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Globo divide cota de TV em fundos e fala em "PPV do Futuro"


Leho.

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Globo 'divide' dinheiro em fundos, acena com 'pay-per-view do futuro' e 'culpa' clubes por dependência

Publicado em 23/05/2017, 07:00 / Atualizado em 23/05/2017, 07:37
Marcus Alves, de São Paulo (SP), para o @ESPN.com.br

Na Série A, 14 clubes estão hoje ligados à Rede Globo em ao menos uma plataforma na disputa pelos direitos de transmissão até 2024. Nunca a emissora carioca havia fechado acordos com tanta antecedência.

"Para mim, 2016 foi o ano que pareceu uma década", resumiu o diretor de aquisição de direitos esportivos Fernando Manuel. Com o Esporte Interativo na briga a partir de 2019, a Globo teve de rever o modelo de distribuição de receita que provocava controvérsia, assinou contratos por seis e não dois anos, como desenhava, e pagou 'luvas' também maiores.

O resultado disso? A maioria das equipes fechou a última temporada com superávit recorde.

Parte delas, inclusive, com uma dependência nunca antes vista do dinheiro da TV, que chegou a corresponder a 50% ou mais de todos os seus faturamentos.

Conforme projeção da própria Globo, sem receitas excepcionais como a premiação por assinatura, essa fatia não deve passar de 35% em 2017, caso os cartolas tenham sucesso em seus trabalhos para diversificá-las.

Ela divide atualmente a grana dos clubes em três fundos diferentes e acena, inclusive, com o "pay-per-view do futuro" como próximo horizonte.

"É um modelo que funciona como se fossem fundos: (primeiramente) dois fundos, um relativo à TV aberta e outro relativo à TV fechada, com montantes, valores fixos de referência e que vão divididos entre os clubes cotistas: 40%, critérios de igualdade, 30% baseado na performance, tabela de premiação do campeonato e (outros) 30% baseado na exposição que nada tem a ver com a audiência, algo muito similar com a Inglaterra, número proporcional ao de jogos exibidos", explicou Fernando Manuel, no Conafut, 1ª Confederação Nacional de Futebol, em São Paulo.

"(Ainda temos) Um terceiro fundo, não é fixo, é variável, se refere à venda de pay-per-viewe do futuro OTT, que chamamos de pay-per-view do futuro, baseando rateio na proporção que cada torcida venha a representar no total da base de assinantes", completou.

OTT (em inglês, over the top) é como são chamados os serviços oferecidos pelas emissoras diretamente a seus assinantes na internet.

A plataforma ainda não gera dinheiro aos clubes, mas tem sido cada vez mais discutida após experiências como a de Atlético-PR e Coritiba, que não assinaram com a Globo e, em conjunto, transmitiram recentemente a decisão do último estadual no YouTube e também no Facebook.

"A atuação das redes sociais no esporte é um fenômeno não do brasil, mas mundial. Tudo que a gente faz a gente encontra as redes sociais repercutindo. A pergunta que faço e reflexão que eu sugiro é: qual a real intenção e vocação dessas plataformas? Será que é a mesma intenção e vocação da chamada mídia tradicional? Salvo alguns casos muito específicos, alguns ate acidentais, como, por exemplo, a transmissão de uma final do Campeonato Paranaense, me parece vocação diferente e de certa forma até complementar. Quem já não ligou a TV por causa de WhatsApp ou post no Facebook?", exemplificou Manuel.

"Diria o seguinte: tem uma frase de um executivo da Globosat que é 'a TV não vai morrer. Ela está dando até filhotes'", acrescentou.

O executivo da Globo prega que, mesmo comemorada, a renovação da maior parte dos times até 2024 não representou uma "aumento significativo" em suas cotas.

A euforia geral ficou por conta das luvas que chegaram a R$ 100 milhões em alguns casos.

A dependência que existe para com essa receita, no entanto, é de responsabilidade dos dirigentes, defendeu Fernando Manuel.

"Não cravaria que negociação coletiva ou a criação de uma liga no brasil, por exemplo, num cenário de renovação do Brasileiro por si só fosse elemento para aumentar valor de direito ou vender melhor. Acho que isso está muito ligado a concorrência, ao momento da concorrência. Existem momentos que a concorrência está mais numa mídia ou na outra. Aqui, no brasil, é tudo ao mesmo tempo agora. A nova mídia chegando (OTT), a paga crescendo (fechada e PPV), então, não colocaria essa missão na conta de venda unificada", afirmou.

"Diria até que, se fosse venda unificada, o Esporte Interativo teria mais dificuldade de competir por esses direitos. Porque o volume de dinheiro clube a clube eventualmente é mais alcançável no momento da venda individual do que ter que dar um tiro em tudo", prosseguiu.

"Tendo visto isso, minha visão pessoal é de que os clubes devem, sim, se engajar em identificar que, entre um milhão de motivos para brigar, existe um que deveria fazê-los estar em conjunto: desenvolver o negócio futebol. Não estou falando de direitos de TV, não. O que uma Premier League, Liga espanhola, Champions League, enfim, todo campeonato estruturado como produto de marketing, o que eles faturam fora da TV talvez seja isso que faça a diferença para valor maior dos clubes. O problema da pizza (divisão), dependência dos clubes com a televisão não está no tamanho da (fatia da) TV, mas na ausência das outras. Quem já teve a experiência de visitar uma arena europeia, percebe, vai colocando peças no quebra-cabeça. Numa arena europeia, você encontra uma série de lojas, serviços no estádio que certamente remuneram. No Brasil, existem os conflitos entre clubes e arenas, licenciamento, combate a pirataria e outras questões. Seria muito melhor o processo negocial se fosse algo unificado", finalizou.

Eu fico mt esperançoso quando surge algo sobre essa possível criação de serviço de streaming no nosso futebol, porque porra... tá na cara que é só ser implantado pra virar um sucesso, né?

Cada dia mais os canais esportivos estão sendo banalizados, nosso jornalismo esportivo dá pena, o que ainda mantém vivas nossas assinaturas com a TV a cabo é justamente as transmissões dos jogos, e olhe lá.

Postado

Streaming já passou da hora ja. Eu mesmo só assisto os jogos do brasileirão no PC pela minha conta do Premiere.

Postado

Algo no estilo NFL Network que da pra comprar os jogos do seu time ou todos do campeonato seria ótimo. Mas tem que ser livre pra qualquer um dai, não te obrigar a ter pacote de tv fechada com PPV. 

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Tinha é que ter um Netflix de esportes de uma vez por todas. Compra o campeonato que quiser, o amistoso que quiser...

  • Vice-Presidente
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14 minutos atrás, Ichthus disse:

Tinha é que ter um Netflix de esportes de uma vez por todas. Compra o campeonato que quiser, o amistoso que quiser...

Aí vai gerar o que a Netflix está gerando, todos os canais se fechando e fazendo seu serviço de stream.

Postado
4 minutos atrás, Henrique M. disse:

Aí vai gerar o que a Netflix está gerando, todos os canais se fechando e fazendo seu serviço de stream.

Aceito!

  • Vice-Presidente
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2 minutos atrás, Silveira. disse:

Aceito!

Também aceito, mas acredito que o conceito Netflix de ter um stream agregador não vai durar muito tempo, principalmente no ramo das séries.

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Não vejo a hora da globo lançar PPV só pra internet.

Imagina se hoje a gente paga uns cento e pouco pra tv por assinatura pode pagar vai la uns  50 diretamente pra globo e ela vai lucrar muito mais do que lucra por canal

se for esperta vai conseguir vender jogos avulsos, ou pacotes personalizados, imagina eu não quero todos os jogos só quero do Palmeiras então compro só o Palmeiras por menos, ah e quero o Palmeiras e outros 5 times, consigo tambem, o futuro é isso ai, os canais abertos vao existir e os fechados vao se tornar gerador de conteudo pra internet e eventualmente fazendo alguma transmissão ao vivo

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22 horas atrás, F J disse:

Não vejo a hora da globo lançar PPV só pra internet.

Se fizer, que os outros copiem! A gente só tem a ganhar com isso.

Detalhe que isso tudo aí que tu tá sugerindo poderia servir pra qualquer esporte.

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