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  • Diretor Geral

Abel Ferreira mostra seu repertório tático na vitória do Palmeiras

Treinador reinventa o ataque com Breno Lopes em nova função e Scarpa e Veiga como meia-armadores

05/07/2021 — por Leonardo Miranda

 

Após três eliminações e um vice-campeonato no Paulistão, o Palmeiras precisava se reinventar. E a mudança veio. Com desfalques por conta da Copa América e algumas voltas, como a de Deyverson, Abel Ferreira mudou o time na sequência de quatro vitórias em cinco jogos, como o 1 a 0 sobre o Sport, na Ilha do Retiro.

Não é a primeira vez que o treinador muda a equipe, em nome e sistema tático. Em 72 jogos no Palmeiras, o português já usou vários esquemas: começou com um 4-2-3-1 com Rony na ponta, passou para um 5-3-2 na épica vitória sobre o River Plate, mudou a função de Danilo e Zé Rafael na final da Libertadores e adotou os três zagueiros na volta do time titular ao Paulista.

Contra o Internacional e Sport, o Palmeiras voltou a jogar num 4-2-3-1, com Renan, zagueiro de origem, na lateral, e uma linha de meias formada por Breno Lopes, Gustavo Scarpa e Raphael Veiga. Veja os melhores momentos abaixo.

Melhores momentos: Sport 0 x 1 Palmeiras pela 9ª rodada do Brasileirão 2021

Sem a posse de bola, o Palmeiras se defendeu com duas linhas de quatro. Renan fazia a função de um lateral, preenchendo o setor esquerdo, numa linha com os dois zagueiros e Marcos Rocha. Breno Lopes voltava protegendo aquela área, o mesmo que Veiga fazia no setor direito. A ideia é diminuir o campo, compactar ao máximo o setor e evitar espaço ao adversário.

Palmeiras se defendeu com duas linhas de quatro — Foto: Reprodução
Palmeiras se defendeu com duas linhas de quatro — Foto: Reprodução

Quando retomava a bola, o desenho mudava por completo e mostra mais uma vez o vasto repertório de Abel.

Ao invés de apoiar o ataque como um lateral, Renan formava uma linha de três com Felipe Melo e Luan. Breno Lopes ficava na mesma linha de Marcos Rocha. Os dois tinham como função dar amplitude, ou seja, alargar ao máximo o campo e tentar tirar os dois laterais do Sport de lugar.

Desenho do Palmeiras mudava com a posse de bola — Foto: Reprodução
Desenho do Palmeiras mudava com a posse de bola — Foto: Reprodução

Esse desenho, uma espécie de 3-2-5, não é novidade. O Palmeiras sempre jogou assim com Abel, e muitas equipes no Brasil fazem o mesmo: o Flamengo, o Athletico, o Bragantino... formar uma saída de três, com dois jogadores mais abertos, é o padrão tático comum há ao menos seis anos, pegando influências de Ricardo LaVolpe, Pep Guardiola e José Mourinho.

A novidade é mudar o papel dos jogadores quase que a cada jogo. Marcos Rocha, por exemplo, já fez a função de Renan, só que pela direita. Veiga já fez a função de Scarpa, que por sua vez, já foi ponta e lateral.

Mas não basta apenas mudar o desenho. Abel também muda, jogo a jogo, a intenção desse sistema. Como ele mesmo diz, os nomes variam, mas os comportamentos são os mesmos. E o comportamento que ditou a vitória do Palmeiras foi a ideia de abrir o campo e garantir uma saída limpa de trás para que os dois jogadores mais criativos do time circulassem livres pelo campo.

Primeiro com Raphael Veiga. Apesar de ser um ponta direito, ele jamais ficava fixo naquele setor. Procurava zonas de campo livres de marcação, entre as linhas do Sport. Por isso, Zé Rafael e Danilo foram fundamentais atuando mais como dupla, atrás da linha da bola. Eles garantiam segurança toda vez que a marcação apertava.

Raphael Veiga circulava numa zona mais limpa — Foto: Reprodução
Raphael Veiga circulava numa zona mais limpa — Foto: Reprodução

Depois com Gustavo Scarpa, que cresceu demais de rendimento. Ele circulava por todo o campo, especialmente do setor esquerdo para o direito. Muitas vezes, formava dupla com Veiga. Assim, criavam dúvida no adversário: se dois jogadores juntos criam perigo, é preciso marcá-los com três ou até quatro.

Scarpa também circulava livre pelo campo — Foto: Reprodução
Scarpa também circulava livre pelo campo — Foto: Reprodução

O gol foi fruto desse repertório tático

Danilo trocou de posição com Marcos Rocha, que aparece por dentro na imagem. Novamente, os jogadores mudam, mas o sistema continua o mesmo. Breno Lopes abria o campo pela esquerda, e Scarpa caiu completamente solto, nas costas dos volantes, para chegar de surpresa na área. Ele repetiu esse posicionamento várias vezes, a maioria delas sem dar certo. Bastou uma vez e gol.

Posicionamento de Scarpa no gol do Palmeiras — Foto: Reprodução
Posicionamento de Scarpa no gol do Palmeiras — Foto: Reprodução

Críticas ao Palmeiras pela inconstância no mata-mata em 2021 são válidas, assim como cobranças por um desempenho melhor. O modelo de jogo mais direto e vertical, que tanto potencializou Rony no ano passado, vinha tendo problemas contra defesas mais fechadas, como o jogo contra o CRB deixou bem claro.

Mas não falta, nem nunca faltou, repertório tático a Abel Ferreira. É o que o jogo mostra. O terceiro lugar do Brasileirão, com desempenho crescente, é prova que o treinador segue buscando soluções em meio ao caos do futebol brasileiro.

Fonte: https://ge.globo.com/blogs/painel-tatico/post/2021/07/05/abel-ferreira-mostra-seu-repertorio-tatico-na-vitoria-do-palmeiras.ghtml

 

-.=.-.=.-.=.-

 

Era isso que eu esperava do Cuca em 2019, quando o ataque do time era inoperante; ou quando o Diniz entrou em 2021 e mergulhou numa espiral de fracassos sem conseguir reagir; ou como agora com o Crespo, que parece querer morrer abraçado com os 3 zagueiros. ALTERNATIVAS.

O português (que pra alguns aí é fraco e pipipi pópópó, mas estão quietinhos nesse momento) tá procurando e trabalhando justamente em cima de novas ALTERNATIVAS de jogo. O Scarpa enfim engrenou em uma boa fase, algo que Veiga e Rony viveram também em 2020 por exemplo nas mãos do mesmo treineiro. Eram peças "subutilizadas" que o Abel conseguiu encaixar de outra forma, dentro de outros contextos, pra fazer funcionar. E isso é constante, porque o futebol é mt variável também.

 

Enfim, pra mim o bom treinador é aquele que não só sabe estruturar o seu time pra ser competitivo, mas que consegue corrigir problemas lançando mão de outras alternativas. Morrer abraçado dentro de uma única ideia de execução pra mim é assinar o atestado de fracasso no longo prazo.

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1 hora atrás, Leho. disse:

Enfim, pra mim o bom treinador é aquele que não só sabe estruturar o seu time pra ser competitivo, mas que consegue corrigir problemas lançando mão de outras alternativas. Morrer abraçado dentro de uma única ideia de execução pra mim é assinar o atestado de fracasso no longo prazo.

É isso essa é uma das principais diferenças que eu vejo, o time não é engessado em um esquema ou em um jogador, ele se adapta ao adversário e ao momento dos jogadores, diferente do são Paulo do Diniz que depois que descobriram como anular o time morreu.

O time já jogou em função de Rony, já jogou com 3 zagueiros, com uma linha de 6 se defendendo, jogou sem centroavante, já abidicou de jogo, já impôs, não existe mais aquele 4231 que muda só os nomes e joga igual ou que só depende do Dudu.

 

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Sobre o jogo de ontem o importante foi somar mais 3 pontos fora de casa, mas uma coisa me chamou atenção, o Luiz Adriano foi cortado por algum problema, justo no 7 jogo dele... sei não em.

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  • Diretor Geral
6 horas atrás, Moura Edu disse:

[...], diferente do são Paulo do Diniz que depois que descobriram como anular o time morreu. [...]

Exato, e o Crespo me parece estar indo pelo mesmo caminho infelizmente. Espero estar bem errado quanto ao argentino porém, mas a impressão atual é essa.

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