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Tiazinha e Feiticeira - A Saga da Veterana Francana - - Aguardando avaliação


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Gostaria primeiro de me apresentar. Sou Thiago(a.k.a. ReiShaman ou, antigamente, Tarantino), jogador de Football Manager desde o FM06. Passei muito tempo nos fóruns do Orkut jogando, discutindo e até entrando na LFM B por um tempo. Fiz algumas histórias em outro fórum (aparentemente, alguns daqui devem conhecer) no Itaporã e no Americano. Essa segunda, do Americano, me fez ter vontade de fazer uma parecida com essa por aqui, mas dessa vez em São Paulo. Era uma história do time em conjunto do técnico. Mais coisas serão esclarecidas com o tempo, não se preocupem! Aviso rápido antes de começar: essa é uma obra de ficção que cita pessoas reais, mas os acontecimentos são falsos. Também terá linguajar adulto. Obrigado a todos e agora vamos a história!

 

Prefácio – O Garoto Mimado

   A memória que explica minha infância se passou quando tinha nove anos de idade. Era meu aniversário, dia 4 de Maio de 1996. Estava acompanhando quase que diariamente o desenho do X-Men, aquele classicão. Meu pai entra na sala, desliga a TV. Esperava finalmente meu presente dos sonhos: a coleção dos bonecos da série. Falei isso durante toda a semana pra ele. Mas o vi de mãos vazias.
   Meu pai é o Hernesto Silva Souza, dono da Hern And Esto, um chocolate que ganhou popularidade em vários países pelo mundo e fez de minha família completamente rica. Doutor Hernesto, como era chamado pelos outros (mesmo não sendo doutor, já que nem estudar estudou) se fez sem a ajuda de ninguém. Tudo o que conseguiu, conseguiu por mérito próprio. E gostava de esbanjar. Morávamos em uma mansão gigantesca, parecia uma daquelas casas de nobre da Inglaterra. De tão grande, nem todos os quartos eu entrei. Não por proibição, mas pelo absurdo tamanho mesmo. Nele viviam muitos empregados, da cozinha até a entrada.
   Quando meu pai chegou, desligou a TV e me chamou.
   - Filho – disse, em um tom calmo e sereno que sempre demonstrou – Seu presente de aniversário, virá quando você descobrir a charada.
   - Charada? – perguntei incrédulo.
   - Sim. Você encontrará seu presente com quem descobriu o Brasil.
   Não entendi. Fiquei com cara de interrogação. Ele saiu sem dizer uma palavra, nem meu choro de querer o presente ele se importou. Quando fiquei irritado e fui atrás do presente, comecei a revirar a casa toda. Não achava. Tinha que descobrir o maldito enigma. Fui atrás de meu pai. Não o achei em lugar algum.
   Caindo a noite, ficava cada vez mais irritado. Até que esbarrei com Seu Pedro, que cuidava do andar de baixo. 
   - Não, não vou contar – disse Seu Pedro. Peguei o balde que ele carregava e joguei ao chão. Comecei a chorar e ameaça-lo.
   - SE NÃO ME CONTAR EU FALO QUE VOCÊ ME BATEU! – gritei. Estava acostumado a ganhar tudo na base do grito. Seu Pedro, temendo pelo seu trabalho, me disse a resposta. Por um momento achei que fosse com ele, pois seu nome é o mesmo do português que chegou ao Brasil, mas era com o silencioso rapaz da portaria. Peguei o presente, abri e lá estava os meus bonecos dos sonhos. Meu pai nunca soube que eu consegui ele na base do ‘poder’ que tinha sobre as outras pessoas.
   Mais pra frente, quando já tinha meus 20 anos, fui mandado para a Inglaterra fazer faculdade. Escolhi Educação Física pois ‘achava mais fácil’ e era minha matéria favorita na escola. Não queria trabalhar, queria esbanjar o dinheiro que (meu pai) tinha. Nem ao menos fiz os estudos, devo ter ido na aula umas 10 vezes, todas para saber aonde será a próxima festa. Paguei um outro rapaz pra fazer os trabalhos e as provas pra mim. Basicamente comprei o diploma. Quando terminei a faculdade, resolvi estender um pouco mais a estadia, apesar de meu pai já se encontrar fortemente debilitado. Uma semana antes da volta, veio a falecer. ‘Já era, ganhei uma bolada do velho’ pensava. Voltei ao país apenas para ver o funeral do coroa. Estavam todos os empregados lá, inclusive Seu Pedro. Após o enterro, veio a hora do testamento. Fui chamado em uma sala com o advogado de meu pai, o Doutor Peçanha.
   - Veja só – disse Peçanha – Seu querido pai fez o testamento e aqui irei lê-lo.


“Filho. Por anos eu fiz o pior para você. Eu o criei, pensando que fosse ser um homem digno, mas não passa de uma criança irresponsável. Descobri que toda sua vida, você mentiu para mim. Pagava para os outros fazerem seu dever, chantageava os oprimidos por conta do seu poder, do dinheiro. Pois bem. Para arrecadar todo o dinheiro e a fábrica, você tem que fazer um trabalho. O Peçanha tem uma lista com conquistas que você deve fazer. Torço, desde sempre, pelo Francana. Sempre patrocinei o clube. Com algum dinheiro, consegui fazer com que eles chamassem você para ser técnico do clube. Lá, você deve conseguir as conquistas que separei, a quais você não descobrirá até fazê-los, para ficar com o dinheiro que herdaria. Não será de forma fácil. Agora você vai ter que trabalhar. HÁ!”
Assinado: Hernesto Silva Souza


   - PORRA! Como assim? Me dá meu dinheiro, Peçanha!
   - Nada disso. Seu pai deixou bem claro!
   - Então me dê a lista do que fazer! Se não...
   - Você vai ser burro o suficiente pra ameaçar um advogado? – disse, com um sorriso maroto.
   Não continuei a briga. Fui atrás do Francana ver que porra de história é essa. E assim começou a minha história.

FIM DO PREFÁCIO.


Breve Resumo - Associação Atlética Francana

 

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Apelido: Veterana

Mascote: Feiticeira

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Estádio: Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho. Para os mais íntimos, 'Lanchão', com 18 mil lugares (segundo FM23)

Títulos: Série A2 do Paulistão em 1977

Jogadores notórios: Geninho (sim, o técnico), William (ex diretor de Corinthians, Santos e Bahia), Assis (ídolo do Fluminense) e Tonho Rosa, maior ídolo do clube. Inclusive esse, uma vez, ficou tão irritado com um pênalti que se aposentou do futebol. Fonte: página do Francana no facebook).

O Técnico:

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Informações importantes:

(em construção)


Estou utilizando uma database com Seletiva para Série D e Estaduais até a Quinta Divisão.

Não estou utilizando editor ou Genie Scout mas não é um 'save ultra hardcore difícil pra caramba', tá mais pra um save 'difícil pra caramba'. Em breve o Capítulo 1! Não estarei utilizando também as regras da LLM.

 

Conquistas do Dr. Hernesto:
 

EM CONSTRUÇÃO.

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Boa sorte. 

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Boa sorte!

  • Vice-Presidente
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Bem-vindo e boa sorte.

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Muito obrigado a todos pelas mensagens! Já estou trabalhando na Parte 1. Já está no forno!

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Eu me lembro do Americano nos patches bomba da vida. É um time que deu uma sumida. Mas tinha um uniforme bacana, parecido com o do botinha.

E bom, boa sorte com o teu novo projeto.

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Capítulo 1 – Chegando no Francana

 

   Quando saí da sala do Dr. Peçanha, fui direto para minha casa. Como sempre, fui playboy ao extremo e peguei logo meu carro para chegar em casa, tomar um belo banho e descobrir como conseguiria minha tão almejada fortuna herdada de meu agora falecido pai. Quando cheguei, estranhei, pois não tinha a quantidade colossal de empregados em casa. Apenas o já citado Seu Pedro me aguardava no portão.

  - Vou entrar, tomar um banho. Espero a janta pronta – disse, sem nem olhar aos seus olhos. Esperava que abrisse o portão, mas não o fez por algum motivo. Comecei a ficar irritado e a buzinar – ACORDA, VELHO SURDO – gritei.

   Então Seu Pedro saiu da guarita que estava, chegou na janela do meu carro e, com um olhar de desprezo, abriu um sorriso. Idêntico ao safado do Peçanha.

   - Só abro para quem mora, Sr. Frank. E o senhor... Bem... Não mora mais aqui.

   - Eu só saí por uns anos! A casa é minha!

   - Não, não é mais. A casa é da fábrica, não sua. Seu pai deixou bem claro quando fez o testamento! Agora, se quiser tentar entrar... Chamarei a polícia. Passar bem.

   Fiquei sem palavras. Meu pai me quebrou demais. Tirou meu direito a herança, o dinheiro, a casa... Peguei o carro e fui pra casa de um amigo meu. Saíamos muito antes de ir para a Inglaterra.

   - Ô de casa! Cergin, abre aí!

   - Se ferrar, pobretão!

   Não tive nem tempo de responder. Desligou o interfone na minha cara. Dessa vez, até o ódio saiu. Senti foi solidão. Peguei o telefone e comecei a ver os contatos. Não tinha ninguém que realmente era meu amigo, percebi logo. Tudo ‘amigo’ de balada, de rolê. Ninguém que eu realmente era amigo. Senti um vazio por dentro. Peguei o carro, fui pro hotel que sempre ficava e dormi.

 

   No dia seguinte, fui procurar aonde precisava ir. Nem tive trabalho. O Dr. Peçanha me mandou o endereço, fui lá. Chegando, era um modesto estádio, com alguns funcionários limpando por fora, sem muita movimentação. Tinha lembrado de alguma coisa sobre os estádios as vezes não terem jogos quando não tem temporada. Não sei ao certo, deve ter sido em alguma das poucas aulas que fui que falaram isso. Pois bem, entrei e fui procurando o maldito advogado que tirou o meu dinheiro. Ele já estava me esperando. Vi seu terrível carro amarelo cor de mijo do lado de fora. O safado tem um gosto muito ruim.

   - Frank, meu querido! Seja bem vindo ao Francana – sorriu o babaca. Pensei ali que, se precisasse conseguir meu dinheiro, devia jogar o jogo dele, então entrei na brincadeira. Abri um sorrisinho e, cheio de segundas intenções, apertei sua mão.

   - Diga, meu querido (babaca) Doutor!

   - Oh, aqui tá seu contrato. Seu pai me instruiu direitinho sobre como fazer.

   Ia ganhar uma merreca. Vinte galo por mês?Dá pra fazer absolutamente NADA!

   - O salário é esse aqui, Doutor¿

   - Ah, sim, fora os impostos, claro.

   - Impostos¿

   - Sim, sim. Ficam com metade do que é seu. Bem, fora a minha parte por ser seu empresário... Fica o que, milzão por mês?Tá ótimo!

   Me senti ultrajado. Mas precisava jogar a brincadeira se quisesse pegar o que era meu. Do contrato, fui apresentado aos dirigentes. Alguns senhores bem arrumados que me falaram o que eu precisava fazer.

   - E cadê meu serviçal? - questionei um deles.

   - Serviçal? - respondeu incrédulo

   - Sim, sim. O cara que vai me servir, fazer minhas coisas, organizar tudo bonitinho.

   - Hã... Auxiliar técnico, você diz? Vai precisar de um?- disse o outro, meio confuso.

   - Hum... Pode, vai, pode ser. Cadê?

   - Olha, podemos colocar um aviso de que estamos precisando de um. Em breve você será avisado. Fica de olho em seu email.

   Email. Os caras eram das cavernas mesmo, pensei na hora.

   Pois esperei. Na semana seguinte, ele chegou. E com ele, veio os relatórios do que precisava fazer. É... Vai ser mais difícil do que imaginei.

Fim do Capítulo 1.

 

Sendo aquele time completamente desconhecido, tive que ir atrás de reforços. Tínhamos apenas 3 jogadores (Vitor Hugo, Luis Gabriel e Antônio Augusto). Foram 13 reforços (mais tarde veio outro, no total de 14) no primeiro mês.

Iniciamos o Campeonato com esse time:

Neto, Giancarlo, Cheng, José Marcelo e Bruno Alves; Antonio Augusto, Clebinho, Kelvin Antony, Whallyson e Fabricio; Felipe Modesto.

Primeiro jogo em casa, Felipe Modesto (guardem esse nome) já começa com 2 gols contra o Fernandópolis. Três a um em casa. Segundo jogo ele crava. Terceiro jogo? Um absurdo de quatro gols contra o Tanabi, que ele repete contra o Inter de Bebedouro na Quarta Rodada. Um total de 24 gols em 10 jogos, apenas na Primeira Fase. Terminamos então isolados na liderança.

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Que primeira fase! O time tá com moral incrível! E na última partida, Javir White ainda começa a fazer a sua história, com seu primeiro gol contra nosso rival Batatais!

Na Segunda fase, Felipe Modesto, artilheiro isolado, faz mais um. Mas temos nossa primeira derrota, contra o Guarulhos fora de casa. A exceção de um empate (2 x 2 no Lanchão contra o Mantiqueira), conseguimos passar sem problemas na Segunda Fase. Javir White, entrando no segundo tempo como Ponta Direita começa a fazer sua festa. Vira o 12º jogador da equipe, o Talismã da torcida.

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Na 3ª Fase, mais um show de bola. Felipe Modesto, como sempre, tá cravando mais que jornalista no twitter. Invictos mais uma vez, 6 jogos, 6 vitórias.

 

Chegamos então no Mata-Mata. Nosso objetivo é chegar até a Final para subirmos para a Série A3 do Paulistão.

Começamos com derrota, 3 x 2 fora de casa pro XV de Jaú. Aos 20, Zé Gabriel abriu o placar pra Feiticeira, com Felipe Modesto (sempre ele) estendendo o placar. Com 2 x 0 no placar e a moral lá em cima, permitimos que o Celso Luiz e Leonardo José empatassem. Mas o golpe de misericórdia veio aos 90 minutos: Cassiano virou para o Galo de Comarca, nos deixando em uma posição frágil para o jogo de volta, no Lanchão.

Pois bem. Brios em baixa. Jogo de volta. No Lanchão a gente resolve. E resolveu. Modesto tirou um coelho da cartola (sendo o gol final aos 87 minutos) e Fabrício completaram 4 gols, com o XV conseguindo efetuar apenas 3. Com a incrível classificação nas fases de grupos, passamos de fase e fomos para a semi-final. Temos a chance de subir. Só falta agora dois jogos.

Fomos no José de Araújo Cintra enfrentar o poderoso Amparo, liderados por Wevysther. Mas a sensação do momento, o Francana, não tem medo. Mas deveria ter. Mesmo com mais um hattrick de Felipe Modesto, os 638 visitantes viram o Amparo dominar o jogo e fazer 4 x 3. Mais uma vez, precisaremos ir resolver as coisas no Lanchão.

Quarta Feira, 10 de Maio de 2023. Lanchão batendo seu recorde no ano, 2.494 torcedores da Veterana compraram os ingressos para assistir o time lutar pela subida. A torcida acredita. O time acredita. A cidade de Franca para. E o jogo começa. Conseguimos antes virar a partida no fim, só basta acreditar. Mas Alexandre, mesmo com toda a pressão do time da casa (apenas 26 torcedores do Amparo vieram apoiar o time) abre o placar aos 17. Francana, então, vai pro desespero e pro abafa, liderado por Modesto. Muitos jogadores fora por lesão ou suspensão, então fica difícil de passar. O Amparo domina o jogo, mesmo com o Francana tentando pressionar. No segundo tempo, pior início possível: Rubens faz aos 47. A situação fica dramática. Aos 63, pênalti pra gente. Modesto rapidamente cobra e diminui o placar, mas precisamos de mais 2 para passar de fase e subir. Não deu. Merecidamente, o Amparo passa de fase.

Difícil. Perder um jogo assim... Doeu. Chegamos perto, mas não deu. O sonho do acesso, mesmo com tanta pressão, ficou pra próxima.

Amparo acabou sendo campeão em cima do Flamengo Paulista. Merecido.

Ninguém tirou de Felipe Modesto o cargo de artilheiro. Foram 48 gols, contra 29 do segundo colocado (Brendow, do Catanduva). Disparado o melhor jogador do campeonato. Agora é lamber as feridas e ir para o Seletivo da Série D. Fizemos o que a diretoria esperava (chegar aos playoffs  da 3ª fase). Quem sabe ano que vem. Agora é outra guerra.

 

Agora... Para a segunda parte, a Seletiva Paulista da Série D. O Paulistão tem uma regra que só jogadores sub23 podem atuar (ridículo), mas aqui não: liberdade total para os experientes. Não que nos ajude em algo, não conseguimos trazer nenhum jogador mais velho.

Começamos terrivelmente. Tomamos um sonoro 6 x 3 para o São Caetano no Anacleto Campanella (como eu amo o nome desse estádio, inclusive) e um terrível 4 x 4 contra o Itaperense. Mesmo com outros jogos com vitórias, escorregamos na reta final (10 jogos, 3 derrotas e 4 empates) e perdemos a chance de subir. E na última rodada, nem chance tínhamos, já que Taubaté e Lemense se enfrentavam e selaram nosso destino.

E com isso, terminamos o ano de 2023. Vamos para o ano de 2024 mais pesado: a maioria dos jogadores vão sair no fim do contrato (só é possível fazer contratos que vão até o fim do ano). Felipe Modesto terminou o gol com incríveis 43 jogos e 74 gols, além de 10 assistências. Uma impressionante média de 8.05. Se contar amistosos, chegou a 83 gols. Jogador incrível que seria o líder do time no próximo ano. Seria, pois já pediu as contas e se mandou do clube o nosso primeiro Pessoal Favorito, já que não conseguimos nenhuma subida nas duas possibilidades que tivemos.

 

Conquistas desbloqueadas nesse ano (2024):
Lá vem eles de novo... – Ganhar por 7 x 1. (vs Inter de Bebeduro)
Coelho da Cartola – Um jogador fazer um Hat-trick em uma partida. (Felipe Modesto, vs Tanabi)
001 Licença para Treinar – Obter a Licença de Treino Nacional C
SI HABLA, JUEGA – Contratar um jogador da América Latina (exceto Brasil). (Javir White, Panamá)
Por mais tempo – Renovar o contrato.
Orgulho do clube – Ter um jogador da base convocado para a seleção. (Cheng, pela Seleção do Tawian)
Parece fácil – Ter o artilheiro da competição (Felipe Modesto, 2a Divisão Paulista, 2023).

E é isso. Infelizmente não conseguimos nenhum título nem subir de divisão, mas foi um ano de aprendizado no time. Entendi melhor como funcionam as coisas em divisões tão baixas no FM23, percebi algumas coisas que vão nos atingir mais nesse começo e deu pra dar uma entendida em como será o scout e as transferências pelos anos iniciais que passarmos nas divisões mais baixas. O ano de 2024 promete! Até breve e obrigado a todos os que tão acompanhando a saga!

Postado

Frank tá precisando de um advogado, só pra constar auhauhauah

O acesso ficou por muito, muito pouco, mas pra um playboy treinador de primeira viagem, foi uma campanha muito boa, ainda mais considerando que tinha pouco mais de um time titular à disposição. Na seletiva, as coisas já se mostravam complicadas quando um dos adversários seria o São Caetano.

E Modesto, de modesto só tem o nome, né? Desandou-lhe a fazer gol.

O save tá bem legal de acompanhar, mas se me permite algumas dicas:

Seria interessante tu colocar mais imagens (prints) do jogo, como calendário, elenco, estatísticas de jogos que considera importantes, etc. Ajuda bastante na visualização do save para que fique mais fácil de situar sobre o que aconteceu no save no período narrado

Não sei se já leu, mas temos uma Central de Informações da área aqui, se não leu ainda, dê uma olhada que ali tem mais dicas.

Outra coisa, tente ler, comentar e participar dos saves e atividades dos demais, aqui é um espaço de troca de experiências e histórias no FM e essa interação é parte integral do que faz o fórum ser importante. Sem falar que isso lhe dará ideias para aplicar na sua história.

No mais, boa sorte na próxima temporada, acredito que com reforços certos, a equipe pode subir com tranquilidade.

Postado

Salve Div! Obrigado pelas dicas, querido!

Estou esperando a semana dar uma acalmada (semana de provas dos alunos, foco total lá hahahah) mas a parte gráfica vai chegar em breve, toda atualizadinha bonitinha. Agradeço de verdade pelas sugestões!

 

Aproveitando, hoje a noite devo compartilhar o Capítulo 2. 

 

Em 23/03/2023 em 22:42, felipevalle disse:

Eu me lembro do Americano nos patches bomba da vida. É um time que deu uma sumida. Mas tinha um uniforme bacana, parecido com o do botinha.

E bom, boa sorte com o teu novo projeto.

O querido Cano (não o atacante do Fluminense, claro) tinha um apoio enorme do ex presidente da FERJ, o Caixa D'Água (amicíssimo do falecido Eurico, então se vê o naipe). Quando faleceu, o clube ficou esquecido pelas divisões inferiores do carioca. Vai ser difícil 'reviverem' ele.

Postado (editado)

Capítulo 2 – O Primeiro Grande Craque

Fechei meu primeiro ano de técnico. Meu pai tinha me dado uma missão para conseguir retornar ao dinheiro que eu queria herdar: levar o seu amado Francana a glória. Achei que ia ser fácil, mas não foi. Bem, pra mim foi um ano tranquilo, meu serv... Digo, Adjunto fez quase todo o trabalho. Batemos na trave e não subimos em nenhuma das competições que disputamos. Me sentia estranho. Pela primeira vez na vida, não tinha tudo o que desejava. Tinha saído do hotel em que estava por ter ficado muito caro, fui morar no próprio estádio. E isso me vez olhar diferente para as coisas.

Em uma chuvosa manhã, estava pelo Lanchão. Era o meio das férias e tinha algumas crianças correndo por volta. Tava tendo uma colônia de férias no estádio. Fiquei ali observando. Apareceu alguns jogadores com seus filhos, mães e pais que trabalham e não tinham aonde deixá-los, funcionários do lugar, até alguns ex empregados de meu pai. Alguns fãs do Francana vieram me parabenizar pelo ano, que lutamos muito e que merecíamos ter subido. Outros, do Batatais, me pediram pra parar com as insistentes goleadas ao time, a qual respondia com bom humor. Pela primeira vez na vida, estava tentando entender o que era o trabalho duro. Decidi me enfurnar na minha sala e trabalhar.

Alguns dias se passaram. Meu adjunto voltou das férias dele. Já chegou com uma pilha de papéis.

- O que é isso, Severino?
- A lista de boas notícias. Que não temos. É má notícia mesmo.
- Tudo o que eu precisava... Que rolou agora?
- Sabe o Modesto, o Javir, o Neto...
- Meus principais jogadores. Sim. Eles tão atrasados pro primeiro treino?
- Atrasados não. Maior parte do time decidiu sair.
- QUE?
- É. Aparentemente não somos tão competitivos como eles queriam. Largaram o time. Não temos dinheiro também, então ficamos sem eles. E ah, é verdade, estamos sem dinheiro.
- QUE?
- Pois é. O time do ano passado gastou tudo. Chegou uns bambambã aí, meteram a mão na mesa e tão falando que vão vender todo mundo. O time tá quebrado.
- QUE?
- Você fala português, Frank? Tamo ferrado!
- Droga... Agora que eu tinha feito uma lista aqui.
- De que você vai comprar quando ganhar o dinheiro do seu pai, como você sempre diz? - lançou aquele mesmo sorrisinho do Peçanha.
- Não. De contratações. Queria alguns jogadores pra reforçar o time junto do elenco que temos.
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... hahha... haha... pera, pera, deixa eu respirar. Que piada maravilhosa. Você trabalhando. Ai ai...

Ele via que eu não reagia. Estava sério.

- Oh... Você realmente... ? Deixa ver isso... Hm... Interessante... Esse garoto aqui já ouvi falar dele... E esse... Frank, você realmente trabalhou? Ou pagou alguém pra fazer isso?
- Sim. Se for pra pegar meu dinheiro, preciso fazer por onde. O coroa me quebrou nessa. Já vi advogado, não tem como tirar o que é meu, o Peçanha é muito bom.
- É. Pra te fazer trabalhar... Realmente.

 

Alguns dias se passaram. Conheci os bambambãs. Estavam com o novo presidente do clube, falando em corte de gastos e da renovação do meu contrato. Diminuíram meu salário, mas não fiquei chateado. Já tinha ganhado algum trocado por conta das conquistas que meu pai me desafiou, então conseguia manter o pouco que me davam por um tempo. Fora que ainda morava no clube, então aluguel e comida estavam garantidos.

Mais alguns meses se passaram. As contratações que pedi vieram, outras não. Um moleque franzino, meio quietão, chegou. Largamos o Modesto pra ter um bando de adolescentes, pensei em seguida. E veio o primeiro jogo. Moleque me faz 5 gols. Repete no segundo jogo. Estávamos em auge. Aí veio o baque. Os bambambãs fizeram o favor de começar a vender meus jogadores. Saiu Cheng, Rogério, Bruno Alves, Casagrande, Zé Gabriel e César. Meio time vendido de graça por conta de dívida. Mas de algum jeito, estávamos na semi final do Campeonato Paulista. Faltava o campeão da Copa do Brasil de 2005, o infame Paulista de Jundiaí. Se passássemos, subíamos. Antes do jogo, o último treino. Severino, genial como sempre, me sugere fazer um treino aberto para a torcida. Os jogadores iam ver por quem eles iam jogar.

E a torcida veio em peso. E começou a cantar.

- Uh Tiazinha, mexe esse essa bundinha e vem! Uh Tiazinha!

Nunca estive tão confuso na minha vida. Que porra é que essa torcida tá falando¿ Um dos goleiros sub20 estava rindo horrores no chão. Puxei ele pra tentar entender. Claramente ele sabe do que a torcida tá falando.

- É seu apelido, Mister! – disse ele. Alguns jogadores achavam que eu era inglês por conta do meu nome.
- Desde quando sou o ‘Tiazinha’? -  respondi bravo. Ele percebeu e ficou meio sério.
- Ah... É que seu... Estilo... É meio estranho né... Falam que parece uma ‘tia’. Não que eu ache isso, claro – disse nervoso - Aí como é Feiticeira... Chamaram você de Tiazinha. Mas veja pelo lado bom. Podia ser ‘Loira do Tchan’.

Fiquei embasbacado e o deixei sair. Não sabia como reagir a isso. Só acenei meio envergonhado e finalizamos o treino. Na conversa com os jogadores, ouvi uns ‘Tiazinha’ no vestiário. Demonstrei uma cara de censura e pararam com os comentários.

Então... Chegou o grande dia. Dia de batalha, digo, guerra contra o Paulista. Claramente existia um favorito e não éramos nós. Passando pela perda de jogadores como Neto e Modesto, ficando cada vez mais sem jogadores e dinheiro, tínhamos a chance ali de ouro de subir ou de amargar mais uma vez a mesma divisão. Fomos pro tudo ou nada.

Mas antes. Uma pausa. Para uma partida de várzea. O Francana ainda lambia as feridas da saída do principal artilheiro do clube e favorito dos fãs Felipe Modesto quando os deuses do futebol tropeçaram no Francana e deixou lá um artilheiro. Whallyson, o grande criador de jogadas do time tinha ido fazer uma viagem para o Ceará quando foi ver um rachão de jovens. Um deles o impressionou. Levou para o Francana para fazer um teste. Saído de Sobral, no Ceará, tinha sido dispensado do rubro-negro Guarany de sua cidade. Primeiro treino que vi dele, já tinha feito uns 3 gols. Em 5 minutos. Arrastei ele pra direção e obriguei aos bambambãs a assinarem um contrato com ele. “Ainda quero renovação por jogar 5 jogos no ano e renovação caso eu queira”, argumentei. Com a quantidade de peças que tinha perdido e o pouco de salário que estávamos gastando (quase um terço se comparado com o último ano), aceitaram. E Tonho Rosa sorriu para o Francana. Pintassilgo, o moleque quietão que tinha dito anteriormente, era o que o clube precisava. Um jovem que pudesse levar esse clube a fazer história. E Whallyson marcava seu nome ainda mais na história do clube.

 

E voltamos para o jogo no Lanchão. Começou a partida que definiria a nossa vida. Sem pressão, fomos pra cima. E o presente dos deuses, que já tinha incríveis 57 gols no campeonato, bateu o pênalti com frieza aos 12 do primeiro tempo. Aos 17, aproveitou um lançamento da zaga feito por Wagner Fortunato, meia que pegamos emprestado do Piauí e dobrou sua conta de gols no jogo. Finalizamos a primeira final com 3 x 2 no placar e Alexandre Linhares (outro emprestado, oriundo do União Beltrão) ainda me foi expulso. Conseguimos uma boa vantagem. O nosso time só não conseguiu ser melhor que o Paulista na classificação geral (53 contra 52 pontos nossos), então a vantagem do empate era deles. E a segunda final veio. Já estava orgulhoso da equipe. Chegamos longe. Ninguém esperava que conseguíssemos algo. Faltava uma partida para subir.

E foi um absurdo.

No Adhemar de Barros, Pintassilgo marcou 2, Whallyson fez um hat-trick e Jeferson Madrid completou os 6 gols que a equipe fez, tendo permitido que Ramos (3) e Jocimar também marcassem os seus. Um histórico e maravilhoso 6 x 4. Fomos para a final contra o Rio Branco, mas já estávamos garantidos na Série A3 do Paulistão.

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Na final, não deu. Tomamos 4 x 1 fora de casa. Ganhamos o 2º jogo (3 x 2, no Lanchão), com recorde de público (6 mil pessoas) e mais um show de Pintassilgo, mas ficamos no vice. Não importava. Subimos. Ao fim da partida, os jogadores me carregaram nos ombros e a torcida gritava.

“Uh Tiazinha!”

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Fim do Capítulo 2

Dessa vez, como foi dito na história, perdemos muitos bons jogadores. Tivemos que ir atrás de muitos reforços e o Pintassilgo foi o ‘grande achado’ que tivemos. Simplesmente 16 de finalização, artilheiro absoluto do campeonato. Destronou Modesto e ainda nos deu o vice-campeonato. Tivemos muitas perdas, o time precisou vender muitos jogadores (inclusive a diretoria que vendeu meus jogadores reclamou que vendi meus jogadores muito baratos. Vai entender). Pintassilgo com certeza foi O Craque. Incríveis 64 gols, o cara é a definição de máquina de empilhar gols. Haaland chora de inveja.

Nossa dívida saiu de 23M pra 'apenas' 3M por conta da Diretoria. Agradeço pois me ajudou muito, mas ainda sim teremos problemas por conta disso no futuro.

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E no Capítulo 3, teremos a Seletiva do Brasileirão Série D. Mas antes... Vocês verão!

 

Prints extras:
 

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Classificação da Fase 1

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Jogos da Fase 1

 

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Classificação da Fase 2

 

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Classificação da Fase 3

 

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Resultados da Fase 2 e 3

 

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Mata-mata

Editado por Thiago_Marques
atualização com gráficos
Postado

Grande historia no nosso Marcana, já que nosso querido Frank morou na Inglaterra, quando ele conseguir ser mais que uma figura estranha que está na ralé do futebol paulista, ele pode continuar com o apelido de The Witcher kkkkk, o filho da feiticeira Davi Belfort muito provavelmente vai sofrer com esse apelido ano que vem quando ele for buscar espaço na NFL kkkk

Grande primeira temporada, sua tática é uma maquina de fazer artilheiros meu mano, duas temporadas seguidas com um maluco com 45+ gols que é um absurdo em qualquer nível de futebol, quando se tem um caminho tão longo para a serie D não ter dividas e não deixar virar uma bola de neve

Uma ultima coisa é que aparentemente o Kelvin Antony é um gênio sem ambição do Mundi Up, ele ta deitando na terceira divisão da paranaense e sempre quer renovar sem muitos problemas, e muito legal que conseguiu pegar o Cheng ele me rejeitou veementemente kkkkkkk

Enfim bem vindo e boa sorte meu mano

Postado
13 horas atrás, Guilhererme disse:

Grande historia no nosso Marcana, já que nosso querido Frank morou na Inglaterra, quando ele conseguir ser mais que uma figura estranha que está na ralé do futebol paulista, ele pode continuar com o apelido de The Witcher kkkkk, o filho da feiticeira Davi Belfort muito provavelmente vai sofrer com esse apelido ano que vem quando ele for buscar espaço na NFL kkkk

Grande primeira temporada, sua tática é uma maquina de fazer artilheiros meu mano, duas temporadas seguidas com um maluco com 45+ gols que é um absurdo em qualquer nível de futebol, quando se tem um caminho tão longo para a serie D não ter dividas e não deixar virar uma bola de neve

Uma ultima coisa é que aparentemente o Kelvin Antony é um gênio sem ambição do Mundi Up, ele ta deitando na terceira divisão da paranaense e sempre quer renovar sem muitos problemas, e muito legal que conseguiu pegar o Cheng ele me rejeitou veementemente kkkkkkk

Enfim bem vindo e boa sorte meu mano

Muito obrigado, querido!

O Kelvin Antony e o Cheng são extremamente roubados. Achei mt jogador bom por zero nesse save, deu pra me divertir muito nesse começo com isso.

E sobre os gols... Pelo jeito, qualquer jogador com mais de 12 de finalização consegue fazer todos os gols possíveis nos campeonatos baixos do Paulistão! Foda é que sempre tem uma pedreira na frente, alguns times chegam a ser desbalanceados nessas ligas! Mas vamo que vamo! Em breve um novo capítulo!

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Em 03/04/2023 em 18:27, Thiago_Marques disse:

inclusive a diretoria que vendeu meus jogadores reclamou que vendi meus jogadores muito baratos. Vai entender

Não dá pra cobrar coerência das diretorias brasileiras, né? auhauhauhauh

Que temporada vem fazendo Pintassilgo (belo nome, por sinal), realmente, faz inveja a muito centroavante por aí.

Parabéns pelo acesso. Quase deu pra levar o título, mas o objetivo principal foi cumprido.

Postado
Em 07/04/2023 em 12:42, div disse:

Não dá pra cobrar coerência das diretorias brasileiras, né? auhauhauhauh

Que temporada vem fazendo Pintassilgo (belo nome, por sinal), realmente, faz inveja a muito centroavante por aí.

Parabéns pelo acesso. Quase deu pra levar o título, mas o objetivo principal foi cumprido.

Menino Pintassilgo é um MONSTRO. Espero ter ele nessas divisões inferiores. Se manter até subir, vou deixar ele na equipe até se aposentar só pelo que ele fez pelo clube. CEM GOLS em uma temporada, é incrível! Artilheiro NATO. E tem evoluído, mesmo com o CT e treinos ruins. 

E também queria muito o acesso, mas fui melhor do que a diretoria esperava. Era pra só não cair e já quase subi. Tô sentindo que tá chegando a hora da Série D! Se conseguir chegar lá e uma vaguinha na CDB já é um absurdo.

E daqui a pouco: Capítulo novo!

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Capítulo 2.5 – O Desafio Olímpico

 

 Severino, em um dia aleatório, apareceu com um papel e o maldito sorriso na casa, igual do Peçanha. Estava de saco cheio já, parecia que era de propósito.

- O que você tá planejando, rapaz? - perguntei já com medo da resposta.
- Isso? Hehe... Isso é o papel pra você conseguir a licença de treinador, Frank.
- Mas eu já sou treinador.
- É. E não tem a licença. O clube pediu pra falar com você, registrar direitinho. Começa amanhã na sede da Federação Paulista. Não tem escolha, vai ter que ir.

Pra variar, tudo obra dos bambambãs, que mandavam e desmandavam no clube. Sem opção, precisando reaver o dinheiro de meu pai, decidi ir. Não foi de todo ruim, conheci alguns treinadores, jogadores e até um árbitro que expulsou meu jogador em uma partida. Conheci até um rapaz que reconheceu meu nome, disse que amava os doces da minha família e me perguntou o que eu fazia no futebol. Dei uma desculpa esfarrapada.

- Ah... Sempre foi meu sonho – menti.
- Oh, que lindo! – disse, cheio de sotaque.

Conversamos mais um pouco, ele pegou meu contato e fomos cada um para seu canto. Digo que foi uma experiência bem proveitosa, pois pela primeira vez comecei a prestar atenção no que diziam. Coisas como movimentação de jogadores, leitura de jogo, base, comunicação com árbitros e imprensa... Todo o básico, algumas coisas que nem fazia ideia, foram explicadas.

Uns dois meses depois, o espanhol me liga. Se identificou como Francisco Garcia. Após uma divertida conversa, partiu diretamente para o que queria. Me convidou para treinar uma seleção. Porém, disse que não poderia, pois estava ocupado treinando o Francana e não iria sair do clube.

- Não se preocupe, você consegue conciliar os dois. Vi aqui o calendário. Dá pra ficar no clube e na seleção ao mesmo tempo, o torneio vai ser em uma pausa que você terá.

- Mas qual seleção me quer?

- A da Espanha.

- QUE?

- Bem que me avisaram que você é meio surdo. Mas não é a principal, é a Olímpica.

- Mas por que me convidariam pra treinar a Espanha?

- Os doces de seu pai são super famosos aqui. Seria um excelente marketing. Imagina as manchetes! “Filho de dono da Hern and Esto treina seleção de base espanhola”. Todo mundo ganha nessa.

Fui direto para o Peçanha, avisar do torneio. E, na semana seguinte, fui para a França disputar o torneio, sem antes uma parada para enfrentarmos a Argentina em um amistoso. Não fomos muito bem, perdemos de 2 a 1 para os anfitriões.

No torneio, nunca tinha sido tão requisitado para entrevistas. Inventei uma história boba de “querer honrar o legado do meu pai, pois tínhamos sangue espanhol”. Tudo mentira, pois na verdade minha família veio da Ásia, mas ninguém ligou.

Em uma das entrevistas, um dos jornalistas me fez uma pergunta muito... Peculiar.

- Seu pai se chamava... Hernesto, correto?

- Sim.

- E você se chama Frank Oswald III?

- Sim.

- E você nunca estranhou isso?

Fiquei completamente sem reação. Jamais me toquei nisso. A entrevista acabou por aí comigo com cara de embasbacado. Recebi, logo depois, uma ligação do maldito Peçanha.

- Vi a entrevista aqui, Frank. Nunca tinha rido tanto na minha vida!

- Que porra, Peçanha.

- Você nunca tinha percebido?

- Óbvio que não, né.

- Pois é. Seu pai era humildão mas era metido a rico ao mesmo tempo. Queria ter filho com nome de gringo.

- Sério isso? Daí que vem meu nome?

- Exato. Ele me contou uma vez quando estávamos em um bar.

- Meu nome tem uma das piores histórias de todos os tempos. É isso. Além de ter uma história sem pé nem cabeça.

- Com cerveja! Hahahaha!

 

Depois dessa conversa, passaram alguns dias quando fui de vez para a França. O Severino é maluco em futebol espanhol, torcedor ferrenho do Villarreal, então pedi algumas sugestões pra convocação. Nomes como Gavi, Thiago Alcântara, Fernan Torres...

No meu primeiro jogo oficial, fomos ao Stade de France enfrentar a Nova Zelândia. Passeio, 5 x 0. Nunca tinha visto tanta gente reunida em um só lugar. Mais de oitenta mil pessoas. Se bobear, deve ter sido esse número de ingressos que vendemos na temporada de 2023 do Francana. Foi meu primeiro jogo a qual fiquei arrepiado.

Mas o jogo que definiu com certeza foi o da semi final. Enfrentaríamos a Argentina, que já tinha nos vencido a pouco tempo atrás. Queria dar o troco. Mostrei no vestiário um vídeo do Messi (fora das olimpíadas por lesão) já ‘comemorando’ o título das olimpíadas, o Tri deles.

Ansu Fati, que recebia um salário semanal que equivalia a então dívida do Francana, abriu o placar com bela enfiada de Thiago aos 13 minutos. E fomos pra cima. Pino, Pedri, Pino, Pino, Pino e Fati completaram o placar. Sete a zero. E a torcida espanhola jogando papéis de doces da Hern and Esto pra cima, em comemoração. Algum tempo depois, Peçanha me revelou que depois daquele jogo, acabaram os estoques dos doces na Espanha. Realmente, foi uma belíssima jogada de marketing deles.

Mas aí... Veio a final.

Fui pensando ‘é nosso’. Os jogadores estavam confiantes. Pino começou perdendo um pênalti aos 2 minutos de jogo, mas conseguiu marcar 10 minutos depois. E tomamos uma virada. Fomos para o vestiário perdendo de 2 x 1 para os donos da casa. Mas ainda podíamos vencer. Pedri, aos 90, empatou. Era prorrogação. Estávamos indo ao ataque, Ferran tentou adiantar a bola para Yeremy quando Soppy interceptou. St Maximin driblou Gavi, jogou para o ataque, Camacho falhou a interceptação e Georgino desempatou aos 95 minutos, quando já estava acabando a partida. Um cochilo da zaga e mais um vice-campeonato. Pela primeira vez eu estava no comando de um país e pela segunda vez fui vice campeão. O primeiro título da minha carreira, mais uma vez, estava tão perto e tão longe.

Severino, Peçanha e os bambambã vieram me parabenizar pelo vice campeonato. Na volta, alguns torcedores do Batatais tentaram fazer piadinha pelo vice de novo, mas respondia com “ao menos disputei títulos...” e não obtive resposta, apenas caras fechadas.

Me despedi do sonho Espanhol. Agora, com a experiência que adquiri, fui atrás de fazer o meu no Francana.

Fim do capítulo 2.5

 

E lá vamos nós...

Foi muito boa a participação nas Olimpíadas. Vi que tava sobrando uma vaguinha lá e... Bem, me chamaram.

Gosto sempre de jogar as Olimpíadas, pois acho divertido usar jogadores jovens e alguns mais experientes.

O vice foi meio... Triste. FM sendo FM e metendo gol no último minuto possível só pra estragar a felicidade alheia, mas valeu a pena, foi muito divertido.

Agora voltaremos a ‘programação normal’. Capítulo 3 em breve!

 

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Classificação do Grupo A, o verdadeiro 'grupo da morte'. E a Nova Zelândia... Tadinha. Veio a passeio.

 

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Resultados do Mata-Mata. Vendo aqui, a França quase foi eliminada pelos Estados Unidos, dava até pra levar...

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Resultados

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Seleção do Campeonato Olímpico

  • 2 semanas atrás...
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Capítulo 3 - Bebendo com Peçanha

 

Estava indo para meu terceiro ano de treinador. Não estava sendo nada fácil conseguir reestruturar o time. Pra ser honesto, o Francana ainda era difícil de se lidar, ainda mais com os bambambã no meu pé. Precisávamos de um milagre para ressurgir a equipe. Pintassilgo ainda era o grande craque do elenco, mas o resto do time estava em frangalhos.

- Mister! – ouvi uma voz de longe com tom irônico vindo em minha direção. Só faltava essa...
- Salve Peçanha – respondi completamente desanimado.
- Cara de enterro é essa, Frank! Cê tá conseguindo seu dinheiro aos poucos, vamos se animar, rapá! Aqui oh, o cheque pra você da última temporada.
- Porra, Peçanha. Cheque? Nunca ouviu falar de pix não?
- Jamais! Depois do que ele fez com a Shakira...

Fiquei mais perdido do que... Bem, eu treinando o Francana.

- Enfim. É isso que você quer falar comigo?
- Além disso. Vamos comemorar.
- O que?
- Que estamos vivos, ora! Sempre é bom motivo pra comemorar!
- E se um de nós morrer?
- Vira essa boca pra lá, garoto! Vamos beber pelo Francana!

E o Peçanha, mesmo odiando a peça, me carregou pra um pé de chinelo em Franca. O dono, ferrenho torcedor do clube, nem fez questão de cobrar a gente. Mas só achei estranho o garçom com a tatuagem do Batatais no antebraço, estava feliz demais enquanto servia a gente...

Já estávamos no bar a umas 3 o 4 horas quando Peçanha colocou na jukebox Soweto – Gosto do Desejo e puxou uma moça pra dançar. O pior dançarino que já vi. A moça teve o azar de ser chamada logo por ele...

Já estava completamente na derrota e imaginando a dor de cabeça que ia sentir no dia seguinte quanto Peçanha senta do meu lado.

- Zabe que... Hic... Teu véio te amava, hein moleque.
- Aham... Sei... – respondi em tom irônico – Me recusou o dinheiro que era pra receber e me jogou uma bomba.
- Zério, garoto... Olha isso... Tu foi sempre um mimado de merda.
- Qual foi! De graça assim!
- Tô mentindo?
- ... Não.
- Tu tá traiabando, foi pra Ispanha... Ouvi falar que você até... ESTUDOU! Já tinha feito isso?
- ... Não.
- Pois é. Valoriza o que ele te deu, garoto.

O babaca estava certo. Nunca tinha feito nada na vida. Pela primeira vez... Estava lutando por mim, trabalhando, indo pra frente.

- Zinta orgulho, meu jovi... – O Peçanha esquecida toda a grife quando bebia – Sabe que te conzidero pra caralho, né...

E desisti de ter uma conversa com ele naquele momento. Pedi mais uma dose e seguimos bebendo noite a fora. Pela primeira vez, me sentia saindo com um amigo, apesar do meu ódio pelo Peçanha. E também pela primeira vez, pensei que trabalhar talvez não fosse tão ruim assim...

 

Fim do Capítulo 3.

 

Bem... Essa vai ser uma LONGA recapitulação. Vamos pro começo:

2024 – Seletiva da Série D.

Depois de duas vezes vice, fui mais uma vez disputar a Seletiva da Série D. Conseguimos ir bem, até.

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Conseguimos um aceitável 4º lugar. Enfrentamos o Santo André na 1ª Eliminatória, mas fomos eliminados pelo campeão da Copa do Brasil de 2004 nas penalidades.

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2025 – Série A3.

Na A3, mais uma boa classificação:

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Fomos péssimos na 2a fase. Perdemos todas as partidas. Uma lástima.

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Seletiva Série D:

Mais uma vez, chegamos além do esperado (acham sempre que vamos disputar para não cair).

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E mais uma vez... Fomos eliminados na 1ª Eliminatória, dessa vez para a Portuguesa.

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O goleiro Cássio Acosta, ex GreNal, falou ‘Chega desse time!’ e largou a equipe para ir para o Próspera. O Ícone Pintassilgo, apesar de não querer inicialmente, renova com a equipe por mais tempo.

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Hoje o Pintassilgo tá com 94 partidas oficiais pelo clube, com 146 gols (165 incluindo amistosos) e 16 assistências (21 com amistosos). Será que chega a mil gols?

 

Enfim. Mais uma parte com muitos campeonatos aí. Fiz esse resumão de um monte de competição para ‘adiantar’ um pouco, pois o processo vai ser LONGO.

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Pô, legal que você está jogando com uma camisa tradicional do futebol paulista, a Feiticeira.

Só um detalhe (mais detalhezinho mesmo): não existe O Francana, mas sim A Francana. É que nem falar da Juventus da Itália.

E uma sugestão: Tenta fazer uma interligação do que é a Francana com o basquete, pois Franca é a MECA DO BASQUETE BRASILEIRO, inclusive foi campeão faz pouco menos de uma semana da Champions League Basketball Americas, em cima do Flamengo na decisão.

Abração, e bom save pra você.

Recupera essa Feiticeira aí, e tem que vencer todos os jogos contra os times de Catanduva que é a 'Cidade Feitiço', hein? (O Feiticeira só existe pois venceram da Catanduvense)

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5 minutos atrás, CCSantos disse:

Pô, legal que você está jogando com uma camisa tradicional do futebol paulista, a Feiticeira.

Só um detalhe (mais detalhezinho mesmo): não existe O Francana, mas sim A Francana. É que nem falar da Juventus da Itália.

E uma sugestão: Tenta fazer uma interligação do que é a Francana com o basquete, pois Franca é a MECA DO BASQUETE BRASILEIRO, inclusive foi campeão faz pouco menos de uma semana da Champions League Basketball Americas, em cima do Flamengo na decisão.

Abração, e bom save pra você.

Recupera essa Feiticeira aí, e tem que vencer todos os jogos contra os times de Catanduva que é a 'Cidade Feitiço', hein? (O Feiticeira só existe pois venceram da Catanduvense)

Opa, não estava me atentando a isso! Obrigado pela correção, meu nobre! Vou ver sobre isso do Basquete e quem sabe não coloco no meio! 

Muito obrigado pelo comentário! Extremamente pertinente! Espero que goste das próximas partes!

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Graaaaaaaaaaaande Francana, equipe tradicional de São Paulo, a feiticeira.

Save no Brasil com dose de ficção, gostamos.

Vou acompanhar mais a partir de agora, mas boa sorte na sequência do save!

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Em 23/04/2023 em 15:00, Fujarra disse:

Graaaaaaaaaaaande Francana, equipe tradicional de São Paulo, a feiticeira.

Save no Brasil com dose de ficção, gostamos.

Vou acompanhar mais a partir de agora, mas boa sorte na sequência do save!

Obrigadão, meu querido! A Francana tá vindo com tudo! Muita história boa já tá sendo preparada!

Final de semana eu posto o update de 2026!

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Capítulo 4 – A Ressaca

 

Dia seguinte a fatídica noite de bebedeira com o Doutor Peçanha, a ressaca bateu forte. Estava no banheiro por um bom tempo quando alguém bateu na porta. Limpei meu rosto e fui atender. Era o maldito, totalmente impecável, vindo me buscar.

- Que cara de derrota é essa, garoto?

- Porra Peçanha! Tu tá vivo depois de ontem?

- Óbvio. Por que não estaria?

- Você bebeu o mundo ontem!

Ele deu uma risadinha de canto de boca

- Você não aprendeu a beber, né? Um dia te ensino. Vem. Se arruma que tô te levando lá pro Lanchão. Reunião com os bambambãs.

E lá fomos nós. Peçanha me busca em um carro horrível, um amarelo caramelo totalmente desengonçado e com pneu mais careca que meu auxiliar. Chegando na reunião, o ‘líder’ dos bambambãs vem me dar algumas alfinetadas pelo momento do clube. Fora a A3 do Paulistão, não estávamos sendo competitivos em nada.

- Tentando, seu (NOME PROIBIDO PELO STF). O trabalho vai ser a longo prazo, não tenha dúvidas disso – disse, repetindo algumas falas que o Severino e o Peçanha tinham me falado.

- É... Mas precisamos de mais.

- Ok. Vamos investir na torcida.

- Hã?

Depois eu que sou surdo.

- Precisamos de dinheiro, certo? Chama a torcida. Faz algo com eles.

- Tipo?

- Um dia da torcida! – exclamou Peçanha, como se tivesse descoberto a gravidade.

- Perfeito, perfeito, sim... Podemos fazer isso. Você tem um bom advogado, Frank... Ele tem ótimas ideias – comentou, em um tom meio irônico, o braço direito do bambambã principal.

E, no dia seguinte, os malditos vieram anunciando nas redes sociais que iria ter uma promoção para os torcedores. Deixaram a entender bem forte que eles que tiveram a ideia. De vender jogadores e depois reclamarem de mim, para roubar minhas ideias. Tá certo que roubei a ideia do Severino, mas isso não vem ao caso.

Fim do Capítulo 4.

 

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Como pedido, conseguimos um Dia do Adepto. Bom pra chamar atenção da torcida local. Vai nos ajudar muito nesse longo processo.

Série A3

Estávamos muito muito bem na Série A3. Boa classificação, time voando. Eis que...

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Nosso craque se machuca logo pra 2ª Fase.

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Estamos em uma ‘Pintassilgopendência’ muito forte. Se machucou no 1º jogo da 2ª Fase e não conseguimos mais utiliza-lo, enfraquecendo muito o time.

Desportivo Brasil (campeão) e Portuguesa Santista subiram para a Série A2.

Dava para subir tranquilo. Terrível lesão que atrapalhou muito o clube.

 

Seletiva da Série D – São Paulo.

Durante a Seletiva, Pintassilgo detonou: 37 gols. Longe ainda do recorde de Bravo (Desportivo Brasil em 2024) com 49 gols, mas uma boa participação de qualquer maneira.

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Destaque para a incrível partida contra o Amparo.

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Não tem nem como reagir a um jogo desses, só aceitar o resultado. Jogo FM mais da metade da minha vida e jamais tinha visto algo assim. Estou rezando para São Tó Madeira para ver se algum milagre ocorre e teremos uma boa fornada de zagueiros e goleiro, pois tá difícil essa defesa...

No mata-mata, fomos eliminados pelo XV de Piracicaba, o que foi muito triste. Vencemos a 1ª mas na 2ª oportunidade, tomamos um gol que não poderíamos.

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São Caetano (C) e Portuguesa Santista subiram de divisão. 

É isso. Mais um ano lutando pra passar de fase, superando as expectativas da diretoria e da torcida. Talvez eu consiga arrumar as finanças (que ainda está difícil) quando subir para as séries superiores do Paulistas. Jogos contra os grandes vão nos ajudar muito com renda de público.

Espero que estejam curtindo! Até a próxima e obrigado e todos pela leitura!

Postado

Pouco a pouco o time vai conseguindo se estabilizar para brigar pelos acessos.

Eu queria destacar três coisas: a história tá muito boa, o amiguinho ali chama Pintassilgo (e eu perdi um pouco da compostura lendo esse nome kkkkk) e o seu time gosta de ver a rede balançando, independente do lado. Cada resultado diferente que é um suco de divisões inferiores no Brasil. Tem resultado pra todos os gostos, tem 6x3, 8x8, 5x5, 0x4, 5x3, 1x5, uma maravilha. No final de tudo uma coisa é certa: Francana x Amparo é garantia de entretenimento pra toda a família. 2 jogos, 25 gols (não sei se acertei a conta, pois sou de humanas). HAHAHAHAHA!

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