Paulo_1984 Postado 27 de Maio 2018 Autor Denunciar Postado 27 de Maio 2018 Você está esquecendo um pormenor importantíssimo sobre as ligas estado-unidenses: FRANQUIAS! É um modelo de franquias onde não existem promoções e rebaixamentos! Você quer isso para o Brasil?!! Uma Liga de Futebol Americano, Basquetebol, Basebol, etc com 32 clubes só funciona se não houver rebaixamentos e os clubes se situarem nos maiores mercados do país! Depois existe um sistema inferior de clubes que são clubes de reserva dessas Franquias. Não existem copas do Brasil, copas libertadores, etc. O Futebol está a tentar algo misto, entre o tradicional americano e o europeu, mas continua a ser um desporto de minorias. Não existe uma transmissão da MLS que supere 1 milhão de espectadores nos EUA. Do outro lado tens uma SuperBowl que faz 110 milhões de espectadores, ou os jogos de futebol americano que fazem facilmente 15, 20 ou 25 milhões todas as semanas.
Paulo_1984 Postado 27 de Maio 2018 Autor Denunciar Postado 27 de Maio 2018 Quando eu digo adoptar o sistema europeu, refiro-me a adoptar um MODELO VERTICAL, ao invés do paralelo atualmente existente no Brasil, em que os Estaduais funcionem abaixo da Série D, com clubes que não militem no Brasileirão. Este modelo permitiria DESENVOLVER O FUTEBOL REGIONAL/ESTADUAL, ao contrário do que você defende. Pois os clubes teriam um meio adequado ao seu crescimento, desenvolvimento e afirmação na comunidade. Os Estaduais neste momento não têm essa função pois querem funcionar como um Brasileirão ao nível de cada estado, com clubes que já estão presentes no Brasileirão, e num espaço muito reduzido do calendário (3 meses). Este modelo que o Brasil tem existia na Europa no inicio do Século XX. Em Portugal também era assim, os clubes primeiro jogavam nos regionais, e depois os campeões iam disputar Campeonatos Nacionais da 1ª e 2ª Divisão com 10, 12 ou 14 clubes. Mas nos anos 40 esse modelo foi abandonado, pois sobrecarregava os clubes e nao permitia tingirem o seu potencial máximo. Por falar em países gigantes o que dizer da China ou da Rússia?
Ichthus Postado 27 de Maio 2018 Denunciar Postado 27 de Maio 2018 46 minutos atrás, Paulo_1984 disse: Você está esquecendo um pormenor importantíssimo sobre as ligas estado-unidenses: FRANQUIAS! É um modelo de franquias onde não existem promoções e rebaixamentos! Você quer isso para o Brasil?!! Uma Liga de Futebol Americano, Basquetebol, Basebol, etc com 32 clubes só funciona se não houver rebaixamentos e os clubes se situarem nos maiores mercados do país! Depois existe um sistema inferior de clubes que são clubes de reserva dessas Franquias. Não existem copas do Brasil, copas libertadores, etc. O Futebol está a tentar algo misto, entre o tradicional americano e o europeu, mas continua a ser um desporto de minorias. Não existe uma transmissão da MLS que supere 1 milhão de espectadores nos EUA. Do outro lado tens uma SuperBowl que faz 110 milhões de espectadores, ou os jogos de futebol americano que fazem facilmente 15, 20 ou 25 milhões todas as semanas. Eu nunca falei em copiar o modelo 100% para o Brasil. Poderíamos ser dúvida ter rebaixados. Eu inclusive falei ali de três por conferência. E não existe essa de "não existem copas do Brasil, copas libertadores", pois a MLS usa esse modelo e seus clubes disputam a Liga dos Campeões da CONCACAF, indo longe inclusive. E concordo que o futebol costuma a ser um esporte de minorias, mas será mais ainda com um modelo rigidamente europeu. Eu prefiro uma conciliação dos dois modelos. As franquias poderiam não necessariamente excluir o rebaixamento, que é uma maneira de o dirigente gerir com responsabilidade (até porque o gestor brasileiro não é como o americano). 38 minutos atrás, Paulo_1984 disse: Quando eu digo adoptar o sistema europeu, refiro-me a adoptar um MODELO VERTICAL, ao invés do paralelo atualmente existente no Brasil, em que os Estaduais funcionem abaixo da Série D, com clubes que não militem no Brasileirão. Este modelo permitiria DESENVOLVER O FUTEBOL REGIONAL/ESTADUAL, ao contrário do que você defende. Pois os clubes teriam um meio adequado ao seu crescimento, desenvolvimento e afirmação na comunidade. Os Estaduais neste momento não têm essa função pois querem funcionar como um Brasileirão ao nível de cada estado, com clubes que já estão presentes no Brasileirão, e num espaço muito reduzido do calendário (3 meses). Este modelo que o Brasil tem existia na Europa no inicio do Século XX. Em Portugal também era assim, os clubes primeiro jogavam nos regionais, e depois os campeões iam disputar Campeonatos Nacionais da 1ª e 2ª Divisão com 10, 12 ou 14 clubes. Mas nos anos 40 esse modelo foi abandonado, pois sobrecarregava os clubes e nao permitia tingirem o seu potencial máximo. Por falar em países gigantes o que dizer da China ou da Rússia? IDENTIDADE REGIONAL! É algo que não sei se é lá tão forte na China ou na Rússia, mas é fortíssimo nos EUA e no Brasil, que são dois países onde existe um orgulho muito forte de a pessoa ter nascido naquele estado, e esse orgulho às vezes é maior do que o orgulho nacional. Excluir essa característica do nosso futebol, é entregar um produto sem representatividade popular, e se na Europa o negócio esfriou a ponto de perder contato com o povo, é algo que não pode ser copiado aqui. Eu trabalho com a ideia de que é possível conciliar identidade e competitividade. Uma reformulação onde permita a todas as 5 regiões ter um time na semifinal quebra muito com o monopólio que existe de RJ-SP. Isso é um problema criado pelos pontos corridos, pois eles concentram torcida e títulos de uma forma que vocês estão acostumados na Europa, mas incomoda - E MUITO - aqui no Brasil. Sugeri os playoffs em estilo americano, pois eles resolvem esses problemas em uma só tacada: a diversidade de campeões é maior e a procedência deles também. E isso também nos permite uma solução aos estaduais: eu não fui claro quanto a esse aspecto, mas isso seria uma mistura com a pirâmide europeia: os estaduais ficariam abaixo dos regionais que dariam acesso às duas divisões nacionais, ambas abarcando 120 times (60 em cada uma) de todos os estados.
Paulo_1984 Postado 27 de Maio 2018 Autor Denunciar Postado 27 de Maio 2018 Se pensares bem o modelo americana realiza no fim da época regular um playoff, que mais não é do que uma Copa. Portanto irias ter uma Brasileirão decidido por uma Copa, onde não estariam os melhores, mas uma questão de quotas e depois de "sorte" no sorteio. Para mim isso é interessante numa Copa, numa Liga nem por isso, acho que pontos corridos é o melhor sistema. Em divisões inferiores, especialmente na 3ª e 4ª faz sentido esse sistema de Playoffs no fim pois é uma maneira de ter uma distribuição mais regional, equilibrada, etc. Se queres maior representatividade na Série A deverias tentar resolver o problema mais em baixo. De que adianta teres clubes das várias regiões e depois estes serem fracos e massacrados pelos clubes do Eixo Rio-São Paulo. Por isso que defendo Campeonatos Estaduais com uma época normal de 10 meses, como o Campeonato Brasileiro. Passando o que hoje se chama de Campeonatos Estaduais, para Copas Estaduais, permitindo que os clubes de cada estado possam competir numa mesma competição, desde clubes da Série A, mas sem sobrecarregar o Calendário nem estes clubes. Como também disse este sistema permitiria que os Clubes das Séries A e B (especialmente) criassem Equipas B (Sub-23) para competirem nos Campeonatos Estaduais. Mais uma medida que ajudaria a evoluir o futebol brasileiro, e a reforçar os principais clubes. Pois também é preciso pensar no aspecto internacional.
Paulo_1984 Postado 27 de Maio 2018 Autor Denunciar Postado 27 de Maio 2018 Por exemplo, um dos principais defeitos atuais é teres uma Série C com apenas 20 clubes. E ainda por cima estes clubes fazem pouquíssimos jogos. Não faz sentido. Deveria ter dois grupos, mas com 20 clubes cada um, realizando no fim o Playoff Campeão/Promoção. É a partir deste escalão que deve ser tentado o equilíbrio representativo das diferentes regiões/estados. Série A e Série B deve ser mesmo para os melhores, daí só dever existir um grupo único de 20 clubes. A falha está não no topo da pirâmide mas do meio para a sua base. Falta um meio que permita que clubes pequenos e médios compitam todo o ano, se desenvolvam, cresçam, etc.
VitorSouza Postado 27 de Maio 2018 Denunciar Postado 27 de Maio 2018 Não dá pra fazer 20 clubes por grupo na nossa Série C. O FJ já falou, chega em dois terços do campeonato e muita gente só tá pra cumprir tabela. Acho que 12, no máximo 14 por grupo, já seria suficiente.
Douglas. Postado 27 de Maio 2018 Denunciar Postado 27 de Maio 2018 O mais certo era não ter a Série D e a Série C ser toda regionalizada. Azar se os times do Norte não são do mesmo nível dos do Sul/Sudeste. Mesmo se forem pra B pra ser saco de pancada (supondo que não conseguiriam maior investimento, o que não é certeza), ainda é uma melhora, tanto pra eles quanto pra região. A Série B que teria que dar maior suporte de custos nesse caso, mas sendo poucos clubes (em comparação) não seria algo absurdo.
Paulo_1984 Postado 27 de Maio 2018 Autor Denunciar Postado 27 de Maio 2018 3 minutos atrás, VitorSouza disse: Não dá pra fazer 20 clubes por grupo na nossa Série C. O FJ já falou, chega em dois terços do campeonato e muita gente só tá pra cumprir tabela. Acho que 12, no máximo 14 por grupo, já seria suficiente. Mas isso acontece em todos as ligas e depende dos anos. Depois tens de pensar na questão de Playoffs tanto para subida como que para descida. Se tens dois grupos de 20 clubes, imagina que os campeões sobem diretamente e por exemplo 3 de cada grupo vão a Playoffs para disputar os restantes 2 lugares de subida. Portanto quase de certeza que terias metade da tabela em cada grupo a disputar lugares de subida até ao fim. Do lado inverso terias clubes a tentarem escapar à descida. Em suma, provavelmente 2 a 4 clubes poderiam estar a meio da temporada sem objectivos, mas os resntastes estariam a lutar pela subida ou pela descida.
Paulo_1984 Postado 28 de Maio 2018 Autor Denunciar Postado 28 de Maio 2018 Nível LIGA/DIVISÃO Campeonatos Nacionais 1 Campeonato Brasileiro Série A 20 clubes 4 rebaixados 2 Campeonato Brasileiro Série B 20 clubes 4 acessos, 4 rebaixados 3 Campeonato Brasileiro Série C 40 clubes Grupo I – 20 clubes Norte, Nordeste e Centro-Oeste 2 acessos, 4 rebaixados Grupo II – 20 Clubes Sudeste e Sul 2 acessos, 4 rebaixados 4 Campeonato Brasileiro Série D 80 clubes Grupo I Norte e Centro-Oeste 20 Clubes 2 acessos, 4 rebaixados Grupo II Nordeste 20 Clubes 2 acessos, 4 rebaixados Grupo III Sudeste 20 Clubes 2 acessos, 4 rebaixados Grupo IV Sul 20 Clubes 2 acessos, 4 rebaixados Campeonatos Estaduais 5 Campeonato Paulista da Primeira Divisão, Campeonato Baiano da Primeira Divisão, etc. AP | PA AC | RR | AM MT | MS | RO DF |TO |GO 11 Federações Estaduais 4 acessos* BA | SE MA | PI AL | PE | PB CE | RN 9 Federações Estaduais 4 acessos* ES MG RJ SP* 4 Federações Estaduais 4 acessos* PR RS SC SP* 4 Federações Estaduais 4 acessos* Os rebaixamentos dependeriam das regras definidas por cada campeonato estadual. 6 Campeonatos Estaduais da Segunda Divisão 7 Campeonatos Estaduais da Terceira Divisão 8 Campeonatos Estaduais da Quarta Divisão * Os campeões dos Campeonatos Estaduais das regiões Sul e Sudeste seriam promovidos diretamente à Série D, para os respetivos grupos. O vice-campeão do Campeonato Paulista também seria promovido à Série D. Os campeões e vice-campeões dos Campeonatos Estaduais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste teriam que realizar playoffs de acordo com o emparelhamento colocado na tabela acima. Por exemplo, o campeão do Amapá teria que jogar um playoff de acesso com o vice-campeão do Pará. O vencedor deste playoff teria que disputar outro playoff com o campeão do Pará. O vencedor deste último playoff seria promovido à Série D para o Grupo I. Outro exemplo, os campeões de Alagoas e Paraíba teriam que disputar um playoff prévio, jogando posteriormente um playoff final com o campeão de Pernambuco, sendo o vencedor promovido à Série D para o Grupo II. Os formatos dos playoffs de acesso à Série D, poderiam variar dependendo do número (2 ou 3) de federações de cada emparelhamento, da importâncias relativa das mesmas, das opções competitivas definidas por estas, etc. Não esquecer que as Equipas B poderiam disputar estes Campeonatos Estaduais mas não poderiam ser promovidas à Série D.
Paulo_1984 Postado 28 de Maio 2018 Autor Denunciar Postado 28 de Maio 2018 Penso que assim dará para visualizar melhor aquilo que sugeri no começo deste tópico, nomeadamente o sistema de ligas vertical em substituição do atual modelo paralelo.
Paulo_1984 Postado 29 de Maio 2018 Autor Denunciar Postado 29 de Maio 2018 Isso não faz sentido nenhum! Não tem como defender este sistema de futebol brasileiro, pois algo deste género não seria possível em mais "lado nenhum". E não é só na Série D, basta lembrar que a época regular da Série C dura apenas 18 rodadas?!! Enquanto não mudarem isto será normal que a diferente entre clubes seja gritante e pior a maioria dos clubes não tenha futuro. Basta ver como a extinção e criação de clubes no Brasil é tão ativa. Outra coisa impensável em qualquer país onde o futebol tenha relevância esportiva. Sinais de como é preciso resolver o meio e a base da pirâmide do futebol brasileiro. E resume-se a apenas 4 coisas: - ALARGAR SÉRIE C E SÉRIE D - TRANSFORMAR OS CAMPEONATOS ESTADUAIS NA 5ª DIVISÃO, 6ª DIVISÃO, ETC. deixando os clubes do Brasileirão (A, B, C e D) de participarem nestes competições, passando a durar de Março/Abril a Novembro/Dezembro. - Mudar a Copa do Brasil, passando a participar todos os clubes das Série A, B, C e D. - Mudar as copas estaduais, que passariam a ser a competição onde os clubes de cada estado que não compitam nos Campeonatos Estaduais, mas sim no Brasileirão, pudessem competir (ao invés dos campeonatos estaduais como hoje em dia). Sendo uma Copa, os clubes do Brasileirão poderiam participar numa prova Estadual sem sobrecarregar o seu calendário. E ao mesmo tempo os Estados teriam os campeonatos estaduais a durar 9/10 meses para os clubes desses estados que não participam no brasileirão, podendo competir o ano todo.
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