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Versão "olímpica" de Neymar no PSG de Tuchel pode ser uma boa pra Tite


Leho.

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  • Diretor Geral
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Versão “olímpica” de Neymar no novo PSG pode ser boa opção para Tite

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26/08/2018
por André Rocha

Thomas Tuchel, novo treinador do Paris Saint-Germain sucedendo Unai Emery, é um profissional inquieto e inventivo. Pensa suas equipes voltadas para o ataque, com muita gente chegando à frente e praticamente limitando o trabalho sem a bola à pressão pós perda e defensores rápidos na cobertura. Para seguir ocupando o campo adversário com posse, mas muita agressividade e rapidez na execução das jogadas. Foi assim no Mainz e no Borussia Dortmund.

Não seria diferente no comando do bilionário PSG. De Mbappé, Cavani e Neymar, mas também Di María. As dúvidas quanto à montagem da equipe com todas as estrelas disponíveis começaram a obter respostas nos 3 a 1 sobre o Angers no Parc des Princes. Terceira vitória consecutiva, 100% de aproveitamento na liga francesa.

Sem a bola, o 4-3-1-2, um dos sistemas preferidos do treinador. Com Meunier formando linha de quatro com os zagueiros Thilo Kehrer, Thiago Silva e Kimpembe. Marquinhos como volante, Rabiot pela direita e Di María à esquerda. Na frente, Cavani e Mbappé.

Atacando, uma espécie de 3-4-1-2 com os três zagueiros bem adiantados, Meunier e Di María abertos para esgarçar a marcação adversária, Marquinhos e Rabiot no meio, Cavani e Mbappé com liberdade para trocar o posicionamento, procurar os flancos e infiltrar em diagonal.

E Neymar? Solto. Com total liberdade, como Tuchel havia antecipado quando conversou com o jogador e o convenceu a ficar no clube francês, segundo informou o jornal ''Le Parisien''. Para servir Cavani no primeiro gol em jogada pela direita e marcar o terceiro chegando de trás. Como um típico camisa dez. Aparecendo também na esquerda, onde deu uma ''lambreta'' em forma de passe no final do jogo. Se juntando aos atacantes, mas também fazendo o time jogar.

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Novo PSG teve Meunier e Di María bem abertos e Neymar com liberdade total de movimentação. Pela direita serviu Cavani no primeiro gol sobre o Angers (reprodução ESPN)

Impossível não lembrar dos Jogos Olímpicos no Brasil em 2016. Sob o comando de Rogerio Micale, começou pela esquerda, mas depois, com a entrada de Luan na vaga de Felipe Anderson, ganhou liberdade total. Gabigol e Gabriel Jesus pelas pontas infiltrando em diagonal e voltando para colaborar sem a bola e Neymar pensando o jogo, mas também decidindo. Arco e flecha.

Tite insistiu com Neymar pela esquerda. Curioso pensar que para muita gente na época foi o treinador que havia acabado de assumir o cargo da principal que fez a mudança que resultou na medalha de ouro, passando por cima de Micale. Como, se a alteração mais importante quase não foi vista nas eliminatórias e nos amistosos?

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Na seleção olímpica, Neymar jogou com liberdade para articular por dentro revezando com Luan. Gabigol e Gabriel Jesus jogavam abertos buscando as diagonais (reprodução TV Globo)

Só na Copa do Mundo, com Neymar voltando de um período de três meses lesionado, que Tite deixou em alguns momentos o seu camisa dez mais solto, adiantado e com autonomia total para se movimentar. Não por acaso, a melhor atuação aconteceu com essa dinâmica, na segunda etapa do jogo contra o México pelas oitavas de final. Marcou o primeiro gol e depois finalizou para Firmino marcar no rebote.

A mudança no clube pode e deve servir de inspiração para Tite neste novo ciclo que visa a Copa de 2022 no Qatar. Com Neymar numa zona de articulação a chance de prender a bola demais, levar pancada e simular faltas é menor. Já a de ser decisivo com gols e assistências cresce exponencialmente.

Não como no engessado esquema de Luiz Felipe Scolari na Copa de 2014, com Oscar e Hulk abertos e Fred na referência, sobrecarregando Neymar, que precisava buscar a bola nos volantes para pensar o jogo ou se adiantar nas ligações diretas para aproveitar alguma ''casquinha'' do centroavante e acelerar em direção à meta do oponente.

É possível pensar num quarteto leve e móvel, com Douglas Costa e Philippe Coutinho nas pontas, Neymar e Firmino buscando o jogo entre linhas e aparecendo na área adversária para finalizar. Não exatamente como a seleção olímpica ou o Paris Saint-Germain na movimentação do quarteto ofensivo, mas aproveitando o máximo de seu talento maior. Pode ser um bom recomeço para Tite, já nos amistosos contra Estados Unidos e El Salvador.

As primeiras experiências no novo PSG de Tuchel mostram que é um caminho com boas chances de sucesso.

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Nos amistosos contra Estados Unidos e El Salvador, Tite pode experimentar um quarteto ofensivo com Douglas Costa e Coutinho abertos e Neymar e Firmino com liberdade para articular, se movimentar e aparecer para concluir (Tactical Pad)

http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2018/08/26/versao-olimpica-de-neymar-no-novo-psg-pode-ser-boa-opcao-para-tite/

 
Eu bati bastante nessa tecla durante a Copa... se não me engano, o @Roman também pensa parecido.
 
Neymar tem muito potencial pra ser desperdiçado ficando limitado ao flanco esquerdo. É praticamente um sacrilégio fazer isso com o cara, sinceramente. Foi assim com o Felipão, foi assim com o Tite também, que não entendeu que precisa dar flutuação pro menino Ney, até pra parar com essa putaria de nego descer o sarrafo nele perto da linha lateral.
 
Com liberdade partindo de uma posição centralizada, você deixa o cara mais à vontade, aumenta o número de associações com os outros jogadores de frente e dificulta a marcação pro adversário. Porque marcar o Neymar preso à lat. esquerda é uma coisa (bota marcação dobrada ali e boa), marcar o garoto numa faixa de campo bem mais estendida é outra completamente diferente.
Postado

O Neymar tem uma capacidade muito grande de achar jogadores na diagonal. Quando ele entende * a fórmula mágica da produtividade vir dele soltar a bola e associar jogo, vira uma arma contra qualquer setor defensivo. Ou ele pode continuar se tornando uma arma virada ao seu próprio time, travando jogo e matando ataques quando ele cria aquela irritante realidade alternativa no meio de campo.

* digo ele porque essa mudança parte mais do seu estilo de jogo/mentalidade que de uma alteração tática, acredito eu.

  • Diretor Geral
Postado
43 minutos atrás, Bruno Caetano. disse:

[...] Quando ele entende * a fórmula mágica da produtividade vir dele soltar a bola e associar jogo, vira uma arma contra qualquer setor defensivo. [...]

Porra, é exatamente isso!!!

O dia que o Neymar colocar na cabecinha dele que soltar a bola mais rápido (de primeira, preferencialmente) vai aumentar e MUITO o rendimento e o futebol dele e do restante do time dele em campo, porra... o céu será o limite pro rapaz. Inclusive essa questão chata que ele próprio criou do "menino cai-cai" vai mudar também, porque a marcação vai ter que correr mt mais atrás da bola do que ficar cercando ele e constantemente fazendo a falta.

Postado

Neymar tem talento de sobra pra ser playmaker. Tem velocidade, drible e visão e concordo que quanto mais solto jogar, melhor pro time pois abre espaço.

Postado

O problema do Neymar é que quanto mais batem nele, mais ele procura apanhar. Pode ver que quando um jogador começa a perseguir ele em campo é só a bola chegar nos pés dele que não sai mais, vai prender até conseguir a falta ou ser desarmado. 

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