fm 2019 Judeu

[Tsuru]

Poxa, no fim faltou pouco e ao mesmo tempo nem tanto - precisava de nove pontos em dezoito, fez dois, ficou a dois de disputar o pleiaute e a seis do Hertha. 

Nunca é fácil voltar a uma divisão inferior, mas como disse o div pode ser a oportunidade do time retornar ainda mais forte e se manter na Bundes. A menos que os caminhos do clube e do treinador se separem...

[Nei of]

17 horas atrás, div disse:

Poxa, uma pena essa queda, mas o time parecia não conseguir equiparar ao nível da Bundesliga ainda. Ao menos volta com mais grana para a Bundesliga 2 e quando voltar à elite novamente (já trato como obrigação subir na próxima temporada haha), volta mais forte que agora.

Há uma disparidade financeira nessa queda. Nós lucramos 44 milhões, enquanto o vencedor da B ganha 23 milhões.

Ou seja, quem cai tem dinheiro suficiente para bater e voltar. Já quem sobe vai com uma mão na frente e outra atrás.

Como eu irei contar a temporada inteira - que já acabou - na próxima atualização, dá pra dizer que fizemos o golfinho.

 

5 horas atrás, Tsuru disse:

Poxa, no fim faltou pouco e ao mesmo tempo nem tanto - precisava de nove pontos em dezoito, fez dois, ficou a dois de disputar o pleiaute e a seis do Hertha. 

Nunca é fácil voltar a uma divisão inferior, mas como disse o div pode ser a oportunidade do time retornar ainda mais forte e se manter na Bundes. A menos que os caminhos do clube e do treinador se separem...

Todo mundo se esforçou para não permanecer. Olhando agora, o clássico foi determinante, eles não quiseram cair sozinhos. Jogamos muito mais e mesmo assim não foi suficiente.

Já voltamos, spoiler alert, como se deu isso: nos próximos capítulos.

E sim, foi um trabalho de construção já pensando no retorno.

[Cadete213]

Que susto em Berlim e a reta final foi ingrata. Infelizmente não deu para ficar e agora é aproveitar esse pagamento para investir na equipa e voltar a subir.

[Nei of]

2 horas atrás, Cadete213 disse:

Que susto em Berlim e a reta final foi ingrata. Infelizmente não deu para ficar e agora é aproveitar esse pagamento para investir na equipa e voltar a subir.

Esportivamente, atrasamos o planejamento em um ano - pois era para subirmos agora. Financeiramente foi uma boa jogada. Agora é acertar nos investimentos.

[Peepe]

É chato falar em azar mas vale destacar que o Hertha nem estava entre os cotados no começo da postagem e é quem fecha a zona de quem escapa com 36 pontos. A campanha dos times que brigavam com você foi muito acima da média e a do Greuther foi bem abaixo, passou longe dos 50% que a gente cogitava como ideal. 

Bom, voltar para a segunda após um respiro com finanças de Bundesliga e mantendo a base do acesso é uma boa coisa, tende a brigar forte para voltar a Bundesliga, isso, claro, considerando a permanência no clube, o que é algo sempre imprevisivel.

[tricolor de coraçao]

Que pena não ter conseguido a permanência. Complicado sempre o primeiro ano de acesso. 

 

Acompanhem a saga de Carlos Magno pelo mundo árabe nessa saga asiática.

Do lixo ao Luxo - Diário de uma aventura pelo futebol asiático

[Nei of]

Em 22/09/2021 em 12:47, Peepe disse:

É chato falar em azar mas vale destacar que o Hertha nem estava entre os cotados no começo da postagem e é quem fecha a zona de quem escapa com 36 pontos. A campanha dos times que brigavam com você foi muito acima da média e a do Greuther foi bem abaixo, passou longe dos 50% que a gente cogitava como ideal. 

Bom, voltar para a segunda após um respiro com finanças de Bundesliga e mantendo a base do acesso é uma boa coisa, tende a brigar forte para voltar a Bundesliga, isso, claro, considerando a permanência no clube, o que é algo sempre imprevisivel.

Não tem nem o que falar. Acredito que jogamos no nosso máximo, pois quando precisamos dar um algo mais, nessa reta final, não tivemos.

Tudo bem, já era esperado o sofrimento, até a queda. Agora, passaremos um ano na segunda e já voltaremos pra primeira.

Vai dar tudo certo, como dizem os otimistas: já deu.

Se pensar que esse rendimento é praticamente o que tivemos nas últimas três temporadas na 2.Bundesliga, é um grande momento financeiro. Além disso, chegamos com o time pronto pra jogar a competição.

 

Em 24/09/2021 em 07:34, tricolor de coraçao disse:

Que pena não ter conseguido a permanência. Complicado sempre o primeiro ano de acesso. 

 

Acompanhem a saga de Carlos Magno pelo mundo árabe nessa saga asiática.

Do lixo ao Luxo - Diário de uma aventura pelo futebol asiático

Não sei se daria pra fazer melhor, talvez outro clube, outro treinador... hehehe

[Nei of]

 

Gutten Morgen, torcedores e simpatizantes do Greuther Furth!

Com muita empolgação contaremos nessa edição da Kicker como se deu a temporada do Furth por mais um acesso na 2.Bundesliga.

O excelente trabalho de Pedro van Pels que completa sete anos na equipe, merece destaque. Os erros, não serão esquecidos.

Meu nome é Cristian Rupp.

Vamos lá!

 

Muita movimentação administrativa na temporada do Greuther Furth.

Após rumores e mais rumores, o clube passou por uma aquisição. O que mudou? O presidente, pois quem comprou a equipe foi um diretor:

 

Transferências - Empréstimos

Com exceção de Diepold, Shokri e Keita, o restante era da equipe II e saiu para aliviar a folha de pagamento.

 

Transferências - Saídas a dinheiro

Azzi chegou com Calanca do Cesena. Não fez nada, mas saiu bem. Uwe Korb era um grande nome e um salário maior ainda.

Mohammed é uma das maiores revelações dos últimos anos. Não quis renovar e saiu barato para não perdermos tudo (tem cláusula de 40% futura).

 

Investimentos

A diretoria fez um fervo para redução de custos. Quando Pedro conseguiu fechar o orçamento salarial, voltaram atrás e liberaram verba para gastar como se não houvesse amanhã.
O brasileiro investiu na equipe técnica e em melhorias no clube.

 

Base

Com esses investimentos, espera-se que a boa base se torne ainda melhor.

Spoiler

 

Um adeus

Rodrigão cansou de tentar o futebol e voltou para o Piauí com seus familiares.

 

Sumário Comercial

 

Finanças

Confiança

Dinâmica

 

Todo grande time começa por um grande goleiro

Angel Gomez foi um dos grandes nomes da participação do Fürth pela Bundesliga. Contudo, antevendo uma possível não renovação - em caso de queda - do empréstimo, bem como, pela recusa de Kaya em suportar a reserva, Pedro foi atrás de um cara para o futuro da meta.

Carlos Paulo chegou do Marítimo e jogou todas as 34 partidas pela 2.Bundesliga. Termina valorizando seu passe em dez vezes mais que o custo de contratação diante do Marítimo de Portugal. O jovem goleiro português receberá, para a próxima temporada, a companhia de um espanhol que vem direto do Real Madrid (Castilla). Pedro irá manter a lealdade ou apostará em alguém com suposta maior qualidade?

 

Quando um lateral é o melhor jogador do time

Aos engenheiros de obra pronta, a venda prematura de André Fiedler ao Leipzig, logo no início de Pedro pelo Fürht, pode parecer um dos seus maiores erros. Todavia, há que se considerar que naquela época, ninguém poderia ter certeza que um rapaz de 15 anos poderia se tornar numa potência absurda na lateral esquerda. Além do mais, consideremos que o Fürth precisava de dinheiro e os cinco milhões que entraram foram fundamentais para o crescimento do clube alviverde.

Agora, parece que os caminhos são outros. Se não dá para comprar (pediram 80 milhões), pelo menos garantiram o rapaz pelo terceiro ano seguido - e quem sabe o que o futuro trará. O clube irá praticamente devolver os valores recebidos, ao pagar 150 mil euros mensais (+ o salário) pelo empréstimo.

 

Na outra lateral, Thomas esteve bem a frente de seu reserva

Ao que parece, Pedro errou no tempo, ao tentar renovar o empréstimo quando o cara estava finalizando contrato com o Hannover. Aí que o suíço fechou com os hamburgueses. Uma pena, pois embora coma quieto, o rapaz foi um dos grandes nomes do time, fundamental para o bom desempenho defensivo. Foram 100 jogos pelo clube alviverde, subindo e descendo de divisão.

O alemão Flurschuetz poderia repor bem na 2.Bundesliga, mas não parece completo - ainda - para a primeira divisão. Evoluirá rápido o suficiente?

 

Uma zaga de qualidade

O espanhol Marín foi quem abriu a via Madrid x Fürth. Nessa temporada, capitaneou uma equipe que já tinha grandes nomes como o italiano Grosso e o alemão Angermann. O segundo acesso dessa dupla, que disputou a segunda vaga da zaga ainda com o jovem Krauss, que parece ter um futuro brilhante pela frente. Uma zaga que foi fundamental para os 22 jogos de invencibilidade do time na competição. Bem trabalhados, podem ter um bom desempenho mesmo na Bundesliga.

 

Longevidade e Lealdade

Uma coisa que já vi nos quatro zagueiros, foi a lealdade com o clube. Com competência para serem titulares em outros cantos, não reclamaram por hora ou outra esquentarem o banco. Outros nomes merecem destaque. Kienle, Christian e Qrhamni.

O meio campista Kienle fez mais uma boa temporada, revezando com o meio campo estrangeiro (vide abaixo). Christian reconheceu a qualidade de Fiedler e nunca reclamou a reserva, o rapaz já vai para dez anos no clube. O Kosovar Qrahamni está há onze anos no clube e hoje lidera o Furth II, sem falar um A. Começo a pensar nele em outras funções para o futuro no clube.

 

Os estrangeiros

Visando qualificar o elenco sem gastar muito, Pedro foi aos extremos buscar reforços.

O "meio-campo estrangeiro" foi formado pelo bósnio-alemão Kandziora, o galês Harri Bird e o sul-coreano Park Jong-Hoon, que custou uma pequena fortuna paga ao Preston. Os dois últimos, chegaram na janela de verão. Os seis jogadores da janela foram os únicos contratados, uma mudança de postura de Van Pels até aqui. Cinco apenas, se considerar que Marín estava acertado desde temporada passada.

Deu uma pardalzada com a chega do zeozelandês Ngoc Bao (maior nome do futebol insular), qual vinha sendo observado há umas três temporadas e só não fechou antes pelo alto salário.

Kurt Nothnagel substituiu Altwasser na volância e foi bem demais. Altwasser foi a grande contratação na temporada passada, mas agora não fica nem no banco.

As contratações visavam não apenas a 2.Bundesliga, mas principalmente um eventual acesso - e evitar contratar jogadores que pedem rios de dinheiro de salário. Park Jong-Hoon é uma prova que Pedro acertou, porque o coreano parece estar pronto para a primeira divisão. Harri Bird foi bem no início, mas depois perdeu espaço. A sua idade e o alto salário devem inibir uma renovação de contrato.

Lukas Silny foi uma contratação equivocada, não pela qualidade do jogador, mas pelo momento. Ela foi firmada em meio a rumores de saída de Javier Villagra, o que acabou não se concretizando. Aí, com excesso de jogadores no ataque, o checo foi participar do Furth II.

 

O cara que fez falta x o cara que falha na hora agá

Falando em Villagra, o paraguaio fez 27 jogos no campeonato, todos como titular, mas falhou os seis jogos finais por lesão. Pedro demonstrou a intenção de revezar a posição de ataque entre Javier e Feiler, mas o primeiro não deu chance pra ninguém.

Com doze gols e sete assistências foi determinante para o bom desempenho da equipe no ano.

E meu chapa Frank The Punisher Feiler, começou a dar sinais de que chegou em seu limite. A hora que ele precisou dar uma resposta, falhou. Jogo importante, onde o clube precisava da resposta, Feiler perdeu um pênalti, que sintetizou sua temporada.

É bem possível que Pedro pense em negociá-lo na próxima temporada, apesar do carinho que tem com o rapaz.

 

O décimo segundo jogador

Essa história de 12º jogador é sempre relacionada com a torcida, mas quando o cara é acionado 20 vezes durante a temporada, fazendo apenas um jogo como titular, isso parece mudar um pouco.

E não é que Peter Erlich seja um mal jogador, antes pelo contrário, o cara é bom. O problema é ser meio ofensivo num esquema que não usa essa função.

 

Didico, apenas

Entra ano e sai ano e o "príncipe" continua sendo importante. Esperamos que o pai esteja acompanhando os passos de seu rebento e aparece para dar a bênção.

 

Extrema-direita

Não, não estamos falando dos problemas da esposa de Pedro na política. No campo de jogo, a ponta direita foi um bom refresco no jogo do Furth.

A ideia era deixar Hiemer desabrochar de vez. Porém, o italiano Calanca não quis saber. Jogou fino, para mostrar que Pedro estava errado em tentar vendê-lo. Em dado momento, Pedro optou pela afinidade e esqueceu do bom futebol de Calanca, insistindo com Hiemer. Pagou o preço.

 

Elenco

E esse foi o elenco que garantiu mais um acesso na carreira de Pedro van Pels.

 

 

Voltando para a competição de acesso, o Furth mostrou que não estava nem aí para as previsões midiáticas.

Algumas falhas aqui e ali, mas mostrando força para não deixar a peteca cair.

Antes da parada de inverno, ainda emendou uma excelente sequência, assumindo a liderança da competição. Detalhe para contribuição de Shokri, emprestado ao Unterhaching.

A parada de inverno é sempre chata e parecia que seriam derrotados pelo Karlsruher. Villagra salvou. A primeira derrota na temporada veio após um belo jogo contra o Paderborn. Salto alto, será?

No entanto, tiveram a oportunidade de calar a boca de 50.000 torcedores do Nurnberg.

O retrospecto no clássico vem melhorando nos últimos anos.

A vitória contra o Darmstadt com gol de Villagra, marcou também a lesão do paraguaio, que o tirou do restante da competição. Coincidência ou não, o time perdeu ritmo na reta final.

 

Como destacado acima, a derrota frente ao Werder Bremen poderia ter mudado o campeonato. Considerando que Feiler perdeu um pênalti no começo do jogo e o Furth só tomou o gol no final da partida, os três pontos inverteriam as posições.

JOGADORES | EQUIPES | ÍNTEGRA

 

Playoff acesso:

 

 

Playoff queda:

 

Spoiler

O desinvestimento na equipe II cobrou seu preço.

Na Bundesliga, Leipzig novamente.

 

 

Como já virou costume, o torneio de início do ano em Furth esteve bem estrelado. Bom financeiramente para o Instituto, ruim para o anfitrião. Mas, é tudo por um bom fim. Esquecemos de trazer mais informações, mas o Leipzig venceu, enquanto o Furth perdeu todos os jogos.

 

O que também já virou costume é o passeio pela primeira fase da Pokal. Há três anos é isso que acontece para o Furth.

 

E isso é tudo pessoal!

[Tsuru]

Fez um campeonato muito bom e quase que veio o título. Teria sido legal subir de novo com a taça - mas o importante é que foi promovido.

Quais os planos para se manter na Bundesliga? Pensa fazer algo de diferente em relação à temporada em que caiu?

[div]

Parece que Pedro se encontrou no Geuther Furth, né? 7 anos é bastante coisa, e não parece que vai ficar só nisso.

Como já tinha dado pistas, conseguiu a promoção imediata numa temporada muito boa, com pouquíssimas derrotas e agora retorna à Bundesliga, com a missão de evitar o rebaixamento.

Didico segue firme e forte no time titular, o pai deve estar orgulhoso haha

[Nei of]

19 horas atrás, Tsuru disse:

Fez um campeonato muito bom e quase que veio o título. Teria sido legal subir de novo com a taça - mas o importante é que foi promovido.

Quais os planos para se manter na Bundesliga? Pensa fazer algo de diferente em relação à temporada em que caiu?

É que eu não delineei bem como foi a competição - e acabei apagando o save do jogo antes de postar (faço um pra cada atualização). Mas nós lideramos o campeonato inteiro, só fomos perder o ritmo no final. Ainda assim, dava para ter vencido, se não tivéssemos perdido o Villagra.

Meus planos são meter bola na rede hehehe. Busquei qualificar a equipe, já na queda e manter uma base para subir e continuar jogando.

Acabei inchando o elenco "sem querer", já antes da abertura da janela. Trouxe nove jogadores em fim de contrato. Tipo, dois laterais esquerdos - pois achei que não conseguiria renovar com o Fiedler.

Trouxe um goleiro para ser titular, mesmo com o bom ano do Carlos Paulo.

Enfim, é confiar que o elenco está mais pronto para permanecer. E ganhar os jogos contra equipes mais fracas.

 

16 horas atrás, div disse:

Parece que Pedro se encontrou no Geuther Furth, né? 7 anos é bastante coisa, e não parece que vai ficar só nisso.

Como já tinha dado pistas, conseguiu a promoção imediata numa temporada muito boa, com pouquíssimas derrotas e agora retorna à Bundesliga, com a missão de evitar o rebaixamento.

Didico segue firme e forte no time titular, o pai deve estar orgulhoso haha

Foram três acessos nesses sete anos. Contudo, para a torcida alviverde parece que o que importa é título, porque ainda não colocaram Pedro nem nos favoritos.

Acabou que a temporada foi tão fácil que nem havia muito o que comentar do jogo a jogo, fiz muitas variações durante os jogos, experimentei bastante os jogadores e estava com o elenco bem qualificado em todas as posições.

O problema do Didico é que o nível dele ainda é de 3.Bundesliga. Isso importa para Pedro? Não, mas uma hora o nível da competição vai cobrar sua saída.

O Imperador nunca veio visitar o rapaz, acredita?

[Cadete213]

Erlich sem sorte devido à sua posição mas o mais importante é o clube, que acaba por conseguir a promoção, merecidamente, mesmo depois de tanto empate...e por pouco não conseguiu o título. Troféu Anne frank trouxe receitas (e boas) para o clube.

[Nei of]

 

A volta

 

As riquezas podem perder-se, esta felicidade que vem do próprio coração pode velar- se, mas nunca deixará de existir enquanto a vida durar. Enquanto se puder olhar sem temor para os céus, enquanto soubermos que somos puros de coração, teremos sempre a felicidade em nós. Diário de Anne Frank. Quarta-feira, 23 de fevereiro de 1944.

 

Segunda-feira, 15 de agosto de 2039. Berlim, Alemanha.

 

Ainda não me acostumei a andar com seguranças. Volte e meia dava uma despistada neles para caminhar pelo cemitério. Não demorou para aprenderem o caminho.

Anja insiste que devo aceitar a segurança. Parte de mim sente-se ofendida, afinal de contas, quero acreditar que cresci na periferia brasileira, que saí da favela e ela não saiu de mim. Porém, logo a verdade me esbofeteia a cara: não cresci na periferia, muito menos em favela alguma; pior, sou um peregrino em terra estranha, um xeno que insiste em ter um lugar de fala na Ágora.

Achei que conseguiria levar a vida numa boa, sem terapia ou aconselhamentos em geral. Até que tudo aconteceu e minha vida entrou no modo automático. Odeio quando isso acontece, os dias começam a passar rápido demais, segunda, terça, sábado, domingo, e repete. Durmo e acordo cansado, minha mente não desliga, as imagens dos jogos se misturam com a do atentado - infelizmente televisionado. E o grito da torcida me acorda durante os jogos e, por um segundo, percebo-me presente, apenas para ser reinserido no turbilhão da ansiedade novamente.

A vida pacata que tinha aqui em Furth acabou. Os jornalistas acamparam em frente a nossa casa, acompanham cada tropeço que damos. Nas entrevistas coletivas, que tenho deixado cada vez mais ao meu adjunto, as perguntas se restringem cada vez menos ao futebol: Anja é o assunto no início, o Partido Verde é o desejo do meio, por fim, se os ultras me incomodaram dessa vez.

Os neorazi infiltrados nas torcidas pela Alemanha a fora, realmente são um pé no saco. Normalmente, no entanto, são xingamentos que finjo não entender. Os tais ultrais largaram as curvas onde costumavam se assentar, para ocupar lugares atrás dos bancos de reservas. Todo jogo tem uma meia dúzia de retardados gritando meu nome e palavras de baixo calão. Minha torcida particular.

Faz aproximadamente um ano que não escrevo por aqui, foi quase um ponto final no meu diário. Estive disperso nestes dias, não consegui me concentrar ou sequer encontrar as táticas para desfazer a vida em modo automático. Não tivemos grandes problemas no campo de jogo e isso, talvez, tenha mudado meu foco para o que acontecia fora.

Os tais males que vêm para bem. Nos aproximamos ainda mais aqui em casa. Acompanhei Anja em algumas viagem à Berlim. Além de estar mais atento aos meninos. Apesar da diretoria entender o momento (e não reclamar, já que o time fluía em campo), a mídia tratou de pegar no meu pé, alegando que passava mais tempo em casa do que trabalhando. Um dia explodi com um coitado lá na entrevista coletiva:

- O time está jogando bem, não está? Estamos no topo da tabela, não estamos? Você quer o que mais, meu cargo? Pois eu entrego ele, só falar com o Diretor.

Diretor é o apelido do Presidente Jakob Ulbricht. Ele tem me dado todo o apoio, reconhece a semelhança da perseguição comum entre nós e nossos antepassados. Dias atrás, o Playmobil amanheceu pichado em alemão (obviamente), com frases como:

"Pedro jogou onde, ganhou o quê?" "Fake judeu servandija!"

Essa última frase era uma confusão típica de cérebros menos favorecidos. Imagino que a partir do momento que descobriram que eu não sou judeu de nascimento, tiveram um curto circuito em sua cabeça. Algum esclarecido deve ter tido a ideia de me xingar de judeu falso. O problema, é que se não sou judeu, porque atacam-me com frases racistas? Sei que é querer demais pedir que eles saibam sobre frases com dupla negação. Na cabecinha miúda desses infelizes, há pouco conteúdo.

De qualquer forma, eles não me incomodam quando o ataque é pessoal. O problema se dá quando direcionado aos que amo. O pior é que sou atacado justamente pela atuação política de Anja. Sou usado para atingi-la.

Nas férias, temos saído da Alemanha. Curiosamente, mais um motivo para ataques. O clube fez uma excursão para Antalya, na Turquia, e depois nos fomos passar férias lá: pronto, viramos embaixadores turcos. Aí, duplo-triplo julgamento: turco falso judeu. Ninguém me xinga de brasileiro, uma pena.

Entre as pessoas normais, continuo sendo festejado e apoiado. Dois acessos para a Bundesliga em três e minhas ligações cada vez mais forte com o clube, justificam o apoio. Felizmente, apesar do barulho, os idiotas estão em menor número.

Quero só ver a gritaria se Anja conseguir número suficiente para assumir a cadeira de PM (não é Profissão:Manager).

Enquanto isso, festejamos uma nova temporada. E ao terminar este texto, sinto-me menos letárgico. Talvez seja o aviso que a Liga Anne Frank VII teve um excelente retorno. Ou, ainda, o copo vazio de Irish Red Ale da Baden Baden, que meus pais trouxeram mês passado. Deve ser Brahms tocando alto no meu coração, desanuviando as nuvens negras.

Imaginem se meus detratores descobrem que além de tudo eu importo cerveja brasileira.

 

Mas uma vez a verdadeira torcida do Fürth deu uma resposta aos ignóbeis de plantão. Lotaram o estádio nos três dias da Liga Anne Frank VII. Retribuímos com belos jogos, inclusive numa goleada sobre o famoso Flamengo. Paramos no multicampeão da Libertadores na última década, num jogo em que fomos superiores.

No demais, fizemos bons amistosos, inclusive descobrindo uma nova formação.

vs Shangai SIPG. O 3-4-3 deu o ar da graça, com Fiedler abrindo o placar e Silny, num belo cabeceio, aumentando. Ainda é preciso cuidar dos erros de passe, que podem complicar contra um adversário mais forte. Ofensivamente, fulminantes.

vs Flamengo. Fiz bastante mudanças, até porque era um dia após o primeiro jogo. Diepold aproveitou a oportunidade de abriu o placar. Com cruzamento de Fiedler, aumentou ainda no primeiro tempo. Rische, também no ataque, fez o terceiro. Enquanto eu pensava em quanto Fiedler poderia evoluir como organizador pelo lado do canto, o rapaz marcou de falta. Diepold completou seu hat-trick. Hiemer fez o sexto. Yan Ewerton diminuiu, pois minha zaga era composta de um cara da base e dois laterais.

vs River. O empate nos garantia na liderança, além de que jogávamos bem. Porém, aos 76, nas substituições, tomamos um gol. No último minuto, Diepold empatou, mas estava impedido.

Uma boa competição.

Napoleon Barbarouses quebrou a perna, para por sete meses.

 

Evitamos o costumeiro vexame de estreia de temporada.

DFB POKAL. Lubeck. Após lançamento longo, Silny abriu o placar. Em quase repeteco, dessa vez Silny cruzou para Villagra aumentar. O terceiro veio com Villagra, ainda no primeirto tempo. Fiedler fez o quarto. Superamos a primeira fase, finalmente.

 

Não há dúvidas sobre qual será nosso campeonato:

E nem poderia ser diferente, considerando o nosso patamar:

Após tirar a Licença A Nacional, achei que só faltava a Continental Pro, por alguma razão. Quando resolvi buscar a aplicação, descobri que ainda precisava tirar Licenças C, B e A, continentais antes da Pro. Que vacilo.

 

Mercado de Transferências

Entradas

Antes da janela abrir, o pacotão de reforços estava fechado. No melhor estilo pré-temporada de campeonato estadual no Brasil.

Karsten Fuller foi contratação do Diretor, uma boa peça, mas não algo que veio da minha movimentação. Assim, estivemos bastante parados e com o time definido durante toda a pré-temporada.

Com a possível não renovação de Fiedler (que acabou renovando o empréstimo), trouxe dois laterais esquerdos: Diogo Mamede e Runar Ronning.

O goleiro Alba Romero, negócio que apareceu no meu radar, talvez pela chegada anterior do zagueiro Marín. Imperdível.

Na lateral direita, com a saída de Thomas, trouxe Ricardo Bragança para disputar posição com Fluerscheltz.

Marco Venturini, uma bela indicação dos meus olheiros, chegou já titular. E já se machucou.

Napoleão Barba-Vermelha, quem iria recusar um jogador com esse nome? O grego, além de tudo, é fera. Comprei ele para a possível saída de Villagra - que não se concretizou. Deixei o rapaz um ano mais no Huddersfield. Infelizmente, o ano se tornou um ano e meio diante da lesão nos amistosos.

Comprei Dombrowka para ser um titular-reserva de Didico. Aí dei mais uma olhada no Cesena e descobri Chiessi. Não precisava, mas não quis perder a oportunidade.

Em falando de oportunidade, Max Buhrer foi mais um dispensado de seu clube a fechar conosco.

 

Saídas

Eu já estava insatisfeito com o desempenho de Frank Feiler, isto é, da sua inconstância.

Para piorar, o salário alto incomodava o grupo, para um reserva. Tentei vender o rapaz e causei um mal estar.

Ao fim, recebi proposta do Huddersfield, mas Frank preferiu ser emprestado ao Darmstadt.

Spoiler

Confiança

Finanças

Com muitos zagueiros e atacantes de qualidade, resolvi inventar um novo jeito de jogar.

Avancei Fiedler da ala para a ponta recuada. O meio-campo se manteve, e no ataque entraram Silny e Barbarousses.

Por outro lado, tirei Didico e o volante Nothnagel.

Já vi que contra adversários mais fracos vamos muito bem (alô, Flamengo). O problema é que damos muitos contra-ataques.

Iniciaremos assim, pelo menos.

TÁTICA CAUTELOSA - TÁTICA DESESPERO

Villagra já foi cinco estrelas nesse elenco, hoje, com a chegada de reforços, é três e meia. Ele não piorou, foi o elenco que se qualificou.

Fiedler em franco desenvolvimento, Romero bom demais.

 

Auf Wiedersehen, Fürth.

[Nei of]

Em 01/10/2021 em 17:48, Cadete213 disse:

Erlich sem sorte devido à sua posição mas o mais importante é o clube, que acaba por conseguir a promoção, merecidamente, mesmo depois de tanto empate...e por pouco não conseguiu o título. Troféu Anne frank trouxe receitas (e boas) para o clube.

Perdi seu comentário ali. A promoção veio, o título, mais um vez, nos escapou.

Paciência. Agora é se consolidar na Bundesliga.

[Cadete213]

Adivinha-se uma época complicada e as previsões não são as melhores. Pré-época foi positiva e por pouco não venceste o Troféu Anne Frank. O mercado acredito que foi o melhor que conseguiste e acho a tática muito ofensiva e com pouca cobertura defensiva, mas com o tempo veremos se terei razão (espero que não).

[div]

Gostei da parte ficcional dessa atualização, fazia tempo que ela não aparecia assim hehe

A mudança da tática causa um pouco de preocupação pela avaliação que tu faz, já que ela cede muitos contra-ataques e os times da Bundesliga costumam ser rápidos. Porém, vamos ver como se sai nos jogos.

Boa sorte na Bundesliga!

[Danut]

Que dor que deu de ver o time rebaixado da Bundesliga. Achei mesmo que ia se salvar, fez um bom campeonato (considerando que tinha de longe a menor folha salarial) e era só encaminhar nos últimos jogos, mas deu uma pane geral e acabou rebaixado direto.

De qualquer modo, conseguiu se recuperar com novo acesso na temporada seguinte, e agora tem uma segunda chance pra se estabelecer na elite. Tomara que dessa vez dê certo.

Achei a tática muito faceira pra uma equipe do nível do Fürth, mas vamos ver.

[Tsuru]

Tá seguindo o bom caminho de duas temporadas atrás e, considerando que daquela vez quase foi, acho que agora vai. 

Sobre a tática, não gosto muito dessas formações com três atacantes de área. Eu pensaria ou em usar dois atacantes nos flancos, formando um 3-4-2-1 aberto, ou o que me parece mais lógico, puxar os dois goleadores pra jogarem no papel de MAC e formar um 3-4-2-1 fechado. Ou ainda, puxar um dos atacantes pra MAC e deixar a dupla na frente, formando um 3-4-1-2. Pra mim todas são opções melhores porque te dão mais estabilidade no meio, movimentação e ajudam a abrir espaços, três homens de área infelizmente tendem a bater cabeça.

Que venham a temporada e a manutenção!

[Peepe]

Confesso que achei que o texto sobre os problemas seria o prenúncio de uma saída, depois de 7 anos ainda não me acostumei a fidelidade de Van Pels. 

O acesso veio numa temporada tranquila, afastando o antigo fantasma dos elevadores e já subiu logo na primeira oportunidade. Campeonato tranquilo e com a autoridade de quem volta para Bundesliga para fincar o pé.

No mais, decepcionado com a trajetória do Ngoc Bao e sempre impressionado com sua criatividade. Gostei desse 343 mas acho interessante que você teste os zagueiros como "defesa com bola" para eles terem mais liberdade de movimento e cobrir as alas.

[Fujarra]

Boa noite.

Rapaz, eu fiquei um tempão sem dar as caras pelo fórum e você ainda está no mesmo time? E pior, conseguiu subir pra Bundesliga???? Devolvam o Israel raiz!

Achei a tática meio ruim, sobretudo pra divisão que vai jogar e pelo franco favoritismo a ser saco de pancadas. Mas vai lá, as vezes dá certo, não tem jogadores ruins, seus adversários é que tem jogadores bons demais hahahah

Boa sorte?

[Nei of]

Em 04/10/2021 em 14:05, Cadete213 disse:

Adivinha-se uma época complicada e as previsões não são as melhores. Pré-época foi positiva e por pouco não venceste o Troféu Anne Frank. O mercado acredito que foi o melhor que conseguiste e acho a tática muito ofensiva e com pouca cobertura defensiva, mas com o tempo veremos se terei razão (espero que não).

Resumiu nossa temporada hehehe. Ofensividade não significa gols, mas pouca cobertura defensiva com certeza demonstra fragilidade.

Em 05/10/2021 em 11:38, div disse:

Gostei da parte ficcional dessa atualização, fazia tempo que ela não aparecia assim hehe

A mudança da tática causa um pouco de preocupação pela avaliação que tu faz, já que ela cede muitos contra-ataques e os times da Bundesliga costumam ser rápidos. Porém, vamos ver como se sai nos jogos.

Boa sorte na Bundesliga!

Obrigado! Vamos ver se mantemos o nível hehehe

Como disse pro Cadete, não demorou muito para eu perceber que não daria certo essa tática.

Valeu!

Em 05/10/2021 em 13:34, Danut disse:

Que dor que deu de ver o time rebaixado da Bundesliga. Achei mesmo que ia se salvar, fez um bom campeonato (considerando que tinha de longe a menor folha salarial) e era só encaminhar nos últimos jogos, mas deu uma pane geral e acabou rebaixado direto.

De qualquer modo, conseguiu se recuperar com novo acesso na temporada seguinte, e agora tem uma segunda chance pra se estabelecer na elite. Tomara que dessa vez dê certo.

Achei a tática muito faceira pra uma equipe do nível do Fürth, mas vamos ver.

Fala Danut!

A impressão que tive foi de um time que jogou no limite e quando precisou dar um pouco mais, não tinha.

Aquela reta final foi o último suspiro de um afogado, que havia lutado por horas para subir a tona: não houve fôlego.

O acesso veio fácil, apesar de perder o título.

Essa tática era fita dada.

 

Em 08/10/2021 em 08:34, Tsuru disse:

Tá seguindo o bom caminho de duas temporadas atrás e, considerando que daquela vez quase foi, acho que agora vai. 

Sobre a tática, não gosto muito dessas formações com três atacantes de área. Eu pensaria ou em usar dois atacantes nos flancos, formando um 3-4-2-1 aberto, ou o que me parece mais lógico, puxar os dois goleadores pra jogarem no papel de MAC e formar um 3-4-2-1 fechado. Ou ainda, puxar um dos atacantes pra MAC e deixar a dupla na frente, formando um 3-4-1-2. Pra mim todas são opções melhores porque te dão mais estabilidade no meio, movimentação e ajudam a abrir espaços, três homens de área infelizmente tendem a bater cabeça.

Que venham a temporada e a manutenção!

Se eu tivesse esperado a análise para continuar a temporada, talvez sofrêssemos menos hahaha

Agora Inês é morta.

Eu desisto de tentar três zagueiros, pois eles nunca entregam o que prometem, que seria a solidez defensiva. Normalmente batem cabeça e são presa fáceis para os atacantes.

 

Em 12/10/2021 em 19:26, Peepe disse:

Confesso que achei que o texto sobre os problemas seria o prenúncio de uma saída, depois de 7 anos ainda não me acostumei a fidelidade de Van Pels. 

O acesso veio numa temporada tranquila, afastando o antigo fantasma dos elevadores e já subiu logo na primeira oportunidade. Campeonato tranquilo e com a autoridade de quem volta para Bundesliga para fincar o pé.

No mais, decepcionado com a trajetória do Ngoc Bao e sempre impressionado com sua criatividade. Gostei desse 343 mas acho interessante que você teste os zagueiros como "defesa com bola" para eles terem mais liberdade de movimento e cobrir as alas.

Poxa, mas o Pedrinho sempre foi fiel, os clubes que não eram hahaha Saiu três vezes por interesse pessoal, uma para voltar ao seu ex-amor Makkabi, outra porque o Makkabi já não subia mais (ba dum tss) e no Dusseldorf pelo mesmo motivo. Amor tem seus limites hahaha

Ou seja, enquanto o Furth continuar subindo, teremos Van Pels satisfeito por aqui.

Nem sou tão criativo, os caras que me sugerem. O mercado neozelandês tem trazido bons frutos por aqui. Acho que já contratei uns quatro caras de lá. Nenhum funcionou hahaha

Eu sempre acolho as opiniões, como esse defesa com bola. O problema é que não sei analisar o significado e, normalmente, mudo de tática.

 

Em 16/10/2021 em 22:26, Fujarra disse:

Boa noite.

Rapaz, eu fiquei um tempão sem dar as caras pelo fórum e você ainda está no mesmo time? E pior, conseguiu subir pra Bundesliga???? Devolvam o Israel raiz!

Achei a tática meio ruim, sobretudo pra divisão que vai jogar e pelo franco favoritismo a ser saco de pancadas. Mas vai lá, as vezes dá certo, não tem jogadores ruins, seus adversários é que tem jogadores bons demais hahahah

Boa sorte?

O nome disso é maturidade. O menino Pedro já não é mais um jovem garanhão, que tenciona abraçar o mundo com suas pernas (leia a resposta ao Peepe e percebe o quão voluptuoso isso se tornou); ele quer um colo quentinho, um beijo gostoso, um abraço bem dado e foi pá pum. RIP Marília.

Por outro lado, a escolha tática demonstra que Van Pels tem seu lado obscuro, querendo apanhar, quando poderia ficar bem quietinho num feijão com arroz.

Isso aí que você falou é fato. Meu melhor jogador seria reserva em todas as equipes hahaha

[Nei of]

Cumprindo às expectativas

 

A sra. Van Daan, sim, é que é muito boa! Que bom exemplo ela dá... sem dúvida um ótimo mau exemplo! É por demais conhecida por sua intolerância, seu egoísmo, sua esperteza, calculismo e eterno descontentamento. Diário de Anne Frank, Terça-feira, 3 de agosto de 1943

 

Sábado, 13 de maio de 2040. Pristina, Kosovo.

 

Os cães ladram e a caravana passa.

Esse provérbio milenar foi um mantra necessário para passarmos os últimos meses. Eles passarão, nós passarinho, também.

O mais interessante dos odiadores de plantão, haters da esgotofera do mundo, é que eles perdem rapidamente o interesse pelo objeto de admiração; logo, transferem seu chorume para outro chamariz. Além disso, por trás dessa massa de bobocas há uma estratégia bem definida, direcionando esses malucos. A estratégia muda, redireciona-se a massa.

Em nosso caso, havia um interesse em direcionar esse mar de imbecilidade para Anja e sua família, mas passou. Com a queda de interesse, quedaram-se em silêncio nossos detratores.

Isso me lembra certa uma vez, quando jovem – há muito tempo - fui assistir um Atletiba, clássico de minha terra natal, entre Atlético Paranaense e Coritiba. Em determinado momento do jogo, a torcida coxa-branca começou a gritar pela entrada de um jogador, Henrique Dias se não estou enganado. Quando o rapaz entrou foi uma festa:

- ão, ão, ão, Henrique Dias é seleção! Gritavam, aturdidos.

Dez minutos depois, após alguns dribles tentados e errados, um chute que caiu fora do estádio mudou o humor da massa:

- Ei Henrique, vai tomar no...

Contra o conselho de meus seguranças, comecei a frequentar uns bares aqui de Furth, famosos por abrigarem a turba neorazi. Vou no meio da tarde, logo após o treino. Apresento-me, pago uma rodada para todo mundo e fico trocando ideia com aquele pessoal, xingo um árbitro aqui, reclamo de um colega acolá, deixando-os confortáveis com minha presença.

Aos poucos, eles vão me enxergando como um ser humano, não como um Judeu, mas como Pedro, que tem uma história não muito diferente da deles. E percebo neles algo que já vi em mim: pessoas angustiadas e cansadas, frustradas com o caos da vida, extremamente sensíveis a tudo ao seu redor. O ataque que costumam fazer deliberadamente, nada mais que uma defesa; e quem foi que os ensinou que a melhor defesa é o ataque?

Os tais supremacistas são, na verdade, frágeis e inseguros, crianças não crescidas, rudimentares, com absurda dificuldade em permitir que o estranho, o outro, o próximo, aproxime-se dele. Os tais supremacistas são gente com eu e você, que se julga tão fofinho e tolerante, mas que se não cuidar, logo estará atacando alguém que se comporta, pensa ou vota diferente de você. Os tais supremacistas costumam pensar que são superiores que os outros, por qualquer razão específica. Ou melhor, são melhores que um grupo alvo; um grupo criado, caracterizado e despersonificado pela mente fértil e viciada, de quem não experimentou muito da diversidade da qual o mundo é feito.

 

Tenho que me cuidar, pois escrevendo isso percebo o risco de me tornar um tipo de supremacista: aquele que acredita ser melhor que os demais, por perceber que as pessoas são todas, cada uma a sua maneira, intolerantes e preconceituosas.

Ainda bem que é meu diário, porque se fosse publicado, o que teria de gente me criticando, entendo que, de alguma forma, estou defendendo supremacistas, racistas e afins. Adiantaria explicar que não fiz nada disso, muito pelo contrário?

Como diz meu pai, os cães ladram e a caravana passa.

 

Parte 1/3: Uma vitória em 11 jogos

 

 

 

 

Apesar de ter sido uma grande vitória, contra um dos mais fortes adversários e fora de casa, não demonstrávamos força para sair da zona do rebaixamento. Ainda assim, a diretoria e a torcida entendiam que a nossa luta era essa, confiando no trabalho do treinador. Não havia qualquer problema no vestiário, éramos como uma empresa em constante superávit – figura de expressão, uma vez que nossas finanças não estavam tão boas assim.

Quando pensei em começar a temporada no 343, tinha comigo utilizar os vários atacantes qualificados do elenco e, com isso, aumentar as chances de gol. O primeiro jogo, frente ao Hoffenheim, mostrou o quanto eu estava equivocado, com um empate sofrido, garantido pelo empenho de nossa defesa.

Nós só fomos perder em casa no jogo contra o líder Leipzig, o que era esperado.

Eu não me via preocupado com o desempenho da equipe, pois fazíamos bons jogos, como na derrota para o St. Pauli. A derrota não foi totalmente merecida. Contra nosso parceiro de acesso Frankfurt, a situação não foi diferente: abandonando o 343 (ou 3412) de vez, fizemos um bom jogo, mas ficamos no empate. Empate que não veio no jogo seguinte em casa, contra o poderoso Borussia Dortmund; acertamos mais, tivemos posse de bola, que não se converteu em gol.

O que não esperava era tomar uma acachapante goleada para o Wolfsburg. E, quando achei que as coisas melhorariam, com uma vitória sobre o fraco Hannover, fomos penalizados com mais um empate.

 

 

Íntegra

Após superar Lubeck e, agora, Jahn Regensburg, cheguei pela primeira vez às oitavas de final da Pokal. Livrei-me da zica de cair na primeira fase e, por tabela, temos a chance de chegar ainda mais longe.

Na próxima rodada, pegaremos o St Pauli.

Vou começar com boas notícias. Após uma novela e tanto, a diretoria finalmente iniciou os trabalhos para um novo estádio. Esperámos estar na Bundesliga para comemorar.

http://globoesporte.globo.com/platb/files/942/2010/06/i5384g.jpg

Eu estava apostando em Danny Diepold para a temporada. O grandalhão, cria da base, voltava de empréstimo e fez bons amistosos. Mal começou a jornada e quebrou o pé.

Falando em lesão, a situação ruim, que já havia começado com Barbarouses quebrando a perna, continuou com hérnias acometendo a dupla de zaga titular.

 

Spoiler

 

 

 

Com o 343 extremamente frágil defensivamente e inútil no ataque, troquei um zagueiro por um volante, e dois atacantes por pontas. No estilo tático Kloppiano, melhoramos, vencendo o Leverkusen e fazendo bons jogos em sequência.

 

 

Parte 2/3: Um pouco melhor, mais barulho fora de campo

 

 

vs Colônia. Cheguei com uma expectativa de vitória. Em minutos, eles abriram o placar. Aos 32 estava 2x0. Dei uma coça na galera, Didico diminuiu na volta do intervalo. Melhoramos, mas não foi o suficiente.

vs Mainz. A vitória era imprescindível. Começamos amassando, mas quem abriu o placar foram eles. Marín empatou na volta do intervalo. Ele mesmo quase virou, mas mandou na trave. Quando achei que seria um ponto, Silny recebeu um lançamento longo e não perdeu a chance.

vs Gladbach. Tudo por um ponto. Armei o time defensivo. Curiosamente, começamos pressionando e quase abrimos o placar. Eles devolveram carimbando o travessão. Venturini marcou, mas estava impedido. Continuamos em cima, Calanca abriu o placar após bom contra-ataque. Hoon teve a chance de aumentar. Bernemann empatou num golaço de voleio. Recebemos o que queríamos.

vs Hamburg. Mal começou o jogo e o juiz já veio inventar pênalti. Carlos Paulo machucado, Romero levou o gol. E tome-lhe gol. Tomamos o terceiro e mandei o time pra frente. O jogo mais fácil dos últimos e jogamos mal demais. Com um a menos, viramos presa fácil.

vs Freiburg. Mais um dos jogos necessários. Jogo fraco no primeiro tempo. No segundo, ia ficando mais do mesmo, mas perigoso. Não deu outra, o Freiburg abriu o placar.

vs Bayern. Seguramos o primeiro tempo até o último minuto, aí veio o castigo. No segundo tempo, fechei um pouco mais a casa para não sermos goleados. Diepold entrou bem, mas quem marcou foi o zagueiro Venturini, num golaço de fora da área. Não deu tempo nem de comemorar. E marcaram o terceiro no final do jogo.

vs Hoffenheim. Pé ante pé chegamos bem no ataque. No segundo ataque, abrimos o placar. Fiedler se infiltrou bem e obrigou o goleiro a uma boa defesa. Didico assustou, de voleio. Na volta do intervalo, Carlos Paulo nos salvou. No excelente ataque, Villagra fez o segundo. A vitória estava perto. Nem parecia que éramos lanternas.

vs Schalke. Repeti o esquema. Nathnagel abriu o placar. Carlos Paulo salvou o empate. A pressão dos MRB tem surtido efeito, o adversário não consegue trabalhar a bola. Outra coisa: jogar a partir da defesa. Didico avançou e tocou para Villagra livre ampliar. Didico teve gol anulado e eles diminuíram com um japonês lá. O mesmo quase empatou na sequência. O ano começou bem.

vs Sttutgart. Carlos Paulo foi bem e defendeu um chute venenoso no início do jogo. Erro de Fiedler, recuando dentro da área resultou no gol adversário. Voltamos ao jogo com um golaço de Nothnagel. Na trave e no reflexo, seguramos um gol claro. Villagra perdeu chance clara. Subi a defesa para tentar barrar os arremates, sofremos o gol. Bom jogo.

vs Hertha Berlin. A lei do ex bateu rápido aqui, com Haraguchi abrindo placar. Villagra subiu sozinho, mas errou. E foi só.

vs Leipzig. Contra os bichos papões, o desejo é não ser goleado. Um erro de passe resultou em gol em um minuto, mas estavam impedidos. Dez minutos depois, na trave. Apesar de sofrermos um massacre, terminamos o primeiro tempo zerados. No segundo tempo, brilhou a estrela de Didico, para abrir o placar. Na sequência, milagres de Carlos Paulo, mas na terceira: gol de empate. Sem chance de respirar, veio a virada. Eles mereceram a vitória.

Alguns jogos:

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vs St Pauli. Pokal. Tomas Gorecki fez o que quis com a nossa defesa no primeiro tempo, mal conseguimos pará-lo. Acertamos as coisas após ele fazer o primeiro gol e nos seguramos. No segundo tempo, Villagra empatou e estivemos perto da virada. Eles ficaram com um a menos e recuaram até os pênaltis. Nele, brilhou a estrela de Carlos Paulo, que pegou quatro pênaltis e após 18 cobranças, estamos nas quartas de final.

 

Fatos:

 

Despedida do Bird. Apesar do pouco tempo de casa, o galês conquistou a todos com sua qualidade. Não deixei por menos e marquei um amistoso para sua despedida. Aí o infeliz não jogou porque estava com a seleção.

Saídas

Alba Romero chegou para ser o cara no gol. Além de se machucar e ver Carlos Paulo pegando bem, reclamou das chances e pediu pra sair. Chegou livre e seis meses depois partiu, deixando um bom dinheiro. Bom negócio.

Entradas

 

Sem dinheiro para comprar, fui atrás de empréstimos para qualificar a equipe. 

Spoiler

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Equipe Técnica

O meu auxiliar não era meu braço direito, como Johanna. Ainda assim, era um bom profissional. Mas, após uma entrevista desastrosa, não tive alternativa, senão demiti-lo. Trouxe um português pro lugar; pelo menos falaremos a mesma língua.

Ainda com confiança da diretoria e do time, vejo as finanças no vermelho.

Por fim, mas não menos importante, renovei o contrato.

 

 

E uma nova tática para tentar o improvável.

Parte 3/3: Finalmente

 

St. Pauli. Não há mais espaço para perder pontos contra equipes medianas. Ambos os goleiros estiveram em alto nível, salvando o resultado no primeiro tempo. Calanca se machucou e ficamos com um a menos. Aí foi difícil segurar, Dehler marcou no último minuto.

Wolfsburg. Carlos Paulo aceitou um falta de longe. Não estivemos mal, mas sempre falta um pouco mais.

Leverkusen. Não aguentamos cinco minutos sem tomar gol. Corremos atrás, tivemos inúmeras oportunidades: perdemos todas. Isso explica a situação na tabela.

Frankfurt. Villagra e Erhlich perderam grandes chances. No lance seguinte, pênalti e gol do Frankfurt. Villagra empatou, minutos depois. Viramos, no segundo tempo, após um erro da defesa. Maione marcou. Vitória importantíssima.

Dortmund. Quase batemos um recorde, aos quinze segundos Carlos Paulo salvou o primeiro gol dos amarelos. Água dura em defesa mole, nem precisa bater muito: 2x0 em minutos. Perdido por dois, perdido por mil. Mandei o time pra frente, Maione diminuiu. Gil, mais uma vez, fez o terceiro seu no jogo. Tosi diminuiu, novamente. Ahrens fez o quarto. Maione marcou, impedido. Villagra fez o terceiro nosso. Aos 92 o prêmio: Villagra fez o seu segundo no jogo, empatando a partida.

Hannover. Vulovik abriu o placar. Villagra empatou. Controlamos o jogo no primeiro tempo. Faltou o algo mais.

Colonia. Após uma pressão inicial, seguramos bem e abrimos o placar no contra-ataque. Mesmo machucado, Faller empatou na volta do intervalo.

Mainz. Uma vitória seria bem-vinda. Gols no início, como começar com atenção? Maione teve uma chance absurda para empatar, mas errou. Nils Komenda aumentou no segundo tempo.

Gladbach. Começamos em 200 por hora, Vasquez abriu o placar e Silny logo aumentou. Perdemos o ritmo, Saban diminuiu ainda no primeiro tempo. Confiei no time, o mesmo Saban empatou, mas Vasquez apareceu para dar a vitória.

Hamburg. Já perdemos um amistoso há poucos dias para os hotdog. Eles abriram o placar no primeiro tempo. Só fomos empatar aos 61' da segunda etapa, com Fiedler. O juiz estava tentando marcar um pênalti contra nós, até que conseguiu.

Freiburg. Uma vitória poderia nos salvar. Silny perdeu um chance imperdível. Na segunda chance, guardou. Fonseca empatou em seguida. Maldito comunista Marx virou ainda no primeiro tempo. Romeo Coman marcou o terceiro. Silny diminuiu, mas impedido. Poderíamos estar salvos no momento. E agora vamos para o desespero.

Bayern FC. O Bayern perdeu os últimos seis jogos no campeonato. E faz uma campanha pífia. Ainda assim... Nossa, tomou de 10x2 do Leipzig na Pokal. Estávamos empatando, quando o Frankfurt abriu o placar. Esse resultado, rebaixava nossa equipe.

Alguns jogos:

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Leipzig. Pokal. Como não era nosso objetivo do ano, mandei uma equipe reserva. Ainda assim, fizemos um bom primeiro tempo. Aos 75, pênalti para eles. Navarro abriu o placar. Caímos de pé.

Sumário comercial

 

Relatórios comparativos:

Spoiler

 

 

 

A fornada dessa temporada trouxe um nome que tem tudo para se tornar uma grande estrela: Leon Maier.

Terminar em penúltimo lugar e o melhor jogador ser o goleiro? Bem, isso demonstra um pouco do que foi nossa temporada.

Villagra deixou seus gols, Didico esteve abaixo. Calanca, uma grata surpresa.

Eis um bom time para garantir o acesso temporada que vem.

Auf Wiedersehen, Fürth.

[Tsuru]

Rapaz, e eu que achei que dessa vez ia conseguir se salvar. A Bundesliga tem sido bastante cruel com o Furth, mesmo quando fez bons jogos o time não conseguiu vencer.

Eu ia perguntar se a ideia é permanecer no clube para tentar subir de novo, mas pela frase final imagino que seja isso. Hora então de aproveitar a segunda divisão para reforçar a equipe, consolidar um jeito de jogar e voltar mais preparado para não cair.

Força.

[div]

Com exceção dos neonazi, Van Pels no pub com torcedores me lembrou Ted Lasso nas cenas no pub.

Eita, ficar a um ponto do primeiro time fora da zona de rebaixamento é cruel, ainda mais com um saldo melhor.

Na Pokal realmente era o menor dos objetivos, mas o time reserva ainda deu trabalho pro RB.

Eu ia zoar a promessa do clube dizendo que tinha muitos atributos abaixo de 5, mas aí eu vi que tem 14 anos. Tem tempo pro garoto evoluir ainda.

[Cadete213]

Foi por muito pouco mesmo. Fica aquele sabor amargo de "se consegui vencer este ou aquele jogo safava-me". Mas futebol é assim e por vezes pode ser cruel. Podia ser pior, é só olhar para a campanha do Bayern...muito mau mesmo.