jogo e que foi um tropeço comum, pra um adversário tradicionalíssimo e muito mais qualificado. O bom é que na sequência conseguimos impor grandes resultados e terminamos a temporada em alta.

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T05: Capítulo 20 - Planejamento da Temporada

🌍 
Sede do Hauts Lyonnais, Pomeys - 20 de julho de 2026 | 15h

Privet, Tito!
Salut, mademoiselle
- Qual o motivo da reunião de hoje?
- Ah, nada demais. Avaliar as contratações e a pré-temporada que fizemos, fazer as nossas projeções para o que realizaremos ao longo dessa temporada com o elenco já fechado.
- Acho que o primeiro ponto que deveríamos tratar é sobre nossa rede de olheiros que está bem afiada e estamos conseguindo encontrar alguns grandes jogadores antes deles se transferirem para times maiores. O infortúnio é que os encontramos com muito pouca antecedência, tanto que a descoberta que fizemos do Jean Rojas foi algo fantástico e logo fizemos a proposta, porém o PSG descobriu ele alguns dias depois, no Orense, e já agiu. Pagaram 575 mil euros e levaram um rapaz que já chegou e assumiu a titularidade por lá. Imagina o nível que levantaria por aqui?
- É difícil competir com eles mesmo, mas será que precisamos fazer alguma coisa para ajustar isso?

- Não sei, acho que ir aumentando gradativamente a nossa rede de olheiros é uma boa alternativa. Talvez reformular um pouco ela também, mas isso é algo que pretendo discutir mais adiante com todos por lá. De qualquer forma, estamos em um processo de ascensão, o que torna normal ao nosso clube ter defasagens em termos de staff e do próprio plantel. A nossa condição financeira que, apesar de estável, não tem muita margem para manobra não colabora muito para criarmos uma estrutura de nível maior.
- Tudo bem, então. Realmente a nossa margem financeira deixa um pouco a desejar em termos de possibilidades de investimento e de qualificação de nossos setores e isso é algo que pretendemos ajustar nas próximas temporadas, e agora sabendo que essa é uma questão que você também tem, penso que podemos nos articular juntos para essa reformulação.
- Claro. Mas não por agora, nessa temporada vamos deixar tudo do jeito que está porque tem funcionado muito bem. 
- Certo. E quanto à nossa atuação no mercado de transferências?

 

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- Foi muito boa. A nossa contratação mais cara foi justamente um rapaz promissor que, este sim, encontramos antes de todos porque fomos buscar em um mercado que não é muito badalado. O Mohami é um jovem e habilidoso meia sul-africano que está próximo de encontrar um caminho no time principal, mas o Yohan me convenceu que talvez emprestá-lo seja uma boa alternativa. Não à toa está com uma proposta de empréstimo para o Feirense, em Portugal. Outro jogador que veio nessa mesma situação foi o Félix, que também é um jovem promissor, e veio após seu vínculo com o Deportivo Estudantil, da Colômbia, expirar. Provavelmente buscaremos uma solução para o empréstimo dele, porque não acredito que esteja no nível de nosso time principal. O Okan veio do Bursaspor, de graça, porque estava listado para transferência e não queria renovar seu contrato de formação com o clube turco e é um jovem interessante também. O Union Saint-Gilloise mostrou interesse em um empréstimo dele, mas ainda não há nada de muito concreto. O último que fomos buscar na tentativa de explorar nosso futuro foi o jovem meia Allan, que jogava num time pequeno do Brasil, e não renovou seu contrato por lá.
- Realmente fizemos algumas boas aquisições para o nosso futuro e se eles derem certo por aqui será ótimo.
- Se não derem muito certo, mas conseguirmos aumentar um pouco seus valores de mercado e transformar em um lucro, será perfeito para podermos ir progredindo tanto estruturalmente quanto em termos de plantel. Até porque nessa primeira parte da janela nós tivemos que priorizar mais o setor defensivo que eu pensava ser carente e as modificações táticas que fiz na reta final da nossa última temporada me parecia fundamental buscar essa qualificação. Com isso, a nossa primeira contratação foi do David, que joga tanto na zaga quanto na ala esquerda, junto ao Bayern por 120 mil euros. Minha primeira visão dele é jogando como zagueiro pela esquerda, justamente por ser canhoto e ter uma boa habilidade. Aí acho que pode dar umas subidas no campo também pra ajudar na construção de jogo. Pra fazer a ala esquerda trouxemos o Zakaria, que veio do Prison Leopards, da Zâmbia, onde tinha um contrato amador e jogava pela seleção de seu país. Também trouxemos o Nicolas, que o nosso querido diretor de futebol insistiu muito em contratarmos um goleiro para compor o elenco e acabei cedendo à pressão. Não deve ter muita oportunidade, porque o Anthony é fora de série. Mantendo o padrão de reforços para o setor defensivo, vieram o Marvin, Loïc e o Linguet, respectivamente do Mainz 05, do Anderlecht e Valenciennes ao final de seus contratos. Da mesma forma também chegou o Santiago, que atuava pelo Nantes, e chega para dar uma profundidade maior em nosso setor de construção, já que atua tanto na meia central, quanto ofensiva e até mesmo faz a boa como atacante.

 

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- Então o elenco está fechado?
- Ainda não. Qualificamos o setor defensivo e isso ficou claro na pré-temporada que realizamos, em que não sofremos nenhum gol nas sete partidas que disputamos, mas ainda precisamos dar uma qualificada. Também temos alguns olheiros de olho em outros jovens jogadores e estamos com um jovem ala direito em teste no nosso elenco. Estamos observando alguns volantes e acho que é necessário mais um atacante de maior velocidade também, porque os dois que temos no plantel servem bem mas têm características semelhantes e um jogador mais móvel no ataque pode ajudar a trazer uma dinâmica diferente no setor para caso precise modificar alguma coisa no estilo de jogo durante a partida.
- Ah, ótimo. Ainda temos alguma verba sobrando por conta das vendas que fizemos e dá pra fazer uma boa manobra pra qualificar ainda mais o time. E com isso, o que pensa das nossas possibilidades nessa temporada?

 

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- Bem, a imprensa que tinha nos colocado como candidatos ao rebaixamento na última temporada acabou se surpreendendo com uma boa campanha que teve uma reta final irrepreensível. Desta vez eles estão nos colocando na 14ª colocação, fora da zona de rebaixamento, e eu acho que pelo que temos apresentado ao longo da preparação é possível manter o bom nível de futebol. Eu acho que dá para brigar por uma vaga nos playoffs e dependendo desses primeiros jogos da temporada, talvez até algo mais. Mas tenho minhas dúvidas sobre o acesso direto.
- Haja confiança, hein, mulher? Hahaha!
- Claro. Na última temporada, que tivemos altos e baixos, quase alcançamos os playoffs. Nessa que vamos começar no mesmo embalo daquele sistema de jogo que se provou adequado à liga, com um elenco mais qualificado podemos desafiar um pouco. Ainda mais que demos sorte dos times rebaixados da Ligue 1 não serem tão ameaçadores quanto os que já defrontamos por aqui na última temporada, como Auxerre, Saint-Étienne, Lorient e Metz. O Paris tem um elenco mais ou menos, mas o treinador conseguiu um estilo de jogo semelhante ao nosso e dificulta demais os adversários que os defrontam. Basta mantermos o que fizemos no final da última temporada que tudo se encaixa bem.
- Então pronto, mas não se preocupe porque o objetivo que tracei para esta temporada é justamente a manutenção e considerando a previsão da imprensa, além de sua própria fala, acho que é muito mais do que realista.
- E aí, vamos descer lá pro campo pra assistir os treinamentos?
- Não posso, tenho que resolver algumas questões burocráticas. Mas vou querer conversar com você um pouco antes dos jogos oficiais para chegarmos a um acordo para renovarmos seu contrato, porque está no último ano e definitivamente você é uma peça fundamental para nós aqui.
- Tudo bem, Tito. Fique tranquilo. Conversaremos, sim, mas não precisa ter muita pressa. Não pretendo sair e estou, finalmente, focada apenas em nosso time. 

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Bom, pelo visto esta temporada é para subir, ainda mais que a Irina está focada no campo/bola. Boa sorte.

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Claro, imprensa começa a perceber o real valor da nossa treinadora e do seu clube. 

  • 2 semanas atrás...
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Antes de mais nada gostaria de avisar que tive alguns imprevistos (alguns previstos, outros nem tanto) que têm me tomado um pouco do tempo para fazer as devidas atualizações; contudo, eu consegui finalizar essa temporada e estou em dúvidas se atualizo tudo de uma vez (como se fosse uma notícia de jornal) ou se mantenho o padrão da saga. Talvez hoje à noite eu decida como vá fazer isso direitinho e já faça a atualização.

Em 16/07/2023 em 15:45, LC disse:

Bom, pelo visto esta temporada é para subir, ainda mais que a Irina está focada no campo/bola. Boa sorte.

Pois é, LC. Não tem nada no horizonte de Irina a não ser o Hauts e a necessidade de mostrar que, com tudo livre e sem contratempos, ela é capaz de coisas maiores junto com o grupo que tem à disposição.

Em 17/07/2023 em 02:22, Cadete213 disse:

Claro, imprensa começa a perceber o real valor da nossa treinadora e do seu clube. 

Já estava mais do que na hora, né? Até o National eu achava que tínhamos um elenco tão bom quanto, se não fosse melhor, do que os adversários de lá; agora na Ligue 2 já tive minhas dúvidas e embora ache que dependemos muito mais do sistema de jogo do que do individualismo dos jogadores, é por este motivo que deveriam dar mais créditos à Irina.

Postado (editado)

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T05: Capítulo 21 -  Memorável, não?

🌍 
Página da rede mundial de computadores - arquivo digital | Publicado em: 17 de maio de 2027

Recebi um convite do pessoal do The Players' Tribune para falar um pouco da minha trajetória tanto dentro de campo quanto fora dele, apesar de dar uma ênfase especial nessa temporada. Hoje, talvez, eu seja a mulher mais falada dentro do futebol profissional masculino. Mas, acredite quem quiser, a trajetória até aqui tem seus pontos negativos que ofuscam o brilho de uma conquista impensável, afinal em duas temporadas memoráveis nessa Ligue 2, em ambas eu tive problemas com coisas externas. Eu confesso que durante toda minha carreira não fui a atleta mais disciplinada, gostava - e ainda gosto - de aproveitar a minha vida, me divertir e curtir a presença de pessoas que são importantes pra mim. O que eu fazia em campo era algo que aparentemente eu estava destinada a fazer, era fácil. Conquistei quase tudo que podia quando era jogadora e agora, como treinadora sigo ouvindo as mesmas coisas que ouvia quando jogava. Que eu saio muito, que eu apareço em bares, que eu isso... Que eu aquilo. Agora até com meus jogadores extrapolaram, porque nós estamos aqui fechados em conjunto aproveitando um passeio e nos divertindo. A cada vitória que conquistamos, nós comemoramos, nós nos divertimos. Queria dizer que antes de tudo nós somos humanos.

O primeiro ponto alto dessa temporada veio pouco antes dela começar à vera. O meu querido amigo Tito, presidente do Hauts Lyonnais, me ofereceu para renovar meu contrato. Uma proposta longe dos exorbitantes valores praticados nos grandes centros, mas que, pra mim, o dinheiro não é uma questão que importa. Gosto de estar onde me sinta confortável e cá estou, confortabilíssima e satisfeita com tudo que temos alcançado - e, acredito, ainda alcançaremos. Já tive contatos diversos com diretores, presidentes e tantas coisas da alta cúpula do futebol que dificilmente consegui encontrar um lugar para chamar de meu. Aqui, felizmente, posso fazê-lo. Estamos construindo tudo em conjunto e estamos felizes com os passos que temos dado.

A principal coisa pra quem dirige um clube de futebol é ter um norte. Um rumo a que se deve tomar e que todas as decisões devem ser realizadas tendo isso em mente. Por aqui, considerando nossos recursos e tudo mais que temos disponível, nosso foco é em jovens atletas. Também penso ser importante o futebol como um processo de formação da pessoa, uma oportunidade e alternativa. Por isso seguimos investindo na formação da molecada. Não só tentando captar, mas também trazendo alguns para ver se se encontram por aqui pois eu sei bem que é possível não encaixar em uma metodologia específica, mas em outra tudo dá certo e flui muito bem.

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Considerando isso - e notando que alguns jornais até comentaram sobre as contratações que fizemos antes da temporada* - acho que é bom falar sobre alguns outros. Sakhi, Goua, Kalnov, Mertens, Prpić, Marushkin e Tratjakov. Todos jovens jogadores que vieram para nos ajudar de uma forma ou de outra. Foi algo importante fazer essa qualificação do elenco e dar oportunidades à juventude, sobretudo para consolidarmos uma metodologia boa para nosso processo de formação de atletas. Temos ainda muito a fazer, bem como muitos outros passos para caminhar, mas pouco a pouco vamos criando nosso caminho e chegando no ponto onde queremos. 

Você sabe o que é começar invicto em um time cotado para a parte de baixo?
Eu me lembro super bem das expectativas que tínhamos no começo do campeonato. Tito queria evitar o rebaixamento e a imprensa colocava a gente na 14ª colocação. Na última temporada, que eu nem sequer estava 100% focada na gestão do clube pois estava na reta final do meu doutoramento, nós conseguimos terminar em 8º. Pra mim, essa temporada era pra brigar pelo acesso. Não esperava necessariamente subir, mas queria ver uma briga boa pra estabelecer nossa presença nessa Ligue 2. Pois nos primeiros nove jogos conseguimos oito vitórias e um empate.

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Qualquer pessoa seria idolatrada por isso, não é mesmo? Pois logo na abertura do campeonato, depois do sonoro 5x0 em cima do Guingamp, já vieram as primeiras cornetadas da imprensa: "um time sem gestão". Tudo isso porque na noite logo após o jogo, em que estávamos todos felizes, flagraram uma confraternização que fizemos até o dia amanhecer. Uma festa restrita apenas a gente, do clube, tanto jogadores, comissão técnica, roupeiros, cozinheiros e os familiares de todos. Exatamente a mesma coisa aconteceu depois de mais uma goleada, dessa vez no 6x0 contra o Amiens. Essa, tudo bem, eu compreendo porque fomos fazer a mesma bagunça depois do jogo e no dia seguinte todos perdemos a volta para casa. Tivemos mais duas boas vitórias na sequência até recebermos o poderosíssimo Saint-Étienne e vencermos por 3x1. Como virou tradição, mais uma vitória, mais uma festa. E dessa vez a implicância foi por ver alguns jogadores - e eu também - fumando. Questionaram tudo até a possibilidade de conseguirmos correr, de sustentar um jogo de alto ritmo... Aliás, acreditem se quiserem, mas até ler que nosso time joga com a bola nos pés porque não tem pulmão eu tive que ler. Ri, confesso. Era muita falta do que criticar que encontravam qualquer coisa pra menosprezar o trabalho, afinal seis vitórias em seis jogos não é um feito importante pra ninguém.

O auge disso, talvez, foi após o empate contra o Paris em 1x1. Estávamos na capital do país depois de ter empatado um jogo difícil contra um bom adversário que nos venceu em nosso próprio estilo de jogo, deixando a gente pouquíssimo com a bola. Só conseguiram o empate no cair do pano, nos 4 minutos de acréscimo do segundo tempo, mas ainda assim era um bom resultado para eles. A imprensa logo na sequência se perguntava: "será que vai ter festa?". Pois teve, sim, uma confraternização ainda lá em Paris. Não durou tanto quanto as demais, porque havíamos aprendido depois do jogo contra o Amiens, mas fizemos, sim.

Tudo parece bem, mesmo com alguém querendo nos desestabilizar
Pois essa boa campanha não parecia o suficiente para nos credibilizar onde, pra mim, teríamos plenas condições de estar no final da temporada. Poucos eram os comentaristas esportivos que davam algum suporte. Tinham alguns, sim, mas poucos. Fiquei feliz, inclusive, com o apoio de alguns colegas treinadores e jogadores falando que achavam essas ilações da imprensa esportiva vergonhosas. Mas não parecia acabar.

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Depois de perdermos pro Le Havre por 2x1, nossa primeira - e única - derrota nessa primeira metade de temporada, era fácil abrir um jornal e ver as críticas: "parece que o Hauts chegou ao seu limite". Se esse era o limite, perder tentando vencer a todo e qualquer custo, eu estava muito feliz; mas a imprensa pegou num ponto que, de fato, me incomodava: a baixa precisão de nosso time, afinal de contas eram muitas finalizações com poucas indo ao alvo, embora eu estivesse satisfeita com a taxa de conversão - e não era à toa, já que todo jogo nós conseguíamos marcar pelo menos um golzinho. Logo depois da derrota o Clermont conseguiu estruturar uma boa marcação para nos anular e alcançar o empate em 1x1, um jogo difícil em que os adversários tiveram todos os méritos e souberam controlar bem nosso estilo de jogo. Mas depois desse empate tivemos uma grande conquista vindo por cortesia de nosso uruguaio favorito. Santiago Costa disse que faria uma iguaria de sua terra lá na casa dele após o jogo e assim pudemos desfrutar de um excelente churrasco.

Em todo caso, percebendo que não estavam nos desestruturando, decidiram fazer meras notinhas de rodapés com nossos resultados. Foi bom, porque conseguíamos manter um bom moral no elenco e o pessoal pôde se soltar mais. Com alguns ajustes pudemos fazer um bom jogo com o Sochaux e vencê-los por 3x1. Os ajustes foram mais para ajustar a quantidade de finalizações, mas esbarramos em um time que parecia frenético em campo que pegava a bola e partia pra cima com tudo, finalizando de tudo quanto é canto e de qualquer jeito. Facilitou bastante nossa vida. Já nas partidas da Coupe de France pude testar alguns jogadores que vinham tendo poucas oportunidades para verificar como se encaixariam no time. Então a boa vitória contra o Châtellerault e a vitória contra o Béziers foram importantes e vimos que tinha um gurizinho ucraniano pedindo passagem no ataque; o azar dele era o Charly e o Loïs que estavam voando como centroavantes.

Com isso, fechamos o ano na liderança isoladíssima do campeonato. E a despeito de tudo que ouvimos da imprensa ao longo do ano, eles tiveram que fazer muitos malabarismos para explicar o porquê fui eleita a treinadora do ano na Ligue 2, Contava, evidentemente, uma parte da última temporada que só fomos engrenar mesmo a partir de fevereiro/março. Além disso pude dar um bom abraço no Milan, que foi eleito o jogador do ano da Ligue 2 também. O guri estava absurdo mesmo e foi merecidíssimo.

Ano novo e mentalidade antiga
Tive a oportunidade de, como sempre, visitar meu país natal neste recesso de final de ano. Ir para um lugar onde ninguém mais fala de mim e dos meus extracampo... Mas me enganei. Aparentemente essa nossa pequena viagem era bem vista em meu país e, inclusive, recebi alguns convites pra ir na televisão falar do que eu tava fazendo na França. Pena que meu recesso foi bem curto, porque logo no terceiro dia do ano já teríamos jogo da Coupe de France, então voltei dia 2, mas tivemos pouco tempo para nos recuperarmos desse tempo sem treinos.

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Ficou claro mesmo no jogo contra o Le Havre que tivemos que levar aos pênaltis para conseguir a classificação. A partida contra o Grenoble também foi bem complicada, apesar da vitória. Mas tava perceptível que os times sabiam mais ou menos como jogar contra nossa equipe, só que seguíamos bem e mantendo um bom padrão de jogo jogando para dominar os adversários e vencê-los. A questão é que estava funcionando bem e nosso time é muito aguerrido, não à toa, tivemos um grande resultado nas oitavas da Coupe de France: vencemos o Rennes nos pênaltis, jogando de igual para igual e até tendo mais oportunidades que eles. Uma equipe fortíssima que sempre vem bem no mais alto escalão francês, brigando sempre na Champions League. Foi, talvez, o auge da minha história como treinadora de futebol esse jogo... Até aquele momento. Porque no começo de março fizemos um crime ao vencer o Monaco por 2x1 nas quartas da mesma competição. Tivemos que suportar uma equipe que tava massivamente tentando o resultado, com jogadores perigosíssimos, em uma partida que se tornou na síntese de nossa mentalidade: sofremos um gol aos 27 segundos de jogo e na saída do meio de campo conseguimos encontrar o empate, numa jogada ágil contra o Mônaco que achou que teria vida fácil e não apertou a marcação. No segundo tempo, com tudo bem equilibrado, conseguimos o gol da vitória com o Sofiane num belíssimo gol de longa distância que não deu chances pro goleiro adversário. E aí, o que vocês fariam vencendo um time poderoso como o Mônaco comandando uma equipe completamente outsider? Pois nós mantivemos a pegada e surpreendemos um pouco os adversários, que estavam esperando uma mentalidade bem defensiva de nossa parte. Essa aí só veio na reta final do jogo, junto com cera e toda catimba do repertório que poderíamos usar. Não ligo. Vencemos e avançamos à final da Coupe de France! Ali a imprensa não tinha nem como questionar a festa que foi, porque mal treinamos da quinta até o sábado, mas era isso. O mês de março não apenas nos colocou na final da copa, mas também nos legou o título da Ligue 2 na melhor exibição que tivemos no ano: massacramos o Clermont por 7x1 e levantamos o troféu.

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Será que isso tudo satisfaz às críticas que sofremos pela mentalidade festeira que tivemos ao longo de toda campanha? Creio que sim, porque a quantidade de "esse time é bom" que eu li e ouvi depois de todas as nossas peripércias nessa temporada não foi pouca coisa, não. Inclusive a imprensa, que tanto criticou minha metodologia de trabalho, se rendeu um pouco ao nosso futebol. Com o título em mãos pude rotacionar bem o nosso elenco nessa reta final, mas buscando manter a mentalidade na dominação da posse de bola porque queríamos manter o nível para chegarmos com tudo já na próxima temporada, embora essa ainda não tivesse terminado.

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Alguns tropeços marcaram a reta final, mas tropeços compreensíveis. A ressaca pós-título em que o Lorient carimbou nossa faixa de campeão vencendo por 1x0 em uma partida que não ameaçamos nada, e nem foi muito a nossa preocupação, valeu algumas críticas de coletivos de imprensa que afirmaram "agora que são campeões, vão jogar de qualquer jeito". Mas convenhamos, perdemos com um gol aos 47 do segundo tempo. Foi um momento de desconcentração, para não dizer que foi azar. Porém estávamos determinados a corrigir essa pecha que a imprensa nos colocou e quem sofreu foi o pobre do Sochaux, que tomou um sonoro 6x0 para não restar dúvidas de quem mandou na liga inteira. Logo na sequência vencemos o Pau por 3x0 e decretamos o rebaixamento dos adversários. Eu sei que vocês querem saber o que aconteceu na final da Coupe de France, não é mesmo? Pois bem. O adversário era ninguém menos do que o multitrilionário Paris Saint-Germain.

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E a derrota, mais do que esperada, veio. Só não foi como todo mundo achou que viria; foi uma derrota honrosa, perdendo apenas por 1x0 e mostrando que temos time para tentar segurar o time que vier nos enfrentar. Eles vieram freneticamente querendo o resultado e conseguiram, e eu tive a oportunidade de conversar com o jovem que quase veio para cá, mas foi seduzido pelos altos valores oferecidos pelo PSG, o Jean Rojas. Ele, infelizmente, saiu lesionado da partida, porém tivemos uma boa conversa e ele me disse que se tivéssemos oferecido o contrato algumas semanas antes, ele estaria aqui conosco, e desejou-nos muita sorte... Menos pra esse jogo, evidentemente, porque apesar de amigável, ele é um jovem bastante competitivo e não é à toa que assumiu a titularidade no elenco mais poderoso do futebol francês.

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Depois, para fechar a temporada com chave de ouro, fomos visitar o Guingamp e saímos com uma boa vitória por 4x1. Fechamos bem a temporada e agora teremos nosso merecido descanso. A felicidade que eu tive foi receber a premiação de melhor treinadora dessa Ligue 2, com votação expressiva de jogadores e treinadores da liga. Acho que foi merecidíssimo, afinal perdemos apenas 4 partidas das 34 que disputamos e vencemos 27. Uma taxa de quase 79% de vitórias. Felicidade resume. Agora vou descansar e a partir do mês que vem iniciaremos os preparativos para a próxima temporada, a nossa primeira na elite do futebol francês. E queremos chegar mostrando um belo cartão de visitas, quem sabe.

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E nosso destaque é pro Marushkin, o menino ucraniano que ganhou a titularidade da metade pro fim da temporada e foi o quarto maior marcador da liga. Mas, como diz a imprensa, "toca no Guendouzi ou no Augarreau que eles resolvem". E resolvem mesmo, sobretudo o Milan: 14 gols e 11 assistências. Entregando tudo pro nosso time desde o National 3, mas deixem ele por aqui que estamos muito felizes! Um dia, quem sabe, receberemos os devidos créditos sem nenhum questionamento. Até lá vamos trabalhando e surpreendendo a tudo e todos, porque chegamos. E chegamos para ficar.

Editado por Herr Jones
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Excelente temporada, parabéns pelos resultados e pelo título. A campanha na Taça da França foi também excelente, já se provou contra equipes consolidadas da Ligue 1, exceto o PSG é claro.

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Que época dominadora. Sem dúvida a mulher mais falada no futebol masculino. Liga ganha com conforto e na Taça houve surpresa ao chegar à final, derrotando equipas como Rennes ou Monaco, mas vencer PSG seria pedir muito. Valeu pela experiência. Orgulho nessa equipa.

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21 horas atrás, Johann Duwe disse:

Excelente temporada, parabéns pelos resultados e pelo título. A campanha na Taça da França foi também excelente, já se provou contra equipes consolidadas da Ligue 1, exceto o PSG é claro.

Foi uma temporada impecável mesmo, completamente dominante em praticamente todos os sentidos. Até nas derrotas que tivemos o time jogou bem. Contra o PSG foi interessante ver o time conseguir segurar o ímpeto e a sede de gols que eles têm, porque eu tava esperando uma sonora goleada (e a forma como eles jogaram contra a gente dava algumas ideias de que poderia ser mesmo uma goleada). Tanto que eu tava comemorando as defesas e interceptações do time como se fossem um gol hahahahah!

44 minutos atrás, Cadete213 disse:

Que época dominadora. Sem dúvida a mulher mais falada no futebol masculino. Liga ganha com conforto e na Taça houve surpresa ao chegar à final, derrotando equipas como Rennes ou Monaco, mas vencer PSG seria pedir muito. Valeu pela experiência. Orgulho nessa equipa.

Exatamente. Eu achei que conseguiríamos, sim, brigar pelo acesso mas em momento nenhum passou pela minha cabeça que dominaríamos a liga com essa facilidade toda. Ainda mais que nosso elenco é formado basicamente de jogadores que estavam sem contrato, de alguns jogadores que saíram de lugares alternativos como o nosso ala esquerdo que veio da Zâmbia e teve uma participação decisiva na nossa construção de jogo.

Na taça eu, quando vi o sorteio de um time da Ligue 1 já pensei "é, chegamos até aqui e tá ótimo", mas jogávamos no limite das nossas características e fomos avançando. Chegar à final, ainda mais depois de eliminar Rennes e Monaco (ainda mais que nessa base de dados os times têm tido o costume de jogar com vários jogadores do plantel principal na taça, o que não é muito comum na realidade e deixa a competição mais difícil no jogo), foi completamente inesperado e ganhar do PSG definitivamente seria pedir muito, mas conseguimos segurá-los muito bem e perder o título por 1x0 do time mais forte do país estando uma divisão abaixo deles, na minha visão, é um título também. Hahahah

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T05: Capítulo 22 -  Revisão de estatísticas

🌍 
Sede do Hauts Lyonnais, Pomeys - 20 de maio de 2027 | 10h

- Bom dia, pessoal. Marquei essa reunião com todos vocês antes de sair para minhas férias porque gostaria de agradecer o empenho de todos aqui presentes que contribuíram ativamente para a temporada maravilhosa que tivemos. Desde o pessoal que está envolvido mais ativamente na captação de jovens para nossa base, passando pelo pessoal da análise de dados até chegar a toda nossa estrutura de gestão do patrimônio, com nossas queridíssimas cozinheiras, os sempre divertidos roupeiros e todos mais que participaram desse clima de altíssimo astral que nos contagiou internamente por toda essa temporada. Esse título que conquistamos é nosso. E quero, também, que a galera da análise de dados e da captação conte um pouco sobre o trabalho que realizaram durante o ano, porque pretendo convencer o Tito a ampliar um pouco mais o investimento nas áreas de vocês. Então, para começar, vou falar um pouquinho sobre nosso esquema de jogo para, também, dar um norte às buscas de nossa rede de olheiros na avaliação de jogadores que se enquadrem em nosso sistema de jogo atual que, por estar funcionando, não pretendo fazer grandes mudanças.

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- O esquema pensado, já desde a metade da última temporada foi um 3-4-3 básico. Na concepção inicial esse zagueiro central fazia o bloqueio das jogadas, mas observando melhor notei que para isso ele acabava subindo demais e ocupando a faixa de volantes e isso deixava essa última linha mais exposta. Então pensei que seria melhor pedir para que fizesse a cobertura, já que dessa forma ele atuaria de forma um pouco mais conservadora e daria mais solidez defensiva. Os alas se alternavam entre maior e menor liberdade ofensiva, mas o nosso padrão mesmo era o do lado direito ter essa maior liberdade de avançar porque queríamos atrair a marcação para este lado enquanto o Milan, na meia ofensiva pela esquerda, pudesse ter um pouco mais de liberdade para fazer o que faz de melhor. Sem contar que o Sofiane tem uma característica impressionante de conseguir se desvencilhar da marcação e, principalmente, encontrar bons passes em profundidade. Na volância, o menino Mertens dava costumeiramente uma boa cobertura às investidas ofensivas de nosso ala ao mesmo tempo que também auxiliava na construção de jogadas, embora ficasse um pouco mais recuado em campo. Ao seu lado, Alexandru era aquele típico elemento surpresa que tinha dupla função: subia bastante e muitas vezes chegava à área sem alguma marcação mas também era o primeiro elemento de criação das jogadas, sempre encontrando grandes passes importantes para os companheiros lá na frente. E lá tanto Milan quanto Sofiane tinham na função criativa sua essência porque tinham um bom entendimento um com o outro, já pelo longo tempo que partilham aqui juntos e amizade que têm um com o outro, ao mesmo tempo que o Milan ainda atuava como um segundo atacante. E ele fez essa função com primazia, porque entregou nada menos do que 14 gols e 11 assistências, um número bastante expressivo. No ataque, o centroavante tinha a tarefa única e exclusiva de empurrar a bola para o gol. Ao longo da campanha Charly e Loïs se revezaram nessa posição, mas com o cansaço físico deles e a pedida de passagem do Marushkin, acabei dando oportunidades ao jovem ucraniano e ele não desperdiçou. Se firmou muito bem na posição e terminou como um dos artilheiros do time, com a impressionante marca de 1 gol a cada 58 minutos. Uma vez explicado o nosso sistema de jogo, gostaria de pedir ao pessoal da análise para comentar um pouco sobre nossas estatísticas.
- Poxa, Irina, depois dessa explicação eu vou ter que chover no molhado e falar exatamente o que você disse que o time se propõe a fazer mas com os números. Assim o patrão não vai querer liberar o orçamento pra gente. Hahahaha! - disse Kamil, responsável pelo departamento de análise.
- Hahahahaha! Desculpa, Kamil. Mas fique tranquilo que eu te ajudo nessa barganha, sim!

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- Tudo bem. Vamos começar, então, pelo começo. Ou por partes, como diria Jack... Desculpa enrolar, mas é que estou tentando projetar aqui os dados levantados, mas aparentemente o computador não está colaborando muito.
- Tá vendo? Já temos que dar uma melhorada nesses computadores para dar melhores condições de trabalho pra galera, viu, Tito?
- Tá certo, Irina. Pode deixar que vou repassar para o financeiro uma ordem de serviço pra eles comprarem mais computadores. sim. - responde Titouan, presidente do clube.
- Aleluia! Consegui! Hahahaha! Pois bem. Aqui vemos as estatísticas do time ao longo da temporada num comparativo com a média da liga. No desempenho global fica bem claro o que Irina disse acima: o time tem foco na marcação, e não necessariamente no desarme, o que diminui o ímpeto da defesa na partida. Isso significa uma coisa: o time evita dar botes que, quando dão errado, podem abrir espaço para a progressão do adversário e permiti-los criar oportunidades mais claras de gol. E ao mesmo tempo, por jogar dessa forma, acaba forçando o erro ou a pressa na resolução das jogadas por parte do oponente. Isso é algo que todos que assistiram aos jogos podem entender, pois viram vários adversários finalizando as jogadas de qualquer jeito porque a compactação e paciência defensiva que nosso time exercia era alta. Isso força uma posse de bola improdutiva do oponente, já que existem poucas linhas de passe possível e era notável que a decisão mais comum deles em face a esse cenário era justamente finalizar a jogada e, com isso, oferecer a oportunidade para que nós fizéssemos a construção de jogadas. E aí, ao contrário deles, nós tínhamos a paciência para rodar a bola e aguardar o momento-chave de fazer a infiltração para finalizar, embora ainda falte a maturidade para escolher os remates certos porque temos uma porcentagem de remates a gol dentro da média quando comparado com a liga, mas ao mesmo tempo que temos uma quantidade total de finalizações realizadas muuuuito superiores à produção dos adversários. E isso foi algo que eu e Irina conversamos bastante ao longo da temporada, para buscarmos alguns meios de solucionar esse problema. A conclusão a que chegamos, e me corrija, Irina, se estiver errado, é que isso ocorre por conta do nosso próprio padrão de jogo que é centrado na posse de bola e oportuniza o adversário de se recompor bem na defesa. Ao mesmo tempo que existe, de fato, uma limitação no que concebemos como "imprevisibilidade", ou seja, a capacidade de drible para romper essas linhas.
- Pois é. Essa foi mesmo uma questão que tivemos por muito tempo e, inclusive, tentei sanar dando mais liberdade em algumas partidas, mas notei que a essa capacidade do drible para quebrar as linhas é um problema que temos, já que os jogadores, quando livres para fazê-lo, costumavam perder a bola e oferecer o contra-ataque. A decisão, então, foi aceitar que, por vezes, seríamos um time mediano na proporção de remates no alvo acreditando que a alta capacidade de produzir finalizações no geral permitira que uma, mesmo que sem querer, entrasse e foi assim que encerramos esse debate.
- Hahahaha! Mas falando assim parece que o time é ruim, o que é mentira. Só falta mesmo aquela imprevisibildade mesmo no rompimento das linhas do adversário. E de qualquer forma, vemos isso tudo refletido nesse quarto slide. Tivemos uma média de 1,9 gol por jogo, ou seja, a produção ofensiva era boa. No geral tivemos uma expectativa de gols marcados que gira em torno de 63,7 e... Conseguimos converter 86 gols no total da liga, um total de 23 gols a mais do que o esperado. E acho que foi essa a estatística que selou a paz de Irina com essa questão dos chutes ao alvo, não é mesmo?
- Hahahahahah! Sim! Essa aí você fez de sacanagem comigo, porque só foi me mostrar quando eu tava entrando em crise existencial por não conseguir achar uma alternativa, né, Kamil?
- Hehehehe. Da mesma forma, nesse gráfico de expectativas vemos que o esperado era termos 66 pontos, uma pontuação que seguiria garantindo o título para nossa equipe e com uma boa margem, já que o vice, Saint-Étienne, ficou com 62 pontos. Maaaaas alcançamos fantásticos 84 pontos, superando em 18 pontos as expectativas e, mais, fechando o campeonato com meros 22 pontos de vantagem para o vice-líder, isso é um ponto a menos do que a soma de todos marcados pelo Pau, que foi rebaixado na lanterna com 23 pontos em todo o campeonato.
Blyat! Eu não estava conseguindo dimensionar a campanha que fizemos até você dizer isso. Eu tava feliz, vou sair daqui eufórica, pulando e gritando!

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- Hahahaha! Agora vamos ao terror de todo mundo que não gosta de estatística: os gráficos de dispersão. Nesse primeiro momento vou falar do time como um todo e aqui vemos o Hauts tendo uma posição de destaque em praticamente todos que eu for apresentar. Esse primeiro, da posse, demonstra aquilo que já falei anteriormente. Nós temos uma posse bem sólida, conseguindo sempre ficar com ela nos pés e ter o mínimo de turnovers possível e, com isso, entendemos o gráfico de passes que é a forma como jogamos: temos uma posse alta e, para tanto, são necessários dar uma elevadíssima quantidade de passes. Passes esses que são extremamente precisos, sobretudo por serem passes curtos que podem, eventualmente, serem esticados à medida em que nos aproximamos da área adversária que foi importantíssimo para cobrir a deficiência do drible para romper as linhas adversárias, então conseguíamos, sim, fazê-lo com um passe bem encaixado. Então isso já explica esse próximo gráfico, de movimentos, que fomos a equipe que realizou uma a menor quantidade de dribles na liga porque a prioridade mesmo era o passe capaz de quebrar o encaixe de marcação.
- Gente, nas próximas vezes que fizermos nossa reunião sobre os dados dos adversários você poderia me mostrar esses gráficos* porque eu via isso na prática mas nunca tinha reparado mais especificamente dentro de um contexto mais amplo.
- Pois é, Irina. Peço desculpas, mas é que nós realizamos esses gráficos em casa e ainda não temos uma ferramenta adequada para apresentar, já que isso aqui é apenas um print que fazemos do gráfico na tela do computador. O programa, em si, consegue mostrar essa dispersão toda acontecendo em tempo real e permite entender melhor como os times estão construindo seu estilo de jogo e coisas assim. Então, seguindo nos gráficos, depois de falar sobre nosso padrão de jogo e reforçar estatisticamente tudo o que Irina havia comentado quando mostrou o esquema de jogo e suas ideias na teoria, podemos passar à parte da composição defensiva. Nessa área de desarmes observamos que o time realiza poucos botes, embora tenha uma boa taxa de recuperar a bola quando tenta fazê-lo. Este é, talvez, o único ponto que o time se encontra ali no meio do bolo com os demais competidores, porque quando seguimos adiante para ver a questão dos bloqueios, temos um primeiro isolamento. O time, por ter uma forma primaz na marcação, tendo 8 homens postados inicialmente atrás da linha de meio de campo, traz uma inevitável sobrecarga defensiva, porque usualmente os adversários atacam com muito menos jogadores do que temos defendendo e isso permite facilmente prezar pela marcação do que tentar forçar um bote que pode, eventualmente, render uma finta adversária capaz de romper nossas linhas defensivas e ocasionar uma jogada perigosa. E isso foi algo que Irina me perguntou logo quando começou a se inclinar para esse esquema tático, ainda na última temporada, e tivemos todos do departamento que analisar os momentos de jogo que usávamos este sistema para avaliar como estava se comportando até indicar que ele parecia ser adequado para essa proposta. Eu imagino que ele surgiu para sanar as limitações técnicas que tínhamos, à época, no setor defensivo com a atuação coletiva. Então não dependeria necessariamente da individualidade de um grande zagueiro, mas do trabalho em equipe de vários em um setor bem coordenado e isso rendeu grandes frutos, pois podemos ver que essa atuação em conjunto tornou a defesa super tranquila, com pouquíssimos gols sofridos. Aliás, sofremos muito menos gols do que jogamos partidas!

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- Seguindo na parte de inclinação do campo, é notável a síntese do que Irina disse mais cedo. A organização tática é voltada para não permitir o adversário jogar em nosso campo ao mesmo tempo que nos interessamos pelo domínio da posse de bola. Tomei a liberdade também de trazer uma síntese do mapa de passes desse último jogo, que vencemos contra o Guingamp por 4x1. Notem que quanto mais claras as linhas, maior a interação e envolvimento na construção tivemos. Nessa partida em específico, eu acredito que por já não valer nada para nenhuma das duas equipes, acabou sendo um jogo mais aberto e que tivemos menos domínio da posse de bola a despeito do que fizemos durante toda a temporada. Mas ainda dá pra perceber que existe uma consolidação forte nas linhas desde a defesa, com nosso ala esquerdo bem envolvido na criação das jogadas ao mesmo tempo que, na direita, o ala recebe menos vezes a bola. A questão é que quando ele recebe, está sem marcação e é curioso ver que no momento que tem a bola em seus pés, desloca o time adversário quase inteiro para seu lado e libera várias peças importantes para maior liberdade. Outra coisa que é perceptível é que o time, em campo, se posiciona de uma forma diferente do que a concepção inicial trazida por Irina. O posicionamento é de um 3-5-2 mesmo, porque o Milan atua como um segundo atacante que muitas vezes fica sem marcação nenhuma e mostrou uma impecável letalidade quando fica solto.

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- Eu nunca tinha reparado nesse posicionamento do time em campo. Mas é exatamente o que eu tinha pensado quando imaginei esse sistema. Interesante.
- Pois é. Agora vamos às dispersões individuais. Tomei apenas o cuidado de diferenciar os jogadores de nosso time em relação aos demais, já que muitos atletas atuaram ao longo dessa Ligue 2. No gol vemos que o Anthony é um goleiro confiável que quando é acionado faz bem seu trabalho, porém como vimos anteriormente, ele não é muito acionado porque a defesa faz bem seu papel de prevenir o gol adversário. Na defesa vemos nossos jogadores, em sua maioria, na parte inferior porque não fazemos muitos desarmes mesmo. No setor de criação vemos três pontinhos se destacarem, e eles são Milan, Sofiane e Alexandru. Os três principais jogadores na criação de jogadas. Já na parte de finalização, o meia que mais se destaca como goleador foi justamente o Milan que, como vimos, não é bem um meia, mas um segundo atacante que joga quase sempre sem marcação. No ataque vemos dois pontinhos próximos, que são Charly e Loïs, e um lá isoladíssimo com uma altíssima capacidade de fazer gols, que é o Marushkin, o menino que recebeu algumas oportunidades e não abandonou. Inclusive recomendo que tentem mantê-lo no plantel, porque ele entrega ótimas estatísticas! Agora, antes de encerrar essa tediosa apresentação, queria entregar esse caderninho a todos que possui o resumo desses gráficos que apresentei aqui e algumas estatísticas gerais de clubes e também de jogadores dessa Ligue 2. Só peço que não se surpreendam com o domínio massivo do Hauts nas estatísticas de clubes, porque realmente tivemos uma temporada absolutamente fantástica!

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- Uma coisa que eu queria entender, e aí eu peço uma licença básica para reclamar, é como que essa galera da imprensa colocou o setor defensivo todo do nosso time mas não deu espaço para o Milan nem para o Sofiane, que foram absurdos nessa temporada? E mais... Como eles conseguiram deixar o Milan fora dessa equipe e ao mesmo tempo elegeram ele como melhor jogador da temporada!? - questiona Tito.
- Ah, querido, eu já me acostumei com essa incongruência da imprensa. Agora cadê o Adil pra falar da nossa base? - pergunta enquanto ele retornava para a sala. - Ah, chegou, agora é sua vez. Vamos falar das nossas belíssimas captações dessa temporada porque tem um guri que na próxima já pretendo subir pro principal!
- Oi, gente. Desculpem, tive que sair para atender uma ligação importante porque já começamos os trabalhos para fazer as peneiras para a próxima temporada e estava negociando o uso de um campo em outra cidade para fazermos umas seletivas de sub10 até sub14. Mas no geral não tenho muito do que falar, já que a peneira para esta temporada veio boa mas não são todos que parecem ser absurdamente promissores. - disse Adil Rami, diretor do futebol juvenil do Hauts.

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- O melhor que veio foi um jovem aqui da cidade, que é zagueiro e deve virar um absurdo de bom. O Maxence, com apenas 15 anos, tem uma altíssima qualidade no jogo aéreo e uma técnica bem apurada para um defensor. Acho, inclusive, que ele deve ser capaz de assumir a titularidade rapidamente. Só precisa mesmo trabalhar um pouco a parte física, para ser um pouco mais ágil, e dar uma aprimorada no posicionamento. Tem tudo para ser a maior revelação do clube e estou feliz por ter conseguido achar ele logo na minha primeira temporada trabalhando aqui, e ainda mais porque ele é da mesma posição que eu atuava nos meus tempos de jogador! Outro que parece bom, mas ainda precisa dar uma amadurecida melhor antes de subir é o Gregoire, que é um jovem atacante também com 15 anos. O maior diferencial dele que, acredito, ser fundamental para qualquer atacante é a ambidestria já que ele é bem confortável usando qualquer dos pés, embora o direito seja o dominante dele. Teremos que trabalhar um pouquinho a parte de movimentos preferidos dele porque alguém deve ter inculcado que a perna esquerda não era muito boa e ele acaba evitando utilizá-la, mas quando usa não parece ter diferença. Então se já colocarmos para ele poder se sentir mais confortável usando ambas, seria uma boa ideia. Também subimos para o time sub19 o zagueiro Nuno, que teve um destaque na partida e mostrou uma capacidade desportiva legal durante o jogo, sempre parando para o fair play. O Karim é um garoto marroquino que tem alguns atributos de destaque meio diferentes e é um jogador que se soubermos lapidar direitinho pode vir a ser muito bom. E é isso.
- Eu estou empolgadíssima com o Maxence. Tem tudo mesmo pra ser um grande jogador e vai ser a grande oportunidade que teremos para qualificarmos muito bem a parte de treinos dos nossos demais times. E mostra também que os investimentos que fizemos na captação renderam frutos!
- Falando nisso, Irina, gostaria de dizer que estamos planejando melhorar as nossas estruturas de treinamento. Já temos um pessoal começando a trabalhar no projeto e aguardaremos a chegada das verbas da Ligue 1 para começar a empreitada mesmo. Outra coisa que gostaria de te oferecer é o curso continental A da UEFA.
- Claro que topo. Inclusive acho que é obrigação minha fazê-lo, né? Hahahaha!
- Agora, para encerrar a reunião, já que devemos todos estar com fome e querendo almoçar, gostaria de entregar-lhes a revista da temporada que fizemos do time e mostrar o nosso perfil da torcida, traçado por nosso departamento de marketing. Pouco a pouco vamos chegar a marca de 1 milhão de seguidores nas redes... Faltam 900 mil, mas um dia a gente chega lá.

Spoiler

* o jogo mostra, sim, os gráficos. Só usei isso mesmo como recurso narrativo :)

- Eu fiz essa atualização motivado por um post aqui do fórum que eu comentei sobre como estudar o adversário, que falei mais genericamente do passo-a-passo que eu faço antes de grandes jogos (e aí ajuda, também, a entender um pouco de como fiz no geral nesses jogos importantes da Coupe de France). Aí pensei que seria interessante fazer uma análise mais detalhada do meu time para vocês também entenderem como o nosso padrão de jogo funciona e perceber como lido com algumas limitações claras que temos no elenco.

 

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