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Brazylijska magia


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Uma pena esse grupo logo quando abriu a carteira. Mas na EL tudo é possivel.

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Um trabalho e tanto esse de buscar jogadores na mão. Um dos mais prazerosos - pra mim, pelo menos. Que traga bons frutos.

Impressão minha ou a disputa com o alemão Kurt barrou o crescimento do Kwietniewski?

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3 hours ago, jeanslay said:

Uma pena esse grupo logo quando abriu a carteira. Mas na EL tudo é possivel.

O grupo é bem difícil. Mas na real quase todo ano pegamos grupo difícil né, a distância para os maiores da Europa ainda é grande demais. Só se der sorte de pegar aquele um ou outro grupo muito mais fraco que o resto, senão vamos sempre sofrer. Ao menos a vaga na Liga Europa deve ser nossa se não fizer nada muito errado, e aí é ver até onde vamos.

 

2 hours ago, Neynaocai said:

Um trabalho e tanto esse de buscar jogadores na mão. Um dos mais prazerosos - pra mim, pelo menos. Que traga bons frutos.

Impressão minha ou a disputa com o alemão Kurt barrou o crescimento do Kwietniewski?

"Prazeroso" definitivamente não é o adjetivo que eu usaria pra descrever essa atividade. Acho um porre, rs. Só fiz porque não via outro caminho pra continuar qualificando a equipe.

O Kwietniewski perdeu um pouco de espaço porque o Kurt tem jogado melhor. Mas não acho que isso tenha afetado o desenvolvimento do jogador, porque até os 24 anos ele teve bastante tempo de jogo (mesmo agora ainda tem uma boa quantidade, mesmo que menos do que antes). Acho que ele só chegou no seu limite mesmo. Ele era uma grande promessa no passado, mas o nível geral do Pogon era menor também, então ser uma grande promessa naquela equipe não significava tanto assim. É um bom jogador, excelente até pro nível do polonesão, mas tá longe de ser uma estrela de nível mundial.

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Meu Deus que grupo da Champions hahaha.... rir pra não chorar. Barcelona com Klopp, e quem é o técnico do City?

O elenco tá ficando bem abrasileirado mesmo, e interessante a tática de enrolar as propostas dos clubes apenas para eles não terem tempo de voltar com outra maior, nunca tinha pensado nisso haha valeu pela dica.

Você disse que tem que esperar os brazucas fazerem 18 anos pra virem? Eles não podem ir com 16 pra Polônia?

 

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36 minutes ago, Lanko said:

Meu Deus que grupo da Champions hahaha.... rir pra não chorar. Barcelona com Klopp, e quem é o técnico do City?

O elenco tá ficando bem abrasileirado mesmo, e interessante a tática de enrolar as propostas dos clubes apenas para eles não terem tempo de voltar com outra maior, nunca tinha pensado nisso haha valeu pela dica.

Você disse que tem que esperar os brazucas fazerem 18 anos pra virem? Eles não podem ir com 16 pra Polônia?

 

Grupo bem ruim mesmo. Mas o pior é que não é um grupo totalmente fora do normal. Na real é comum pegarmos duas equipes muito mais fortes né. Tipo, olhando os outros grupos, a gente poderia enfrentar Real Madrid e PSG, Bayern e Chelsea, Liverpool e Juventus, Manchester United e Monaco. Não tenho certeza se qualquer desses grupos seria mais fácil. Claro que tem um Bilbao e Milan que o Pogon teria boas chances de passar, mas a maior parte dos grupos são duas equipes muito fortes mesmo.

Quando comecei o save (na primeira versão ainda, na real) alguém me perguntou - acho que o @ggpofm - quantos brasileiros eu imaginava que teria na equipe. Eu disse que esperava conseguir colocar uns 5 ou 6 na equipe titular, e uns 11-12 no elenco. Estamos bem dentro desses valores. No futuro talvez eu monte uma equipe 100% brasileira, mas com a história do limite de estrangeiros isso é difícil. Não sei ainda se é um objetivo que pretendo buscar, depende de quanto tempo levar pra conseguir os objetivos (se conseguir) com o sistema atual.

Em todo caso, estou bem contente com o número de brasileiros no momento, acho que tá funcionando bem.

Sobre não dar resposta aos clubes, nesse caso foi a tábua de salvamento mesmo, porque se algum clube pagasse a multa eu não teria chances de manter o jogador. Ainda assim tive que pagar um valor extra pelo fato de que haviam outros clubes interessados nele, mas ao menos o jogador não chegou a ter as duas propostas de contrato em cima da mesa (que aí ele veria que pode ganhar muito mais em outro lugar). A gente usa as estratégias de negócio que estão à disposição, né.

Jogadores brasileiros só podem jogar por clubes estrangeiros aos 18 anos. Não sei de onde é essa regra, nem tenho certeza se o problema é o Brasil não deixar ir pro clube estrangeiro antes dos 18 ou a Europa não deixar o estrangeiro jogar antes dos 18, mas sei que é assim que funciona. Por sorte o cara que chega com 18 ainda pode se tornar formado no clube ou no país.

 

EDIT: @Lanko esqueci de responder sobre o treinador do City. Até o final da pré-temporada era o Marcelino (do Valencia na vida real, segundo a Wikipedia). Mas aí ele assumiu a seleção espanhola. Agora é o Rui Vitória.

Aliás, vendo os treinadores deles, uma coisa curiosa: no save o Guardiola fez só 24 jogos no comando do City. Venceu oito, empatou sete, perdeu nove, foi demitido. Que campanha horrível.

Guardiola depois foi pra Juve, onde em dois anos ganhou os títulos nacionais todos, e depois pra seleção espanhola, de onde saiu pra aposentadoria.

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Ah é verdade, tinha esquecido disso. A regra acho que é do Brasil mesmo, pra evitar que saiam do país exageradamente cedo e deixem os clubes na mão. Dificilmente acho que é da Europa a origem da regra/lei, vide Messi e afins.

Fui pesquisar e achei isso, é de 2011, mas parece que é o que está em vigor, e na verdade é dos dois lados, apenas bem mais flexível no caso europeu:

https://trivela.com.br/transferencias-de-menores/

 

O artigo 19 do Regulamento sobre o Status de Transferência de Jogadores da Fifa é claro ao afirmar a impossibilidade da transferência internacional de jogadores com menos de 18 anos de idade, abrindo-se três exceções.

Uma das exceções é para o caso de o menor residir a menos de 50 km da fronteira com o seu novo clube, bem como que a sede do novo clube esteja, igualmente, a menos de 50 km da fronteira com o país de residência do jogador, perfazendo uma distância total de, no máximo, 100 km. Entretanto, em casos como este, as duas associações (a do clube em que o jogador reside e a do novo clube do menor) deverão apresentar consentimento, por escrito, dos fatos e da possibilidade da transferência, sob pena de serem punidas pela própria Fifa em caso de ocultarem informações.

Uma segunda possibilidade, aplicada somente aos países europeus, é para casos envolvendo membros da União Européia, bem como o jogador ter mais que 16 anos de idade. Também é primordial que seja assegurado, pelo novo clube, todas as condições necessárias para que o menor tenha adequado acesso à educação. Cumprindo esses requisitos, a transferência está autorizada.

A última das exceções é a que mais observamos no mercado mundial de transferências. O jogador, menor de 18 anos de idade, pode se transferir para clube de outro país, desde que seja para acompanhar seus pais, quando estes precisarem mudar por motivos alheios ao futebol.

 

O artigo 27-C, inciso VI, da Lei Pelé é taxativo ao declarar nula de pleno direito as cláusulas contratuais entre agentes e atletas que versem sobre o gerenciamento de carreira de jogadores em formação com idade inferior a 18 anos de idade.

O principal objetivo do legislador, ao proibir que o atleta com idade inferior a 18 anos firme qualquer tipo de contrato de agenciamento, é justamente o de proibir que as jovens promessas do futebol brasileiro deixem o país em busca das cifras milionárias que o futebol internacional oferece.

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Embora laborioso, achei bastante interessante e até econômica, no final das contas, buscar jovens nas bases brasileiras. Claro, isso é um investimento para algumas temporadas à frente, mas acho que pra quem já comandou o United of Manchester paciência não é problema.

O grupo da UCL pro Pogon praticamente não podia ser pior. É ver o que dá pra tirar financeiramente da competição.

Em tempo, é um tanto curioso que Alemão não tenha cidadania europeia.

Bom jogo!

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3 hours ago, LuisSilveira said:

Embora laborioso, achei bastante interessante e até econômica, no final das contas, buscar jovens nas bases brasileiras. Claro, isso é um investimento para algumas temporadas à frente, mas acho que pra quem já comandou o United of Manchester paciência não é problema.

O grupo da UCL pro Pogon praticamente não podia ser pior. É ver o que dá pra tirar financeiramente da competição.

Em tempo, é um tanto curioso que Alemão não tenha cidadania europeia.

Bom jogo!

Buscar os garotos na base acabou sendo a única forma que vi de continuar a competir, porque todos os jogadores com 18 ou 19 anos que meus olheiros indicaram como de potencial já estavam nas equipes principais dos times brasileiros, ganhando mais que eu podia pagar. Mas achei um saco fazer isso. Espero arrumar um jeito mais prático daqui pra frente - dessa vez tinha muito jogador por observar em pouco tempo, talvez nos próximos anos se for observando durante o ano dá pra usar os olheiros em vez de fazer essa observação manual (tipo, pedir para o olheiro fazer um report de cada jogador, que é mais fácil do que ficar abrindo a tela de cada jogador e olhando os atributos pra daí decidir de quem quero o report). Não sei ainda, vou ver. Não tenho essa paciência toda que tu tá achando não 😛

Pegamos um grupo muito ruim mesmo. Mas tinha vários outros que eram de nível semelhante: Real Madrid e PSG, Bayern e Chelsea, Liverpool e Juventus. Infelizmente tem muito time bom na elite europeia. É tentar evitar goleadas e se preparar pra Liga Europa, muito provavelmente.

O Alemão é falsificado. Mas logo mais ele consegue a cidadania pelo tempo que reside em Szczecin. Aí vai ter que trocar o nome pra Polaco.

Valeu 🙂

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S08 E02 - O embaixador do futebol

Hoje teremos uma atualização diferente por aqui. Quando iniciei a primeira versão do save, minha ideia era intercalar postagens do FM com outras sobre a história do clube e de seus personagens. Depois, quando iniciei a segunda versão do save, essa proposta ficou pelo caminho. Hoje vou iniciar a retomada deste projeto. Sem mais delongas, vamos ao texto.

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Andradina é uma pequena cidade no interior paulista, a cerca de 600km da capital. Foi fundada em 1932 por Antônio Joaquim de Moura Andrade, o "rei do gado". Hoje, possui pouco menos de 60 mil habitantes. Se você não morar nas proximidades, o mais provável é que jamais tenha ouvido falar da existência da cidade. A não ser que more na Polônia, como definiu um jornal local.

 

É muito provável que mais pessoas saibam sobre a existência da cidade na Polônia do que no Brasil. O embaixador de futebol desta cidade, Edi Andradina, cuidou disso.

 

Edi Carlos Dias Marçal nasceu em 13 de setembro de 1974. Teve a infância normal de um jovem brasileiro. Seu pai era motorista de ônibus, profissão que o próprio Edi pretendia seguir. Como quase todo garoto deste país, no entanto, Edi também gostava de jogar futebol com seus amigos. E foi assim que chamou a atenção dos olheiros do SE Matsubara - uma equipe paranaense focada nas categorias de base. É a partir daí que o futebol passa a ser central na vida de Edi. E que ele ganha o nome pelo qual ficará conhecido.

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E então, quando garoto de 14 anos, deixei minha casa de família. Matsubara está localizada a mais de 500 km de Andradina. [Chegando lá] quase todo mundo tinha dois nomes. Além disso, Carlo ou Carlos tinham vários outros. O treinador, para não se perder em tudo isso, me perguntou: "De onde você é?". Eu disse: de Andradina. "Então vou te chamar de Andradina." E foi assim que ficou.

 

Do Matsubara, Edi foi para uma breve passagem no Mirassol. Lá, chamou a atenção do Santos. Mas a primeira passagem por uma equipe de ponta não durou muito. No ano seguinte, vestiu a camisa do Mogi Mirim. No começo de 1998, transferiu-se para o Arsenal... de Tula, uma equipe recém promovida à segunda divisão do futebol russo.

 

Ir para a Rússia foi minha primeira viagem para fora do Brasil. No começo, senti um choque enorme, especialmente cultural. Os brasileiros são um povo que ri muito, os russos são exatamente o oposto. Tive a impressão de que são frios, inacessíveis, nunca dão risada. Mais tarde, é claro, minha opinião mudou, mas não foi fácil se aclimatar. [...] Alguns jogadores eram invejosos. Foi lá que eu vi pela primeira vez os atletas mais jovens sendo obrigados a carregar as sacolas dos mais velhos.

 

Apesar do choque inicial, em campo a adaptação de Edi Andradina foi bastante rápida. No jogo de estreia, em 23 de março de 1988, Andradina já teve a responsabilidade de bater uma penalidade aos 89 minutos, com o placar empatado. Converteu, dando a vitória ao Arsenal.

Esse pênalti na real não tem nada a ver com o Arsenal de Tula - é em outra equipe, anos mais tarde -, mas achei a cobrança bonita e queria colocar no post, rs.

Foi apenas o primeiro. Ao final da temporada, Edi tinha 27 gols em sua conta, tornando-se o artilheiro da competição. Ele ainda jogou uma segunda temporada no clube (18 gols, 3º melhor marca da liga) antes de chamar a atenção do futebol japonês.

 

O Japão me deixou agradavelmente surpreso. Todo mundo é educado e atencioso. É um mundo completamente diferente da Rússia. Você pode bater em um japonês e ele se desculpará por isso.

 

De 2000 a 2004, Andradina passou por Gamba Osaka, Oita Trinita – com quem foi campeão da segunda divisão nipônica –, Albirex Niigata e Consadole Sapporo. Em meio a todas essas trocas, ainda teve uma brevíssima passagem pelo Gama, do Distrito Federal. Em 2004, veio para sua terceira passagem pelo futebol brasileiro. Jogou a segunda divisão com o Santo André. No ano seguinte, foi para a Portuguesa Santista. Mas o período longe do país já havia deixado sua marca em Andradina.

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Lembro-me de chegar no Brasil depois de jogar no Japão. Eu não consegui me encontrar. O vestiário é sempre muito barulhento, e eu já estava acostumado com outro estilo.

 

Edi logo partiu novamente. Era janeiro de 2005. O atleta disputava o paulistão com a Portuguesa. Ao mesmo tempo, uma equipe polonesa que havia fugido do rigoroso inverno europeu treinava nas proximidades. Os dirigentes do clube de Szczecin aproveitaram a estada para observar alguns jogos do campeonato estadual local, e logo se interessaram pelo jogador. Começaram então as negociações para levar o atleta à Polônia. O presidente do Pogon, Dawid Ptak (filho do empresário e dono do clube Antoni Ptak) já sonhava alto:

 

Se Andradina assinar o contrato e Milar e Batata curarem a lesão, teremos o ataque mais forte do país. Vamos torcer para que essa transferência seja um grande reforço da linha de ataque de nossa equipe.

 

O próprio atleta, por sua vez, tinha planos menos ambiciosos. Jogar na Polônia não é exatamente o sonho de um atleta brasileiro. A viagem era para um curto trabalho, e nada mais. Ou assim era para ser.

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Vim para a Polônia para jogar, ganhar e voltar ao Brasil. Pensei em jogar até o final da temporada e voltar para minha terra natal. Tudo mudou quando nos apresentamos em Twardowski [a rua onde fica o estádio do Pogon]. Já no final do primeiro treino os torcedores reagiram vivamente. Nunca antes os torcedores tinham reagido assim depois de um treino meu. [...] Fui aceito na equipe muito rapidamente. Isso me surpreendeu positivamente. Quando eu estava na Rússia e no Japão, sempre precisava de um mês ou mais. Depois de uma semana no Pogon, já estava em casa. Me aclimatei rapidamente ao país também. Para mim, os poloneses são semelhantes aos brasileiros em termos de abertura e vontade de ajudar. Eu me sinto muito bem aqui.

 

Mas se no campo de treino a relação foi de amor à primeira vista, no de jogo a situação foi mais complicada. Andradina estreou diante do Legia, em Varsóvia. Goleada do time da casa. E uma lesão que o tirou dos gramados por mais de um mês. Um péssimo começo para um atleta que já estava com 30 anos, longe do auge físico. Foram três jogos assistindo o clube da arquibancada. Depois, mais cinco até finalmente conhecer o sabor da vitória. Foi também o jogo em que marcou seu primeiro gol pelo clube.

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A partir dali, as coisas melhoraram. Na reta final do campeonato, anotou mais quatro gols em cinco partidas. Depois da virada de temporada, ganhou ainda mais destaque. Andradina foi o principal artilheiro da equipe em 2005/06, com 10 gols e 5 assistências. Ao final de 2006, entrou para a equipe do ano da Ekstraklasa. No nível pessoal, tudo parecia estar dando certo.

O problema é que o futebol não é um esporte individual. E, se para Andradina as coisas iam bem, o mesmo não se pode dizer do Pogon como um todo. Só na temporada 05/06, o clube viu passarem três presidentes, quatro treinadores e mais de quarenta jogadores. No ano seguinte, a crise se tornou ainda maior. Como resultado, o Pogon acabou a liga na última colocação, rebaixado. Pior: abandonado pelo presidente, o clube acabou sendo obrigado a recomeçar na quarta divisão.

 

Não pude ficar para a quarta liga. Eu não sou um jogador que poderia estar nesse nível. Futebol também é o meu trabalho. Eu sou profissional. Eu ganho dinheiro jogando.

 

Continua no próximo post...

  • Danut mudou o título para Brazylijska magia - O embaixador do futebol [atualizado em 12.10]
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Gosto muito da historia desses jogadores brazucas que passam boa parte da carreira em mercados "inusitados". 

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4 hours ago, jeanslay said:

Gosto muito da historia desses jogadores brazucas que passam boa parte da carreira em mercados "inusitados". 

Eu também. O que acho mais legal é que no Brasil ninguém conhece o cara, a página na Wikipedia tem duas linhas, achei uma única matéria sobre ele (de um jornal local de Andradina, e que não diz muito também). Aí no exterior o cara foi artilheiro de campeonato, eleito pra equipe do ano de outro, ídolo de torcida (como ainda veremos na segunda parte). É bem curioso isso.

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Que história. Deve ser até fácil encontrar brasileiros em cantos obscuros por aí, o difícil é encontrar histórias como essa com esse nível de detalhe e clareza. Claro, a profissão e prioridade deles é outra, mas seria interessante saber de mais por aí.

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On 10/12/2019 at 5:00 PM, Lanko said:

Que história. Deve ser até fácil encontrar brasileiros em cantos obscuros por aí, o difícil é encontrar histórias como essa com esse nível de detalhe e clareza. Claro, a profissão e prioridade deles é outra, mas seria interessante saber de mais por aí.

No próprio Pogon tivemos muitos brasileiros né. Mas o Edi é o cara que ganhou mais destaque. Dos outros quase não tem material, já do Edi se encontra bastante coisa. Tudo em polonês, mas aí o google tradutor e uma boa dose de paciência pra cruzar as fontes fazem o trabalho.

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S08 E03 - Um cidadão de Szczecin

Oi pessoal, hoje vamos ver a segunda parte da história do Edi Andradina, o maior jogador brasileiro a vestir a camiseta do Pogon. No próximo post retomamos o FM.

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Não pude ficar para a quarta liga. Eu não sou um jogador que poderia estar nesse nível. Futebol também é o meu trabalho. Eu sou profissional. Eu ganho dinheiro jogando.

 

O rebaixamento significou o fim do experimento brasileiro no Pogon. Foram 21 jogadores do país a deixar o clube. Desses, apenas dois continuaram no futebol polonês. Um deles foi justamente Edi Andradina. Suas boas atuações pelo Pogon chamaram a atenção do Korona Kielce.

Na primeira temporada pelo clube da coroa, Andradina atuou em 28 partidas, marcando 10 gols e dando 5 assistências. A equipe terminou a liga na 6ª posição, resultado bastante próximo do que havia conseguido nos anos anteriores. No ano seguinte, porém, jogou a segunda divisão: o Korona foi condenado por envolvimento em um escândalo de combinação de resultados. Andradina não tinha nada a ver com a história - os fatos ocorreram antes dele chegar no clube -, mas teve que sofrer a punição junto com os demais.

Apesar da passagem forçada pela segunda divisão, Andradina conseguiu construir uma história de sucesso no Korona. O clube retornou a elite no ano seguinte (ajudado pela punição aplicada ao Widzew Lodz, que aumentou o número de vagas para promoção). Edi continuou a se mostrar um jogador de grande talento ofensivo. No todo, foram 29 gols e 35 assistências em 117 jogos pelo Korona. Além disso, sua liderança em campo lhe garantiu a posição de capitão - algo notável para um jogador estrangeiro em um país culturalmente fechado. Em 5 de março de 2011, o brasileiro se tornou o maior artilheiro estrangeiro da história da Ekstraklasa, ao chegar aos 41 gols na competição. Dois meses depois, aos 36 anos, anunciou sua saída do Korona.

 

Não posso mais dar mais a esse time, é hora de liberar espaço para os mais jovens.

 

Com a saída do Korona Kielce, Andradina foi novamente procurado pelo Pogon Szczecin. O clube havia passado por um processo de reestruturação, e se encontrava agora há duas temporadas na segunda divisão. Segundo o presidente do clube, as negociações para o retorno de Andradina foram breves.

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Nos conhecemos em Varsóvia. Nossa conversa sobre voltar ao Pogon não durou nem cinco minutos.

 

O retorno a Szczecin é um dos pontos altos de sua carreira. E é também um retorno de enorme simbolismo. Ele, que tanto havia se destacado no pior momento do clube, agora retornava para encerrar o ciclo. E, de fato, foi isso que aconteceu. Depois de dois anos tentando, o Pogon finalmente conseguiu o acesso de volta para a Ekstraklasa. Em grande parte por conta da participação de Edi, autor de 11 gols e 14 assistências - a melhor marca da divisão. Como que para completar o simbolismo do momento, é dele também o primeiro gol do Pogon na Ekstraklasa, em um belo gol de falta que pode ser conferido no vídeo abaixo.

Quem se interessar por ver mais gols, os seguintes vídeos tem os mais bonitos que eu encontrei e que não couberam no post: um e dois.

 

Para mim, o momento mais agradável foi jogar com o Pogoń na primeira liga e conquistar a promoção. Considero meu maior sucesso na carreira.

 

Depois de uma temporada na elite, Andradina chegou a ter seu contrato renovado para outro ano. Mas na temporada 13/14 o jogador mais velho da liga - aos 41 anos - começou a dar sinais de esgotamento. Passou a maior parte dos jogos no banco de reservas. Quando entrou, não convenceu. Seu último jogo oficial foi justamente contra o Korona Kielce. Substituído no intervalo, Andradina percebeu que não queria mais continuar nessa situação. 

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O último adeus dos gramados foi dado diante do Jagiellonia. Andradina deu o chute inicial, de modo simbólico. Depois, no intervalo, participou de uma competição com os torcedores. O objetivo era tentar acertar o gol a partir da marca de escanteio, em uma referência a um de seus gols mais famosos: o gol olímpico marcado em 2011, diante do Górnik Łęczna. Ao final do jogo, houve ainda uma última homenagem. Junto com sua aposentadoria, o clube anunciou também a aposentadoria da camisa de número 5, usada pelo atleta. Edi é um dos únicos dois jogadores do Pogon a receberem essa homenagem - o outro número aposentado é o 78 de Olgierd Moskalewicz, jogador que atuou pelo Pogon durante 12 temporadas.

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Edi é um cidadão de Szczecin por escolha e sempre permanecerá na história - não apenas do Pogoń, mas de toda a cidade.

 

A aposentadoria dos gramados não significou o fim das relações entre Edi e o Pogon. O atleta passou a desempenhar funções na equipe de treinos do clube. Como grande referência do clube, buscava passar toda sua experiência em campo aos mais jovens. O jovem Dawid Kort, uma das estrelas da nova geração do Pogon, destacou a importância de Andradina em entrevista após seu primeiro jogo pelo clube.

 

Treinamos individualmente com Edi uma vez por semana. Você pode dizer que ele é meu "tio" no vestiário de Pogoń. Eu posso aprender muito com ele.

 

Na vida real, tanto Kort quanto Andradina deixaram o Pogon na metade de 2018. Dawid foi para o Wisla Krakow. Edi assumiu o posto de treinador do Piast Zmigrod, uma equipe da 4ª divisão local. A mesma divisão que, como jogador, Andradina disse que não poderia encarar. Agora, em outra posição, sua visão mudou.

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Foi uma das minhas primeiras lições em Zmigrod. Se você gosta de futebol, não importa o nível em que você joga, porque é bonito de qualquer maneira.

 

No FM, a história de ambos é um pouco diferente. Dawid Kort ganhou grande destaque nas primeiras temporadas do save. Como se estivesse seguindo os passos de Edi, se tornou nosso meia ofensivo mais perigoso, ganhando por duas vezes o prêmio de melhor jogador da liga. Fez 22 gols e deu 54 assistências. Sua saída se deu apenas ao final da sexta temporada do save. 

Edi Andradina, por sua vez, continuou em suas funções na equipe técnica do Pogon. Ele permaneceu como treinador adjunto do time B, auxiliando os jovens que ainda não estavam prontos para jogarem na equipe principal, até quase a metade da temporada atual (a oitava do save). Agora, porém, o Edi do FM segue os passos do Edi da vida real, e assume um lugar de treinador. No FM, ele foi contratado pelo Zaglebie Lubin, da Ekstraklasa, de modo que passarei a enfrentar o antigo membro de minha equipe técnica.

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Independentemente de onde os próximos passos levarem a carreira de Andradina como técnico, o fato é que ele deixou sua marca na história do Pogon. E a recíproca também é verdadeira. A camisa de número 5 do Pogon pode ter o nome de uma cidade brasileira estampada. Mas o jogador que ela representa há muito deixou de ser apenas um brasileiro em um país distante.

 

A única coisa que lamento é o fato de não ter ido à Polônia antes. Eu conheci muitas pessoas maravilhosas aqui e me aclimatei rapidamente. É minha segunda terra natal. Aqui eu tenho minha casa e minha família. Estou feliz aqui.

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  • Danut mudou o título para Brazylijska magia - Um cidadão de Szczecin [atualizado em 14.10]
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S08 E04 - Migué nas inscrições

Postei agora há pouco a segunda parte da história do Edi Andradina. Como essa era uma atualização mais voltada a acontecimentos fora do jogo, resolvi que já vou seguir com o FM. No último post sobre o jogo apresentei a equipe para a disputa da temporada 2024/25, e também falei sobre o difícil grupo na UCL, com City e Barcelona. Agora é hora de ver os jogos do primeiro semestre.

 

Ekstraklasa

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Um empate contra nosso antigo parceiro LKS Lodz no último jogo estragou o que teria sido um semestre perfeito. De qualquer modo, estamos bem encaminhados para outro título. Destaque para o começo de temporada de Roman Celustka. Nosso terceiro atacante desembestou a fazer gols. Foram 14 gols nos primeiros sete jogos que participou - mesmo jogando por vezes fora de posição. Pena que depois ele voltou ao normal e não marcou mais. 

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Puchar Polski

Como a Copa da Polônia tem poucos jogos até a pausa de inverno, geralmente trago o relato de todos os jogos na atualização do segundo semestre. Mas dessa vez os jogos do Pogon na competição foram todos no primeiro semestre, então ela vai entrar nessa atualização. Como vocês já devem imaginar, deu merda.

Estreamos na competição diante do Zaglebie Lubin. O adversário é último colocado da Ekstraklasa, de modo que eu esperava vencer com facilidade. De fato, dominamos largamente os acontecimentos em campo. Mas minha equipe parecia estar acometida por uma maldição lançada por certo membro aqui do fórum que andou reclamando da eficiência ofensiva de sua equipe. Foram quatro bolas na trave. Vencemos por 2 a 1, mas o gol da vitória veio só nos dez minutos finais, deixando o torcedor bastante apreensivo.

O segundo jogo da competição foi diante do rival Cracovia. Outro jogo em que eu não esperava ter dificuldades, ainda mais porque utilizei a equipe titular. Mas eu não contava com o dia horroroso de Carlos Antônio. Em uma atuação digna de André (o do Grêmio), ele matou absolutamente todas as jogadas que passaram em seu pé. E aí vem a culpa do treinador: me precipitei ao fazer uma alteração já no intervalo, mudando peças que não eram nosso real problema. As outras duas acabaram sendo queimadas em jogadores lesionados e não deu para tirar Carlos Antônio de campo.

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O resultado é esse aí da imagem. Seis oportunidades flagrantes, todas jogadas fora pelo nosso atacante. Do outro lado, o Cracovia achou um gol em chute do meio da rua. Mas não posso reclamar. Quem tinha que jogar por uma bola era o time deles, e foi exatamente isso que fizeram.

 

Champions League

Um problema que o Pogon enfrenta com frequência é gerenciar a inscrição da equipe para a disputa das competições continentais. A UEFA faz algumas exigências que são difíceis de cumprir para o Pogon. De um lado, precisamos ter oito jogadores formados no país entre os inscritos - o que nunca é fácil para um clube que contrata quase só jogadores vindos de outro continente. De outro, há o limite de 25 inscritos. Nosso elenco do time principal tem, atualmente, 27 jogadores. Até é possível utilizar jogadores de até 21 anos - temos onze no elenco - sem inscrição, mas eles precisam ter sido formados no clube - apenas dois cumprem esse requisito. E se deixar os dois jogadores formados no clube fora da inscrição, não consigo completar os oito jogadores formados no país.

Ou seja: de um jeito ou de outro, preciso deixar gente fora da lista. A escolha mais óbvia seriam os jogadores mais novos, que dividem a posição com um titular e um reserva mais consolidados. Mas o jogador pode não gostar nem um pouco de ficar fora da lista e me trazer problemas. Assim, por vezes acabo tendo que colocar na lista quem nem pretendo utilizar, só porque acho que ele brigaria comigo se ficasse de fora. Por outro lado, os jogadores mais consolidados como reserva costumam aceitar melhor ficar de fora da lista. Mas deixá-los de fora significa que eles não poderão jogar se o titular se lesionar. Nenhuma solução é ideal.

Foi pensando nisso que esse ano uma parte da regra de inscrições me chamou a atenção. Eu não tirei print para copiar exatamente o que estava escrito, mas dizia algo do tipo "Guarda-redes que não estejam inscritos podem jogar caso os dois inscritos estejam lesionados". Aí tive uma ideia brilhante: e se eu inscrever só um goleiro na competição, e colocar o outro só se ele se lesionar? Alguns leitores devem lembrar que eu não costumo levar goleiro no banco de reservas de qualquer modo, portanto a possibilidade de convocar o reserva para o jogo seguinte em caso de lesão do titular bastaria. E facilitaria bastante a situação no restante do elenco. Portanto, enviei a inscrição da equipe com apenas um goleiro, muito satisfeito que o treinador brasileiro havia conseguido dar o migué nas regras de inscrição da UEFA.

Só há um detalhe, que talvez vocês já tenham percebido: a regra menciona que o goleiro que não está inscrito pode jogar caso os dois inscritos estejam lesionados. O que significa que se o time só tiver um goleiro inscrito, azar do time. E sabem como descobri isso? Cristiano Martins quebrou o braço jogando pela seleção portuguesa dez dias antes da nossa estreia. E a UEFA não quis nem saber. Problema de quem tentou burlar a regra.

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Para evitar colocar um jogador de linha no gol, a única saída era arrumar alguém que não precisasse ser inscrito na competição: um jogador formado no clube e com até 21 anos. Em outras palavras: nossos goleiros da base. E foi assim que Jedrzej Polaczek foi parar no gol do Pogon Szczecin na Liga dos Campeões.

A estreia se deu diante do Galatasaray, na Turquia. Apesar da apreensão com o goleiro fizemos uma partida bastante boa, vencendo por 3 a 1. Na sequência, recebemos o poderosíssimo Barcelona. Estivemos por três vezes atrás no placar, mas por três vezes buscamos o empate - o terceiro, no último lance do jogo.

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É preciso dizer que Polaczek fez um jogo muito sólido - os três gols que levamos eram bolas indefensáveis.

Fomos até a Inglaterra esperançosos. Cristiano Martins, recuperado, voltava a defender nossa baliza. E um empate contra o Manchester City nos colocaria em ótima posição. Mas com meia hora de jogo o placar já registrava quatro gols para os donos da casa - três deles de Leon Bailey, justificando os 93 milhões de euros que o City pagou no começo da temporada. A essa altura, o Pogon sequer tinha chutado a bola contra o gol adversário, tamanho o massacre. Aí quando ninguém mais nos dava nada Carlos Antônio foi lá e fez um gol. Depois outro. Chegamos ao intervalo perdendo por apenas dois. De repente, já perto do final do jogo, o goleiro do City faz uma coisa bizarra com a bola e Carlos Antônio marca o terceiro.

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A essa altura eu achei que ainda ia conseguir um empate épico, mas um gol de Dybala aos 88 minutos fechou o placar em 5 a 3 e acabou com o sonho.

Na revanche contra os ingleses fizemos um jogo surpreendentemente equilibrado. O Pogon poderia até ter vencido, mas desperdiçamos nossas chances. E como quem não faz, leva, vimos Dybala enterrar o sonho uma segunda vez ao receber uma bola chutada direto de seu goleiro e correr livre de marcação até o fundo das redes.

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Considerando que o Galatasaray não fez frente a ninguém, esse jogo já definiu os classificados.

Voltando a enfrentar o Galatasaray, conseguimos uma bela goleada por 5 a 0 em atuação magistral de Sinan Kurt - o turco-alemão marcou o primeiro gol e deu as assistências para os quatro outros. Encerramos nossa participação na Liga dos Campeões contra o Barcelona. Apesar de ser quase certo que o City iria vencer o Galatasaray (como de fato venceu), minha equipe precisava vencer os espanhóis para manter viva a chance.

Saímos na frente com um gol de Carlos Antônio. Mordido, o Barcelona veio com tudo que tem de melhor pra cima. Adonai Pascual empatou o jogo aos 33 minutos. Aos 42, quem brilhou pelo time da casa foi Ovidiu Hategan - o juiz da partida. Carlos Antônio descolou uma linda enfiada de bola para Sinan Kurt, mas o gol foi anulado por impedimento. Tirem suas próprias conclusões:

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Não que faça diferença, pois estão ambos em situação regular, mas o passe foi para o jogador mais perto do topo da imagem.

Chegamos ao intervalo perdendo por 2 a 1. Na segunda etapa, porém, meu goleiro brilhou. Cristiano Martins pegou até pensamento. Não foi um grande jogo defensivo do Pogon - pelo contrário, deixamos o Barcelona criar chance em cima de chance. Mas todas pararam no goleiro português. E quando a bola chegou do outro lado, o ataque mostrou que é mesmo o ponto forte da equipe. Luizão empatou aos 61 minutos. Carlos Antônio virou aos 67 e fechou seu hattrick - e o placar - aos 70.

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Das onze defesas que Cristiano Martins fez no jogo, nove foram finalizações de dentro da área.

Como eu já havia adiantado, o City ganhou mesmo do Galatasaray e com isso a vitória sobre o Barcelona não adiantou nada. Mas foi uma boa forma de dar o adeus à Liga dos Campeões, mostrando que estamos em condições de lutar contra as equipes mais fortes do continente.

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Notícias gerais

  • Alemão foi eleito o jogador estrangeiro do ano da Ekstraklasa. É a terceira vez no save que levamos o prêmio, já recebido por Sinan Kurt e Raphael Guzzo.
  • Danut mudou o título para Brazylijska magia - Migué nas inscrições [atualizado em 15.10]
Postado

Esse 4x2 no Farcelona foi um crime. Pena que nao ajudou. Mas ainda acho que um passeio pelas quintas-feiras europeias é mais surpreendente.

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5 hours ago, jeanslay said:

Esse 4x2 no Farcelona foi um crime. Pena que nao ajudou. Mas ainda acho que um passeio pelas quintas-feiras europeias é mais surpreendente.

Foi bem legal ver minha equipe conseguindo a vitória, ainda mais depois de ser operado pelo juiz na primeira etapa. Mas sabia desde antes do jogo que vencer não ia adiantar. Na real sabia um mês antes já, o Galatasaray é muito fraco, tava claro que não ia conseguir incomodar o City.

Tem esse lado também. Vamos ver como o clube se sai na UEL. Já mostramos até onde dá pra ir.

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Muito legal a história do Andradina. Espero por mais dessas.

No fim o migué não pegou tão mal. Mas de novo um terceiro lugar decepcionante. Torcer pra história reservar outra final, ô Unai Emery.

O polonao já foi, apesar do legia vir forte.

 

Postado
3 hours ago, Neynaocai said:

Muito legal a história do Andradina. Espero por mais dessas.

No fim o migué não pegou tão mal. Mas de novo um terceiro lugar decepcionante. Torcer pra história reservar outra final, ô Unai Emery.

O polonao já foi, apesar do legia vir forte.

 

Eu pretendo trazer mais alguns post de história mais pra frente, mas não sei se vou conseguir muita coisa. A história do Andradina eu acabei achando bastante material porque o cara é famoso no clube e tal. Vamos ver o que dá pra fazer.

Pois é, acabei dando sorte que o goleiro jogou direitinho até. O terceiro lugar é uma pena, mas não sei se chega a ser decepcionante - era o esperado. E quero ir bem na UEL, mas cobrar direto final já é muita pressão pra cima do time...

Acho que não vou perder o título polonês no save. Esse trem já partiu. O foda é fazer fiasco na Copa, que nem fizemos esse ano.

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que historia legal nunca tinha ouvido falar do edi, bom saber essas historias.

no campeonato o time esta voando baixo grande campanha apesar daquele empate chato, mais o que não altera em nada, que vitória sobre o barcelona 4x2 mesmo sofrendo saiu com a vitoria quase que deu para classificar, essa regra da champions e foda.

Postado
2 hours ago, paulo too said:

que historia legal nunca tinha ouvido falar do edi, bom saber essas historias.

no campeonato o time esta voando baixo grande campanha apesar daquele empate chato, mais o que não altera em nada, que vitória sobre o barcelona 4x2 mesmo sofrendo saiu com a vitoria quase que deu para classificar, essa regra da champions e foda.

Opa, seja bem vindo ao save 🙂 Salvo engano meu, é a primeira vez que tu comenta, não?

Sobre o Edi, eu também só fui ouvir falar do cara quando pesquisei sobre o Pogon. Não tem quase nada em português sobre ele, mas na Polônia parece que ele é ídolo mesmo. E do que vi parece ser um cara muito gente boa - não coube no meu texto, mas tem uma entrevista que vi onde ele fala sobre como sempre aprendeu as línguas dos países onde jogou por uma questão de respeito com as pessoas do lugar e tal, foi algo que me chamou a atenção também. Parece um cara muito legal, além de bom jogador (pro nível do campeonato polonês).

E falando em nível do campeonato polonês, o Pogon já tá muito acima das outras equipes por aqui, não vejo o time perdendo o título mais - nem esse ano, nem nos próximos.

Eu curti bastante a vitória sobre o Barcelona. Pena que não deu vaga. Mas também já era esperado, fomos pro jogo mais pela honra do clube do que por esperança de classificação. A chance da vaga era no jogo com o City.

Postado

Acho incrível como em qualquer canto do planeta da pra encontrar um brasileiro que foi ídolo por lá e ninguém faz idéia da existência do cara por aqui. Nosso futebol é gigante, pena que é tão maltratado 😞

Confesso que ri bastante com a trollada reversa do jogo contra o migué da inscrição, felizmente a coisa não foi tão prejudicial. 

Pogon conseguiu equilibrar as coisas contra os gigantes europeus, pena que a classificação não veio por um detalhe. Agora é focar forte na Liga Europa (por que na Liga ta tudo resolvido já) e buscar a taça.

Boa sorte.

Postado
1 minute ago, Besouro Azul said:

Acho incrível como em qualquer canto do planeta da pra encontrar um brasileiro que foi ídolo por lá e ninguém faz idéia da existência do cara por aqui. Nosso futebol é gigante, pena que é tão maltratado 😞

Confesso que ri bastante com a trollada reversa do jogo contra o migué da inscrição, felizmente a coisa não foi tão prejudicial. 

Pogon conseguiu equilibrar as coisas contra os gigantes europeus, pena que a classificação não veio por um detalhe. Agora é focar forte na Liga Europa (por que na Liga ta tudo resolvido já) e buscar a taça.

Boa sorte.

Em primeiro lugar, seja bem-vindo ao tópico (e ao fórum) 🙂

Realmente, o futebol brasileiro ainda é destaque em tudo que é lugar do mundo. Apesar do esforço que alguns fazem pra acabar com isso.

Eu achei muita sacanagem do jogo. Tudo bem que olhando agora a minha ideia foi muito ruim (parecia melhor quando eu tava jogando), mas daí meu goleiro vai lá e quebra o braço jogando pela seleção? O FM fez isso por querer, só pode...

Acho que a final da Liga Europa do outro ano colocou as expectativas de vocês muito pra cima. Tem muito time bom que disputa essa competição. Seria legal vencer, mas vamos com calma.

Valeu 🙂

Postado

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S08 E05 - Eles de novo?

Na última atualização vimos como foi o primeiro semestre da oitava temporada do save. Dentro da Polônia, o Pogon segue rumo a mais um título da liga, mas tropeçou feio - e foi eliminado - na copa. No âmbito internacional nos despedimos da Champions com uma bela vitória sobre o Barcelona, e vamos agora seguir na disputa da Liga Europa. Hoje vamos ver como foi o segundo semestre. Na próxima atualização, trarei os números da temporada. 

 

Transferências

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Conforme havia comentado anteriormente, mudei um pouco a política de contratações da equipe, passando a apostar em jogadores ainda mais jovens. O quarteto ofensivo que chega nessa janela é resultado dessa política: todos foram contratados já no começo da temporada.

O atleta de quem mais espero resultados é André, um jogador técnico que sabe jogar tanto na parte central quanto na parte ofensiva do meio campo. Além disso, possui cidadania italiana, o que me permite utilizá-lo imediatamente. Os 11 milhões pagos ao Palmeiras fazem dele a 3ª contratação mais cara da história do clube.

Para as pontas, contratei Venício Tomás e Sandro Carrer. Ambos são jogadores rápidos, mas que precisam melhorar suas habilidades técnicas. Fiquei um pouco decepcionado com a avaliação de Venício ao chegar no clube - quando aceitei pagar mais de 7 milhões pelo jogador, meus olheiros davam a ele um potencial maior. Esse é um risco que infelizmente se corre ao contratar jogadores tão novos. Em todo caso, terá tempo para se desenvolver. Ambos são contratações de médio prazo: o plano é que estejam em condições de assumir a titularidade do clube daqui a três anos, quando ganharão a cidadania polonesa - e os atuais titulares estarão em idades mais avançadas. Por enquanto queria emprestar eles, mas só clubes alemães e brasileiros mostraram interesse - para que ganhem a cidadania, precisaria emprestá-los a clubes nacionais.

Por fim, Franknellis é uma contratação no estilo "vai que dá em algo". Não espero muito do atleta, mas temos dinheiro sobrando e os 675 mil pedidos pelo Sport eram razoáveis. Por enquanto, jogará por empréstimo no Wisla Plock.

Nas saídas, o destaque é a venda de Jedrzej Polaczek. O HSV parece ter ficado impressionado que um goleiro tão jovem já estava jogando na Liga dos Campeões, e ofereceu uma boa grana pelo garoto. Eu não vejo muito potencial nele - como sabemos, Polaczek só jogou na UCL porque era o que tinha -, então aceitei a oferta.

 

Ekstraklasa

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Chegamos muito perto do título invicto, mas uma derrota para o Legia acabou com os planos. Mesmo com os titulares, não conseguimos furar a barreira defensiva da equipe da capital, que venceu graças a um gol de Artur (ex-Palmeiras). 

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Grupo de despromoção - o destaque negativo é que o Zaglebie Lubin de Edi Andradina foi rebaixado.

Ganhar o campeonato polonês já é rotina. Ainda assim, é preciso destacar os números do Pogon. Batemos nosso recorde de pontos (era 101, fizemos 102), de gols marcados (era 107, fizemos 110) e de gols sofridos (era 23, sofremos 18). O título invicto não veio, mas ainda assim foi uma campanha muito forte na liga.

Quem também bateu sua melhor campanha foi o Legia, mostrando que a distância do líder para o vice se deve apenas aos méritos do próprio Pogon, e não a facilitismos do adversário.

 

Liga Europa

Uma coisa curiosa no FM é que, mesmo depois de anos sem fazer alterações táticas, de vez em quando encontramos alguma equipe que resolve deixar espaços em todos os nossos pontos fortes. Foi o que aconteceu no confronto com o Dynamo de Kiev. Em si, eles não são uma equipe ruim. Mas com muitos jogadores já bem acima dos 30 anos, é um time lento. Contra uma equipe que explora tanto a velocidade dos pontas como o Pogon, era de se imaginar que eles redobrariam a atenção pelos lados do campo. Em vez disso, o treinador ucraniano enviou a equipe em um 4-1-2-1-2 fechado.

Com todo espaço do mundo para dominar a bola e correr pra cima dos lentos laterais adversários, meus pontas fizeram a festa. Só Sinan Kurt já foi responsável por cinco assistências - e a jogada de mais outro gol. Para se ter ideia do tamanho do massacre, a única finalização do adversário foi depois que já estava 9 a 0.

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Destaque para a nota média dos jogadores do Kiev. Um dos zagueiros terminou o jogo com nota 3.3, a mais baixa que já vi no FM.

Depois desse baile de bola no jogo de ida, o Kiev ajustou a tática para a volta. Mas já não importava. Mandei um mistão a campo e aproveitei pra tirar uma soneca, porque a vaga já era nossa. No fim, empatamos em 1 a 1.

Para a fase seguinte, o adversário sorteado foi o RB Leipzig. É o terceiro ano seguido em que o Pogon enfrenta o time alemão. No confronto entre equipes de filosofia extremamente ofensiva, o resultado é sempre cheio de gols. Em 22/23, tivemos um épico empate em 5 a 5 e uma vitória alemã por 4 a 2. No ano seguinte, um 5 a 3 para o Pogon e um empate em 2 a 2.

O jogo de ida, na Alemanha, repetiu a tendência dos confrontos anteriores. A primeira etapa foi bastante equilibrada – o Leipzig marcou três, incluindo um frangaço de Daniel Fuzato, e o Pogon marcou dois. No segundo tempo o jogo diminui bastante de ritmo até os minutos finais, quando nossa marcação dormiu. Os alemães acabaram aproveitando para marcar mais dois e abriram ótima vantagem para o jogo de volta.

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Mesmo precisando de três gols, entramos no segundo jogo esperançosos. Afinal, os resultados anteriores indicavam que marcar gols é a parte mais fácil desse confronto. Foram precisos apenas três minutos para Sinan Kurt colocar a primeira bola na rede, inflamando a torcida. Infelizmente, porém, se marcar gols é a parte fácil, não levar é a parte difícil. Duas falhas da minha linha defensiva permitiram a Werner e Sabitzer virarem o jogo para os alemães antes dos vinte minutos. Passamos a precisar de mais quatro pra levar para os pênaltis. Carlos Antônio até fez dois, mas ficou por aí - muito por conta da ótima atuação de Timo Horn.

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Avaliação da temporada

A sensação que fica é de frustração. Tivemos alguns momentos muito bons - a vitória sobre o Barcelona, o título quase invicto na liga, o massacre em Kiev. Mas no fim das contas só temos mesmo o título da liga para mostrar. É muito pouco, mesmo com todos os elogios à campanha do clube na Ekstraklasa. No ano em que mais investimos na equipe, tivemos nossos piores resultados do save - ao menos considerando o momento do clube. A eliminação na Copa da Polônia foi vergonhosa. Na UEL, o resultado já foi mais dentro da normalidade. Ainda assim, caímos diante do primeiro adversário de algum peso que enfrentamos.

O fim de temporada do Pogon acabou sendo bem melancólico. Depois da derrota para o Leipzig, tivemos ainda doze jogos da liga para disputar. É uma situação bem desagradável, ter que jogar tantas partidas sem muito sentido, quase que nem um estadual no Brasil - só que ao final da temporada, depois de saber que se fracassou no resto. Espero que isso não se repita tão cedo - ao menos a disputa da copa doméstica já ajuda a quebrar essa letargia.

  • Danut mudou o título para Brazylijska magia - Eles de novo? [atualizado em 16.10]
Postado

É difícil reclamar depois de uma campanha magistral na liga. E mesmo na Champions.

Mas o vacilo na Copa e este embate com o Leipzig marcaram a temporada.

E fica até difícil determinar o que fazer em seguida, afinal foram dois jogos ruins no ano todo.

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