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Uma aventura celta


Tsuru

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@Tsuru, meu caro, senta aqui, vamos conversar...

O que diabos você tá fazendo com sua carreira, meu amigo? Parece estar TOTALMENTE perdido. É clube atrás de clube, sem parar em lugar nenhum. A primeira dificuldade que surge e tu decide trocar de ares ao invés de bater de frente. Aí quando acho que não tem mais como você ir pro caminho errado, tu tira um otimismo sei lá de onde DO CHIPRE e acha que tem como conseguir algo ali e que treiná-los seria melhor que voltar... para onde você acabou voltando no fim das contas.

É como o @vinny_dp bem explicitou ali e eu já tinha reparado faz tempo: parece faltar calma e sobrar afobação. Nós conversamos no grupo no outro dia e eu expus alguns pontos. Eu não sou o sabe-tudo também, óbvio, mas acho que tem coisa certa ali no que eu disse. Tu tem que lembrar o nível no qual você tá inserido e trabalhar em cima disso. Ah, o time é ruim? Foda-se (o brasileiro, não o "foda-se" português): é o que você tem, é o que tua reputação no jogo pode te proporcionar. Se tu continuar saltando de time ruim em time ruim sem nunca dar continuidade, vai continuar sempre assim: saltando de time ruim em time ruim sem progredir.

Falta calma pra ti. Isso ficou bem claro pra mim beeem lá atrás quando eu já havia falado num comentário aqui que não tinha gostado da sua decisão de abandonar o clube no qual estava (era o Forest, se me lembro bem). Respeitava, porque no fim das contas a decisão é sua e tu sentia que devia, mas não concordava em absoluto. Hoje é fácil falar, mas olhando pra trás, me parece que essa tua decisão tá cobrando o preço até hoje, já que você não parece ter realmente se acertado desde então.

Ah, antes que eu esqueça: tu bateu ali na tecla de não querer voltar pro National. Não sei se é por achar que já está um nível acima ou seja o que for, mas se me lembro bem, sua promoção do National também não foi mil maravilhas, não foi sobrando ou algo do tipo. Isso pra mim prova que talvez tu não esteja tão acima ainda do National e acaba soando como soberba (?) essa recusa em voltar pra lá, sendo que no fim das contas um passo atrás pode ser o necessário para ganhar mais experiência e dar dois passos a frente.

Desculpa o textão e espero que não leve a mal, de verdade. Eu gosto pra caralho das suas sagas e isso aí é mais no sentido de ser uma crítica construtiva, algo pra te fazer parar e pensar. Eu sei que muitas vezes você duvida de si enquanto treinador/jogador de FM, então espero que isso te ajude a refletir (talvez, sim, o problema seja você - pegando novamente o gancho da conversa do grupo - mas não enquanto treinador de fato, e sim por essas decisões precipitadas e tal).

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23 horas atrás, vinny_dp disse:

Às vezes fico com a impressão de uma ansiedade da sua parte nesse save. Não sei se apenas pela possibilidade de treinar outras equipes, algo que pode ser um escape no save de carreira, ou se pelas dificuldades tem encontrado - que foram várias - e você não ter conseguido fazer frente a elas. 

Acho que nessa próxima escolha é bom respirar um pouco mais. Uma experiência boa no Chipre poderia ter aumentado sua reputação e te tirado da pasmaceira de ficar treinando elencos de terceira divisão, para quem sabe até chegar em um time mais estruturado de segunda ou primeira divisão.

Boa sorte na sequência.

Na verdade ansioso eu sempre fui, mas isso fica menos visível quando você está num save de clube. Já reparou que tem sido assim desde o Wealdstone? A diferença ali é que fui para uma divisão superior e as coisas deram certo - se não, provavelmente eu teria vivido essa situação mais cedo.

Isso é também o que me leva a mexer na tática quando algo não está funcionando, mas aí ainda tem um atenuante: tem vezes que é muito difícil enxergar, dentro do FM, o que ou o porquê de não funcionar. Tipo, são os jogadores ruins? Funções e tarefas não encaixam? O time adversário jogou melhor? Mas enfim, essa não é a questão principal.

Tem razão sobre o Chipre, mas agora é passado e vamos em frente.

Obrigado!

12 horas atrás, LuisSilveira disse:

O que eu ia comentar é basicamente o que o @vinny_dp disse.

Torço para que esse próximo clube francês seja a casa do druida. 

Boa sorte!

Eu espero que seja uma passagem melhor do que foram as anteriores.

Obrigado Luis!

11 horas atrás, Bigode. disse:

@Tsuru, meu caro, senta aqui, vamos conversar...

Vamos. Mas vamos por partes!

11 horas atrás, Bigode. disse:

O que diabos você tá fazendo com sua carreira, meu amigo? Parece estar TOTALMENTE perdido. É clube atrás de clube, sem parar em lugar nenhum. A primeira dificuldade que surge e tu decide trocar de ares ao invés de bater de frente. Aí quando acho que não tem mais como você ir pro caminho errado, tu tira um otimismo sei lá de onde DO CHIPRE e acha que tem como conseguir algo ali e que treiná-los seria melhor que voltar... para onde você acabou voltando no fim das contas.

Bem, tive uma passagem rápida pelo Plymouth, duas temporadas no Grenoble, depois a passagem pelo Chipre. Me parece ser um momento menos estável da carreira, causado principalmente por uma série de decisões ruins. 

Também não acho que tenha sido apenas trocar de ares em vez de bater de frente. Eu não estava com dificuldades no Forest, saí porque queria um desafio novo, e o Plymouth me mandou embora porque as coisas não deram certo. Aí eles me demitiram e assumi o Grenoble e consegui a promoção, mas as coisas na temporada seguinte não deram certo - e mesmo assim eu permaneci até o fim, quando aí sim, optei por ir embora porque estava de saco cheio do clube e queria algo novo, em vez de novamente tentar a promoção na mesma divisão e com o mesmo clube de antes. No caso do Chipre, sim, podemos dizer que as dificuldades - naturais - acabaram me fazendo ir embora antes do tempo.

Você poderia argumentar, com razão, que de alguma forma houve precipitação em todas essas decisões, o que concordo. Mas não é uma questão tão simples quanto "encontrou dificuldade, troca de clube".

11 horas atrás, Bigode. disse:

É como o @vinny_dp bem explicitou ali e eu já tinha reparado faz tempo: parece faltar calma e sobrar afobação. Nós conversamos no grupo no outro dia e eu expus alguns pontos. Eu não sou o sabe-tudo também, óbvio, mas acho que tem coisa certa ali no que eu disse. Tu tem que lembrar o nível no qual você tá inserido e trabalhar em cima disso. Ah, o time é ruim? Foda-se (o brasileiro, não o "foda-se" português): é o que você tem, é o que tua reputação no jogo pode te proporcionar. Se tu continuar saltando de time ruim em time ruim sem nunca dar continuidade, vai continuar sempre assim: saltando de time ruim em time ruim sem progredir.

Sim, embora isso não seja novidade. Tem sido assim há bastante tempo, apenas não ficava tão claro.

Eu entendo seu ponto, mas na prática a teoria é outra. Dependendo do nível que está inserido, você não tem jogadores para jogar de forma mais cautelosa - absorvendo a pressão do adversário - e muito menos atacando. Vai fazer o que nesse caso? Vai colocar a mentalidade Normal sem instruções e deixar os jogadores se virarem? Mas se eles são ruins mentalmente, como é que vão se virar sem instrução nenhuma? Vai jogar de forma simples? Ótimo, mas dez partidas depois os adversários obviamente sacam o esquema (exatamente porque é simples demais) e o fato de seus jogadores serem ruins acaba criando dificuldades, porque não têm nível técnico pra superar a contra-estratégia. Aí seu time naturalmente começa a perder, o moral cai, a pressão aumenta...

Eu, sinceramente, não sei bem o que fazer nesse tipo de situação. Talvez eu não tenha capacidade para treinar nesse nível ainda e devesse tentar outra coisa, tipo pegar um clube de uma segunda divisão europeia, top 5, e tentar vencer tudo. Mas encerrar o save agora seria mais uma decisão precipitada, fugindo dos problemas, e não quero fazer isso. 

11 horas atrás, Bigode. disse:

Falta calma pra ti. Isso ficou bem claro pra mim beeem lá atrás quando eu já havia falado num comentário aqui que não tinha gostado da sua decisão de abandonar o clube no qual estava (era o Forest, se me lembro bem). Respeitava, porque no fim das contas a decisão é sua e tu sentia que devia, mas não concordava em absoluto. Hoje é fácil falar, mas olhando pra trás, me parece que essa tua decisão tá cobrando o preço até hoje, já que você não parece ter realmente se acertado desde então.

Sim, eu penso isso o tempo todo. Essa certamente foi a pior das decisões.

11 horas atrás, Bigode. disse:

Ah, antes que eu esqueça: tu bateu ali na tecla de não querer voltar pro National. Não sei se é por achar que já está um nível acima ou seja o que for, mas se me lembro bem, sua promoção do National também não foi mil maravilhas, não foi sobrando ou algo do tipo. Isso pra mim prova que talvez tu não esteja tão acima ainda do National e acaba soando como soberba (?) essa recusa em voltar pra lá, sendo que no fim das contas um passo atrás pode ser o necessário para ganhar mais experiência e dar dois passos a frente.

Talvez não tenha ficado claro, mas o problema é que acho a terceira divisão francesa um saco. Os clubes têm um nível de exigência muito alto para as porcarias de elenco que conseguem montar, não há dinheiro nem público, é difícil conseguir bons jogadores e quando você enfim consegue subir, o risco de retornar na temporada seguinte é enorme, porque o nível dos atletas é bem inferior ao da segunda. Eu, sinceramente, não consigo me divertir no National, e isso é muito mais um problema do que qualquer outra coisa.

Nesse sentido eu morro de saudades das divisões inferiores inglesas - e posso concordar com você que houve precipitação nesse caso, porque eu aceitei voltar para uma divisão onde detesto jogar. Mas estou mais a frente no jogo e só mais a frente é que eu me dei conta disso.

11 horas atrás, Bigode. disse:

Desculpa o textão e espero que não leve a mal, de verdade. Eu gosto pra caralho das suas sagas e isso aí é mais no sentido de ser uma crítica construtiva, algo pra te fazer parar e pensar. Eu sei que muitas vezes você duvida de si enquanto treinador/jogador de FM, então espero que isso te ajude a refletir (talvez, sim, o problema seja você - pegando novamente o gancho da conversa do grupo - mas não enquanto treinador de fato, e sim por essas decisões precipitadas e tal).

Claro que não. Eu sempre disse que o Fmanager é um local para a gente trocar ideias e experiências sobre o jogo e toda crítica é sempre bem vinda, ajuda a gente a pensar e refletir sobre o jogo e sobre nossa relação com ele e isso é o mais legal de tudo.

De fato talvez o problema seja eu mesmo, pelas escolhas que faço. Lendo o teu texto, me lembrou o que o @Danut me disse lá atrás quando eu ainda treinava o Wealdstone. Nesse sentido, se as escolhas não estão sendo bem feitas, ou se muda a forma de escolher, ou se mudam as escolhas que se faz.

Em 29/05/2019 em 19:30, Danut disse:

Entendo a tua frustração, pois realmente não é legal quando as coisas não funcionam da maneira que queremos. Mas me parece claro que o problema não é com uma suposta limitação do FM, e sim com as escolhas feitas pelo treinador. 

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O pobre primo de Lyon
24/05/2025

Após completar 30 anos de vida, o Druida estava desempregado, vivendo uma fase complicada na carreira. Depois da boa passagem pelo Forest Green Rovers, da Inglaterra, o treinador saiu para treinar o Plymouth Argyle, da terceira divisão, mas foi demitido com pouco tempo de trabalho após uma campanha pífia. A partir daí engatou uma espiral descendente, com trabalhos medianos no Grenoble, da França (foi promovido dos playoffs da terceira para a segunda divisão, mas caiu com o clube no ano seguinte) e na seleção do Chipre, com uma passagem relâmpago onde decidiu sair após o fim da Eurocopa.

O desejo do treinador - que por coincidência sou eu - era retornar à Inglaterra, mas decidi aceitar o primeiro convite que recebi e ele vinha novamente da França, novamente do Championnat National. O clube em questão é o Lyon-Duchère, que para fins de save será chamado apenas de "Duchere" (com o outro clube da cidade ficando apenas “Lyon”). O nome correto leva acento invertido, mas como é um acento meio chato de acertar no teclado que uso, vou passar a escrever sem.

Além de ter sido o primeiro convite que recebi, gosto bastante da perspectiva de fazer crescer o segundo clube de uma cidade tão tradicional no futebol quanto Lyon. Tem ainda o fato de que sempre achei o Duchere um time bem chato de enfrentar quando comandava o Grenoble, o que para mim é um sinal de que é uma equipe com bom nível para o National. Pesou ainda a questão financeira, com as contas atualmente no azul e dinheiro disponível para contratações e salários.
 

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O Duchere, que é uma espécie de “primo pobre” do futebol da cidade, tem uma história interessante. Enquanto o Lyon, o “primo rico”, é mais tradicional e antigo, tendo sido fundado em fins do século 19, o Duchère nasceu em 1963, no bairro de mesmo nome. É uma equipe associada aos “pieds-noirs” (pés negros), cidadãos franceses e outros de ascendência europeia que viveram no Norte da África francês, principalmente Marrocos, Argélia e Tusísia, até a descolonização desses territórios, entre 1956 e 1962. Em particular, o termo pieds-noirs é utilizado para aqueles cidadãos descendentes de europeus que "regressaram" à França assim que a Argélia se tornou independente ou pouco depois.

 

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Tendo assumido o Duchere já em fins de junho, praticamente na abertura da janela, algumas contratações já haviam sido feitas. Importante mencionar também que os dois jogadores que saíram estavam sem espaço no elenco e renderam 28 mil euros aos nossos cofres.
 

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Nelson Galvanelli, Quentin Cornette, Yao Brou e Alexandre Viera são os jogadores que eu não contratei. Acho os dois primeiros bem fracos, enquanto Brou é uma ótima promessa para o futuro e Viera vai jogar no time titular.

Trouxemos também Christian Bertrand para ser opção na lateral direita (que só contava com uma jovem promessa), Le Roy Merlin para a volância e Racciopi para ser titular no gol. O curioso é que Racciopi havia sido levado por mim do Duchere para o Grenoble, e agora retorna sob o meu comando.

Tivemos ainda a chegada do atacante Thierry Ambrose, nossa principal e mais cara contratação - custou 120 mil euros junto ao Senart-Moissy. Com bons atributos físicos e mentais, o francês de 28 anos tem tudo para ser o craque da equipe.
 

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Três jogadores vieram por empréstimo para compor elenco: o zagueiro Roman Morin (Grenoble), o meia ofensivo Cyril Denis (Troyes) e o o volante Ibrahima N´Doye (Troyes). 

E fechando as contratações da temporada, três atletas chegaram mais adiante: os meias John Amos, em novembro, e Hervé Millet, em março. Já em maio, veio um velho conhecido: Gerard Bangoura, aquele mesmo que comeu a bola no Grenoble e marcou cerca de 20 gols tanto no National quanto na Ligue 2. Ele nem chegou a entrar em campo porque a fase de inscrições já havia se encerrado, mas eu quis garantir sua contratação para que faça parte do elenco na próxima temporada.

 

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Ficamos com um elenco tão completo quanto grande - enorme, eu diria.
 

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Entre os jogadores há várias jovens promessas, como Fabien Chambon, Pierre Durand e David Charles. Há ainda o atacante Jonathan Verdier, que participou de algumas partidas e eventualmente deixou os juniores para fazer parte do time principal (e que não coube no print).

 

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O Duchere tem um elenco que encaixa certinho numa formação que eu não gosto muito de usar: o 4-1-2-3. A versão abaixo é a "final", ou seja, como ficou a distribuição das funções e tarefas após alguns ajustes iniciais.
 

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Não é que eu não goste, assim, por implicância. É que para formar uma boa dupla de ataque nesse esquema, preciso que um dos pontas seja ou o homem-gol, ou o atacante de apoio, e nunca consegui que fizessem bem nenhuma das duas coisas, provavelmente porque meus pontas são bem ruins. E eu nem cogito a hipótese de colocar dois extremos (pontas abertos) cruzando para um centroavante - simplesmente não funciona.

Mas decidi apostar na formação assim mesmo, porque ir com outra significaria não usar todo o potencial que o elenco tem. A princípio escolhi mentalidade Normal, sem instruções.
 

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O sorteio nos colocou diante do FC Limonest na 5ª eliminatória. Fizemos um jogo muito bom e vencemos com bastante tranquilidade.
 

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Na sequência o adversário foi o OC Eybens. Com dois gols de Ambrose e dois de Cornette, goleamos e nos classificamos à fase seguinte.
 

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Por fim, veio um desafio bem maior: o tradicional Valenciennes. Não conseguimos segurar o forte ataque adversário e desperdiçamos o pouco que criamos; resultado?
 

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Eliminação esperada e mais do que justa. Temporada que vem tem mais.
 

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Turno

Estreamos no campeonato contra o Saint-Malo, fora de casa, e fizemos um jogo muito bom, vencendo e goleando com tranquilidade.
 

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Na sequência, não vencemos mais em agosto: empates com o Chambly-Thelle (0 a 0) e o US Orleans (3 a 3) - num jogo onde abrimos 2 a 0 e deixamos o adversário reagir - e por fim, derrota para o Belfort (2 a 0).

Setembro começou melhor: visitamos o Strasbourg e um gol madrugador de Ambrose, logo aos 10 minutos, garantiu nossa segunda vitória no campeonato. 
 

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Depois, só empates: Limoges (3 a 3), Grenoble (1 a 1) e Lavallois (3 a 3).

A essa altura, me incomodava que a equipe estivesse sofrendo muitos gols. Troquei a função do volante de Pivô Defensivo (Terceiro Zagueiro) para Trinco, a do primeiro meia central de Armador Recuado - Apoiar para Meia Central - Apoiar, e passei a prestar mais atenção no comportamento dos laterais, que naquele momento viraram Defesas Laterais em vez de Alas.

A mudança tornou a defesa mais sólida mas o ataque começou a ter dificuldades para vencer a marcação adversária - o velho problema do “cobertor curto”. No sufoco derrotamos o Gazelec Ajaccio (2 a 1), depois perdemos para o Avranches (1 a 0) e engatamos duas boas vitórias: uma goleada sobre o Sarre-Union…
 

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...e outra sobre o Sedan (1 a 0), num jogo muito difícil onde Alexandre Viera resolveu a parada num chute de longe. Depois, novembro não começou muito bem, com um empate muito sofrido contra o Lusitanos (1 a 1) e uma derrota para o Chamois (1 a 0). A primeira vitória do mês só veio sobre o Rodez, com uma grande atuação de Yao Brou.
 

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Depois, Le Roy marcou no fim do jogo e nos salvou de uma derrota para o Amiens (1 a 1). Já entrando dezembro, eu sentia o time mais consistente e maduro, e isso se refletiu numa boa vitória sobre o Spinallen (2 a 0). Ainda havia mais um jogo, tecnicamente o primeiro do returno, mas considero o último do turno porque ocorre antes da pausa de três semanas para o Natal e Ano Novo.

E que jogo, meus amigos, que jogo. Numa das melhores atuações sob meu comando, simplesmente destruímos o forte Chambly, com uma atuação espetacular de Ambrose. O francês fez nada menos que QUATRO gols (um de pênalti) e comandou uma goleada inesquecível.
 

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Com o resultado subimos para o terceiro lugar na tabela, entrando portanto na zona dos playoffs e sonhando com uma vaga na Ligue 2.

 

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Returno

No reinício do campeonato até começamos bem contra o Orleans, abrindo o placar com Abdallah, mas o velho problema de segurar os resultados apareceu  e cedemos o empate (1 a 1). Mesmo problema na rodada seguinte, contra o Belfort: abrimos o placar, cedemos o empate, conseguimos fazer o segundo e eles empataram de novo três minutos depois, mesmo tendo um jogador a menos. Inadmíssivel.
 

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Fechando o mês de janeiro empatamos de novo, agora contra o Strasbourg (0 a 0). E entrando em fevereiro, percebemos que algo de muito errado estava acontecendo. O FC Limoges é um time fraco, candidato ao rebaixamento, mas nos aplicou uma goleada absolutamente humilhante. Não tem como justificar ou explicar uma coisa dessas.
 

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O Duchere ia despencando na tabela e o sonho da vaga na Ligue 2 começava a ficar ameaçado. Suando sangue, conseguimos empatar com o Grenoble (1 a 1), depois perdemos para o Lavallois (1 a 0), voltamos a empatar, agora com o Gazelec Ajaccio (1 a 1) e sofremos outra derrota vergonhosa, agora para o fraco US Abranches (2 a 0) já no primeiro jogo de março.

Nada havia mudado em termos táticos, não mexi em instruções, não fiz nada significativo; a pane, portanto, não tinha uma explicação lógica ou óbvia. Já eram oito jogos sem vencer, o moral estava baixo, a pressão aumentava e a equipe precisava voltar a ganhar.

Sem alternativa, fiz algo que detesto: coloquei o Duchere com mentalidade baixa, buscando um jogo de baixo risco e tentando não perder antes de vencer, fosse no próprio 4-1-2-3 ou num 4-1-4-1 com pontas mais recuados. A equipe melhorou e quebrou a sequência negativa com uma boa vitória sobre o Sarre-Union (que também não é lá essas coisas).
 

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Depois, nova vitória, esta sim, ao melhor estilo “sufoco”, contra o Sedan (1 a 0), com gol de pênalti. Em seguida, fechando março, voltamos a perder, agora para o Lusitanos (1 a 0).

Faltava pouco para o fim da época e alcançar a promoção era praticamente impossível, tanto matematicamente quanto pelo que se via em campo. Tratei então de desencanar e procurar fazer o melhor que pudesse, começando a planejar o time e a formação para a próxima temporada enquanto cumpriamos tabela na atual.

Iniciamos abril empatando com o Chamois (1 a 1) e depois conseguimos outra vitória no sufoco, agora contra o Rodez.
 

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Nos últimos três jogos perdemos um - Amiens (2 a 0), depois empatamos com o Spinallen (1 a 1), e, já experimentando o 4-4-2 que pretendo usar na próxima temporada, vencemos o Saint-Malo, embora os dois gols sofridos tenham me deixado com a pulga atrás da orelha.

 

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Foi um segundo turno muito fraco, com apenas quatro vitórias e um monte de empates. Não tem como sonhar muito alto com uma campanha dessas.


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Fechamos o campeonato na quinta posição, dentro da expectativa da diretoria e a apenas três pontos da zona de classificação aos playoffs. Podia ser melhor mas, para uma temporada inicial, não foi de todo ruim.
 

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O destaque absoluto da equipe foi Thierry Ambrose, com 21 gols marcados e melhor classificação média. Um daqueles caras que realmente faz a diferença.
 

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Estou curioso para saber o que a dupla Ambrose-Bangoura poderá fazer lado a lado na próxima temporada…

 

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As finanças do Duchere estão bastante boas para os níveis do National, com saldo no azul, dinheiro em caixa e salários sob controle. As perspectivas para o futuro são bastante boas e essa parte, de fato, não me preocupa.
 

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Spoiler

Pessoal, peço desculpas pela discrepância no tamanho e na qualidade dos prints dos jogos. Estou testando prints com tamanho menor e que me obriguem a editar menos, porque a edição estava me dando muito trabalho, e quis ver como ficariam em relação aos maiores. A partir da próxima atualização já estará tudo padronizado de novo. Obrigado!

 

Postado

Foi uma temporada razoável e ficou apenas poucos pontos da zona de classificação. Na próxima temporada com reforços o top 2 é possível para equipe.

O Thierry tem nome de craque ne ? tem de dar aquele "peido" lampejo de craque as vezes e comandar o time kkkkkkkkkk

Postado

Nossa perdi um bom número de atualizações. Vamos por partes.

Embora já tenho passado, em relação ao Grenoble, vou ser a ovelha negra e dizer que concordo com a saída. Sim, poderia ficar, poderia reestruturar, poderia subir de novo e etc, mas realisticamente falando, quem realmente daria essa chance pra um desconhecido recém-rebaixado em último lugar e que passou a temporada brigando com o elenco? Achei até um milagre que último lugar + atmosfera de vestiário péssimas não resultaram em demissão.

Agora essa passagem pelo CHIPRE realmente me deixou "quêêêê?", ainda mais pelo fato que depois pensou que deveria ter continuado lá 🤣

No fim acabou jogando o National mesmo 🤣, e senti a falta de maior detalhe nos reencontros contra o Grenoble. Mas agora parece que o time não tem problemas internos, está até bem saudável financeiramente e o treinador mais tranquilo com o que está fazendo. O que faz a decisão de sair ser acertada (mesmo não contando que eu já vim com o conhecimento da boa campanha do Lyon).

Postado

Temporada muito boa, na minha opinião. Acho que pra iniciar no clube, não foi nada mal.

Agora, conhecendo melhor o elenco que tem em mãos, pode ir com calma ao mercado, contratar pontualmente onde sabe que precisa e buscar a promoção e, quem sabe, até mesmo o título na próxima temporada.

Em relação aos reforços, gostei muito do Ambrose logo de cara, algo comentado também por você. No fim, ele mostrou que realmente a aposta nele era válida. Vamos ver como se sai agora ao lado do seu xodó que não teve a chance de jogar já nessa temporada.

Boa sorte na sequência!

Postado
Em 04/09/2019 em 22:30, boblk disse:

Foi uma temporada razoável e ficou apenas poucos pontos da zona de classificação. Na próxima temporada com reforços o top 2 é possível para equipe.

O Thierry tem nome de craque ne ? tem de dar aquele "peido" lampejo de craque as vezes e comandar o time kkkkkkkkkk

Eu achei uma boa temporada. Se tivéssemos feito um segundo turno um pouquinho melhor, tipo duas ou três vitórias a mais, teríamos brigado pelos playoffs ou mesmo pela vaga direta. Mas é aquilo né, o "se" não joga. Hehehe

Vamos ver até onde podemos chegar na próxima temporada, tomara que o Thierry Ambrose continue endiabrado como foi nessa. O cara levou o time nas costas.

Obrigado boblk!

10 horas atrás, Lanko disse:

Nossa perdi um bom número de atualizações. Vamos por partes.

Embora já tenho passado, em relação ao Grenoble, vou ser a ovelha negra e dizer que concordo com a saída. Sim, poderia ficar, poderia reestruturar, poderia subir de novo e etc, mas realisticamente falando, quem realmente daria essa chance pra um desconhecido recém-rebaixado em último lugar e que passou a temporada brigando com o elenco? Achei até um milagre que último lugar + atmosfera de vestiário péssimas não resultaram em demissão.

Agora essa passagem pelo CHIPRE realmente me deixou "quêêêê?", ainda mais pelo fato que depois pensou que deveria ter continuado lá 🤣

No fim acabou jogando o National mesmo 🤣, e senti a falta de maior detalhe nos reencontros contra o Grenoble. Mas agora parece que o time não tem problemas internos, está até bem saudável financeiramente e o treinador mais tranquilo com o que está fazendo. O que faz a decisão de sair ser acertada (mesmo não contando que eu já vim com o conhecimento da boa campanha do Lyon).

É, nesse ponto sou bem prático. Se a relação com os jogadores é boa, temos condições de reverter qualquer coisa. Mas se a confiança acaba a coisa complica. A sensação que eu tinha é que a diretoria ia me demitir a qualquer momento, era só questão de tempo, então preferi sair antes.

E eu devia sim ter continuado no Chipre, disputar competições com seleções é sempre muito bom, mesmo que seja só pela experiência.

Sobre o Duchere, você quis dizer a decisão de "não" sair, né? Hehehe. O treinador está amadurecendo e encontrou um time cheio de vontade de crescer, as coisas foram boas na primeira temporada e agora vamos em frente para ver até onde podemos chegar. Faltou mais detalhes mesmo, mas é por causa dessa forma de postar que é mais genérica e focada na temporada em si que nos jogos. Isso vai mudar em breve e acho que o save vai ganhar em emoção e dinamismo.

Obrigado Lanko!

6 horas atrás, Bigode. disse:

Temporada muito boa, na minha opinião. Acho que pra iniciar no clube, não foi nada mal.

Agora, conhecendo melhor o elenco que tem em mãos, pode ir com calma ao mercado, contratar pontualmente onde sabe que precisa e buscar a promoção e, quem sabe, até mesmo o título na próxima temporada.

Em relação aos reforços, gostei muito do Ambrose logo de cara, algo comentado também por você. No fim, ele mostrou que realmente a aposta nele era válida. Vamos ver como se sai agora ao lado do seu xodó que não teve a chance de jogar já nessa temporada.

Boa sorte na sequência!

Também achei, ainda mais considerando que foram poucas contratações e houve algumas dificuldades de encaixe. 

Sobre as contratações, devo adotar uma estratégia mais radical e trocar todo mundo. Tem jogador muito velho, tem outros com nível muito baixo, e vou aproveitar os contratos acabando pra fazer uma faxina geral. 

Ambrose mitou demais, quero ver agora o que ele é capaz de fazer ao lado do Bangoura.

Obrigado Bigode!

Postado

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Uma temporada, três traições
02/04/2026

Depois de uma boa campanha no Championnat National, o Duchere terminou em 5º lugar na tabela, a apenas três pontos da vaga no playoff para a Ligue 2. Já com o esquema tático e diversos jogadores com contrato acertado, eu me preparava para uma temporada onde disputaríamos o acesso, subindo um degrau em relação ao que foi feito anteriormente.

 

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Comecemos pelas saídas, que não foram poucas.
 

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Diawara, Verdier, Soro e Racciopi receberam boas propostas e, como não eram imprescindíveis, não quis segurá-los. Já John Amos foi emprestado para ganhar experiência.

Houve ainda uma série de jogadores - catorze, para ser mais exato - cujo contrato se encerrava, e que não fiz questão de renovar porque queria ou já havia acertado com atletas de melhor nível.

Vocês irão observar também que Anouar Hafidi foi para o Red Star por 325 mil euros. Esse jogador foi contratado no início desta temporada, conforme veremos abaixo, mas achei a oferta irrecusável, a situação financeira do clube havia piorado muito e assim ele acabou saindo antes do fim da época.
 

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Paul Charruau veio para substituir Racciopi como titular no gol; Cizo e Dujardin, para serem opções na zaga no lugar de Lafarge e Abbes (titulares na temporada passada); e Kamau e Alakouch, para serem nossos laterais do time principal.

Já nos flancos do meio campo, optei por dois extremos (pontas abertos) no 4-4-2 inglês, que eram mais fáceis de encontrar do que meias laterais. Assim os contratados foram Mehdi Haddadou, para a esquerda, e Petar Milic, para a direita, com David Moké vindo para ser o reserva de Milic. Procurei exaustivamente um bom reserva para a meia esquerda, mas não encontrei nenhum de nível razoável.

Por sua vez, o centro do meio campo foi reforçado com os meias Kenneth Ali, Alban Richard e o já mencionado Anouar Hafidi; um pouco mais adiante na temporada, trouxe Brandon Domingues como meia ofensivo, permitindo que atuássemos também no 4-2-3-1 e no 4-4-1-1. 
 

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Acabei não fechando com nenhum atacante, uma vez que contávamos com Thierry Ambrose, Gerard Bangoura e Hakim Abdallah. E o elenco ficou assim:
 

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A pesquisa para contratar os jogadores foi feita com grande critério, inclusive com maior participação dos olheiros, e uma filtragem cuidadosa pelos atributos de cada jogador, especialmente os mentais. Não podia dar errado.

 

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Estreamos na competição na ronda preliminar e demos azar no sorteio, encarando o Dijon - time que estava cheio de raiva por ter sido rebaixado da Ligue 1 para a 2. Esse foi também meu jogo de número 400 da carreira.
 

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Nem preciso dizer que não tivemos a menor chance e que o placar ficou barato para eles. Sobretudo porque o Duchere voltou a mostrar o velho problema de não aproveitar as oportunidades que cria, o que é fatal quando se enfrenta um adversário bem mais forte.

 

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Estreando na 5ª eliminatória, visitamos o AS Levier. Fizemos um bom jogo e vencemos com bastante tranquilidade.

 

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O rival seguinte seria o FC Mulhouse, que também disputa as divisões regionais. Abrimos o placar com Bangoura logo no primeiro minuto, mas o que parecia ser um jogo tranquilo se revelou um enorme desastre. Enquanto nós relaxamos, o adversário cresceu na partida, empatou e depois conseguiu uma virada histórica aos 36 do segundo tempo.

 

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Simplesmente ridículo. Fomos humilhados e não tenho mais o que comentar.

 

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Turno

O 4-4-2 que armei era bem simples, o estilo de jogo, bem básico, e os jogadores escolhidos tinham perfil para as funções e tarefas, armados numa forma de jogo mais rígida e sem inventar muito. A ideia era concentrar as jogadas pelos lados do campo, com os extremos usando a velocidade para colocar a bola na área para os dois atacantes.

Mas nada disso pareceu encaixar e iniciarmos o campeonato com três derrotas: Orleans (2 a 1), Neuweg (3 a 0) e LEMANS (3 a 1). Pior que os resultados, era que o Duchere mal passava do meio campo e mal chutava a gol. O que estava acontecendo?

Parecia questão de tempo ou de ajustar tática e entrosamento, como mostrou a vitória sobre o Vendée Les Herbiers.
 

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Era só impressão mesmo, porque o time continuou tendo atuações horríveis contra o Calais (0 a 0) e contra o fraco Limoges, onde perdemos (1 a 0) com sorte, porque escapamos de uma goleada. E a zona de rebaixamento já era uma realidade bem próxima.

A princípio não havia nada errado com a tática em si, então a conclusão é que os jogadores não eram assim tão bons quanto pareciam. Mas isso justificava que estivessem jogando feito time de várzea? O que eu via em campo era simplesmente assustador, nem o Cefn Druids em sua pior fase jogava tão mal. Houve momentos em que o Duchere não acertava dois passes e jogos onde chutava uma vez a gol, contra oito ou dez do adversário.

Veio então a primeira traição da temporada. Eu decidi trocar a forma de jogo, transformando os Extremos em Médio Alas (Meias Laterais), simplesmente para buscar melhores resultados. Mas se contratei e pensei o time de uma determinada forma, mudá-la não ia resolver nada. O desespero me levou a me trair a mim mesmo e às minhas convicções.

Os resultados até apareceram, sendo o primeiro deles uma vitória sobre o Chambly-Thelle…
 

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...e outra contra o Strasbourg (1 a 0). Mesmo assim, o time continuava jogando de forma horrível e tinha ganho mais por sorte que qualquer outra coisa. Prova disso é que na sequência empatamos com o Gazelec Ajaccio (0 a 0) e perdemos para o Beziers (1 a 0) e para o Chamois (3 a 0).

Onze jogos e apenas três vitórias, sendo seis derrotas e dois empates. Como comentei, pior que os números era o desempenho horroroso. Algo precisava ser feito e apelei para o pragmatismo: mentalidade baixa, comportamento de pouco risco e formação 4-1-4-1 com pontas recuados e volante. Achei que era melhor do que continuar jogando mal e perdendo.

Até funcionou a princípio, com vitórias sobre o Belfort (1 a 0) e sobre o Sarre-Union. O curioso é que Abdallah estava marcando a maioria dos gols quando saía do banco de reservas, mas quando era titular, jogava pior do que os colegas.

 

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O bom momento foi quebrado parcialmente com a derrota para o Spinallen (1 a 0). Em seguida, a chegada de Brandon Domingues permitiu que o Duchere pudesse atuar num 4-4-1-1, ainda que com mentalidade baixa, e foi assim que vencemos o Lusitanos, ainda que jogando muito mal.


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Na sequência fomos simplesmente humilhados pelo Grenoble (3 a 2), num jogo onde eles abriram 2 a 0, empatamos e fizeram o terceiro no minuto seguinte, passando a impressão que poderiam vencer o jogo a qualquer momento; e por fim, tomamos de cinco do Boulogne numa atuação simplesmente ridícula (5 a 2). Prefiro nem comentar.
 

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Fim de turno e o Duchere estava no meio da tabela, com nove derrotas, seis vitórias e três empates, quando a diretoria esperava uma metade superior. Mesmo assim, os diretores me garantiam todo o tempo que eu estava seguro e estável no cargo. 

Returno

Como se já não tivéssemos problemas o suficiente, a fase ruim começou a afetar a relação com os jogadores. Eles vieram até mim mais de uma vez dizer que não estavam satisfeitos com a minha gestão de equipe, e mais de uma vez os mandei plantar batatas.

Crescia ainda uma insatisfação interna com uma suposta “falta de profundidade” no plantel, um argumento sem sentido considerando que nosso elenco tinha substitutos para todas as posições e ainda as jovens promessas. E quem estava por trás dessa reclamação? Ele, o traidor-mor, Gerard Bangoura. Traidor mesmo, porque foi comigo que fez sucesso no Grenoble, e eu o trouxe para o Duchere quando ele estava encostado e sem clube. 

Pior: eu havia prometido a ele que reforçaria o time com meias centrais, cumpri a promessa, e mesmo assim ele continuava reclamando que não fiz isso. Aos poucos, a insatisfação de Bangoura foi contaminando outros jogadores. É claro que se estivéssemos ganhando e bem na tabela ninguém nem ia reclamar de nada. 

Em campo as coisas estavam um pouquinho melhores. Abrimos o turno vencendo o Neuweg (3 a 1) e ainda que tenhamos perdido para o LEMANS (2 a 0), em seguida vencemos o Vendee (1 a 0) e, numa boa atuação, derrotamos também o Calais.
 

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Na sequência, perdemos para o Limoges (1 a 0) e empatamos com o Strasbourg (2 a 2), para depois vencer o Chambly.

 

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Subindo na tabela? Nada disso. Com duas atuações horrorosas, fomos goleados pelo Gazelec Ajaccio (4 a 1) e pelo Beziers (4 a 0). Parecíamos ter nos recuperado ao derrotar o Chamois (1 a 0), mas voltamos a jogar mal, empatamos com o Belfort (2 a 2) e tomamos um vareio do fraco Sarre, que desde os 5 minutos já vencia por 1 a 0.

 

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O Duchere estava no meio da tabela e uma reação era improvável. Faltava um mês e meio para o fim do campeonato e eu já me preparava para a temporada seguinte, pensando em uma nova reformulação. Foi quando a diretoria, que o tempo todo dizia que me apoiava, me chamou para uma reunião de emergência. E eu fiquei sem entender nada.

Eles queriam uma reação imediata e disseram que eu estava sob séria ameaça. Mentiram para mim o tempo todo e agora me colocavam contra a parede, exigindo mínimo de pontos conquistados e uma classificação melhor na tabela num prazo curto, que sabiam que não conseguiríamos entregar. E conduziram a conversa de tal forma que fiquei sem alternativa a não ser...pedir demissão. 
 

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Para quem não acredita, das alternativas de resposta que apareceram no jogo, essa era a única que fazia sentido, visto que as outras prometiam coisas impossíveis de cumprir. É como se eles quisessem me obrigar a pedir para sair em vez de me mandar embora.

A saída não fez muita diferença e, mesmo atuando num 4-2-3-1 tradicional, o Duchere não venceu mais até o fim do returno.
 

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Ainda não acredito no que aconteceu. Quando eu enfim estava disposto a continuar apesar de qualquer coisa, é a diretoria que praticamente me obriga a sair. Que ironia do destino...

E não foi a única. Olhem só quem foi o campeão do National e vai disputar a Ligue 2 na temporada que vem...
 

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Observem também que a defesa do Duchere não foi assim tão vazada, ficando ali pelo meio da tabela; já o ataque foi o segundo pior da competição com 33 gols marcados, a frente apenas do Calais e do Vendee. Uma enorme decepção para quem esperava grandes atuações da dupla Ambrose-Bangoura.

Desempregado, acabei aceitando um convite do Saint-Louis Neuweg, recém-chegado da quarta divisão, e que terminou a temporada atual em sétimo lugar. 

Para mim, comandar o Neuweg era uma possibilidade de fazer crescer um clube pequeno e ainda em busca de fazer sua história. Mas era um time recém-chegado ao National e que, embora tendo feito uma boa campanha, ainda tinha nível de quarta divisão. Naquele momento da carreira, apesar de sentir saudades da Inglaterra, eu ainda não havia me dado conta que detestava treinar no National.

E eu devia ter pensado melhor nessas duas questões antes de assinar o contrato...

Postado

O time marcou o mesmo numero de gols que sofreu praticamente, mas o ponto é que parece faltar uma melhora no setor ofensivo e na defesa para o acesso. A tabela mostra um meio de cima do campeonato muito equilibrado, se voce conseguir se destacar desse meio o acesso vem.

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Realmente as coisas desandaram muito desde a saída do Forest. Me parece que tá faltando ao druida fazer o que os druidas fazem de melhor: manipular as forças da natureza a seu favor. Por enquanto quando aparece uma adversidade, ele prefere fugir do que encarar de frente. Dessa forma fica muito difícil progredir mesmo na carreira já que as próprias diretorias ficam com o pé atrás em contratar um treinador que na primeira adversidade pega o chapéu e vai embora. Na minha opinião não se pode queimar etapas e ir com muita sede ao pote, porque senão vai queimar etapas muito importantes no próprio desenvolvimento do treinador dentro do vestiário. Um exemplo disso foi sua situação no Grenoble que por sentir que não conseguiria gerir os possíveis motins que surgiriam preferiu sair do que ficar e agora vê seu ex-clube voltando à Ligue 2 sendo que você poderia muito bem ter alcançado essa conquista. Até porque com o tempo - e com jogadores importantes ficando do seu lado nas dinâmicas/hierarquia - você consegue manejar muito melhor o plantel, mesmo nas adversidades.

No meu save com o Cannes, por exemplo, consegui evitar o rebaixamento da Ligue 2 porque eu estava bem estabelecido no time e contava com praticamente o elenco inteiro me apoiando e acabei fazendo uma cobrança que alguns não gostaram (reclamei com três jogadores do time titular pelas más atuações) e eles se voltaram contra mim. Consegui manejar isso com minhas boas relações entre jogadores de hierarquias mais altas; no FM17, que não tem o setor de dinâmica (se não me falha a memória), você consegue manejar isso ainda mais facilmente se relacionando bem com os capitães do time, que são quem socorrem na hora que tudo tá prestes a ir pro espaço.

Enfim, eu torço bastante para que permaneça no time mesmo quando tudo parecer perdido e só sair se essa for a decisão da diretoria. Porque do jeito que está eu aposto que só consegue oferta mesmo dessas últimas divisões que estejam carregadas e, na minha opinião, eu acho que esse é o momento de dar um passo atrás para dar dois adiante e em algum momento vai conseguir fazer um bom trabalho e ir se preparando para, no futuro, saber gerir bem melhor essas pressões que surgem. Mas de qualquer forma, mesmo com os tropeços, a saga segue muito boa para acompanhar :)

Boa sorte na sequência!

Postado

Eu sinceramente não tenho o que dizer sobre essa atualização. Mesmo.

Só vou dizer, já sabendo que provavelmente DEU RUIM a julgar pelo que disse ali no fim, que o tal time "que tinha nível de quarta divisão" terminou a frente do seu agora ex-clube. Então será que o que você montou e achou que era bom não era na verdade algo também de nível de quarta divisão? A pergunta é mais retórica que qualquer coisa. Mais pra reflexão mesmo. Talvez o nível do Neuweg não seja assim tão baixo. Ou o nível do Lyon que tu montou não fosse tão alto quanto pensou num primeiro momento.

Postado

Meu nobre Tsuru, que vida difícil. Achei que o Duchere era o time que você ia elevar até desbancar o PSG. Vi o empenho refletido na análise criteriosa para as contratações, mas não deu. Acho que todo mundo (incluindo eu) já bateu na tecla da sua não permanência nos times escolhidos, mas entendo que as vezes isso é impossível.

Acredito que o item mais preocupante nessa última atualização foi o rápido compromisso com outro time francês, país no qual você não anda gostando de treinar. Temo que outro período de 'crise tática' possa fazer você se impacientar mais uma vez. Gostaria que você tivesse ido para uma liga onde se sentisse mais confortável.

Em todo caso, torço para uma virada de mesa agora.

Postado

P.S.: 'virada de mesa' no sentido de superação, não no sentido Fluminense.

Postado
Em 06/09/2019 em 19:12, boblk disse:

O time marcou o mesmo numero de gols que sofreu praticamente, mas o ponto é que parece faltar uma melhora no setor ofensivo e na defesa para o acesso. A tabela mostra um meio de cima do campeonato muito equilibrado, se voce conseguir se destacar desse meio o acesso vem.

É, eu não sei se no caso do Neuweg eles tiveram sorte ou competência. Vamos ver o que o destino nos reserva.

Obrigado boblk!

12 horas atrás, Herr Jones disse:

Realmente as coisas desandaram muito desde a saída do Forest. Me parece que tá faltando ao druida fazer o que os druidas fazem de melhor: manipular as forças da natureza a seu favor. Por enquanto quando aparece uma adversidade, ele prefere fugir do que encarar de frente. Dessa forma fica muito difícil progredir mesmo na carreira já que as próprias diretorias ficam com o pé atrás em contratar um treinador que na primeira adversidade pega o chapéu e vai embora. Na minha opinião não se pode queimar etapas e ir com muita sede ao pote, porque senão vai queimar etapas muito importantes no próprio desenvolvimento do treinador dentro do vestiário. Um exemplo disso foi sua situação no Grenoble que por sentir que não conseguiria gerir os possíveis motins que surgiriam preferiu sair do que ficar e agora vê seu ex-clube voltando à Ligue 2 sendo que você poderia muito bem ter alcançado essa conquista. Até porque com o tempo - e com jogadores importantes ficando do seu lado nas dinâmicas/hierarquia - você consegue manejar muito melhor o plantel, mesmo nas adversidades.

No meu save com o Cannes, por exemplo, consegui evitar o rebaixamento da Ligue 2 porque eu estava bem estabelecido no time e contava com praticamente o elenco inteiro me apoiando e acabei fazendo uma cobrança que alguns não gostaram (reclamei com três jogadores do time titular pelas más atuações) e eles se voltaram contra mim. Consegui manejar isso com minhas boas relações entre jogadores de hierarquias mais altas; no FM17, que não tem o setor de dinâmica (se não me falha a memória), você consegue manejar isso ainda mais facilmente se relacionando bem com os capitães do time, que são quem socorrem na hora que tudo tá prestes a ir pro espaço.

Enfim, eu torço bastante para que permaneça no time mesmo quando tudo parecer perdido e só sair se essa for a decisão da diretoria. Porque do jeito que está eu aposto que só consegue oferta mesmo dessas últimas divisões que estejam carregadas e, na minha opinião, eu acho que esse é o momento de dar um passo atrás para dar dois adiante e em algum momento vai conseguir fazer um bom trabalho e ir se preparando para, no futuro, saber gerir bem melhor essas pressões que surgem. Mas de qualquer forma, mesmo com os tropeços, a saga segue muito boa para acompanhar :)

Boa sorte na sequência!

Olá Herr Jones! Seja bem vindo de volta. Hehehe

Como já comentei aqui, não sei se passo a sensação de sair quando a adversidade aparece, mas não acho que seja bem assim. Eu fui praticamente demitido do Plymouth, depois passei duas temporadas no Grenoble, depois passei mais duas no Duchere. Ao longo desse período, o Grenoble teve uma fase bem ruim - quando quase que não conseguiu subir - e eu continuei. Depois o mesmo aconteceu no Duchere, quando o time deu pane e saiu da zona dos playoffs, mas não saí; fiquei para a temporada seguinte quase toda e teria continuado se a diretoria não tivesse agido da forma como agiu. Pode-se argumentar que foram decisões precipitadas, afobadas, mas não necessariamente uma fuga dos problemas.

Sobre continuar no Grenoble, não dava, não tinha mais clima. A sensação que eu tinha é que seria demitido a qualquer momento e preferi sair antes. O que eu poderia ter feito é ter esperado para ver se ia mesmo ser mandado embora e aí decidir, mas naquele momento achei que não faria diferença. Para o clube em si acabou sendo bom, conseguiram continuar o bom trabalho e subiram com o título.

E em relação a esse lance dos capitães, já tentei falar com eles algumas vezes, mas normalmente não dizem coisas muito úteis. Ao menos comigo nunca ajudou a contornar os problemas, no máximo entender como anda o moral do grupo. Parece que essa parte melhorou bastante nas versões seguintes - ou se complicou, talvez.

É complicado dizer que só vou sair se for a decisão da diretoria. Não sei o dia de amanhã, não sei o que pode acontecer, então digamos que eu vou tentar que seja dessa forma, mas não tenho como garantir isso.

Obrigado pelos elogios e pelo comentário!

11 horas atrás, Bigode. disse:

Eu sinceramente não tenho o que dizer sobre essa atualização. Mesmo.

Só vou dizer, já sabendo que provavelmente DEU RUIM a julgar pelo que disse ali no fim, que o tal time "que tinha nível de quarta divisão" terminou a frente do seu agora ex-clube. Então será que o que você montou e achou que era bom não era na verdade algo também de nível de quarta divisão? A pergunta é mais retórica que qualquer coisa. Mais pra reflexão mesmo. Talvez o nível do Neuweg não seja assim tão baixo. Ou o nível do Lyon que tu montou não fosse tão alto quanto pensou num primeiro momento.

Ficou com a mesma sensação que eu vendo o time desmoronar e a diretoria dar a facada nas costas do treinador. 

Não sei cara...as contratações feitas pelo Duchere passaram pelo meu crivo e o dos olheiros, normalmente eram jogadores com quatro ou cinco estrelas de recomendação. E verifiquei muito bem os atributos chave, tudo certinho. Os zagueiros por exemplo tinham nível excelente para o National, mas em campo simplesmente não renderam.

Para mim o problema foi outro: entrosamento. Se você parar para olhar, o Duchere havia terminado apenas três pontos atrás do primeiro da zona dos playoffs. Então isso signficava que, com dois ou três reforços e dispensando os jogadores encostados, o time teria nível para brigar novamente pelo acesso. Mas eu decidi fazer de outra forma e reformulei completamente o elenco. De repente o entrosamento não veio logo de cara, a equipe começou a perder, tentei mexer para arrumar o que não funcionava e piorei a situação, que virou assim uma bola de neve. Para mim é a explicação mais simples e provavelmente a mais correta.

É bem provável que o Neuweg tenha mantido o time que subiu, e isso sempre faz diferença na primeira temporada numa divisão nova. Vamos ver o que aconteceu a seguir.

Obrigado pelo comentário!

2 horas atrás, LuisSilveira disse:

Meu nobre Tsuru, que vida difícil. Achei que o Duchere era o time que você ia elevar até desbancar o PSG. Vi o empenho refletido na análise criteriosa para as contratações, mas não deu. Acho que todo mundo (incluindo eu) já bateu na tecla da sua não permanência nos times escolhidos, mas entendo que as vezes isso é impossível.

Acredito que o item mais preocupante nessa última atualização foi o rápido compromisso com outro time francês, país no qual você não anda gostando de treinar. Temo que outro período de 'crise tática' possa fazer você se impacientar mais uma vez. Gostaria que você tivesse ido para uma liga onde se sentisse mais confortável.

Em todo caso, torço para uma virada de mesa agora.

 

2 horas atrás, LuisSilveira disse:

P.S.: 'virada de mesa' no sentido de superação, não no sentido Fluminense.

Eu achava também. Cheguei a imaginar bons confrontos contra o Lyon e tudo mais, e fiz tudo certinho na parte de contratações. Eu esperava mesmo me consolidar no clube, mas a situação tomou outro rumo.

Na verdade o fato de estar mais adiantado no save acaba gerando situações como essas - só descobri que detestava o National justamente depois que assumi o Neuweg. Mas isso é assunto para a próxima atualização, na qual descobriremos se houve mesmo a tal virada de mesa.

Obrigado Luis!

Postado

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A exceção da regra
01/01/2027

Depois de duas temporadas no Grenoble e duas no Duchere, a carreira do Druida seguia na França: decidi aceitar o primeiro convite que recebi. Ele veio do Saint-Louis Neuweg, um pequeno clube da Alsácia, região nordeste da França que faz fronteira com a Alemanha.

 

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Fundado em 1990, o Neuweg subiu do Championnat de France Amateur há duas temporadas, e havia terminado em sétimo no último Championnat National. Imaginei que era uma boa oportunidade para formar uma história no clube e continuar o bom trabalho que vinha sendo desenvolvido.

O objetivo da diretoria era não ser rebaixado, o que achei um pouco estranho considerando que terminaram na parte alta da tabela na temporada anterior. E isso somado ao fato que as finanças estavam boas para um clube do nível atual do Neuweg.

 

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Também prometi à diretoria que focaríamos as contratações em jovens jogadores, e foi assim que fomos ao mercado de transferências.

 

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Achei o elenco um pouco pequeno para a disputa de uma temporada longa como é a do National, e entendi que era necessário dar uma leve mexida.

 

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Aprendi a lição depois da última temporada do Duchere, e só deixei sair de fato os jogadores muito mal avaliados ou fora dos planos de forma a manter uma espinha dorsal.

Observem também que Yohann Campanini, um dos dispensados, acabou recontratado depois, porque não encontrei ninguém melhor que ele no mercado.

 

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A opção por jogadores livres e sem contrato se revelou a mais acertada. Não foi fácil, porque muitos dos atletas disponíveis nem queriam ouvir nossas ofertas, dada a reputação do clube. Mas até que conseguimos bons reforços para o nível da equipe.

O jovem Bernard Traoré, por exemplo, vem para ser o goleiro reserva, e é excelente promessa para o futuro. Por sua vez, Noé Lecomte chega para ser opção na lateral esquerda.

Rápido e inteligente, o francês Gatoch Manimpa, de 20 anos, é canhoto e pode jogar como ponta ou como atacante interior, o que o torna bem versátil. Com perfil similar chegou também Brian Boyer, meia direita de 18 anos, que é um “extremo” clássico.

Nino Petchy, 24 anos, foi contratado para ser nosso volante, devido aos bons atributos físicos. E o inglês Rich Baird, 18 anos, veio para se revezar como titular na zaga, até pela falta de melhores opções disponíveis.

Fechando as contratações tivemos Jean-Baptiste Racon Capoue, 21 anos, para jogar no comando do ataque; e Milan Robin, 26 anos, e Thamane Sibisisi, 18, para atuarem como pontas cortando para dentro.

 

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O elenco ficou bem grande e completo, e permite um rodízio completo de jogadores - de forma a desgastar menos os atletas e evitar problemas com lesões.

 

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A ideia é atuar basicamente no 4-1-2-3, porque é o esquema na qual os jogadores disponíveis se encaixam melhor.

 

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É simplesmente inacreditável.
 

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Garanto que meu desânimo não é pelos resultados em si. Já atravessei fases ruins com outras equipes e sei que é uma fase, dá para ver claramente quando seu time perde porque o adversário foi melhor, ou por azar. Foi assim na segunda temporada do Forest e na primeira com o Grenoble e o Duchere. Mas aqui não.

Não sei se fiz algo de errado, ou se venho fazendo, mas o desempenho em campo era assustador. Goleiro fazendo gol contra em cruzamento despretensioso, time cometendo pênaltis infantis quando está melhor na partida, enorme dificuldade para criar chances, um festival de passes errados e pataquadas dignas de um Rockgol, sendo completamente dominado e humilhado pelos adversários. Eu nunca vi equipes jogarem tão mal quanto o Duchere da temporada passada e o Neuweg desta. Sabem, de ser assustador mesmo? 

Procurei manter o esquema inicial nos primeiros jogos para ver se era questão de se adaptar, mas o desempenho continuou horroroso. Tentei ser mais cauteloso e jogar para evitar as derrotas, mas nada mudou. Tentei jogar numa forma mais cautelosa, mas também não melhorou. E tentei ser mais ousado e jogar atacando, mas também não resolveu. 
 

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Depois de tantas temporadas ruins, eu já estava de saco cheio. Tinha a impressão que a equipe estava só cumprindo tabela no National e voltaria ao CFA no fim da época. E tinha perdido completamente o prazer de jogar o jogo, porque parecia que estava jogando para perder, para cumprir tabela, e que nada funcionava - contratações, esquemas de jogo e o que fazia para tentar resolver a situação.

No fim tudo parecia inútil, porque em campo o desempenho era tão ruim, mas não ruim, que o treinador não fazia a menor diferença. Ou talvez o problema fosse justamente ele.

Peço desculpas, mas se não tem diversão, não tem sentido continuar. E o save vai continuar, mas bem longe de Saint-Louis e do Championnat National.
 

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Fiquei desempregado de setembro até o início do ano seguinte, sendo chamado para algumas entrevistas mas nada de concreto. E as propostas que eu recebi eram de equipes que não me agradavam, então decidi simplesmente declinar.

Até que chegou uma oferta bem interessante...

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Vamos ver qual o próximo destino desse treinador andarilho do futebol. Acho bom ter recusado equipes ruins para evitar passar raiva, o ideal na minha visão é esperar oportunidade em uma equipe que vai lutar na parte media para cima da tabela e evitar essas disputas contra o rebaixamento.

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Poxa, eu achei que tinha conseguido montar um time interessante pro National. Não que fosse as mil maravilhas, mas que pudesse competir bem. Uma pena que desandou tão rápido. 

Tem uma coisa que me chamou a atenção porque chegou a acontecer comigo também quando tava jogando o National. A tática do time (4-1-2-3) não funcionou comigo de jeito nenhum lá e nessas últimas vezes que você passou pelo National acabou usando esse esquema. Eu acho que não tem nada a ver, mas me chamou a atenção. 

Vamos ver o que o futuro trará para o druida. 

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Nossa, meu Paronamix...

Nunca a frase "seria cômico se não fosse trágico" caiu tão bem.

Cheguei a imaginar Paulo Bonfá e Marco Bianchi narrando alguns jogos depois que você evocou o saudoso Rockgol.
Que fase, parece que fizeram mandinga pra você, o que por si só é um pouco irônico: afinal, quem é o druida aqui?

Bom, se o save tinha parado de ser divertido para você, melhor mesmo mudar de ares.

Não vou desejar sorte porque não parece estar funcionando.

Tomara que você seja demitido na pré-temporada! (quem sabe assim?)

Postado
3 horas atrás, boblk disse:

Vamos ver qual o próximo destino desse treinador andarilho do futebol. Acho bom ter recusado equipes ruins para evitar passar raiva, o ideal na minha visão é esperar oportunidade em uma equipe que vai lutar na parte media para cima da tabela e evitar essas disputas contra o rebaixamento.

Druida é uma espécie de Givanildo europeu - mas sem títulos estaduais. Hehehe

Antes eu achava, de verdade, que recusar propostas diminuía as chances de ser aceito em outras equipes. Hoje vejo que não tem nada a ver, eu não vou aceitar qualquer coisa só pra não ficar desempregado. Como você diss, mais do que a divisão ou o clube em si, o importante é encontrar uma equipe legal e em uma boa condição pra não passar raiva de novo.

Obrigado boblk!

3 horas atrás, Herr Jones disse:

Poxa, eu achei que tinha conseguido montar um time interessante pro National. Não que fosse as mil maravilhas, mas que pudesse competir bem. Uma pena que desandou tão rápido. 

Tem uma coisa que me chamou a atenção porque chegou a acontecer comigo também quando tava jogando o National. A tática do time (4-1-2-3) não funcionou comigo de jeito nenhum lá e nessas últimas vezes que você passou pelo National acabou usando esse esquema. Eu acho que não tem nada a ver, mas me chamou a atenção. 

Vamos ver o que o futuro trará para o druida. 

Eu também achei. Para mim era uma equipe pelo menos de meio de tabela, mas não consigo explicar o que aconteceu, em campo foi um desastre.

Eu tenho tido problemas com o 4-1-2-3 e acho que foi uma das causas do desastre. Não lembro se já comentei no tópico, mas para mim é uma questão de formação de dupla de ataque. Quando você usa alguma forma de 442, a divisão no ataque é bem clara - tem um jogador que recua para conectar com o meio campo e segura a bola para lançar um companheiro mais avançado, que normalmente é o responsável por fazer os gols. Quando você monta um esquema como 4-2-3-1 ou 4-1-2-3, essa divisão normalmente é redistribuída: o atacante único fica mais responsável por segurar a bola e lançar um ponta ou um MAC em profundidade, que por sua vez faz os gols. Ou o atacante único fica sendo o homem-gol e o MAC ou um dos pontas vira uma espécie de segundo atacante.

Pensando no 4-1-2-3, o homem-gol naturalmente tende a ser um dos pontas, porque não há MAC e porque, se você coloca o atacante único como centroavante e o ponta como segundo, o espaço entre eles é tão grande que a jogada não acontece. Em teoria é simples, mas nunca consegui fazer um Atacante Interior ou Raumdetter funcionar em times pequenos. Dizem que é por questão de falta de técnica, porque para ser um bom ponta goleador é preciso muito drible e técnica para cortar para dentro corretamente e ganhar dos zagueiros para então finalizar. 

Eu até entendo, mas então porque o FM me indica que certos jogadores de times pequenos são Atacantes Interiores naturais? E por que esses jogadores existem com tanta abundância em times pequenos? Deveriam ser tipo o Falso Nove, que é bem raro em equipes de divisões inferiores. Acaba que o jogo me dizer que fulano é natural nessa função me faz armar o time assim, por ser aparentemente um encaixe natural, mas na prática a coisa não funciona. Eu sinceramente nem penso em repetir essa formação, a não ser em equipes maiores e quando tiver, de fato, um ponta goleador craque e excepcional.

Vamos ver o que o futuro nos reserva.

Obrigado Herr Jones!

12 minutos atrás, LuisSilveira disse:

Nossa, meu Paronamix...

Nunca a frase "seria cômico se não fosse trágico" caiu tão bem.

Cheguei a imaginar Paulo Bonfá e Marco Bianchi narrando alguns jogos depois que você evocou o saudoso Rockgol.
Que fase, parece que fizeram mandinga pra você, o que por si só é um pouco irônico: afinal, quem é o druida aqui?

Bom, se o save tinha parado de ser divertido para você, melhor mesmo mudar de ares.

Não vou desejar sorte porque não parece estar funcionando.

Tomara que você seja demitido na pré-temporada! (quem sabe assim?)

Né? Eu não imaginava que as coisas fossem ficar tão ruins. Parece que enterraram um sapo debaixo da casa do Druida, o que seria mesmo cômico se não fosse trágico.

O goleiro levando gol contra num cruzamento idiota me lembrou a saudosa Musa Nissei Sansei, que não enxergava a bola. Saudades do Rockgol nos tempos áureos (antes de começarem a repetir as piadas à exaustão).

Não dava mesmo para continuar, não tinha como. Jogar por jogar está fora dos planos e parar o save, menos ainda. Tomara que o próximo clube tenha um destino diferente.

Obrigado Luis!

Postado

Vai virar o Loco Abreu da prancheta? Hahah

Brincadeiras à parte, que dureza sua situação. Espero que o próximo clube, que suspeito ser inglês, te traga melhor sorte.

 

Postado

Cacete, de todas as coisas que perdi nas últimas atualizações, a que mais me fez rir foi o Grenoble campeão. E desculpa por rir disso, mas é que sua epopeia em terras francesas é trágicômica mesmo hahahaha

Como perdi muita coisa pelo caminho, não vou comentar os acontecimentos, apenas desejar sorte para o próximo desafio, que espero eu, seja bom para o técnico reencontrar aquele futebol moleque. hahaha

Boa sorte!

  • Vice-Presidente
Postado

Assim como o Marcio, perdi muita coisa, girou bastante pela França e não saiu do lugar. Talvez seja o karma da falta de paciência e infelizmente, numa situação como a que passou, era mais fácil manter o plano original para a temporada, do que se desesperar atrás de um milagre. 

Postado
Em 09/09/2019 em 21:03, vinny_dp disse:

Vai virar o Loco Abreu da prancheta? Hahah

Brincadeiras à parte, que dureza sua situação. Espero que o próximo clube, que suspeito ser inglês, te traga melhor sorte.

Daqui a pouco eu viro é o Luxemburgo europeu, "só no pojeto". Hahaha

Sim, é inglês. Daqui a pouco postarei a continuação da história.

Obrigado Vinny!

8 horas atrás, marciof89 disse:

Cacete, de todas as coisas que perdi nas últimas atualizações, a que mais me fez rir foi o Grenoble campeão. E desculpa por rir disso, mas é que sua epopeia em terras francesas é trágicômica mesmo hahahaha

Como perdi muita coisa pelo caminho, não vou comentar os acontecimentos, apenas desejar sorte para o próximo desafio, que espero eu, seja bom para o técnico reencontrar aquele futebol moleque. hahaha

Boa sorte!

Seria cômico se não fosse trágico, não é? Eu peguei raiva da terceira divisão da França depois de tudo o que aconteceu, e por isso mesmo coloquei na minha lista fazer um save de clube em terras francesas, em algum momento do futuro, pra quebrar esse tabu. Mas por enquanto o Druida volta mesmo para a Inglaterra.

Obrigado Marcio!

2 horas atrás, Henrique M. disse:

Assim como o Marcio, perdi muita coisa, girou bastante pela França e não saiu do lugar. Talvez seja o karma da falta de paciência e infelizmente, numa situação como a que passou, era mais fácil manter o plano original para a temporada, do que se desesperar atrás de um milagre. 

Fez que foi, não foi, e acabou não fondo mesmo. Parece que ainda estou pagando os pecados da falta de paciência com as mudanças de clube lá atrás e espero que isto acabe em breve. O Neuweg era muito ruim, se continuasse no comando eu ia ser rebaixado de qualquer forma. Não cair já era um milagre, mas para mim parecia mais que isso, parecia impossível mesmo.

Obrigado Henrique.

Postado

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Desventuras em série
04/03/2027

Saí do Neuweg respirando fundo e tive algum tempo para colocar a cabeça no lugar: fiquei desempregado de setembro até dezembro. Após algumas entrevistas - e de ser rejeitado pelo Forest Green Rovers - recebi uma oferta da League Two, a quarta divisão inglesa, de um clube bastante tradicional e interessante.

 

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Fundado no início do século 20, o Charlton Athletic está sediado em Charlton, no sudeste de Londres. O maior sucesso dos Addicks foi a conquista da FA Cup em 1947, além de já ter sido vice-campeão inglês dez anos antes. Também já conquistou a terceira divisão três vezes (1929, 1935 e 2012).

 

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Hoje a maior dificuldade do clube é reerguer as contas. Com o que havia de excedente para transferências, consegui equilibrar a folha salarial e melhorar a perspectiva para o futuro.

 

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Encontrei um elenco muito interessante e promissor, cheio de jovens com enorme potencial.

 

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Os maiores destaques são o goleiro Tim Povey, emprestado pelo Watford, e o atacante Alessandro Innocenti, um matador nato. 

 

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Devido ao fato de ter assumido o time no meio da temporada, a única contratação que fiz foi do experiente zagueiro espanhol Ivan Casado, contratado em transferência livre.
 

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Cheguei ao clube no mesmo dia em que estrearia contra o líder Scurnthope, então havia (muito) pouco tempo para armar a equipe - e nenhum para testes. Por isso decidi seguir a sugestão do adjunto e armei o Charlton num 4-4-2 inglês bem simples, usando a instrução de passes mais diretos e mentalidade Normal para um jogo rápido, usando os flancos do campo e a velocidade dos extremos para tentar surpreender os adversários. 

 

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A princípio pensei numa dupla de ataque mais simples, tipo Atacante Recuado-Centroavante, mas acabou que Atacante Defensivo-Jogador Alvo foi o que encaixou melhor.

 

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O Charlton estava em 13º lugar na tabela - praticamente a mesma posição em que deixei o Forest há algumas temporadas - e a diretoria queria mais, pois acreditava que a equipe tinha potencial para terminar na metade superior.

 

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Tivemos um início excelente: derrotamos o líder Scurnthope, vencemos o Notts County de virada após eles abrirem 2 a 0, depois perdemos para o Wycombe num jogo muito equilibrado e estivemos muito perto de derrotar o sexto colocado Bradford City, sofrendo o gol de empate nos acréscimos. Fechando essa primeira sequência, mais uma vitória sensacional sobre o Crewe, 3 a 1 de virada após começar perdendo, numa demonstração sensacional de confiança e jogo de equipe.

Pensava eu que a sequência a seguir seria mais fácil, por serem times da parte mais baixa da tabela. Ao mesmo tempo, estava tentando arrumar a defesa, que vinha sofrendo gols em excesso e complicando o bom trabalho do ataque.

Mas a alegria durou pouco: depois de empatarmos com o Colchester, nossa defesa voltou a falhar demais e cedeu empate ao Flyde depois de estarmos duas vezes na frente do placar. A partir daí o time desandou e as tentativas de arrumar os problemas causaram uma horrível sequência de seis derrotas seguidas. É claro que isso gerou insatisfação na diretoria e novamente causou problemas no vestiário, com jogadores reclamando porque eu não escalava Conor Randall no time principal. 

Nessa sequência de jogos houve momentos inacreditáveis, como tomar a virada do Gillhingham depois de abrir o placar, e perder por 3 a 0 para o Eastleigh com três gols de contra-ataque fulminante, mesmo dominando a partida e criando as melhores chances.

O mau momento nos empurrou para baixo na tabela e aproximou o Charlton da zona de rebaixamento, algo considerado inadmissível no clube. Ironicamente, fomos ultrapassados pelo...Forest Green Rovers.

Seria cômico se não fosse trágico... 
 

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Ao contrário de outras por aí, a diretoria do Charlton nunca me enganou, e quando as coisas pioraram, deixou bem claro que meu cargo estava ameaçado. Tanto que depois da derrota para o Eastleigh eu sabia que iriam me chamar para cobrar explicações.

Como sempre faço, eu não vou ficar implorando chances ou dizendo que vou cumprir o que sei que não vou conseguir entregar. Se não estão satisfeitos comigo, peço meu boné e vou embora - aliás isso já está se tornando tão comum que nem ligo mais.
 

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Fazer o que? O jeito é esperar a próxima chance e ver se dessa vez as coisas melhoram. Tenho de acreditar, é o que me resta.

  • Vice-Presidente
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Achei que tinha caído para cima e era a chance de dar a reviravolta. Mas foi mais do mesmo.

Contudo, analisando seu elenco, acho que errou na abordagem tática. Deveria ter optado por um 4-1-2-3 mesmo. Seus melhores jogadores eram os pontas, os meias-centrais e o atacante. Com uma defesa envelhecida e como o setor com menos qualidade média da equipe, poderia ter se dado bem resguardando um pouco mais a entrada da área.

 

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