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Irina Kollontai: orgulho, preconceito e perseverança - Aguardando avaliação


Posts Recomendados

Postado
1 hora atrás, GG. disse:

O elevador parece pronto para levar Irina para um andar acima novamente, mas espero que o vice-lídero, Pau, apronte.

Ter recusado o curso de treinador teve alguma com a possibilidade de mais uma promoção?

E a respeito da skin, mesmo tendo deixado os números dos atributos de lado, tem sentido muita diferença, ou o estilo adotado por essa skin ainda deixa as coisas meio equivalentes?

 

pois é, ia perguntar isso tambem mas acabei esquecendo.

Ja esta natural pra vc, o uso das bolinhas? Sente falta do jeito antigo? Vai adotar de vez esse ai? Mudou muito sua analise pos jogos focando mais firmemente em resultados e estatisticas?

 

Postado
Em 03/06/2023 em 21:16, Andreh68 disse:

E ai, vai ser carreira ou clube?

Recusou o curso pq?

O time do Pau levou 2 bolas de escanteio? 🤔

Falando sério, tava treinando bolas paradas of antes do jogo? tenho impressão que esses treinos praticamente nao fazem diferença.

Sera que vai parar de subir na segundona?

Gostei das cores mais escuras. Sera que 16 ficaria assim tão grande?

Eu não estou muito preso à questão de ser carreira ou clube, mas eu pretendo, sim, treinar em outros lugares. E alguns times específicos também, sobretudo na Rússia mesmo sem poder competir internacionalmente.

O curso eu acabei recusando por conta da narrativa mesmo (e também como uma ~vingança~ por todas as vezes que eu queria fazer o curso em outros saves e o presidente não deixava porque senão eu iria pra outro time kkkkkkk)

AHHAHAHAHA! Eu não treinei bolas paradas, não, porque o time é semi-pro e eu normalmente coloco aqueles treinos gerais (os azuis mesmo). Nesse FM eu achei as bolas paradas menos efetivas quando eu jogo e muito efetivas quando são contra mim, então estou indeciso. Mas a ideia geral é mandar a bola no primeiro ou segundo poste (eu tenho duas rotinas diferentes, pra variar) e dois jogadores altos lá pra cabecear e um outro também alto vindo da entrada da área, com um jogador capaz de finalizar ok no poste oposto ao que eu mando a bola. Tem dado certo por aqui. Outra coisa que tá mortal são os laterais, eu diria que 60% dos gols do meu time são oriundos de bolas paradas mesmo parecendo, com as estatísticas, que temos muita posse e finalizações como se fosse construindo jogadas para os gols, mas não chega a ser verdade. Por vezes eu experimentei marcar aquela opção de jogar para as bolas paradas, mas foi uma lástima, porque o time parecia muito despretensioso e tava me dando agonia ver os caras entregando contra-ataque esperando sofrer uma falta HAHAHAHAHAHA

Eu, na verdade, estava esperando parar de subir no National. Mas parece que me enganei, porque dá pra ver que alguns times são claramente melhores que o meu tecnicamente e acabaram perdendo (como foi o caso do Pau e do Rouen) pelo bom aproveitamento nas bolas paradas (e isso é um dos motivos pelo qual o Dutournier é meu titular no lugar do Rauti, que me parece ser melhor tecnicamente só que não tem a mesma presença de área que o francês). O único time que é mais forte que o meu e foi amassado com gosto e de forma incontestável foi o Louhans-Cuisseaux, que o 5x0 foi até pouco.

Que bom que as cores agora parecem mais apropriadas, eu também gostei do padrão. Dá pra perceber a mudança nas pessoas sem uma transição desagradável aos olhos. E a fonte tamanho 16 fica assim. Me pareceu muito grande na hora que tava escrevendo, porque me parece caber poucas palavras por linha quando comparado ao tamanho 14, e aí provavelmente cada diálogo pareceria uma bíblia, mas não sei hahahahah

Em 04/06/2023 em 02:29, Cadete213 disse:

Que autêntica selecção. Resultados melhores do que esperava e liderança merecida. E ainda vamos ter estudos de qualificação de treinador...a. 

O time tá muito bem mesmo, tá com uma consistência bem legal e muito desse mérito vai pro nosso goleirão que eu estou abismado até agora dele ter aceitado vir pro time e, ainda mais, que ninguém sequer veio tentar tirar daqui. Espero que consigamos mantê-lo por um bom tempo, porque ele é bem seguro e tem estatísticas excelentes para um goleiro.

Em 04/06/2023 em 09:56, Fujarra disse:

Recusar o curso de treinador pela história foi algo bem bacana, mas pode fazer falta lá na frente se subir pra Ligue One ein... hahhaha

Time tá na ponta dos cascos desde a temporada passada (aliás parabéns pelo título!), estava na dúvida sobre se o Vargas renderia mas parece que ele tá indo bem. E muito legal ver que teremos piada com o Pau FC por aqui huahauhsuhaush

Clima bom para a treinadora, que tá podendo apenas se concentrar nos estudos sem grandes maremotos na vida pessoal. Torço pra que as coisas sigam assim :P 

Que pode, pode, mas recusei só por tempo limitado. Espero que quando eu pedir, em janeiro, eles aceitem, né? HAHAHAHAHA!

E o time tá jogando muito bem mesmo, só que eu tô com um pouquinho de dificuldade em acertar as pontas nas funções de atacante e meia-ofensivo, por vezes parece que eles pensam o oposto; mas como as bolas paradas estão salvando, tá tudo muito bom. E piadas com o Pau são válidas, até porque ele tá querendo subir....... hahahaha

Eu já tô no time do @LC, queria que ela fosse pra bagunça, mas parece que ela tá bem centrada nos objetivos de vida dela. Vamo torcer pra acabar o doutorado logo porque eu quero ver o oco kkkkkk

Em 04/06/2023 em 10:44, LC disse:

Queremos ver a Irina soltando as frangas. Ela está muito quieta. Será que os dias na França aquietaram nossa heroína?

Até aqui tem feito um bom trabalho no clube, mas eu não recusaria um curso pago pelo clube. Pode fazer falta lá na frente.

Pois é, LC, mas vamo entender a mulher, né? Tá fazendo doutorado e treinando um time semiprofissional de forma impressionante. Então tá fazendo uns bons malabares, pra conseguir equilibrar tudo de forma bem organizada. Se tudo correr bem, quem sabe ao final da temporada, não teremos uma baguncinha de leve?

E quanto ao curso, eu concordo, mas não iria sobrecarregar a mulher assim. Vamos por partes, como diria Jack

Em 04/06/2023 em 11:20, Andreh68 disse:

não é obrigarório? 🤓

Sempre! E o bom na França é que sempre aparece uns nomes muito engraçados. Eu lembro que no meu save com o Cannes no FM18 brotou na minha base um atacante chamado André (alguma coisa) Melhores Momentos e o guri era bola demais, fazia muito jus ao nome proporcionando vários melhores momentos hahaahah

4 horas atrás, GG. disse:

O elevador parece pronto para levar Irina para um andar acima novamente, mas espero que o vice-lídero, Pau, apronte.

Ter recusado o curso de treinador teve alguma com a possibilidade de mais uma promoção?

E a respeito da skin, mesmo tendo deixado os números dos atributos de lado, tem sentido muita diferença, ou o estilo adotado por essa skin ainda deixa as coisas meio equivalentes?

 

Eu nem cheguei a cogitar a questão da promoção quando rejeitei, foi mais por conta da história mesmo. Pra tentar transpor o que eu conto aqui pro jogo. E como o próprio FM meio que deixa as licenças como num segundo plano, só servem pra melhorar os atributos e a reputação mesmo, o que facilita no gerenciamento do vestiário, não têm uma implicação factível (até onde me consta) de necessidade de ter licença X pra treinar na liga Y, então fica meio que no mesmo. E como o plantel atualmente tem lideranças bem definidas, que têm em Irina como uma das pessoas favoritas, tá tudo em ordem na casa também.

Quanto a skin, o meu maior problema com ela é a repetição de vários atributos. Eu quase indiquei um maluco que apareceu no centro de observação com 11 de indicação dos olheiros porque achei que ele seria o rei do futebol aí eu fui ver e... ele só tinha uma técnica e condição física natural altas (pq técnica aparece umas 4 ou 5x e a condição física natural aparece outras 2 no meio lá dos atributos). Aí, por essas e outras, que eu tenho usado muito mais a análise de dados para indicar alguém e avaliar caso a caso.

3 horas atrás, Andreh68 disse:

pois é, ia perguntar isso tambem mas acabei esquecendo.

Ja esta natural pra vc, o uso das bolinhas? Sente falta do jeito antigo? Vai adotar de vez esse ai? Mudou muito sua analise pos jogos focando mais firmemente em resultados e estatisticas?

 

Natural, ainda não porque são 500 FM jogando com os atributos certinhos e a skin, pela forma como ela é feita, não destaca os atributos importantes das funções lá do jogador (o que me faz demorar um pouco a mais no planejamento, porque tenho que ir avaliando individualmente para filtrar os atributos que se repetem e encontrar a melhor função, o lado bom é que ela dá uma pista de como ele rende melhor naquele quadro do canto inferior esquerdo, que mostra as posições que ele atua. Eu estou avaliando mudar para uma outra skin que achei interessante e integrando alguns painéis que me parecem importantes dessa pra lá (só que como o tempo tá meio escasso e demanda um pouco ficar fuçando nas linhas de código pra acertar meu Frankenstein, não sei quando termino)

E quanto à análise pós jogos, desde que o data hub foi introduzido no FM eu gosto de dar umas passeadas por lá. Tem dia que eu abro o jogo e fico um tempinho só pra analisar dados de jogadores para tentar recrutar e não jogo nenhuma partida, só mando os olheiros caçarem o cara, salvo e fecho o jogo hahahaha
E também antes dos jogos eu avalio bastante os dados enviados. Aí eu não sei até que ponto o fato da skin focar tanto na análise de dados que os dados que eu recebo dos adversários são muito bons ou se meu departamento de análise é absurdamente bom e me oferece quase tudo que eu preciso pra pensar antes e durante o jogo. 

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T03: Capítulo 11 - Pedi um time, ganhei uma seleção
🌍 Casa de Irina, Lyon - 14 de dezembro de 2024 | 20h30

- Solnyshka, o que tá acontecendo com você? - pergunta Elena, enquanto bate na porta entreaberta do quarto de Irina, que estava vidrada em seu computador.
- Bom dia, querida. Como assim? - responde Irina sem se dar a menor conta de que não era mais dia.
- Então... Já não é mais dia. Tá bem de noite, aliás.
- Nossa, eu realmente tô virando zumbi. Não é possível. Mas é que agora a escrita tá fluindo bem e eu quero terminar essa prévia de tese logo...
- Eu te entendo, solnyshka, mas tenha um pouco de misericórdia de si mesma. Vamos sair um pouco porque você tá frenética nesse vai-e-vem entre estudo e trabalho que eu já te vi lendo Plekhânov enquanto fazia desenho numa mesa de futebol de botão... Assim você vai perder a cabeça.
- Sério que eu fiz isso?! - surpreende-se Irina.
- Erm... Fez. Sua sorte é que eu não tirei foto. Agora vá se arrumar e vamos sair. E não me venha com desculpas, porque você me disse que ontem foi o último jogo do ano e vai pra Moscou aproveitar as férias por lá.
- Tá bom, tá bom. - disse Irina, enquanto procurava alguma roupa em meio a uma gigantesca bagunça de livros e anotações de adversários do Hauts Lyonnais.
- Mulher, eu não sei como você consegue achar alguma coisa nesse seu quarto. Olha pra isso! - disse Elena, pegando um livro que estava encoberto pela mesa de futebol de botão.
- Hahahaha! Tudo bem, eu vou arrumar isso aqui antes de viajar, fique tranquila. Agora vá lá pra sala e me espera que já vamos. 
- Tudo bem - disse Elena já saindo do quarto.
- A gente vai pra onde, aliás? - grita Irina.
- Você vai descobrir.

 

🌍 Casa de Eduardo Vargas, Lyon - 14 de dezembro de 2024 | 22h
- Que lugar é esse que você tá me levando, amiga? Quem que você conhece que mora numa mansão dessa aí? - questiona Irina.
- Venha, desce do carro e vamos lá pra dentro - responde Elena, apontando para a mansão de onde era perceptível que teria uma festa.
- SURPRESA! - gritam várias pessoas enquanto as duas amigas adentram à casa.
Cyka! O que é isso? Quem são vocês? - surpreende-se Irina enquanto olha para Elena.
Solnyshka, você ainda tá com a cara no computador, é? Eles tentaram ligar lá pra casa umas 500 vezes pra falar com você, mas só eu que atendi...
- Tá e daí, quem são "eles"? - questiona Irina.
Mademoiselle, a gente quer agradecer por tudo que está fazendo com 'a gente'. - diz uma voz em francês duvidoso com um sotaque meio espanhol.
- Edu, é você? - pergunta.
- Oui. Prends, yo vi tu situacción y decidi con mis amis pour hacer c'est fête pour vous. - disse já embromando o francês com o espanhol e uma língua possivelmente inventada.
Merci, les gars. - disse Irina.
- Agora, venha, vamos beber porque o que era pra vocês deixarem em campo já ficou lá. Agora a gente deixa a alma aqui. - disse Elena.

Então Irina decide se soltar um pouco e se divertir, enquanto tomava todas as bebidas que tinha direito. Lá para as tantas, já de madrugada e completamente em outra dimensão espiritual...


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- Agora eu quero saber de vocês, o que vocês acharam dos últimos jogos?
Je puedo parlar, mademoiselle? - pergunta Eduardo Vargas, também já meio alto em três idiomas diferentes.
Oui, tu puedes sprache. Mais en russkom. - responde Irina, também em vários idiomas, enquanto começa a rir por pedir para el gringo falar em russo.
Da. Y no lo sé hablar. Pero el juego contra Annecy fué muy maloY no se puede dejar el Rodez eliminarnos de la Coupe de la France. Como se dice? C'est un merde!
HAHAHAHAHAHA! Edu, você tá com um francês muito fluente mesmo. O russo, então, nem se fala! Parabéns!
Merci beaucoup, ma...aaademoiselle - disse o chileno enquanto dava um soluço.
- Tem alguém aí capaz de hablar en francés? - pergunta Irina.
Très bien, mademoiselle. A gente vencemos o Versailles depois da eliminação deprimente na Coupe de France e despois <soluço> aaaa gente vencemos de novo contra o Fréjus Saint-Raphaël, então é alguma coisa, né? - disse Nikita, o conterrâneo de Irina que ainda não aprendeu a conjugar os verbos apropriadamente em francês sóbrio, quiçá bêbado.
- É a gente estamos muito bens. Très very gut. Mais alguém? - brinca a treinadora.
- Eu queria fazer uma crítica ao meu querido companheiro Charly que não jogou nada contra o Vendée Herbiers. Se eu tivesse em campo a gente teria vencido. - disse o revoltadíssimo Samir, porque nem para o banco está sendo relacionado.
- Sim. Por 5x1, porque eles fizeram um gol. Poxa, Saaaamir, deixa lá.
- Isso, 'vamo' derrubar a treinadora! Tá atrapalhando 'nóis' de jogar um 'futebom'. Hahahaha - diz Irina, aos risos.
Oui, y ayer yo fué el mejor del universo parce que je 'he' hecho dos goles contra el Granville.
- E o prêmio é tingir o cabelo de roxo. Ano que vem quero te ver de cabelo roxo nos primeiros jogos, senão vai pro banco, hein? - brinca Irina.


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Elenco | Finanças | Próximos Jogos
Destaques: Eduardo Vargas | Charly Dutournier | Sofiane Augarreau | Gabriele Bellodi

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Postado

Deixa lá estar a taça. O mais importante é o campeonato que está correndo às mil maravilhas. Já vejo a subida no horizonte.

Postado
Em 06/06/2023 em 05:57, Cadete213 disse:

Deixa lá estar a taça. O mais importante é o campeonato que está correndo às mil maravilhas. Já vejo a subida no horizonte.

Pois é. Foi uma eliminação até ok, porque era esperada contra um time de um escalão maior que o nosso. Mas, infelizmente, o jogo em si não foi muito bom, fomos muito bem neutralizados. Em contrapartida, na liga, estamos muito bem e rendendo bastante acima do esperado mesmo.

Postado

Fim do 1º turno e abriu 8 pontos de vantagem para o segundo colocado. Só uma rateada feia da Irina tira essa subida de divisão.

Na torcida para que isso aconteça.🤣

Postado (editado)
Spoiler

Eu acabei adiantando um pouco mais o save nos últimos dias, aproveitando que a chuva daqui tinha deixado minha conexão com a internet um pouco instável e tava horrível para fazer umas pesquisas para minha pós, e então, para manter mais ou menos a saga no mesmo passo das atualizações, achei por bem postar essa nova de uma vez.

27 minutos atrás, LC disse:

Fim do 1º turno e abriu 8 pontos de vantagem para o segundo colocado. Só uma rateada feia da Irina tira essa subida de divisão.

Na torcida para que isso aconteça.🤣

Pois é, LC, então você vai gostar um pouco dessa atualização. HAHAHAHAHA!

 

 


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T03: Capítulo 12 - Tudo vai muito bem, obrigado
🌍 Centre Sportif Robert Herbin, L'Étrat - 30 de março de 2025 | 16h

Era a metade de mais um dia de treinamentos no Hauts Lyonnais, o clima parecia agradável e levíssimo, com todos os jogadores a desfrutar das poucas sessões de treinamento. Notava-se que a atmosfera criada dentro do clube não poderia ser melhor, mesmo com uma leve queda de rendimento nas últimas rodadas; não era para menos, já que Irina havia aproveitado o pouco tempo de trabalho que tinha com os jogadores pelo fato do clube ser semiprofissional e decidiu usar as sessões que ela mais gostava dos tempos de jogadora. Era rachão pra lá, bobinho para cá com pequenas pausas entre as atividades para que todos pudessem interagir e melhorar ainda mais o sentido de pertencimento ao grupo. Na pausa de um treinamento para o outro chega o presidente do clube, Titouan Carnot.

- Salut, Irina.
Salut, Tito. O que tens para mim?
- O que está achando do curso de treinadora?
- Está ótimo, estou aprendendo novos conceitos para o treinamento dos meus jogadores, só que é um pouco difícil aplicá-los por aqui já que temos poucos dias para treinar e seria bom poder aplicar e verificar ao longo de uma semana inteira como eles se conformam. Mas tá tudo tranquilo, pouco a pouco eu vou tentando introduzir um conceito diferente onde é possível e parece que os jogadores têm gostado.
- Que ótimo. E da última vez que conversamos, havíamos combinado uma renovação de contrato, só que você não voltou lá no meu escritório. A que pé estamos?
- Nossa, Tito! Mil desculpas! Eu esqueci completamente. Hahahaha! Estamos combinados, assim que acabar aqui a gente arranja uma salinha ali nos vestiários e assino. Os papéis estão aí com você?
- Estão sim.
- E você saiu lá de Lyon pra cá só pra perguntar isso, foi?
- Hehehe. Sim e não. Eu estava querendo pedir pra você passar lá no meu escritório para fecharmos a renovação e mais uma questão administrativa, mas o Yohan tava te procurando também para saber o que achou das movimentações dele nessa janela de transferências, então decidi dar um pulo aqui de uma vez.

 

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- Ah, sim. Bem, o Yohan acertou em cheio nas contratações, mais uma vez. Conseguiu trazer bons reforços para o setor defensivo e alguns jogadores interessantes que me parecem ser promissores. Só foi uma pena perdermos o Gabriele e o Nicola, mas eu entendi quando ele me ligou desesperadamente falando das propostas com bons valores para o time e pedi para que ele tentasse repor as saídas. A do Gabriele ele conseguiu fazer com maestria, já a do Nicola foi um pouco mais difícil, mas penso que como ele estava perdendo um pouco do espaço para o Charly não precisa de tanto drama para a saída dele também.
- Entendi. Mas e aí, me dá uma luz sobre os jogadores para eu poder assistir o treinamento e ver se são isso tudo mesmo.
- Pois bem. O Rayan, aquele ali, é um bom zagueiro. Não é um destaque excepcional, mas sabe fazer o básico e não compromete em nada o setor defensivo, tanto que tem ganhado bastante espaço comigo. Já o Pepe também parece ser um bom jogador, mas não tem treinado muito bem e isso tá refletindo no tempo de jogo dele. Uma pena, porque fui eu quem havia indicado seu nome. Trouxemos também o Ebenezer, emprestado do Dinamo Zagreb, que é um jovem atacante bem interessante e de boa aptidão física, só que como no nosso esquema tático tenho evitado muito da correria, ele tem tido menos espaço. Por vezes joga como meia-direita, quando puxo o Edu para a ponta esquerda, e tem atuado bem por ali. A contratação que, pra mim, substitui o Gabriele com maestria é meu conterrâneo, Nikolay, que penso ser tão bom quanto o italiano se não for melhor. Chegou e assumiu a posição com facilidade, embora tenha tido algumas lesões leves que me fez ponderar um pouco o tempo de jogo para tentar preservá-lo no longo prazo. Mas agora parece que está 100% e com boas atuações. Outro que é excelente jogador é Sam, que o Yohan me disse que seria um jogador ideal para atuar na ponta-direita e tudo mais, só que eu vi nele um bom lateral direito e como é jovem acabei decidindo por conversar longamente com ele para ver se aceitaria jogar na função e tem sido uma grande valia para nós.
- Que ótimo, e quanto aos jovens que ele trouxe para o time de base?
- Ah, sim, havia esquecido porque eles ainda nem tiveram a oportunidade de entrar no nosso grupo de jogadores que atuam, infelizmente. O Jorge me parece ser um jogador promissor, mas não sei. Acho que falta nele aquele fogo do jovem que quer encontrar seu espaço no profissional, espero que ele se encontre por aqui e se adapte o quanto antes porque a idade dele já não mais permite ficar estagnado. O Mohamed, por sua vez, é um jogador que eu vejo bastante potencial e, inclusive, poderia ir dando tempo de jogo pra ele desde já, mas o meu problema com ele é a falta de consistência que ele tem que, definitivamente, não é um bom traço quando analisamos um atleta de alto rendimento como é o caso do futebol. Eu conversei com alguns de nossos jogadores do time principal para integrarem-se com ele e ajudarem a melhorar isso e veremos como fica a situação. Então, assim que encontrar com o Yohan, pode falar para ele que estou bastante satisfeita com as contratações que ele fez, sim.


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- Tudo certo, vou falar com ele assim que o encontrar. Provavelmente precisarei discutir outras coisas com ele na quarta, então já digo. E com relação aos destaques do time neste ano?
- Poxa, infelizmente nós tivemos uma pequena queda de rendimento depois da virada do ano, o que é bem normal já que estávamos claramente em uma performance acima das nossas capacidades, mas ainda assim seguimos muito bem e com consistência, nada que ameace tanto a nossa temporada. E penso que o principal nome neste sentido é o do Kéres, que vem sendo uma peça fundamental no meio-campo, tirando até o espaço do Sofiane que era incontestável para mim. Mas como as características mais comedidas dele permitem uma melhor solidez defensiva, ele tem exercido isso tudo com maestria. Outro que tem estado muito bem é o Elyaz, que gostaria de vê-lo permanecer por aqui apesar de imaginar ser difícil já que ele pertence ao Castilla, mas tem sido de uma consistência ímpar na lateral esquerda. Por fim, o último nome é o que, pra mim, é o espírito deste time. O Milan é um jovem absolutamente fantástico e muito decisivo, só falta fazer chover!
- O Milan realmente é um grande jogador mesmo. Mas não se preocupe com essa queda de rendimento, a minha confiança em você segue nas alturas e ainda estamos brigando, confortavelmente, pelo título do National, coisa que nenhum de nós esperava no começo da temporada. A última coisa que eu queria conversar com você é justamente por conta das saídas do Gabriele e do Nicola, que renderam bons frutos ao nosso caixa, e eu sei que você não estava preparada para perdê-los no meio da temporada. Com isso gostaria de saber se existe algum lugar que você acha que podemos investir esse dinheiro.
- Nossa, que ótimo! Eu acho que poderíamos investir pesadamente na base, porque acredito que é muito pouco para investir em questões de infraestrutura mesmo. Provavelmente se tivermos um gasto mais consistente com a captação e o treino juvenil poderemos ver esse dinheiro acabar retornando futuramente e, inclusive, poderia ajudar desde já, porque trouxemos dois jovens para atuar em nosso time sub19.
- Então tudo bem, vamos aumentar nossos investimentos tanto na captação quanto no treino da nossa base.
- Obrigada, Tito. - disse Irina enquanto vinha uma bola alta na direção da treinadora que, tentando se lembrar dos tempos de jogadora, dominou com certa facilidade. - Agora deixa eu ir lá porque senão essa galera vai ficar chutando a bola aqui até não dar mais.

Então Irina deu prosseguimento aos treinos, que correram com certa tranquilidade e mantendo o tom descontraído, e posteriormente voltou para Lyon. Na volta acabou parando em uma banca de jornais e se deparou com uma notícia falando sobre a trajetória do Hauts nesse começo de 2025.

Citar

Hauts Lyonnais segue firme na busca da profissionalização
O clube do Rhône não mostra sinais de desânimo e segue na ponta da tabela no National

Quem conhecia o Hauts Lyonnais, uma pequena equipe do Rhône, que ainda dá seus primeiros passos no futebol mas demonstra que nasceu com a mentalidade de crescer e se tornar um clube profissional, construir uma belíssima história e, quem sabe, figurar nas páginas esportivas do futebol francês? Isso mesmo, pouquíssimas pessoas. Arrisco dizer que quase ninguém, afinal o Hauts surgiu como um pequeno clube de uma vila ainda menor, mas hoje está brigando pelo título do National e a oportunidade de figurar entre as equipes profissionais do futebol francês, na Ligue 2. Sob o comando técnico de uma ex-jogadora de futebol russa chamada Irina Kollontai, o Hauts Lyonnais foi adquirido recentemente por Titouan Carnot que por anos foi dirigente do futebol feminino no Olympique Lyonnais, sob a presidência do histórico Jean-Michel Aulas, e ajudou a construir a dinastia do futebol feminino francês que conquistaria a Champions League em 8 ocasiões distintas, uma delas, na temporada 2015/2016 com a ajuda da atual treinadora do simpático clube, que abriu a contagem para nada menos que 5 conquistas em sequência. É evidente que reeditar uma parceria bastante frutífera só poderia trazer benefícios e é notável que os dois estão em sintonia, dedicados a elevar cada vez mais o patamar do clube de uma pequena vila do Rhône para se tornar visível no futebol francês.
 

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É verdade que desde a virada do ano o Hauts tem encontrado algumas dificuldades para apresentar um futebol bastante consistente, como vinha fazendo desde a chegada de Irina, mas também é impossível deixar de registrar que em 11 jogos deste ano, o clube teve 5 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, sendo uma campanha ainda bem consistente para a parte de cima da tabela, como se esperava antes do início desta temporada de 2024/2025. O jogo que marcou, de fato, que haviam alguns problemas que poderiam emergir foi na derrota contra o Sochaux-Montbéliard, em casa, por 2x1. O time não rendeu como vinha atuando ao longo da temporada e foi surpreendido. Na sequência até conseguiu se recuperar batendo o Pau fora de casa, só que ficou aparente a impotência ofensiva de um time que, com um jogador a mais, e que realizou 17 finalizações, com 10 no alvo, só saiu vencedor pelo placar mínimo. Contra o Quevilly-Rouen Metrópole chegou a dar sinais de um maior poderio ofensivo, ao vencer os visitantes por 3x1, mas acabou se vendo refém do adversário no que diz respeito à posse de bola. Nos jogos seguintes, novamente, faltou capacidade de definição mas a defesa acabou tendo que fazer toda a tarefa, já que a vitória mínima contra o Avranches contou com o gol do zagueiro Nikolay Tolstopyatov e contra o Belfort com gol do também zagueiro Rayan Souici evidenciou a falta de bala na agulha do Hauts Lyonnais.

Contra o Dunkerque o time até conseguiu construir efetivamente a jogada do gol, mas a defesa acabou sendo envolvida por um bom futebol e, mesmo com boa atuação até do goleiro Anthony Maisonnial, não pôde evitar a derrota que desencadeou uma sequência de resultados ruins. O momento mais triste, talvez, tenha sido a derrota lastimável contra o Bastiais, da ilha de Córsega, por 1x0, em que o único chute que os donos da casa acertaram no gol acabou entrando que selou a vitória dos corsos, após uma magnífica atuação do arqueiro Zacharie Boucher. Todavia, na última rodada deste mês de março, o Hauts parece ter se reencontrado com o bom futebol, mesmo ainda tropeçando um pouco nos acasos, e teve uma boa atuação em casa para bater o Chamois Niortais por 2x1.


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Após essa sequência, a vantagem que era de 8 pontos para o vice-líder no final do ano passado agora cai para apenas 1 pontinho e o Sochaux parece muito interessado em brigar duramente pelo título, enquanto o LeMans segue a mesma inconstância do Hauts Lyonnais. A briga nesta reta final de campeonato promete ser muito boa e veremos do que os ânimos do pequeno clube de Pomeys é feito, já que até aqui, tudo tinha sido um passeio com uma bela vista para o rio Rhône e agora tudo parece muito mais acirrado. O calendário para a reta final do Hauts também parece ser acessível, enfrentando apenas times que estão na parte baixa da tabela: Annecy (9º), Lavallois (15º), Versailles (18º),  Fréjus Saint-Raphaël (13º), Vendée Herbiers (12º) e Granville (17º).

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- Olha que legal, pelo menos esse aqui não falou que era vergonha o que estava acontecendo com a gente. Eu não tava nem esperando brigar pela subida e o pessoal aqui tava tratando como obrigação o título, vê se pode? Que absurdo. Eu vou aproveitar que teve uma notícia que não criticou meu trabalho para tomar umas aqui para celebrar, porque acho que mereço. Vai que a solução dos meus problemas aparece no fundo de um copo de vodka... Ou de cerveja, talvez. - pensou Irina.

Editado por Herr Jones
Postado
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- Olha que legal, pelo menos esse aqui não falou que era vergonha o que estava acontecendo com a gente. Eu não tava nem esperando brigar pela subida e o pessoal aqui tava tratando como obrigação o título, vê se pode? Que absurdo. Eu vou aproveitar que teve uma notícia que não criticou meu trabalho para tomar umas aqui para celebrar, porque acho que mereço. Vai que a solução dos meus problemas aparece no fundo de um copo de vodka... Ou de cerveja, talvez. - pensou Irina.

Vem treta!

Postado

Isso que é má fase boa, na liderança.

Como é feio esse Jorge!

Acho bom essa menina começar a ir as reuniões sempre acompanhada

Postado

Pronto, pára de inventar e vai tirar o curso de treinadora, kkkkk. Isso quando envolve vodka...

Postado
Em 08/06/2023 em 17:46, LC disse:

Vem treta!

Veremos hahahaha!

Em 09/06/2023 em 11:48, Andreh68 disse:

Isso que é má fase boa, na liderança.

Como é feio esse Jorge!

Acho bom essa menina começar a ir as reuniões sempre acompanhada

Pois é. Mas que tem sido desagradável ver os jogos, tem sim, viu? É impressionante como tudo parece ser óbvio: o time erra um passe eu já penso "gol dos caras" e... bem, gol dos caras mesmo. Enquanto isso meu time erra gol sem goleiro, erra gol que o goleiro adversário entrega no pé e diz "faz"... Mas tá tudo bem, o time continua na liderança e precisaremos reencontrar o bom futebol.

É feio mesmo, mas parece ser promissor. Me parece ser um bom achado, espero que se desenvolva bem.

11 horas atrás, Cadete213 disse:

Pronto, pára de inventar e vai tirar o curso de treinadora, kkkkk. Isso quando envolve vodka...

HAHAHAHA! Mas a mulher tá estudando muito, só queria ter uma pausa nisso para tentar existir fora da vida "casa-trabalho-estudo-universidade-trabalho-casa" que torna todo mundo zumbi. A vodka é, para ela, o remédio da alma hahahah

Postado
1 hora atrás, Herr Jones disse:

. A vodka é, para ela, o remédio da alma hahahah

Se jesus fosse pão e vodka não teriam inventado o islã

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Bela caminhada até aqui, com percalços em abordagens indesejadas de diretor escroto, recusas injustificáveis a novas licenças (gostamos) e elevador que não deve parar agora.

Confesso que até agora não consegui acostumar com essa visualização das bolinhas, mas também não vejo muito como ela é tão diferente na prática, uma vez que tem ali uma gradação de 1 a 10 que é basicamente o mesmo que os atributos. Tem achado que a visualização de estatísticas deixou mesmo mais "real" a jogabilidade?

Haja vodka, seja para comemorar ou lamentar é sempre ela a companheira da nossa heroína.

 

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Irina é adepta da escola Elliot de pé inchado, GOSTAMOS.

E habemum curso! hahahhaha

Em 09/06/2023 em 11:48, Andreh68 disse:

Acho bom essa menina começar a ir as reuniões sempre acompanhada

Tô nessa ai tbm kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Sobre a campanha, fascinante. Ninguém parará esta mulher!

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Oi, pessoal. Eu não sumi, eu tive um pequeno grande problema com meu carro e tô num role maluco pra tentar resolver o problema e, infelizmente o povo aqui não quer/sabe mexer no meu carro e aparentemente não vale a pena o conserto, então tive um role enorme nesses últimos dias pra tentar resolver o meu transporte pq eu moro mt longe da universidade e o transporte público aqui é nulo, até pq a universidade fica numa contramão gigante. Felizmente eu resolvi provisoriamente a questão pra me locomover de boa e aí provavelmente amanhã eu posto o desfecho da temporada. Mas vamo que vamo que eu tô me divertindo bastante contando essa história por aqui

Em 10/06/2023 em 17:22, Andreh68 disse:

Se jesus fosse pão e vodka não teriam inventado o islã

Nada que a ortodoxia cristã dos Estados pós-soviéticos não condenem kkkkkk

Em 10/06/2023 em 20:35, Marcolation disse:

Bela caminhada até aqui, com percalços em abordagens indesejadas de diretor escroto, recusas injustificáveis a novas licenças (gostamos) e elevador que não deve parar agora.

Confesso que até agora não consegui acostumar com essa visualização das bolinhas, mas também não vejo muito como ela é tão diferente na prática, uma vez que tem ali uma gradação de 1 a 10 que é basicamente o mesmo que os atributos. Tem achado que a visualização de estatísticas deixou mesmo mais "real" a jogabilidade?

Haja vodka, seja para comemorar ou lamentar é sempre ela a companheira da nossa heroína.

 

Dale Marcolation, seja bem vindo!
Pois é, a caminhada teve alguns entraves extracampo mas dentro das quatro linhas tudo corre bem. Até porque essa "quebra de rendimento" veio quando o time tava numa situação extremamente confortável na tabela e mesmo assim os resultados nem são tão ruins, só o futebol que sumiu mesmo HAHAHAHA

O meu único problema com essa visualização é por causa da repetição de atributos. Eu estou testando algumas coisas pra misturar elementos dessa skin (principalmente a parte de estatísticas) com de outras que achei legais e tentar usar os atributos daquela skin de estrelinha (que a variação é maior, já que ela só marca por cor e se divide naquelas faixas de atributos que dão pra mudar as cores na skin). Com relação à visualização de estatísticas (tanto as genéricas quanto as mais específicas), eu já usava sempre desde que implementaram isso no jogo e sempre tive ótimos resultados. Essa skin só torna as coisas um pouco mais acessíveis pra mim e reduz o tempo de ficar clicando em quinhentas mil coisas pra analisar. Até pra analisar as indicações de olheiros é interessante, porque com 2 ou 3 cliques eu acesso todas as estatísticas que me interessam.

E tem que ser assim mesmo, eu queria, aliás, ter trazido neste último capítulo uma parte que fala sobre essa relação dela com a bebida. Mas tendo jogado a temporada até o final, fiquei feliz por não fazer porque tem um espaço curioso pra trazer isso no próximo ahahahah

Em 11/06/2023 em 12:28, Fujarra disse:

Irina é adepta da escola Elliot de pé inchado, GOSTAMOS.

E habemum curso! hahahhaha

Tô nessa ai tbm kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Sobre a campanha, fascinante. Ninguém parará esta mulher!

A muié é braba, rapaz. Ou é do jeito dela ou não tem jeito nenhum, até aqui vai funcionando tudo muito bem.

Por ora tá difícil de pararem ela mesmo, mas já dá pra perceber algumas coisas legais: o nível do futebol está um pouco mais elevado e, ainda assim, tá dando pra acompanhar com contratações de baixíssimo custo. Espero que nas próximas temporadas essa tendência se mantenha.

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Muito maneiro esse personagem feminino. Agora, uma curiosidade Herr Jones... De onde surgiu esse interesse pela URSS? Eu lembro de um save seu em outro fórum com o Torpedo Moskov. Você mora na Rússia? Como é?

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16 horas atrás, Banton disse:

Muito maneiro esse personagem feminino. Agora, uma curiosidade Herr Jones... De onde surgiu esse interesse pela URSS? Eu lembro de um save seu em outro fórum com o Torpedo Moskov. Você mora na Rússia? Como é?

Valeu, Banton! Seja bem vindo! :)

Acho que a resposta sobre o interesse vai ficar um pouco longa, mas eu gosto bastante de falar sobre isso hahahaha!

Eu sempre tive interesse pela história e, sobretudo, pelos grandes conflitos (guerras, revoluções e tudo mais) desde o começo da adolescência. Aí, lendo diversas fontes e ouvindo histórias de guerras e países segregados historicamente me surgiu a curiosidade não apenas pela Rússia, mas pelo leste europeu como um todo. Eu, por exemplo, no meu penúltimo ano da minha primeira faculdade, em 2013, havia sido aprovado pra fazer um mestrado na Paris I com um projeto de pesquisa sobre as relações étnico-políticas do conflito entre a Sérvia e Kosovo. Numa pequena parte desse projeto eu fiz uma rápida alusão à Criméia, antes de acontecer a reanexação pela Rússia, comentando a importância histórica da região, por conta da cidade de Yalta (onde foi assinado um dos três tratados de paz da II Guerra, e ali que os EUA e a URSS dividiram suas zonas de influência - e, aliás, acordo que perdura até hoje e o conflito Rússia-Ucrânia atualmente tem raízes por conta dessa Conferência de Yalta, que determinou especificamente a cisão da Alemanha entre oriental e ocidental para delimitar essas zonas de influência de propaganda comunista e capitalista) e comentei que a região, apesar de pertencer à Ucrânia, era de maioria étnica russa que sofria diversas restrições do governo central e que poderia, eventualmente, haver uma disputa da Rússia para reaver o território (algo, mais ou menos, semelhante ao que ocorre atualmente entre Armênia e Azerbaijão pelo Nagorno-Karabakh e no Kosovo como um todo, que diversos países do mundo não o reconhecem como uma nação soberana e, inclusive, a OTAN está com destacamentos húngaros ajudando no constrangimento, para usar uma linguagem mais polida, à população sérvia que reside no país).

Aí por conta disso tudo acabei me interessando, também, pela cultura e fui estudar os idiomas. Hoje, por exemplo, eu sei ler e escrever russo, ucraniano e sérvio-croata (que são praticamente o mesmo idioma, tendo diferença apenas no alfabeto utilizado na escrita), tanto que nessa saga eu uso alguns termos, e inclusive xingamentos, em russo passando do cirílico para o nosso alfabeto latino (falar eu não me arrisco muito porque me complico todo nas pronúncias hahaha) além de outros idiomas que fui estudando ao longo da vida, risos. Solnyshka, por exemplo, é um termo carinhoso que se traduz, mais ou menos, como "meu sol" - e guarda bastante afeto, porque é uma pessoa que é capaz de afastar as trevas da vida da outra.

E pouco antes da pandemia, também, eu estava me articulando para ir estudar na Rússia e estava com tudo bem encaminhado, já tinha até achado moradia, até que houveram algumas declarações não muito bem aceitas internacionalmente do chefe de Estado brasileiro à época que acabaram fechando as portas da minha ida pra lá. Uma pena, mas paciência. 

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T03: Capítulo 13 - A banda toca e a gente dança conforme a música

🌍 Skripa Pub, Novi Sad (SRB) - 31 de maio de 2025 | 23h

Era aniversário de Irina, um dia para comemorar uma temporada de marcas históricas e provações. A destemida russa decidiu, então, tentar reunir seus amigos para celebrar mais uma rotação da Terra em torno do Sol ao longo de sua existência. Nada que ela acreditasse ou celebrasse usualmente, mas considerando tudo que havia passado ao longo destes últimos anos, decidiu por fazê-lo. O problema era reunir pessoas de tudo quanto é lugar do planeta, inclusive seus amigos da Rússia. Eis que a solução foi todo mundo se encontrar no meio do caminho e... Bem, o meio do caminho era um pequeno pub na região de Vojvodina, no norte da Sérvia.

Solnyshka, por que diabos você decidiu vir pra cá celebrar seu aniversário? - pergunta Elena, que havia ido com Irina para a cidade.
Solnyshka, acho que é o meio do caminho. Convido todo mundo, quem quer vem, quem não puder eu entendo. Assim não tem problema com absolutamente nada. Sem contar que a Sérvia é um país bem legal, não é?
- Tudo bem, eu te entendo, mas você fazer todo mundo se deslocar só pra te ver é sacanagem.
- Ué, até eu tive que me deslocar pra ver todo mundo, então não é. Hahahaha!
- Irina, querida, parabéns para você! Muita saúde e paz na sua existência, desejo que todos os seus desejos se realizem! - diz Kristof, que chega com uma mochila nas costas.
- Que bom te ver, Kristof! Achei que você não viria porque fiquei sabendo da sua situação lá na Rússia, mas tentei marcar aqui porque queria que vocês viessem de lá para eu poder ver todos vocês.
- Pois é. Deu uma confusão lá com a bratva e eu tive que dar uma desaparecida. Acabei voltando pra minha terra e como você estaria perto de casa, certamente não deixaria de vir. E o ambiente aqui é o mais propício, porque é a sua cara.
- Decadente, né? Hahahaha!
- Não. Rock, futebol e política. Hoje, aliás, vai tocar uma banda daqui da Sérvia daqui a pouco e acho que você vai gostar... Mas e aí, me conte as novidades. Como tá o seu trabalho lá?
- Meu querido, tá um caos, mas você sabe que eu gosto assim, né? Eu acabei alcançando uma marca interessante, que jamais passou pela minha cabeça, de 100 partidas como treinadora no mesmo clube. Uma pena que essa marca acabou sendo negativa, já que perdemos o jogo contra o Annecy com um futebol muito do sofrível.
- É uma pena mesmo, mas eu lembro que você tinha me dito que tava tudo muito bem lá e vocês provavelmente iriam ser campeões. Conseguiram?
- Então, já tinha um tempo que meu time tava jogando absolutamente nada. Depois dessa derrota da marca tivemos um outro resultado não muito bom em um jogo tenebrosamente feio, porque empatamos em 0x0 contra o Lavallois numa partida que eu não sabia o que fazer lá do banco de reservas, me esgoelei tanto que em algum momento eu devo ter voltado pro banco e cochilar na esperança de acordar com um gol. Mas não... Nessa sequência toda a gente já tinha perdido a liderança, tava tudo meio complicado e os quatro jogos seguintes seriam os últimos, e decisivos pelas primeiras posições.


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- Credo. Chegar nesse momento decisivo em má fase é complicado.
- Pois é. À época o Sochaux era o líder e o LeMans era vice. Estávamos em 3º, na zona dos play-offs de acesso, com 58 pontos. A um do vice e quatro do líder. Atrás de nós vinha o Dunquerque em excelente fase com 56 pontos e o Bastia com 53, também em boa fase. O Sochaux tinha o calendário mais complicado, porque enfrentaria o Dunquerque e o LeMans nas duas últimas rodadas, o LeMans enfrentaria vários times da parte inferior da tabela e possivelmente decidiria o título na última rodada contra o Sochaux; o Dunquerque pegaria times na zona de rebaixamento, mas ainda teria que jogar contra o Sochaux e poderia ser um jogo complicado. Os dois que tinham as melhores possibilidades eram nós, que enfrentaríamos 3 times da zona de rebaixamento nas próximas quatro rodadas e o Bastia que enfrentaria times da parte de baixo.
- E aí?
- E aí que eu chamei meus jogadores e falei pra eles "gente, não é possível que a gente vá morrer na praia desse jeito. Vamos nos recompor, porque temos quatro partidas perfeitamente vencíveis e estamos brigando por título". Eles entenderam, mas eu vi que tiveram alguns jogadores que não gostaram muito da minha fala, já que nossa cotação não era para acesso e reconheciam que estávamos em uma campanha acima da média. Mas no primeiro desses jogos deu pra ver que a minha intervenção foi efetiva e vencemos com muita autoridade o Versailles por 3x0, num jogo em que eles não finalizaram uma vez em nossa meta e nós chutamos apenas 33 vezes, acertando 12 no alvo e marcando 3 gols. Na sequência tivemos um empate contra o Fréjus Saint-Raphaël por 0x0 e vencemos o Vendée Herbiers pelo placar mínimo. Mas na última rodada reencontramos de vez o bom futebol e atropelamos o Granville por 5x1 em casa e nos mantivemos na briga pelo acesso, porque terminamos em 3º lugar. O problema era os jogos contra um time da Ligue 2, que teria muito mais estrutura que a gente e seria decidido quem enfrentaríamos alguns dias depois.
- Poxa, mas vocês conseguiram segurar a briga até o final. Só isso já vale a pena, não?
- Pois é. Mas quem foi o nosso adversário? Foi a desgraça do time que eliminou a gente na Coupe de France, o Rodez Aveyron. Eu tava indignada porque o retrospecto não foi muito bom, mas ao mesmo tempo eu decidi chamar todo mundo e tocar fogo no meu vestiário. Falei que nosso adversário era a representação da nossa queda de rendimento, era o fantasma que estava impedindo nosso bom futebol e o causador das frustrações que percebia em cada um dos meus jogadores em campo. Disse isso tudo esperando que o pessoal ficasse motivado para enfrentar essas duas partidas decisivas com gana e ódio no coração.
- Acho que você deve ter conseguido, viu? Até eu fiquei com raiva dos caras. Hahahaha!

 

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- Pois bem. O primeiro jogo seria em casa, pra eles terem o conforto de decidir junto da torcida. Acho meio desequilibrado, porque quem está brigando pelo acesso deveria ter a oportunidade de decidir junto da sua torcida, que está engajada com a boa fase. Mas tudo bem. No vestiário eu retomei o discurso, pra manter a lembrança da eliminação acesa, e disse que era o jogo da nossa vida. Que era ali que precisaríamos matar e espantar o fantasma da má fase. Que era pra entrarmos jogando duro, em cima deles e sufocá-los para constranger ainda mais o moral deles.
- E deu certo?
- Acredite se quiser, foi um dos jogos mais impressionantes que eu vi meu time fazer em todos esses anos treinando eles. Logo aos 9 minutos já estávamos abrindo o placar, aos 29 ampliamos e aos 36 enterramos eles do jogo. Eles chutaram 5 vezes, com apenas 1 no alvo, até os 36 minutos. E nós tínhamos 3 finalizações nesse tempo todo, as 3 foram gol. Não tem time em má fase que não se abata ainda mais. No vestiário, antes de voltarmos para o segundo tempo, elogiei a atuação do time e individualmente cada um dos que estavam em campo pelas suas boas prestações. Disse-lhes que era pra continuar assim, que o Rodez estava entregue em campo e que poderíamos sair dali com um placar muito confortável. Então no segundo tempo estivemos construindo jogadas loucamente e demos o azar de acertar a trave por duas vezes. Era para estar 5x0 ali, mas não rolou. No final do jogo, o Edu achou o caminho para invadir a área, cortou para dentro e na hora de finalizar sofreu um pênalti. O meu time inteiro, com medo de chutar na trave, decidiu passar a responsabilidade para o chileno que, com tranquilidade, terminou de enterrar os caras.
- Que maravilha! E o segundo jogo, eles tentaram devolver?

 

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- Tentaram. Nesse segundo jogo, no conforto do estádio deles, eles vieram para cima. Eu mantive a mesma estratégia da primeira partida, fiz algumas poucas modificações para o meu time não ser tão ofensivo e ter um maior cuidado no setor da defesa. Eles vieram mesmo para o tudo ou nada, mas minhas modificações surtiram efeito e nós éramos perigosos nos contragolpes. No final do primeiro tempo já conseguimos selar nosso destino, porque num escanteio magistralmente cobrado pelo Milan, o nosso zagueiro Pepe escorou para o outro lado e ali tava nosso matador para dar um passe para o fundo das redes e marcar o gol do jogo. Aí não tinha muito o que fazer, porque marcar no final do primeiro tempo é pra acabar com toda a motivação dos caras e o esquema deles foi pro espaço no segundo tempo, era todo mundo tentando qualquer coisa no desespero pra fazer o gol e aí a nossa estabilidade e calma defensiva foi fundamental para segurar o placar. Ganhamos as duas partidas e, finalmente, subimos para a Ligue 2. Acabou que o maior destaque dessa reta final de campanha foi o Edu, que fez uma temporada de alto nível e usou sua experiência pra chamar a responsabilidade quando o time estava meio sem rumo. Eu não posso me esquecer do Anthony que foi um goleiro espetacular e simplesmente tem fechado o gol desde quando chegou, e desta vez não foi diferente. Se não fosse por ele talvez nem a possibilidade de brigar pelo acesso teríamos tido. Por fim, o Charly foi nosso artilheiro na temporada e marcou o gol que decidiu o acesso.
 

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- Que ótimo, Irina! Parabéns pra você! Deu pra ver que passou por dificuldades, mas no final das contas conseguiu subir e isso é o que importa. E como tá o planejamento pra próxima temporada?
- Então, ainda não faço ideia. Ganhamos a partida, fomos comemorar lá na cidade e dois dias depois já estava aqui. Mas daqui a 3 dias eu tenho que voltar pra fazer minha prova final no curso da UEFA e tentar tirar minha primeira licença continental. Meu contrato vence no final da próxima temporada e talvez me aventure em outros lugares, já que só vou poder sair mesmo da França quando defender minha tese, que provavelmente deve ser só ano que vem. Mas se conseguir a licença continental devo ter facilidade pra achar um time em qualquer outro país. Tenho que ver se o presidente vem pra cá, porque chamei todo mundo e o pessoal disse que provavelmente demorariam, já que foi difícil vir de Lyon para Belgrado e de Belgrado pra cá.
Solnyshka! Acho que você deveria ter marcado em um lugar maior, porque acabou de chegar um batalhão aqui. - diz Elena enquanto trazia duas Rakijas para beberem.
- Que bom. E isso é pra mim? - questiona Irina.
- É sim. Vamos celebrar! - exclama enquanto ambas praticamente viram suas rakijas como se fosse água.

 

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Mademoiselle, você foi embora depois do nosso acesso e nem tivemos tempo de conversar mais nada. Só disse que viria pra cá e esperava a minha presença enquanto saiu do prédio intimando todo mundo pra vir pra Sérvia no seu aniversário. - diz Titouan.
- Tiiito! Que bom te ver! Mas você viu que deu certo, veio todo mundo pra cá. - responde Irina.
- Claro, quem não viria. Todo mundo tá com medo de você fazer alguma feitiçaria contra eles, já que o impensável aconteceu de novo... Hehehe!
- Vou fazer isso, não. Venha, você precisa tomar uma rakija e depois provar uma razbeerbriga, que é uma cerveja local. Tenho certeza que você vai gostar!
- Vamos, sim. Mas eu queria entender por que você bebe tanto assim... 
- Como se brinda antes de tomar alguma bebida lá na França?
Salut! Por quê?
- Isso. Saúde. Na Rússia nós brindamos "vache zdoróvie", à saúde do outro. E, no meu caso, quando eu falo que vou beber, é "ostogrammitsya", como um ritual sagrado para permitir manter um pouco da minha sanidade dentro dessa rotina maluca que sempre foi a minha vida.
- Isso tudo só pra beber?
- Pois é. Agora venha cá que hoje é dia de "naglyukatsya", que é beber até alucinar e só saio daqui quando precisar de legenda pra me entender.
- Mas eu já preciso, posso sair antes? E quantos termos pra beber vocês têm nesse seu país?!
- Hahahaha! Incontáveis!
- Então, quando você voltar à França vamos discutir algumas coisas para a próxima temporada...
- Hoje não, Tito. Quando eu voltar a gente discute. - diz Irina, interrompendo.

Então seguiram bebendo, com Tito e o pessoal do Hauts Lyonnais tentando acompanhar Irina e seus amigos da Rússia secando cada gota de álcool que possuía o pub. As últimas pessoas a saírem do pub foram Irina e Elena, que já estava preocupada com a amiga e a levou para o hotel e deixou-a capotada na cama antes de voltar para seu quarto.

* * * * *

🌍 Sede do Hauts Lyonnais, Pomeys - 10 de junho de 2025 | 15h

- Boa tarde, Tito. Como está a força? - pergunta Irina.
- Oi, Irina. Boa tarde. Bom saber que você está viva! - responde Titouan.
- Vaso ruim não quebra, meu querido. E então, como estamos nas definições para a próxima temporada. Já temos alguma perspectiva?
- Antes de mais nada, gostaria de reiterar todos os elogios que você recebeu sobre o nosso acesso, são todos muito merecidos! E sobre a nova temporada, a primeira coisa, que você vai gostar bastante, é que entramos com o nosso processo de profissionalização que é exigido pela Ligue 2 e até o começo do mês que vem terminaremos todos os trâmites. Mais cedo recebemos do departamento de marketing de nosso clube um relatório mais atualizado sobre o perfil de nossa torcida. Também gostaria de falar um pouco sobre as nossas expectativas para a próxima temporada.


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- Manteremos a cultura de jogar um futebol solidamente defensivo e de trabalhar de acordo com nosso orçamento, sendo que este já repassei também para o Yohan e o departamento de futebol. Outra coisa que priorizaremos é a contratação de jogadores menores de 23 anos, então não se espante se o Yohan não trouxer muitos jogadores experientes para o clube.
- Mas precisaremos também de alguns jogadores com mais rodagem e experiência profissional, Tito. É difícil um time semiprofissional chegar e competir com times mais cascudos assim.
- Tudo bem, se tiver alguém mais experiente que interesse, repasse ao Yohan e ele tentará. Isso são apenas diretrizes de contratação mesmo. Também pretendemos ampliar nosso Stade de La Neylière, mas isso veremos a questão financeira antes de prosseguir.
- Entendi. E na liga?
- Conhecendo seu histórico, acho que evitar a descida é uma meta razoável. Sabemos que as coisas começaram a engrossar de vez agora, mas acredito que você tem as ferramentas adequadas para conseguir a nossa manutenção na Ligue 2.
- É, difícil, mas pode ser exequível. Só que para isso, então, eu gostaria de aproveitar que finalizei minha licença continental C da UEFA e estudar para uma nova.
- É justíssimo. Providenciaremos o pagamento de sua inscrição assim que possível.
- Uma outra coisa que seria interessante é um investimento maior na nossa categoria de base, porque apesar de estarmos nos desenvolvendo aos poucos, acho que ainda estamos muito abaixo do nível que poderíamos. Veja que na última peneira que realizamos só conseguimos extrair três jogadores, e o único que eu acho que pode vingar mesmo é o Mike. O Benamara não me parece ser muito proativo e interessado nas coisas e o Olivier põe entrave em tudo que acontece... Não sei muito bem o que esperar.
- Eu te entendo, Irina, mas infelizmente não temos como realizar esses investimentos agora. Estamos aguardando a chegada das verbas da Ligue 2 para começar o investimento na ampliação do estádio e, se sobrar, poderemos pensar em investir na base. No momento precisamos melhorar a nossa relação com a torcida e tentar trazer o maior número de torcedores para nos assistirem no estádio.
- Tudo bem, eu entendo e acho a ideia boa. Só que com instalações simples como as nossas essas ideias de contratar jovens pode não ser a melhor, já que fica difícil desenvolvê-los sem a tecnologia adequada. Em todo caso vou me reunir com a minha comissão para decidirmos os melhores cursos de ação, já que precisaremos criar planos de treino que englobem a semana inteira e estou ansiosa para pôr em prática meu aprendizado.
- Ok. Nos vemos então na reapresentação dos jogadores.
- Tranquilo, Tito. Boa tarde pra você e até lá.

 

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Parabéns à Irina pelo aniversário e pelos 100 jogos pelo clube. Depois, parabéns pela promoção. Quando foi preciso puxar pelos galóes, a equipa respondeu da melhor forma.

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Em 19/06/2023 em 08:04, Cadete213 disse:

Parabéns à Irina pelo aniversário e pelos 100 jogos pelo clube. Depois, parabéns pela promoção. Quando foi preciso puxar pelos galóes, a equipa respondeu da melhor forma.

Obrigado. A campanha parecia encaminhar tudo para um título super confortável, mas acabou complicando bastante as coisas. Em todo caso, na hora que importava mesmo o time reuniu forças para encontrar o bom futebol que havia desaparecido e, ainda por cima, conseguiu a redenção contra um time que mais cedo na temporada tinha nos trazido alguma frustração.

Ainda hoje, mais tarde, eu posto a próxima atualização com os preparativos para a Ligue 2 e, junto, o começo da campanha.

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T04: Capítulo 14 - Enfim, a profissionalização - e os holofotes!

Ao longo das últimas temporadas pudemos acompanhar a trajetória de Irina no comando do Hauts Lyonnais, marcada por avanços dentro e fora do campo, mas ao mesmo tempo com seus entraves e questões extracampo. Foram três acessos em sequência, com dois títulos, até chegar, enfim, à profissionalização que é obrigatória para equipes que disputam a Ligue 2. Os destaques que costumeiramente apareciam em pequenos diários esportivos regionais de Rhône passaram a dar espaço às matérias em veículos de maior circulação e Irina teve sua primeira entrevista a um grande jornal esportivo francês, o L'Equipe, enquanto treinadora de futebol. A ela não era algo muito fora do escopo, já que costumava ter algumas aparições em jornais esportivos de grande circulação - seja na Rússia, seja na França ou até mesmo no resto do mundo - por conta de sua capacidade de definição dentro do campo.



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Hauts Lyonnais: um monumento russo na França

Imagine-se o leitor na torcida por um pequeno, simples e humilde time que busca, ao longo do tempo, encontrar o caminho das pedras até figurar entre tradicionalíssimas equipes do futebol francês. Parecia-nos impossível, dadas as gigantes cifras do futebol mundial contemporâneo, mas é a história do Hauts Lyonnais, um clube simples e aguerrido sediado na vila de Pomeys, nos arredores de Lyon. Sob o comando técnico de Irina Kollontai, que será a primeira mulher a comandar uma equipe profissional francesa, o clube conquistou os títulos do National 3 e 2 em sequência, além de ter conquistado o acesso à Ligue 2 via play-offs de acesso ao bater o Rodez Aveyron, que os havia eliminado na Coupe de France, nas duas partidas. Uma demonstração clara de fortitude mental. 

A treinadora, que foi jogadora profissional de futebol e uma lenda do futebol feminino russo, atuou pela equipe feminina do Olympique Lyonnais que conquistou a Champions League na temporada 2015/2016. Tivemos uma conversa com ela, que recentemente teve seu contrato renovado com o clube, e com o presidente do clube, Titouan Carnot, que trabalhou com ela como coordenador do futebol feminino do Lyon, para entendermos um pouco do processo e do planejamento para os primeiros passos da história do jovem clube nessa profissionalização. 

De acordo com Titouan, o primeiro passo dado assim que recebeu as verbas de receitas televisivas da Ligue 2 foi realizar uma reforma no estádio para realizar sua ampliação. Os preparativos dentro de campo para esta temporada foram delimitados pela treinadora do clube, realizando apenas quatro jogos amistosos dentro de casa contra equipes de escalões inferiores. De acordo com a treinadora, o motivo para isto foi justamente a mudança completa nas possibilidades de treinamento do clube: "em conversas com minha comissão técnica, decidimos aproveitar que pela primeira vez desde que estamos aqui teremos a oportunidade de realizarmos uma semana completa de treinamentos com todos os jogadores que têm contratos profissionais e, então, optamos por realizarmos uma pré-temporada dando ênfase ao condicionamento físico com jogos menos complicados de forma a dar ritmo aos atletas e também testar novos esquemas táticos". Uma baixa, contudo, veio à tona logo neste princípio quando o meio-campista Kéres Massangu acabou se lesionando em um dos treinamentos"Definitivamente foi uma grande perda, por um erro de cálculo de Kéres num desarme que acabou, ele mesmo, se lesionando", disse a treinadora.

Transferências
Mas não apenas de jogos foram determinados a pré-temporada do clube. O presidente Titouan Carnot decidiu, em conjunto com seu departamento de futebol, ampliar a influência da treinadora no processo de recrutamento do clube, dando, assim, novos poderes a Irina. "Ela está conosco desde antes de eu assumir as funções como presidente, eu a conheço desde a época que trabalhamos juntos no Lyon e esta é uma forma que encontrei para demonstrar a nossa gratidão pelo seu trabalho no clube. [...] Entretanto, apesar de termos ampliado seus poderes, ela, por decisão individual, decidiu por não exercê-lo por ora em virtude de questões pessoais de afazeres extracampo", disse o presidente do clube.


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Estas transferências realizadas pelo clube, como podemos ver na tabela acima, demonstra que o Hauts Lyonnais opera com margens bastante reduzidas de verbas e buscou em jogadores livres e em empréstimos encorpar seu elenco. A contratação mais diferente, por exemplo, veio do futebol romeno. O volante Alexandru Crivac, de 23 anos, veio à custo zero do Star Sport Arges, onde tinha contrato amador, mas estava emprestado ao Rapid Bucareste que decidiu não exercer sua transferência livre. "Alexandru, se não me engano, foi o único jogador dessa janela que Irina exerceu seus novos poderes, indo até a Romênia para negociar diretamente com o atleta e seu empresário a mudança para nosso clube", disse o presidente, que aprovou a contratação. Além dele, o jovem atacante norueguês Andreas Asbjornsen, de 18 anos, que fora dispensado do Arsenal. Entretanto o jovem rapidamente fora emprestado para o Rouen.

"O caso do Andreas foi curioso, porque o nosso diretor de futebol trouxe ele e na negociação de seu contrato, aparentemente, ele havia prometido um empréstimo para o jogador. Eu achei que ele teria algo a nos oferecer, tanto que atuou em algumas partidas como titular. Mas rapidamente o Rouen viu sua capacidade e decidiu levá-lo emprestado, e ele pediu para ir, então não me coloquei em seu caminho. São coisas que acontecem, ainda estamos todos nos ambientando aos poucos a essa nova etapa do clube", disse a treinadora. Outro atleta que chegou ao clube foi o goleiro Marco Giagnorio, de 24 anos, que estava no Nancy. Além dele, o italiano Paolo De Angelis chega para disputar uma vaga no meio-campo do clube sem custos. Vindo após dispensa do Krasnodar, o zagueiro Mikhail Sukhoruchenko, de 22 anos, será uma peça importante na defesa do clube do Rhône. Também sem custos chegam o experiente atacante Loïs Diony, de 32 anos, e o jovem polivalente Valentin Decarpetrie, de 22 anos. A única contratação que o clube realizou investimento financeiro foi do atacante Gabriele Bernadotto, de 28 anos, que atuava pelo Giugliano, por € 165 mil mais possíveis bonificações que podem ascender o pagamento para €235 mil.

Para complementar o elenco, o time também buscou alguns jogadores emprestados na Bélgica e também no futebol francês. Vindos do Anderlecht chegam o zagueiro Lucas Lissens e o ponta-esquerda Joseph Hungbo. Ao passo que Nuno Félix chega do Lyon para disputar uma posição no meio-campo e deve ajudar o Olympique Lyonnais no processo de adaptação do jovem à França, por estar atuando em um clube próximo. Para fechar as contratações desta janela, o Hauts fechou o empréstimo de Johaneko Louis-Jean, vindo do Bordeaux, para atuar em qualquer das laterais.
 

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Assim, o plantel do Hauts Lyonnais parece fechado contando com 22 jogadores e terá de se esforçar para escapar das expectativas de casas de apostas que colocam o estreante na Ligue 2 como um dos principais candidatos ao rebaixamento, ainda que seja na vice-lanterna. Mas a treinadora tem outras palavras para estes apostadores: "eu acho que uma coisa importante no futebol é a consistência. Nós mantivemos a espinha dorsal do time que conseguiu diversos acessos, que está bem entrosado e apesar de estarmos cientes da dificuldade que este novo escalão nos imporá, certamente não iremos nos render. Iremos lutar, brigar com muita garra e tentaremos a manutenção para provar que estamos aqui por merecimento e não mero acaso".

O começo de temporada
Ao que pudemos ver, a treinadora estava bastante confiante em seu time antes do começo da temporada e, de fato, mostrou-se que suas assertivas sobre seu time estavam completamente em compasso com as futuras atuações que o clube demonstrou, com 3 vitórias, 4 empates e 2 derrotas nestas primeiras nove rodadas da liga. E há de se destacar que as derrotas foram vendidas caras a seus adversários, além de destacarmos o centroavante Charly Dutournier que foi eleito o melhor jogador do mês de agosto da Ligue 2, com 6 gols e 1 assistência em 5 partidas, alcançando uma média de 8,02 ao longo do mês.

 

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O jogo de estreia na Ligue 2 foi contra um adversário conhecido, o LeMans, que subiu junto com o Hauts do National e, embora o jogo fosse fora de casa, o Hauts Lyonnais dominou o adversário durante toda a partida e conseguiu, no apagar das luzes, marcar o gol da vitória. Logo na sequência o Hauts recebeu o Nancy e mostrou um futebol simplesmente avassalador, com um domínio massivo sobre o visitante e o placar só não foi mais elástico por sorte dos visitantes. Mas como nem tudo são flores no futebol, a visita do Hauts ao Grenoble parecia trazer mais uma vitória, quando, aos 8 minutos, o marcador mostrava 2x0 para os visitantes, mas uma pane defensiva e uma sequência de falhas do zagueiro Mikhail Sukhoruchenko acabou dando o empate aos donos da casa, que percebendo a inconsistência na transição dos visitantes, aproveitou cada vez mais suas oportunidades até marcar o gol da vitória aos 84 minutos de jogo.

Entretanto, apesar do baque da derrota contra o Grenoble e de perceber que o sarrafo da Ligue 2 é bem mais alto do que no National, o Hauts recebeu logo na sequência o Lorient, que fora rebaixado da Ligue 1 na última temporada, e mostrou, mais uma vez, o cartão de visitas. Uma goleada por 5x1 para não deixar dúvidas de que o time pode, sim, competir junto às fortes equipes profissionais francesas. Apesar do placar, foi uma partida muito equilibrada, com o Lorient criando mais chances, porém o Hauts soube aproveitar melhor suas oportunidades - e também contar com o mau dia do goleiro Pietro Terracciano - marcando 5 gols em 6 finalizações que foram no alvo das 8 realizadas globalmente. No final do mês, uma visita ao Auxerre para empatar sem gols uma partida que poderia muito bem ter sido uma goleada dos donos da casa, que dominaram amplamente todas as ações do jogo e deixaram o Hauts sem uma única finalização no alvo, num jogo que o destaque foi o goleiro Anthony Maisonnial. A última partida do mês de setembro foi contra o Caen, em casa, e a derrota acabou sendo um resultado um tanto quanto injusto, porque o Caen entrou em campo decidido a fechar o jogo logo no começo e com 20 minutos de jogo já vencia por 2x0; mas a partir dali as ações começaram a se equilibrar e o Hauts se encontrou em campo, mas não conseguiu nada além de descontar no marcador com Charly Dutournier.

Irina comentou sobre os jogadores que têm se destacado nessas primeiras dez rodadas da Ligue 2: "Olha, eu acho que dadas as condições iniciais que todo nosso contexto esperava, temos feito uma campanha sólida. Nem tão para lá, nem tão para cá e acho que isso é uma boa estrutura de onde poderemos construir as bases para nossa ascensão. Como eu tinha dito há alguns meses, quando nos encontramos, nós já tínhamos uma espinha dorsal em nosso elenco e é justamente nela que temos os melhores valores. Por exemplo, o Charly foi eleito o melhor jogador do mês de agosto, com toda a razão do mundo. O Anthony nos salvou de um desastre na partida contra o Auxerre, mas não só lá, em várias outras também. Eu nem preciso falar da importância do Sofiane no nosso setor de criação, porque um time que tinha tudo cotado para cair e ter uma média de quase 2 gols marcados por jogo, muito disso passa pelo pés dele e sua inteligência na criação de jogadas, mas é uma pena que recentemente teve uma lesão que pode deixar ele de fora do próximo jogo."


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Ao final de 9 rodadas, o Hauts Lyonnais se encontra na 9ª colocação com 13 pontos ganhos. Mas o que é mais admirável até aqui é a marca de Jean-Philippe Krasso, centroavante do Guingamp, que marcou assombrosos 16 gols em apenas 9 rodadas da liga e é o que tem salvado seu time da zona da degola, e possivelmente deverá ser o artilheiro do campeonato por ter o dobro de gols marcados do que quem o persegue pela artilharia, já que Nabil Alioui, do Le Havre, tem 8 gols e Charly Dutournier, do Hauts Lyonnais, tem 7 tentos computados em seu nome.

Conhecendo um pouco mais da rotina da primeira treinadora de um clube profissional na França
Há quem diga que ser treinador é uma tarefa fácil. A torcida sempre sabe muito melhor do que os selecionadores o que tem que ser feito, quem tem de ir a campo, o que fazer, como mexer e todas as possibilidades inimagináveis que recaem sobre os ombros do técnico de futebol. E Irina, pelo que soubemos, não é apenas treinadora do Hauts. Vimos que o presidente do clube decidiu oferecê-la também funções de gestão e maior voz no processo de transferências do clube e, embora ela ainda não tenha exercido plenamente estas novas atribuições, decidimos perguntar a ela o motivo e descobrimos que a trajetória dela no clube, que parecia repleta de calmaria, não foi muito bem assim.

- "Eu estive para abandonar o time. Aliás, eu havia abandonado o time. Tive um problema com o ex-presidente, que prefiro não expor à público as motivações, e havia voltado para a Rússia. Na época nós estávamos muito bem, com uma boa campanha no National 2 e buscando o acesso para o terceiro escalão com algum conforto, eu havia acabado de renovar meu contrato mas logo na sequência decidi abrir mão disso por discordar de certas condutas pessoais do então gestor do clube. Eu ia abandonar tudo mesmo, do futebol aos estudos." - disse a treinadora.

- "Eu acabei assumindo a presidência do clube por toda uma confluência de elementos: eu estava inclinado a comprar um clube de futebol para tentar fazer no futebol masculino o que conseguimos alcançar no feminino do Olympique Lyonnais. Então, sabendo disso, o meu amigo Jean-Michel Aulas, que trabalhei durante anos no Lyon, disse-me que o Hauts Lyonnais estava à venda e que a treinadora do clube era Irina, que havia trabalhado conosco no Lyon. Fui correndo conversar com o antigo presidente e tentar comprar o clube, mas assim que assinamos a linha pontilhada ele me deu o aviso falando que Irina havia pedido sua dispensa, então tive que batalhar para convencê-la a ficar. Foi difícil, mas no final das contas acho que todos conseguimos o melhor desfecho possível" - comentou o presidente, Titouan Carnot.

Quando você [Irina] disse que iria abandonar o futebol e os estudos ficou claro que dividia duas tarefas ao mesmo tempo, mas como você lidava com todas as atribuições?
- "Não sei se é de conhecimento de vocês, mas eu, além de treinadora, também sou estudante de doutorado aqui na Lyon-Lumière. À época que eu sairia do clube eu me encaminhava para meu segundo ano na pós e agora eu estou a poucos passos de defender minha tese. A transição do clube para o Tito, que é um grande amigo, foi algo que ajudou bastante a quebrar a barreira da minha decisão enérgica de ir embora; e junto aos meus amigos e pessoas mais próximas, que disseram 'tudo bem sair do clube, mas abandonar os estudos? É burrice' me deixou bastante reflexiva. E então, comandei uma partida já com tudo bem encaminhado para rescindir o meu contrato e acabei ficando. O Tito me forneceu todas as possibilidades que necessitava para equilibrar as duas tarefas da minha vida e agora, aparentemente, ele acha que eu sou mágica para conseguir, também, trabalhar ativamente nas transferências do time... Hahahaha! Por enquanto não posso, só fiz um teste para ver se conseguiria, mas acabou que pra trazer o Alexandru eu atrasei bastante algumas leituras que precisava fazer, então mantive as coisas mais ou menos como estavam, com o Yohan à cargo das contratações" - afirma Irina.

- "O nosso relacionamento é sempre muito amistoso, ela gosta de fazer as coisas do jeito dela e eu tenho confiança plena em suas capacidades, então deixo-a livre para fazer como bem quiser. O fato de eu tê-la permitido atuar administrativamente na contratação de jogadores foi a forma que encontrei para afirmar categoricamente minha confiança nela, que nem precisa fazer isso, caso queira. Mas se agora o nosso time, que tem uma treinadora dividindo suas atenções em dois focos, está bem na tabela, eu quero ver o que nossos adversários vão sentir quando ela estiver plenamente focada em suas atribuições como treinadora aqui. E já começamos a trabalhar para isso, porque em breve começaremos as obras para melhorar nosso Centro de Treinamentos, que era um pedido antigo dela." - disse Titouan.


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- "Eu não tenho do que reclamar, nem sinto a pressão adicional que deveria vir com este acesso. A pressão que eu tenho, atualmente, como brinco com meus jogadores, é dos meus estudos que eu tenho de adiantar até defender minha tese em fevereiro do ano que vem. E eu quero que eles desfrutem bem, joguem sem nenhuma pressão porque nós estamos onde merecemos estar e eles têm tudo para conseguir bons resultados, basta não deixar essa 'pressão', que todo mundo gosta de colocar nos outros, subir à cabeça, porque se acontecer nós não conseguiremos nos encontrar. Se jogarmos com tranquilidade e entendermos que maus resultados acontecem, que nem sempre seremos o melhor time em campo, que às vezes podemos ganhar um jogo que tínhamos tudo para ter perdido, conseguiremos nosso objetivo de manutenção. Foi assim que jogamos na última temporada e veja onde chegamos, conseguimos o acesso". - encerrou a treinadora russa.

E é com este pensamento da treinadora que encerramos a matéria. Um time que recém se profissionalizou e alcança pela primeira vez em sua história a disputa de uma Ligue 2, encarando a competição como um passeio no parque, querendo que seus atletas desfrutem do seu jogo e tentem não sentir a pressão adicional de todo o contexto esportivo que cerca o clube. Tem dado certo até aqui e a confiança da diretoria no trabalho da treinadora parece render grandes frutos. Quem sabe até onde o Hauts chegará?

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Rapaz para um clube que subiu recentemente, estas a fazer um bom trabalho na Liga 2. Nese momento se encontra a 3 pontos da zona dos playoffs e a 4 da zona da degola e isso é o mais importante. Boa sorte na sequência.

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Nada como a profissionalização e a direcção a ajudar com o centro de treinos. A nossa Irina conseguiu um início de época prometedor e já a fazer frente a alguns históricos do futebol francês.

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Em 24/06/2023 em 11:12, LC disse:

Rapaz para um clube que subiu recentemente, estas a fazer um bom trabalho na Liga 2. Nese momento se encontra a 3 pontos da zona dos playoffs e a 4 da zona da degola e isso é o mais importante. Boa sorte na sequência.

Estamos bem mesmo. Achei que precisaria fazer muitas modificações na tática por conta das quedas de rendimento na última temporada, tanto que tinha esboçado alguma coisa durante a pré-temporada, mas decidi confiar no esquema e tem dado frutos. Os jogos são muito melhores, tivemos bons reforços mas a espinha dorsal é a basicamente já conhecida, o que ajuda bastante já que não precisamos de muito trabalho para integrar o elenco ao esquema. 

Eu só fiquei meio revoltado com o empréstimo do Asbjornsen, que chegou e tinha ganhado a titularidade, mas meu diretor de futebol acabou emprestando ele hahahahaha!

Em 24/06/2023 em 13:20, Cadete213 disse:

Nada como a profissionalização e a direcção a ajudar com o centro de treinos. A nossa Irina conseguiu um início de época prometedor e já a fazer frente a alguns históricos do futebol francês.

Pois é. Agora temos a oportunidade de criar agendas de treinamento mais precisas e focadas em determinados aspectos que podemos melhorar. Deu pra perceber essa mudança bem claramente e temos feito uma campanha bem consistente até aqui, longe daquela luta aguerrida contra o rebaixamento que a imprensa (e eu mesmo) esperava ter.

Postado (editado)

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T04: Capítulo 15 - Estão achando que somos o Paris Saint-Germain!
🌍 Proximidades da Praça Vermelha, Moscou, 25 de dezembro de 2025 | 16h

Privet, Irina! - diz uma pessoa enquanto encosta no ombro de Irina, que olhava perdidamente para o infinito.
- Anton? O que faz aqui? Achei que essa época do ano estaria com sua família em Sochi.
- Esse ano não, vou ter uma entrevista de emprego numa escola daqui a alguns dias. Quem sabe, finalmente, eu possa atuar na minha área, né?
- Ai, que ótimo. Espero que dê tudo certo!
- E você, o que tá fazendo aqui olhando pro nada como se a vida não fizesse sentido?
Moj drug, é a pressão de tudo chegando. Vou defender minha tese em fevereiro, sem contar com a pressão do trabalho. Estou fazendo o que dá me dedicando a duas frentes distintas, mas é difícil equilibrar tudo.
- Eu imagino, mas você consegue.
- Eu também acho, mas blyat, é chato demais essa gente agourando nosso time. Finalmente consegui tirar minha Licença UEFA Continental B, mas não estou tendo tempo direito para colocar tudo que aprendi em prática... Tivemos uma série de 6 jogos sem vencer até outubro, que a imprensa e torcida começaram a reclamar horrores e a questionar meus métodos de trabalho e apego ao esquema tático, mas cara, não tenho o que fazer. Nosso time acabou de subir, não estava jogando mal. Tivemos uma onda de má sorte. Me levaram às estrelas no começo da temporada por ter trazido o time à profissionalização e passaram a me crucificar porque o time não joga bem.


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- Vixe. Eu imagino como deve ser difícil...
- É difícil você dar seu melhor, tentar extrair o máximo de um time que teve três acessos consecutivos e não tem a malícia de um time profissional em uma liga que todo mundo espera que você seja rebaixado e vem as críticas. Tudo bem se o time estivesse perto do rebaixamento, mas é uma sacanagem absurda isso.
- E como você tá lidando?
- Não muito bem, mas também não muito mal. Porque eu percebi que isso tudo é coisa que vem de fora, e aí é tentativa de desestabilizar mesmo. Tive algumas conversas mais francas com o presidente do clube e cheguei a deixar meu cargo à disposição, caso ele pensasse o mesmo da imprensa, mas aparentemente ele estava mais indignado com as críticas do que eu. E reforçou a confiança no meu trabalho, inclusive investindo nas categorias de base do time, coisa que eu sempre peço. Hahahaha!
- Tá, mas a pergunta que não quer calar: você disse que essa gente tava te questionando por conta de resultados de agosto, setembro e outubro. E depois?

 

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- Depois melhorou, né? Mas os caras tavam reclamando de um jogo que a gente perdeu, no apagar das luzes, pro Lens. Cara, tudo bem que estivemos com um jogador a mais desde os 17 minutos do primeiro tempo, mas já perdíamos por 1x0 por uma besteira da defesa e depois, em outra, eles ampliaram pra 2x0 num pênalti. A gente foi buscar o empate no final do jogo e aí, na hora de apagar os holofotes, os amiguinhos marcaram o gol da vitória por uma falha do nosso goleiro. Poxa, nem eu, que tinha todo o direito de sair xingando todo mundo, o fiz, porque entendi que aquele dia era um daqueles que não daria nada certo. Dominamos o jogo mas perdemos, faz parte. Tanto que na sequência aconteceu justamente o contrário, fomos dominados mas vencemos o Valenciennes. E aí surgiram mais críticas ao meu time. BLYAT! Se perde, é ruim; se ganha, também...
- Eles tão achando que vocês são o Paris Saint-Germain, é?
- EXATAMENTE, CARA! Como que não fica indignada com uma porcaria dessas?! E depois contra o Saint-Étienne, que é um time muuuuuuito mais tradicional que o nosso, de camisa pesada, nós colocamos eles na roda. O problema é que eles queriam isso, e quando recuperavam ela lá, iam freneticamente pra cima que assustava qualquer criatura. Mas mesmo assim, vencemos por 1x0. E aí foram reclamar que eu tirei o Decarpentrie, aos 92 minutos, depois dele ter errado o pênalti como forma de humilhar o jogador. EU TIREI ELE PORQUE QUERIA GASTAR O TEMPO E VENCER O JOGO, da mesma forma que eu tirei um monte de jogador mais três jogadores nos últimos 10 minutos para esfriar o jogo! 
- É difícil mesmo, Irina. Mas sei lá, eu poderia entender o mesmo. Porque é muito a sua cara fazer uma coisa dessas...
- Tá bom, eu sei, você sabe mas a imprensa não sabe. E o rapaz entendeu, o time sabia que teria mais uma parada para fazer uma modificação e poderia sair qualquer um de campo. Escolhi ele...
- Porque errou o pênalti, né?
- Sim, mas ele também tava jogando mal... Acabou que gastamos uns 3 minutos pra fazer a substituição e o juiz nem deu acréscimo. Quando chegamos no jogo contra o Le Havre as críticas começaram a diminuir e cessaram de vez após o jogo, porque não era possível que uma vitória por 3x0 suscitasse qualquer reclamação. E de fato não tiveram. O azar foi depois de um jogo da Coupe de France, que o meu goleiro titular se machucou e ficou de fora duas partidas. Quando tudo parecia muito bem, veio o infortúnio. Perdemos pro Châteauroux por 2x0, num jogo sofrível demais. Esse, que tinham toda razão pra me xingar falando que foi uma desgraça, colocaram na conta do goleiro reserva, coitado. E na sequência perdemos pro Paris, por 1x0, com gol de pênalti depois de uma atuação não muito boa do nosso setor defensivo. Aí agora, há dois dias, visitamos o Nancy e vencemos por 3x0, com o meu goleiro titular de volta ao time e sendo um dos melhores em campo. Provavelmente eu tenho um problema na defesa, mas eu estou tentando encontrar alternativas.
- E essa Copa da França, como foi?
- Então, praticamente só pegamos times bem inferiores. O único que é mais ou menos parelho foi o Rodez, e vencemos por 1x0. Agora enfrentaremos o Toulouse no ano que vem, vai ser pedreira mas vamos ver como as coisas correm até lá.

 

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- E a classificação, porque pelo que você me disse, não me parece que tenha risco de cair...
- Tá boa. Estamos em 10º lugar. Acho quase impossível sermos rebaixados diretamente e temos uma margem de 10 pontos de diferença pros play-offs de rebaixamento; pro de acesso, acredite se quiser, mesmo com a imprensa pegando no meu pé, são apenas 4 pontos.
- Você acha que dá pra chegar lá?
Moj drug, achar é uma coisa. Conseguir é outra. Eu acho que se acreditarmos até o título dá pra buscar, porque são 10 pontos de diferença. E se o povo pode pensar que corremos o risco dos play-offs de rebaixamento, então também corremos o risco de ser campeões. Mas só de pararem de pegar no meu pé já fico feliz. Eu vim pra cá só pra poder ter um pouquinho de sossego, visitar a família e convidar o pessoal para ir ver minha defesa. Inclusive, você está convidado. Vai ser dia 2 de fevereiro de 2026, um dia para lavar a alma de uma vez e poder tentar focar em uma única coisa só.
- Vou tentar, sim, moj druga. Vai dar tudo certo! E o que você vai fazer mais tarde?
- Eu vou encontrar o pessoal para tomar umas, você anima?
- Então tá combinado, me avise quando for. Você sabe se Elena está por aqui?
- Ainda tá apaixonado por ela, é? Hahahaha! Tá sim, e ela vai também. Aproveita que ela tá feliz que também terminou os estudos dela e tá pensando no que fazer para o futuro. Vai ser uma pena você sequestrar minha solnyshka, mas como você é uma boa pessoa, não vou reclamar. Só vão ter que se mudar pra onde eu for... Hahahaha!
- Olha você, viu, Irina? 

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Editado por Herr Jones
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