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Na década de 90, a coisa mais comum nos campos europeus eram os tradicionais pontas velocistas; dribladores rápidos com capacidade de cruzar bem uma bola e que ficavam sempre preso no seu corredor de atuação. Atualmente, esse é um perfil bastante difícil de se encontrar nos elencos dos grandes clubes do mundo. No jogo moderno, é função dos alas e laterais atacarem os flancos e cruzar a bola para a aula. O ponta tradicional foi substituído pelo ponta de pé trocado. O ponta invertido (extremo invertido em PT-PT, por isso também no jogo e aqui nesse guia) é um desses casos dentro do FM, assim como o avançado interior.

Enquanto esses pontas de pé trocado surgiram e evoluíram dentro do 4-2-3-1, eles tem funções diferentes dentro de campo de acordo com o time que jogam ou com a formação que são usados. Nas versões anteriores do Football Manager, a única opção tática que um treinador tinha para esse tipo de formação era utilizar um avançado interior. Atualmente, ganhamos uma ferramenta a mais, com o extremo invertido. A principal tarefa desses pontas de pé trocado é utilizar sua velocidade e técnica para duelar com seu marcador e conduzir a bola e o time para mais próximo do gol adversário.

Para aqueles que ainda não sabem do que estamos falando, vou deixar alguns exemplos da vida real e que inspiraram a Sports Interactive a moldar a função de acordo com seu talento. Jogadores como Arjen Robben, Franck Rybéry e Thierry Henry são alguns dos ícones do futebol que ajudaram o Football Manager a trazer esse tipo de atleta do campo para as telas dos computadores. Hoje, atletas como Serge Gnabry e David Neres são grandes máquinas dentro do Football Manager graças ao que esse tipo de atleta trouxe para o motor do jogo.

Normalmente, o estilo de jogo desses atletas é bem direito. Uma vez que tem a bola nos pés, eles combinam técnica e dribles com aceleração e boas tomadas de decisão para deixar o marcador para tráz e ou finalizar ou passar a bola para um companheiro melhor posicionado para continuar a jogada. Esse estilo de jogo não combina muito com o estilo de outros avançados interiores da vida real, que cortam para dentro, mas optam por uma enfiada de bola ou cruzamento ao invés do chute.

Em versões anteriores, ou você transformava esses jogadores em avançados interiores, incluindo seus comportamentos codificados no motor do jogo (e que não podem ser removidos) que instruíam eles a cruzar menos, ou os transformava em construtores de jogo avançados, aceitando que eles iriam cruzar menos e chutar menos, mas fariam passes mais arriscados. Isso mudou a partir do FM 2020, que passou a nos oferecer o Extremo Invertido.

Como essa função dá aos treinadores maior flexibilidade? As instruções se tornaram mais claras, assim como as percepções de cada um sobre o que cada função pode fazer dentro de uma partida. Para vermos o que eles devem fazer, basta olharmos para as instruções que não podem ser removidas no painel tático. Como mencionamos o Avançado Interior e o Construtor de Jogo Avançado, iremos compará-los antes de chegarmos à estrela desse guia, o Extremo Invertido. Começaremos pelo Construtor de Jogo Avançado.

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O construtor de jogo avançado, quando colocado nas pontas, é primariamente um meio-campista colocado em uma posição de maior largura, que busca encontrar espaços e criar oportunidades para si ou para os companheiros de equipes. O jogador funciona de forma bem restrita, mas tendem a recompor defensivamente quando o time está sem a bola.

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Quando comparamos o construtor de jogo avançado com o avançado interior, podemos ver imediatamente que o avançado interior movimenta-se mais em direção à área, buscando penetrações e necessitam de um tipo diferente de capacidades e habilidades ofensivas.

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E isso faz sentido quando nós examinamos seus comportamentos inerentes e que não podem ser retirados. O avançado interior é mais ofensivo. Eles querem conduzir a bola até o coração da defesa adversária, cortando para dentro a partir do corredor lateral. Ao invés de tentarem criar chances para seus companheiros com uma enfiada de bola, é mais provável que eles tentem marcar o gol por conta própria.

Entretanto, isso não significa que eles irão chutar a esmo e ignorar companheiros melhores posicionados. Quando colocado em uma tarefa atacar, eles tendem mais a querer marcar o gol, enquanto na função apoiar, o avançado interior está mais afastado do gol e é mais provável que procurem um companheiro livro ou no espaço.

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Isto tudo nos traz até o extremo invertido. A descrição do jogo diz que ele "busca cortar para dentro a partir do terço ofensivo para criar espaço para laterais ultrapassarem e subsequentemente sobrecarregar defensores recuando."

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Seu comportamento inerente é diferente quando comparado as outras funções que mencionamos, já que eles não são instruídos a cruzarem menos ou a correr mais riscos nas tomadas de decisão. Eles são uma versão mais conservativa do avançado interior, ou talvez para ser mais preciso, a combinação entre o avançado interior e o construtor de jogo avançado.

A movimentação de um extremo invertido é mais lateral se comparada ao avançado interior. O extremo invertido move-se para o corredor central, cortando de uma posição mais aberta. Mas ao invés de finalizar, ele quase sempre passa a bola antes de correr para se posicionar dentro da grande área.

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Quando examinamos o mapa de calor do, combinado com o de passes recebidos pelo, extremo invertido, nós podemos ver essa movimentação. Ele corta para dentro para receber o passe, progride e se posiciona entre o zagueiro e o lateral na área.

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Texto traduzido e adaptado por Henrique M. para o Engenharia do Futebol e FManager Brasil
Fonte: https://www.footballmanager.com/the-byline/look-inverted-winger-wednesday-wisdom

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Achei o texto excelente, em especial por se tratar de uma função relativamente nova e que ainda se confunde a do Avançado Interior, eu mesmo demorei para entender na prática como fazer cada uma funcionar e hoje acho que o AI Atacar se assemelha mais a um PL Aberto do que um EI. Parabéns pelo texto e por apresentar de forma prática uma função que é bem útil quando colocada no time certo.

Por isso mesmo, o que me chamou muito a atenção e gostaria de contribuir diz respeito ao resumo da posição dentro do jogo porque é um indicativo perfeito de como trabalhar: atualmente tenho a experiência de jogar com um EI Apoiar e um Ala atacar pelo mesmo lado, algo próximo ao "busca cortar para dentro a partir do terço ofensivo para criar espaço para laterais ultrapassarem e subsequentemente sobrecarregar defensores recuando." que a descrição recomenda e os resultados são excelentes, os meus 2 alas (haja visto que revezo os dois) são os maiores assistentes de minha equipe, com o ponta EI em terceiro. Ofensivamente o movimento é clássico, o EI se posiciona próximo ao lateral adversário, afunila e abre o corredor inteiro para que o Ala chegue ao fundo. Se o time tiver um bom centroavante numa posição mais fixa ou apostar em um ponta de outro lado em função de atacar, a quantidade de gols é bem satisfatória.

Se por vezes o jogo nos confunde com a tradução, esse é um exemplo contrário que destrincha não só a posição como a maneira mais eficaz de utilizá-la.

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Eu queria dar minha opinião aqui para agregar ao conteúdo:

Pode-se jogar com o EI sem ter o pé oposto ao lado que joga. Pois muitas das vezes essa função cruza a bola. É algo que notei com a minha experiência nesse FM 21. Quando colocava o Extremo Invertido com pé trocado, ele sempre cruzava com a "perna errada". Então passei a utilizar um de pé direito na ponta direita nessa função e até agora tenho tido bons resultados nos dois últimos saves.

Para mim, o Extremo Invertido é um Extremo com mais liberdade. Acho que deveriam colocar o nome dessa função de Extremo Completo.

Sobre o Avançado Interior, esse sim busco ter o pé trocado e principalmente a trait "Remata Colocado". Pois ele frequenta bastante a grande área adversária. O Extremo Invertido já fica mais aberto e eventualmente corta para dentro. 

Antes eu achava que era uma função só para fazer overlapping, mas ao montar uma formação para utiliza-lo de maneira correta, torna-se uma das melhores funções do jogo. Acho que o atributo Decisões é o mais importante para essa função. Caso o contrário...

Vai cortar para dentro no momento errado, não vai saber quando fazer o overlapping, vai cruzar no momento errado, vai cortar para dentro sem sentido com a bola e acaba dando aquele chute de longe típico de quem não saber o que fazer com a bola. Então atentem-se a esse atributo.

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Ótimo guia Henrique, mais uma excelente adição à nossa área tática. É uma função muito interessante, que não é tão demandante em termos de jogador (um extremo normal do lado do pé trocado costuma servir) e ajuda demais em diversas situações, seja para aproveitar o espaço deixado por outros jogadores, seja para cumprir uma função mais específica em campo.

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