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As cotas de televisão dos Estaduais 2017, com até R$ 157 milhões de diferença


Guest João Gilberto

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Postado
13 horas atrás, Hamul disse:

Como já falaram, com exceção da Bahia, Pernambuco e Ceará, os demais estados do Nordeste a maioria dos torcedores são mistos. E praticamente, 80% desses torcedores consideram o time local como segundo time do coração. Uma das frases mais emblemáticas para reforçar esse argumento é a do Cássio Cunha Lima (ex- governador da Paraíba) "Pra mim quem vencer está bom pois torço para os dois", em referência ao confronto do Treze contra o Fluminense, pelas quartas da CdBr em 2005

Cresci (meados dos anos 90 - quando comecei a acompanhar futebol) com o meu avô ouvindo os jogos do Campinense no som do carro dele (morávamos no mesmo prédio e todo sábado ou domingo, ele ia para garagem ouvir), mas sempre o locutor tinha que mencionar algo sobre os jogos do Flamengo, Vasco e do Fluminense (não me refiro aos acontecimentos importantes, como gols, por exemplo, mas coisas triviais). Como se eles tivessem a obrigação de narrar esses acontecimentos. E detalhe, os jogos desses 3 times (principalmente os dois primeiros) estavam passando na tv aberta no mesmo horário.

Quando o Flamengo ganhou a Copa do Brasil em 2012 (ou 2013, sei lá). O globo esporte local, passou a semana toda falando sobre essa conquista, a importância desse título e tal. Nessa época meu primo mais novo estava com 6 ou 7 anos. Ele ouviu tanto falar sobre o Flamengo que ficou dizendo que ia torcer para o Flamengo, pq ele era bom, que sempre passava na tv, e tal.

Hoje em dia, esse meu primo deixou o Flamengo de lado (fiquei falando do Treze para ele), mas por causa do Neymar (da mídia está sempre enfatizando o nome dele, que ele é/era a salvação da nossa seleção e tal) está começando a gostar do Barcelona.

Então, falar que a mídia não ajuda a fomentar essa paixão pelos times de fora, mesmo com exemplos contrário, pra mim, é querer tampar o sol com uma peneira.

Isso não é verdade. Uma coisa é sua experiência pessoal outra coisa é o que fato acontece. O torcedor do Campinense, na sua maioria, pode até torcer para o Flamengo, mas no jogo de Campinense e Flamengo ele vai torcer para o Campinense. Basta ver o jogo entre os dois em CG. Sobre a TV local, o GE não poderia ter passado a semana inteira falando do Flamengo porque a programação local tem uns 10 minutinhos. Ele pode ter dito: " destaques para a conquista do título do Flamengo". Na edição Nacional é que teve mais ênfase.

Se não acredita, veja aqui:

http://g1.globo.com/pb/paraiba/jpb-1edicao/videos/ 

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Postado
1 hora atrás, Zicogalinho disse:

Maceió eu conheço porque passei um ano lá. Lá não tem essa de COR, Vas, SP. A maioria é esmagadora torcedora do Flamengo. Lá tem Bar do Flamengo, Cabeleleiro do Flamengo (é o nome dos estabelecimentos mesmo!). Restaurante Rubro-Negro e por aí vai. Maceió coloca mais pessoas flamenguistas no estádio que JP.

Não tem essa de Corinthians, Vasco e SPFC? tá de sacanagem que tu conhece mais Maceió do que eu que só morei fora daqui por 3 meses nos meus 22 anos de vida, né?

Eu acredito que tenha mais corintiano do que flamenguista. Tem até torcida organizada do Corinthians com sede e tudo. Nas finais da libertadores e mundial, a cidade parecia final de copa do mundo.

Postado
10 horas atrás, (SPFC)Coach disse:

Não tem essa de Corinthians, Vasco e SPFC? tá de sacanagem que tu conhece mais Maceió do que eu que só morei fora daqui por 3 meses nos meus 22 anos de vida, né?

Eu acredito que tenha mais corintiano do que flamenguista. Tem até torcida organizada do Corinthians com sede e tudo. Nas finais da libertadores e mundial, a cidade parecia final de copa do mundo.

Não disse que não havia torcedores desses times. Eu disse que havia mais flamenguistas. Porém, se você diz que tem mais corintiano, eu fico quieto.

Postado

Aproveitando que saiu essa pesquisa essa semana, vou trazes isso pra discussão aqui. 

Creio que o Paraná é um caso a parte. Por questões históricas, o Norte do estado do PR tem uma influência gigantesca dos paulistas, onde é praticamente uma extensão de SP em todos os sentidos, até culturalmente falando. Assim, é normal que lá os clubes da capital não tenham profundidade alguma.

Já o Oeste do estado teve uma forte COLONIZAÇÃO gaúcha, então a dupla gre-nal é quase unanimidade por lá. 

No Litoral, tem uma grande presença de cariocas (não sei o motivo disso), então clubes como Vasco e Flamengo tem bastante torcedores por ali. 

Enfim, chegamos na capital, onde há um certo bairrismo dos torcedores "puros" com os mistos. E os números da pesquisa me deixaram surpresos, de um certo modo. Todas as três torcidas tem mais da metade de seus adeptos simpatizando com outros times. O que é preocupante, até certo ponto. 

2vb91km.png

 

Sabendo que os clubes daqui não tem chance alguma de angariar torcedores do interior e muito menos de outros estados, fica difícil conseguir algum crescimento e então entramos naquele famoso loop:

- Os clubes não recebem uma verba boa em comparação com os grandes

- Sem dinheiro fica difícil montar times competitivos

- Sem times competitivos, não há títulos

- Sem títulos não há visibilidade e nem torcida

- Sem torcida e sem visibilidade não há dinheiro

Não obstante, a própria imprensa local dá um destaque enorme para os paulistas mesmo aqui na capital, então fica realmente difícil competir.

 

PS: Fica como curiosidade a Chape ter aparecido ali como segundo time.

Postado
10 horas atrás, -Igor disse:

Aproveitando que saiu essa pesquisa essa semana, vou trazes isso pra discussão aqui. 

Creio que o Paraná é um caso a parte. Por questões históricas, o Norte do estado do PR tem uma influência gigantesca dos paulistas, onde é praticamente uma extensão de SP em todos os sentidos, até culturalmente falando. Assim, é normal que lá os clubes da capital não tenham profundidade alguma.

Já o Oeste do estado teve uma forte COLONIZAÇÃO gaúcha, então a dupla gre-nal é quase unanimidade por lá. 

No Litoral, tem uma grande presença de cariocas (não sei o motivo disso), então clubes como Vasco e Flamengo tem bastante torcedores por ali. 

Enfim, chegamos na capital, onde há um certo bairrismo dos torcedores "puros" com os mistos. E os números da pesquisa me deixaram surpresos, de um certo modo. Todas as três torcidas tem mais da metade de seus adeptos simpatizando com outros times. O que é preocupante, até certo ponto. 

2vb91km.png

 

Sabendo que os clubes daqui não tem chance alguma de angariar torcedores do interior e muito menos de outros estados, fica difícil conseguir algum crescimento e então entramos naquele famoso loop:

- Os clubes não recebem uma verba boa em comparação com os grandes

- Sem dinheiro fica difícil montar times competitivos

- Sem times competitivos, não há títulos

- Sem títulos não há visibilidade e nem torcida

- Sem torcida e sem visibilidade não há dinheiro

Não obstante, a própria imprensa local dá um destaque enorme para os paulistas mesmo aqui na capital, então fica realmente difícil competir.

 

PS: Fica como curiosidade a Chape ter aparecido ali como segundo time.

Obrigado pelos dados estatísticos Igor:

Sobre a simpatização, isso é normal. Se me perguntam num jogo Real x barça, digo que torço pro Real. Mas é coisa de momento, porque todo jogo você acaba escolhendo um time para torcer. Os números da torcida do Paraná me chamaram muito a atenção para um time que foi 5 vezes campeão numa fase de ouro. Mas tem explicação: Paraná foi a junção de Pinheiros e Colorado. No início juntaram as torcidas, mas acho que o passar do tempo o mais novos foram perdendo a identidade.

Agora o número de pessoas que não torcem para nenhum é considerável. Onde está a influência da mídia para convencê-los?

Não vi aparecendo a Chapecoense como segundo time.

 

EDIT: GE hoje. Vasco - 01:30 s

Botafogo: 0:27 s

 

 

Postado
13 horas atrás, Yan Perisse disse:

Terceirizada seria falar que a torcida do Flamengo só é grande porque é considerado segundo time em muitos lugares. O pessoal do Nordeste que confirme, mas o pessoal que considera o Flamengo como segundo time é quase irrisório ou nem existe.

O Flamengo como primeiro time, que é o mais comum, acontece muito mais no interior. O cara torce pro Salgueiro na Copa do Nordeste e no Pernambucano, e no brasileirão torce pro Flamengo. Geralmente é isso. Nas capitais o movimento de valorização local tá crescendo tanto que cada dia é mais difícil achar torcedor do time local e do eixo. Até porque os times da capital geralmente têm mais força nas competições estaduais, conseguem ganhar títulos e disputar a Copa do Nordeste, e assim o cara acaba tendo jogo bom pra ver. Aí o cara faz a escolha dele: ou o local, ou o de fora. 

Guest João Gilberto
Postado
9 horas atrás, Henrique M. disse:

Que isso, gente, Flamengo é Flamengo, tudo que o Flamengo é, emana da aura poderosa do manto sagrado do rubro-negro carioca e da sua lendária e magnética atração natural. Rádio, TV e outros meios da mídia são apenas consequência da poderosa imagem rubro-negra que foi aproveitada e usurpada pela mídia vigente para alienar a população, além de encher os cofres dessas instituições.

Acabou meus positivos, lamento.

9 horas atrás, Hamul disse:

....

Obrigado pela contribuição cara!

=)

3 horas atrás, (SPFC)Coach disse:

Não tem essa de Corinthians, Vasco e SPFC? tá de sacanagem que tu conhece mais Maceió do que eu que só morei fora daqui por 3 meses nos meus 22 anos de vida, né?

O cara quer saber do estado mais de quem é do próprio estado. Já desisti desse debate por isso.

Postado

O cara vir dizer que a grandeza da torcida do Flamengo tem como responsável a rede Globo que é maniqueísmo. Quem foi que me deu positivo?

Postado
13 horas atrás, 17octavius disse:

Olha o tópico inteiro então. Apresentei argumentos e você parece mais fugir deles.

Diga-me: como a torcida do Flamengo é tão grande no Norte/Nordeste?

Na minha opinião, veio da influência do rádio e a TV apenas continuou como forma de alimentar a audiência. Mas essa não é a questão, eu acredito que a torcida do Flamengo cresceu fora do estado por influência, mas falar que a torcida do Flamengo só é grande por causa de torcedores que o tem como segundo time é desinformação.

3 horas atrás, RYUxd disse:

O Flamengo como primeiro time, que é o mais comum, acontece muito mais no interior. O cara torce pro Salgueiro na Copa do Nordeste e no Pernambucano, e no brasileirão torce pro Flamengo. Geralmente é isso. Nas capitais o movimento de valorização local tá crescendo tanto que cada dia é mais difícil achar torcedor do time local e do eixo. Até porque os times da capital geralmente têm mais força nas competições estaduais, conseguem ganhar títulos e disputar a Copa do Nordeste, e assim o cara acaba tendo jogo bom pra ver. Aí o cara faz a escolha dele: ou o local, ou o de fora. 

Entendi, é bom mesmo ler essas experiências fora da bolha pra ter uma melhor realidade.

Postado

Adicionando o que o @-Igor disse:

Muitas cidades do interior nunca conseguiram fixar times por muito tempo e de forma estável no Campeonato Paranaense. Basicamente só tivemos Londrina, J Malucelli (quando era Malutrom mandava seus jogos em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba) Grêmio Maringá (esses tempos tava bem ferrado), Operário Ferroviário (Ponta Grossa), União Bandeirante (Bandeirantes, verdadeiro calo no pé da capital e recentemente fechou as portas) e Rio Branco (Paranaguá, o escudo e a camisa são muito semelhantes ao do Bangu). Todos esses no litoral, capital, próximo à capital (Operário) ou norte do estado.

Recentemente Arapongas, Irati, Maringá (com um segundo time local), Paranavaí (Campeão Paranaense de 2007) e Cianorte (lançou o falecido Caio Jr. em 2005 naquela partida que a equipe venceu o Corinthians por 3x0 na Copa do Brasil) tiveram bons momentos no estadual e hoje Cornélio Procópio tem um time na Série D, o PSTC. Coincidência ou não, todos no norte ou perto da capital. Mesmo com os bons momentos de todas essas equipes, é bem comum ver gente com camisas de times de fora, talvez só a torcida do Operário pegava no pé dos mistos

Cidades importantes do centro e sul do estado ainda tem muitos problemas em se firmar no futebol local, com Toledo sendo a mais firme nesse aspecto. Cascavel já teve 2 ou 3 equipes diferentes e lembro de ter ido ao estádio ver um treino de um desses times quando viajei pra lá ainda criança (2003). 

Essa situação de colonização, aliado à presença massiva das transmissões paulistas, ao pouco caso de Atlético e Coritiba com o interior e ao fato de que muitos times dessas cidades do interior se fundiam até não sobrar nenhuma equipe levaram à situação que o @-Igor apresentou naquela pesquisa.

Postado
17 horas atrás, Inner Logic disse:

Adicionando o que o @-Igor disse:

Muitas cidades do interior nunca conseguiram fixar times por muito tempo e de forma estável no Campeonato Paranaense. Basicamente só tivemos Londrina, J Malucelli (quando era Malutrom mandava seus jogos em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba) Grêmio Maringá (esses tempos tava bem ferrado), Operário Ferroviário (Ponta Grossa), União Bandeirante (Bandeirantes, verdadeiro calo no pé da capital e recentemente fechou as portas) e Rio Branco (Paranaguá, o escudo e a camisa são muito semelhantes ao do Bangu). Todos esses no litoral, capital, próximo à capital (Operário) ou norte do estado.

Recentemente Arapongas, Irati, Maringá (com um segundo time local), Paranavaí (Campeão Paranaense de 2007) e Cianorte (lançou o falecido Caio Jr. em 2005 naquela partida que a equipe venceu o Corinthians por 3x0 na Copa do Brasil) tiveram bons momentos no estadual e hoje Cornélio Procópio tem um time na Série D, o PSTC. Coincidência ou não, todos no norte ou perto da capital. Mesmo com os bons momentos de todas essas equipes, é bem comum ver gente com camisas de times de fora, talvez só a torcida do Operário pegava no pé dos mistos

Cidades importantes do centro e sul do estado ainda tem muitos problemas em se firmar no futebol local, com Toledo sendo a mais firme nesse aspecto. Cascavel já teve 2 ou 3 equipes diferentes e lembro de ter ido ao estádio ver um treino de um desses times quando viajei pra lá ainda criança (2003). 

Essa situação de colonização, aliado à presença massiva das transmissões paulistas, ao pouco caso de Atlético e Coritiba com o interior e ao fato de que muitos times dessas cidades do interior se fundiam até não sobrar nenhuma equipe levaram à situação que o @-Igor apresentou naquela pesquisa.

E onde foi parar o Matsubara?

Lembro que numa época essas cartelas de rifa de bar tinha o Matsubara. Trinta e dois númrero e um deles era o Matsbura, que eu lembrava apenas pela passagem do Neto.

Logicamente,  eu sempre comprava o Matsubara e nunca ganhei nada. 

Postado
58 minutos atrás, MICHEL O disse:

E onde foi parar o Matsubara?

Lembro que numa época essas cartelas de rifa de bar tinha o Matsubara. Trinta e dois númrero e um deles era o Matsbura, que eu lembrava apenas pela passagem do Neto.

Logicamente,  eu sempre comprava o Matsubara e nunca ganhei nada. 

Matsubara está licenciado, pelo que falam. A equipe era de Cambará, que abraçou o time e cuja torcida chegou até a construir um estádio maior para ajudar o clube.

Aprontaram o estádio e a direção resolveu se mudar pra Londrina, onde já tinham Londrina (historicamente o maior time da cidade) e Portuguesa Londrinense (que estava razoavel naqueles anos e recentemente chegou a se fundir com um time de Cambé pra continuar as atividades). A contratação do Neto foi nessa época, numa tentativa de chamar torcedores, mas não deu certo. A Matsubara ainda voltou pra Cambará, mas não teve o mesmo apoio de antes e daí fechou as portas.

Alguns anos atrás um grupo de empresários chegou a retomar as atividades da Matsubara (que era controlada pela familia que dá nome ao time), mas mudaram a sede pra Santo Antônio da Platina, onde outra equipe fora extinta, a Platinense, mas voltaram a se licenciar.

Postado

Esse é um fato mais natural até pela proximidade, mas no interior do Rio, sobretudo Serra, Lagos e Sul é bem mais comum torcer pros grandes da capital do que pelos times da região, independente do sucesso existente. A única exceção é Campos dos Goytacazes, por sempre ter de 2 a 3 times com bastante força (Americano, Goytacaz e Rio Branco - este último, teve o espaço ocupado pelo Campos recentemente).

Postado
Em 1/7/2017 at 13:20, RYUxd disse:

O Flamengo como primeiro time, que é o mais comum, acontece muito mais no interior. O cara torce pro Salgueiro na Copa do Nordeste e no Pernambucano, e no brasileirão torce pro Flamengo. Geralmente é isso. Nas capitais o movimento de valorização local tá crescendo tanto que cada dia é mais difícil achar torcedor do time local e do eixo. Até porque os times da capital geralmente têm mais força nas competições estaduais, conseguem ganhar títulos e disputar a Copa do Nordeste, e assim o cara acaba tendo jogo bom pra ver. Aí o cara faz a escolha dele: ou o local, ou o de fora. 

Isso é torcida de TV. No momento que o Salgueiro ficar competitivo e se mantiver assim a torcida do Flamengo despenca com o passar das gerações.

O maior exemplo disso é Florianópolis, meus amigos de infância tinham geralmente três times, um de SP, um do RJ e um da cidade. A maioria desses hoje torce só para Avaí ou Figueirense, muitos tem até vergonha do passado hahaha.

E as novas gerações já vem torcendo para os times da cidade. Efeito parecido acontece no Sul (Criciuma) e Oeste (Chapecoense) do estado, em que os times locais estão recuperando não apenas essa torcida da TV, como a torcida por influência da família (nesse caso nos times do RS).

Postado

Entrei em contato com a TV Paraíba:

Feliz ano novo =)

 

É possível ver o que foi exibido no GE local através desse link. Vão aparecer os de CG e JP no final da página. Os de CG estão na íntegra.

 

Observei as matérias que foram exibidas nas datas que o Flamengo foi campeão da Copa do Brasil 2013, ou seja, a partir da data de 27/11/2013.

A primeira edição não falou NADA sobre o Flamengo:

http://globoesporte.globo.com/pb/videos/t/edicoes/v/assista-a-integra-do-globo-esportecg-desta-quarta-feira/2983876/

Na edição do dia seguinte a ÚNICa menção ao Flamengo foi o apresentador que disse:

Encerro essa edição do GE mandando um abraço, lógico, aos torcedores do Flamengo que foram campeões.

http://globoesporte.globo.com/pb/videos/t/edicoes/v/assista-a-integra-do-globo-esportecg-desta-quinta-feira/2984864/

A edição da sexta-feira, NADA:

http://globoesporte.globo.com/pb/videos/t/edicoes/v/assista-a-integra-do-globo-esportecg-desta-sexta-feira/2987636/

Daí eu não tive mais paciência de ver as edições de segunda-feira da outra semana e etc... Até pelo fator relevância ir diminuido.

Portanto, a Globo local não passou a semana inteira falando do Flamengo como o colega disse acima. Vocês podem confirmar nos links com as matérias na ÍNTEGRA.

Se eu for me basear na babaquice que o Gilberto preconiza de pegar as experiências dos foristas para fazer uma afirmação dessas, é cair no puro empirismo.

Os depoimentos são importantes como experiências pessoais, mas usar isso para definição de verdade aí, sim, pura inocência.

Tenho dito.

PS: Michel boa lembrança do Matsubara

Postado
22 horas atrás, MICHEL O disse:

E onde foi parar o Matsubara?

Lembro que numa época essas cartelas de rifa de bar tinha o Matsubara. Trinta e dois númrero e um deles era o Matsbura, que eu lembrava apenas pela passagem do Neto.

Logicamente,  eu sempre comprava o Matsubara e nunca ganhei nada. 

Sobre o Matsubara, o pessoal do Trivela fez uma excelente reportagens esses tempo atrás:

A torcida do Matsubara construiu um estádio e hoje não tem clube para torcer

Postado

Ainda no debate das cotas:

Indecisão do Flamengo causa prejuízo e incerteza financeira no futebol carioca

Pequenos perdem receita e fazem apelo para Rubro-Negro assinar contrato de TV

O futuro do futebol carioca estaria por uma assinatura de contrato. Este é o resumo das declarações de presidentes dos clubes menores do Campeonato Estadual, que temem um grande prejuízo caso o Flamengo não aceite a proposta para a transmissão de TV, a maior da história da competição, nos próximos dias. O Rubro-Negro é o único clube que ainda não se decidiu sobre as condições oferecidas na negociação, que se arrasta desde maio do ano passado. Para o clube da Gávea, um "pequeno" impacto de R$ 15 milhões em um orçamento 26 vezes maior. Já para os demais, um valor que sustentaria a temporada e, em alguns casos, viabilizaria a manutenção do futebol profissional em 2017.

Explica-se: na negociação entre TV, clubes e Federação, ficou acordado que cada um dos grandes (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) receberia R$ 15 milhões pelos direitos de transmissão do Estadual de 2017. Outros R$ 40 milhões seriam divididos entre os outros 12 participantes, com valor maior para os da fase principal. O restante da verba seria destinada para as outras duas divisões, que foram unificadas e viraram Séries B1 e B2. Estes dois torneios, que hoje geram altos custos para os clubes mandantes, especialmente com despesas de borderô e arbitragem, seriam completamente subsidiados pela FERJ, através do dinheiro oriundo do novo contrato, diminuindo o prejuízo de quase 40 clubes que pagam pra jogar as competições.

No entanto, na prática, a situação é diferente. Dos 16 clubes envolvidos na negociação, apenas um ainda não concordou com as condições e não assinou o contrato: justamente o Flamengo, maior campeão da história do Carioca. Caso o Rubro-Negro não chegue a um acordo com a emissora e a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, a primeira consequência é imediata: seus jogos no Campeonato Estadual de 2017 - 11 na primeira fase e 18 caso avance às finais de turno e do campeonato - não serão transmitidos pela TV. O clube, obviamente, também não recebe os R$ 15 milhões pelos direitos, além de receitas de pay-per-view.

As consequências, contudo, não ficariam restritas ao próprio Flamengo. Sem o Rubro-Negro, os R$ 120 milhões inicialmente pagos pelos direitos de transmissão do campeonato sofrem uma redução que, a princípio, afeta somente os clubes de menor investimento. Botafogo, Fluminense e Vasco recebem os mesmos R$ 15 milhões inicialmente acordados. Já os outros 12 participantes perdem mais da metade do valor estipulado. E ainda: as Séries B1 e B2 deixam de ser subsidiadas. Os pequenos, além de perderem dinheiro, ficam com um jogo a menos exibido na TV.

imageO Flamengo não se pronuncia oficialmente sobre os motivos que levam o impasse quanto a assinatura de contrato. Segundo apurou a reportagem do FutRio.net, está prevista para os próximos dias uma nova reunião entre a direção do clube e executivos da TV Globo para tentar selar um acordo. A emissora, inclusive, teve duas de suas três maiores audiências envolvendo o Rubro-Negro em 2017 envolvendo jogos do Carioca, ambos diante do Vasco. Procurada, a assessoria de imprensa preferiu não antecipar a posição dos dirigentes. A reportagem tentou entrevistar o presidente Eduardo Bandeira de Mello, mas não obteve sucesso.

- Prejudica todos os clubes pequenos. O Flamengo se acha o todo poderoso. Quer ganhar mais que os outros. Quer receber R$ 20 milhões, desde que os outros não recebam R$ 20 milhões. O Flamengo é um trem pagador, mas não joga sozinho. No máximo, treina sozinho. Mas pra jogar precisa de um adversário. Eles se preocupam com o que os outros ganham e aí todo mundo é afetado. O Madureira se sente prejudicado na medida em que todos também se sentem. Poderíamos ter um valor bem melhor para os pequenos e isso não vai acontecer se o Flamengo não assinar - critica o presidente do Madureira, Elias Duba, que ressalta o alto valor pago pelo contrato:

- Óbvio que estamos num campeonato para jogar contra os grandes, por perspectiva de arrecadação, vitrine e TV. Mas, se o Flamengo não quiser fazer parte do campeonato e quiser jogar aquela liga que ele ajudou a fundar, que não representa nem um milésimo do campeonato do Rio de Janeiro, que vá. Estamos falando de R$ 1 milhão por jogo. Não tem Libertadores, não tem Copa do Brasil, não tem Campeonato Brasileiro, nenhum campeonato paga R$ 1 milhão só para o time entrar em campo. E o Flamengo quer jogar isso pela janela e por isso prejudica os demais - avalia.

A possibilidade da TV não transmitir os jogos do Flamengo e, consequentemente, a verba inicialmente prometida não chegar aos cofres dos clubes pequenos, já é tratada como real dentro dos bastidores do futebol carioca. A Federação, inclusive, na tabela disponível no site da entidade, marca televisionamento para todos os jogos a partir da Taça Guanabara, exceto, justamente, os que envolvem o Rubro-Negro. Na primeira rodada, o jogo diante do Boavista é o único que não tem a sinalização. Uma das atrações do Estadual de 2017, o Verdão de Saquarema, de Joel Santana e vários medalhões, teme ficar com a receita comprometida.

image- Estamos na expectativa em relação ao acordo. Eu prefiro que o Flamengo seja sensível ao problema dos coirmãos do Rio de Janeiro e que chegue a um acordo com a Federação nos moldes estabelecidos. Entramos em um déficit de receita gigante, pois fizemos um planejamento contando com a participação do Flamengo no acordo televisivo e a não assinatura do clube atinge em cheio as nossas finanças - conta o gestor de futebol do Boavista, João Paulo Magalhães Lins.

Indecisão afeta planejamento dos clubes

Toda incerteza fez com que os clubes montassem o planejamento para 2017 sem o orçamento completo para a temporada. Seis deles já entram em campo nesta quarta-feira (11), pela fase preliminar. Inicialmente, receberiam R$ 500 mil pela participação e mais R$ 300 mil pelas cotas, totalizando R$ 800 mil. Com a indefinição quanto ao Flamengo, este valor caiu para menos da metade: cerca de R$ 360 mil. Até a última semana antes do início do Estadual, Bonsucesso, Cabofriense, Campos, Nova Iguaçu, Portuguesa e Tigres sequer sabiam quanto iriam receber.

- Estamos super preocupados. Foi nos passado um valor que diminuiu bastante. Vai fazer muita falta. O Nova Iguaçu se pautou para fazer o time mediante o que ia receber. E, agora, realmente, fomos pegos de surpresa. É uma situação muito preocupante. Se o Flamengo não assinar, vai criar uma situação muito ruim, principalmente para os clubes da fase preliminar. Se eu soubesse, não teria feito as contratações que fiz - lamenta o presidente do Nova Iguaçu, Jânio Moraes.

Para os times da "Seletiva", o valor já foi pago, e de forma integral. Com a redução, atendendo a pedido dos clubes, a Federação antecipou toda a cota de R$ 360 mil, sem o parcelamento inicialmente previsto. No entanto, os quatro clubes que não passarem para a Taça Guanabara disputarão o Grupo X. O objetivo é não ser rebaixado e disputar a Série B já este ano, e com um valor bem abaixo do que se imaginava no ato da divulgação do regulamento.

- Não sou capaz de falar de orçamento da Federação ou do Flamengo, cuido apenas do meu. Mas a proporcionalidade de redução da cota com a não assinatura do Flamengo não foi a mesma que houve na redução na nossa. Acredito que outras despesas que eu não tenho conhecimento tenham impactado para os meses de janeiro e fevereiro - analisa o vice de futebol do Campos, Mauro Farias, que lamenta o déficit no caixa criado com o impasse:

- O orçamento do Campos já está descoberto. Tínhamos a expectativa de um valor e recebemos menos da metade. Estamos no mercado tentando captar patrocinadores para que a gente tenha fôlego. É mais um capítulo lamentável para os clubes pequenos. Não conseguimos pensar grande não pela nossa gestão, mas por fatores alheios a nossa vontade - critica o dirigente.

A fase preliminar, inclusive, foi uma exigência feita por membros influentes e ligados aos principais clubes em Conselho Arbitral, aprovada por unanimidade, para tentar valorizar, justamente, o contrato de TV, que serviria para os próximos oito anos. Desta forma, não foi necessário diminuir o número de participantes do Estadual, que seguiu com 16, mas passou a ter uma fase principal com 12 - esta, televisionada, e com a fórmula reunindo a Taça Guanabara e a Taça Rio como turnos.

Pré-temporada e segundo semestre em jogo

Com a promessa de aumento na cota de TV, os clubes pequenos fizeram investimentos altos para 2017. Enquanto o Bangu contratou o uruguaio Loco Abreu, o Madureira apostou em Souza, ex-Flamengo, como referência para o ataque. Outros clubes escolheram técnicos medalhões: o Boavista, com Joel Santana, e o Macaé, com Renê Simões. No entanto, apesar do treinador "de ponta", o Alvianil Praiano pode ter uma grande baixa na preparação para o Campeonato Estadual. Sem dinheiro, o clube estuda cancelar a pré-temporada e se preparar somente com treinos diários no CT da Fazendinha, no Norte Fluminense, sem concentração.

- Me prejudicou muito. Eu já estava com o planejamento da pré-temporada pronto, mas tudo isso tem um custo de pelo menos R$ 100 mil. Já estou pensando em cancelar a pré-temporada. Eu não esperava que o Flamengo fosse deixar de assinar. Como um time faz um empréstimo de R$ 12 milhões para reformar o estádio da Portuguesa e não assina um contrato de R$ 15 milhões para o Campeonato Carioca? Eu, como dirigente de futebol há 30 anos, não consigo entender. O Flamengo só está pensando nele e esqueceu dos clubes menores, pois os outros grandes não perdem um tostão - indaga Teodomiro Bittencourt, o Mirinho, presidente de honra do Macaé.

O Volta Redonda, que tem em comum com o Macaé a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, também conta com o incentivo financeiro para viabilizar a participação no torneio nacional, no segundo semestre. Atual campeão da Série D, o Tricolor de Aço é um dos poucos casos de sucesso no futebol carioca no Brasileirão nos últimos anos. Aliás, a Quarta Divisão tem inúmeras desistências, justamente, por falta de recursos. Mesmo em uma competição deficitária, o clube do Sul Fluminense conseguiu subir para o terceiro escalão do Brasil e torce para que este "incremento" na cota de televisão o ajude a montar um time forte.

- Se eles assinarem, vamos ter mais recursos para fortalecer o time na Série C. Se não, a gente continua da forma que está, com um time bastante competitivo. A questão hoje é saber se os jogos serão transmitidos ou não. Fizemos a nossa programação para os dois casos. Se o Flamengo aderir ao contrato, como a gente espera e acredita, vamos melhorar ainda mais o time para o segundo semestre - esclarece o vice de futebol do Volta Redonda, Flavio Horta Junior.

Por sua vez, o gestor de futebol do Friburguense, José Eduardo Siqueira, o Siqueirinha, é enfático: sem a assinatura do Flamengo, o clube não vai disputar a Série B1 do Campeonato Carioca. Rebaixado em 2016, o Tricolor da Serra, assim como o America, receberia R$ 300 mil pelo novo contrato, além de ter todas as despesas envolvendo a Federação em 2017 subsidiadas com a verba televisiva. No entanto, sem este dinheiro, a participação fica inviável.

- É uma grande oportunidade de subsidiar duas divisões que, infelizmente, está indo por água abaixo. Acho que a administração do futebol tem que envolver todo mundo. Hoje, com esta cota, a gente não tem condição de disputar o campeonato. Assumimos compromissos durante a Copa Rio contando com este valor e, para conseguir pagar sem a cota, colocamos em risco justamente a participação do Friburguense na Série B - projeta Siqueirinha.

O QUE PENSAM OS DIRIGENTES

Elias Duba, presidente do Madureira:

- Não prejudica só o Madureira. Prejudica todos os clubes. O Flamengo se acha o todo poderoso. Quer ganhar mais que os outros. Quer R$ 20 milhões, desde que os outros não ganhem R$ 20 milhões. Respeito a torcida do Flamengo, sei do poderio econômico, pois realmente é um trem pagador. Mas o Flamengo não joga sozinho. No máximo, treina sozinho. Para jogar ele precisa de um adversário. Eles se preocupam com o que os outros ganham e aí todo mundo é afetado. O Madureira se sente prejudicado na medida em que todos também se sentem. Poderíamos ter um valor bem melhor para os pequenos e isso não vai acontecer se o Flamengo não assinar. Não faço questão nenhuma de jogar contra o Flamengo. Se pudessem não jogar, seria até bom. Óbvio que estamos num campeonato para jogar contra os grandes, por perspectiva de arrecadação, vitrine e TV. Mas, se o Flamengo não quiser fazer parte do campeonato e quiser jogar aquela liga que ele ajudou a fundar, que não representa nem um milésimo do campeonato do Rio de Janeiro, que vá. Estamos falando de R$ 1 milhão por jogo. Não tem Libertadores, não tem Copa do Brasil, não tem Campeonato Brasileiro, nenhum campeonato paga R$ 1 milhão só para o time entrar em campo. E o Flamengo quer jogar isso pela janela e por isso prejudica os demais. Acho que a Federação tem que botar o Flamengo no lugar dele. Ninguém precisa mais jogar contra o Flamengo. Se não quer jogar no profissional, que não jogue nas outras categorias, que não contrate mais jogadores revelados por nós. Que eles defendam outros, não mais o Flamengo. Seria uma forma de fazer eles perceberem que sozinhos não são ninguém.

Jânio Moraes, presidente do Nova Iguaçu:
- Estamos super preocupados. Foi nos passado um valor que diminuiu bastante. Vai fazer muita falta. O Nova Iguaçu se pautou para fazer o time mediante o que ia receber. E, agora, realmente, fomos pegos de surpresa. É uma situação muito preocupante. Se o Flamengo não assinar o documento, vai criar uma situação muito ruim, principalmente para os clubes da fase preliminar. Se eu soubesse, não teria feito as contratações que fiz

Mauro Farias, vice de futebol do Campos Atlético:
- O Flamengo hoje é unanimidade na gestão do futebol e deve ter as suas razões. Não quero entrar nesse mérito. Isso pode até ser o marco determinante em algumas coisas. Mas é evidente e claro o impacto no nosso orçamento. O valor ventilado para os times da Seletiva, que pelo regulamento são os únicos que assumem o risco do rebaixamento em prol dos outros, foi um, e agora vamos receber menos da metade. Não sou eu que vou falar de orçamento da Federação ou do Flamengo, cuido apenas do meu, mas a proporcionalidade da redução não foi a mesma entre a ausência do Flamengo e a nossa redução. Creio que existam outras despesas que eu não tenho conhecimento. O nosso orçamento já está descoberto e estamos no mercado tentando captar patrocínios para que a gente tenha fôlego pra fazer o que o Campos sempre fez: cumprir com seus compromissos e obrigações. É mais um capítulo lamentável para os pequenos pois não conseguimos pensar grande, não pela nossa gestão, mas por fatores alheios à nossa vontade.

Flávio Horta Junior, vice-presidente do Volta Redonda:
- Em qualquer ocasião que um clube se julgar maior que o Campeonato Carioca,  teremos dificuldades. Mas como o Campeonato em si é muito maior que todos nós, ele sobrevive e será o melhor do Brasil, independente de transmissão de jogos de A, B ou C. É lógico que o fato de um clube não assinar o contrato e comprometer a cota de todos os outros de menor investimento que ajudam a dar o charme do campeonato, atrapalha. Demonstra um sentimento de egoísmo, de querer crescer sozinho, de prevalência do individual sobre o coletivo.

Mirinho, presidente de honra do Macaé:
- O Flamengo só está pensando nele. E esqueceu dos clubes menores. Botafogo, Fluminense e Vasco não perdem um tostão. Se estão pensando que vão prejudicar os outros grandes, estão errados, pois eles recebem o dinheiro integral. Só os clubes menores são prejudicados. Não esperava que o Flamengo fosse deixar de assinar o contrato. Como um time faz um empréstimo de R$ 12 milhões para reforma do estádio da Portuguesa, sendo que tem R$ 15 milhões na Federação para receber com este contrato do Campeonato Carioca? E eles ainda vão pagar os juros do empréstimo. Eu, como dirigente de futebol há 30 anos, não consegui entender isso até agora. Eles não devem estar nadando em dinheiro.

Valdemir Mendes, presidente da Cabofriense:
- Pra gente é muito pior, pois estamos na fase preliminar. Ainda nem sabemos de verdade quanto vamos receber. O Flamengo não assinando atrapalha a Cabofriense e o campeonato. Não sei a razão, mas temos que seguir. Ainda acho que o Flamengo vai assinar, mas é uma situação muito chata e complicada. Sem dinheiro não se faz nada. Todo ano é uma história diferente e você pode acabar criando dívidas na hora de honrar os compromissos. Estamos na expectativa dessa assinatura para que a gente inicie o campeonato com tranquilidade.

Aristóteles Larios, presidente do Tigres do Brasil:
- A questão de não termos a unanimidade entre os clubes não afeta os grandes, somente os pequenos, que ficam com a cota reduzida em mais da metade do que foi proposto inicialmente. Prejudica completamente quanto ao planejamento, contratação de jogadores e estrutura de trabalho. Com o orçamento que nos foi apresentado faríamos de forma diferente com mais peças e mais tempo. Afinal, por conta do atraso estamos recebendo somente agora, faltando menos de uma semana para o início do campeonato. Não estamos pessimistas, pois concordamos com as regras, mas esta verba seria um reforço importante no caixa.

João Paulo Magalhães Lins, gestor de futebol do Boavista:
- Estamos na expectativa em relação ao acordo. Eu prefiro que o Flamengo seja sensível ao problema dos coirmãos do Rio de Janeiro e que chegue a um acordo com a Federação nos moldes estabelecidos, assim com todos os clubes. Entramos em um déficit de receita gigante, pois fizemos um planejamento contando com a participação do Flamengo no acordo televisivo e a não assinatura do clube atinge em cheio as nossas finanças.

Luciano Viana, presidente do Americano:
- Todo ano ouço falar de ajuda na Série B. Eu, particularmente não acredito em Papai Noel. A verdade é que o Campeonato Carioca, em todas as suas divisões, a cada ano que se passa, vem numa descredibilidade muito grande e a cada dia vem piorando. Eu, como ex-atleta e agora como presidente de um clube do tamanho do Americano, fico muito triste de ver essa situação tão decadente. O Americano tem que seguir a sua vida, mas a gente sabe que, por tudo aquilo que o estado vem atravessando, não vai ser fácil disputar a Série B em 2017. Cabe a gente esperar o que será decidido e cada clube tomar as suas medidas necessárias.

Siqueirinha, gestor de futebol do Friburguense:
- Tenho visto nos últimos anos um descaso muito grande com os clubes pequenos por parte, principalmente, do Flamengo. A valorização e o cuidado com o produto passa pela mão de todo mundo. Às vezes você está em uma situação e não olha para o outro lado. Historicamente, Friburguense, Olaria, America, entre outros clubes que hoje estão na Segunda Divisão, fizeram o Flamengo ser o que ele é hoje em outros campeonatos que eles disputavam lá atrás. E hoje eles estão cagando e andando para a gente. Que se valorize o Campeonato Carioca e os clubes pequenos. Os grandes não podem deixar a gente de lado. É uma grande oportunidade de subsidiar duas divisões que, infelizmente, está indo por água abaixo. Acho que a administração do futebol tem que envolver todo mundo. Hoje, com esta cota, a gente não tem condição de disputar o campeonato. Assumimos compromissos durante a Copa Rio contando com este valor e, para conseguir pagar sem a cota, colocamos em risco justamente a participação na Série B.

Sidney Santana, vice-presidente do America:
- O investimento aqui no America já está bem escasso e qualquer coisa que venha além para atrapalhar, vai nos prejudicar muito. Caso o Flamengo não assine esse acordo será algo muito ruim para o futebol carioca como um todo e especialmente para o America. Temos sempre que pensar em uma alternativa. A questão da sede é nossa prioridade, mas evidentemente estamos trabalhando para conseguir outros recursos, para que possamos voltar para Série A.

http://futrio.net/site/noticia/detalhe/35193562/indecisao-do-flamengo-causa-prejuizo-e-incerteza-financeira-no-futebol-carioca

Guest João Gilberto
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Os patrocínios privados e estatais do futebol brasileiro em 2016, via Ibope

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Entre patrocínios de camisa e fornecedoras de material esportivo, há uma verdadeira disputa pelo “mapeamento” do futebol brasileiro. O Ibope-Repucom fez um levantamento com todas as empresas que investiram com regularidade no último ano em 21 clubes, com 20 deles assegurados na Série A de 2017 – a exceção é o rebaixado Internacional. Considerando as marcas vinculadas em 2016 (quadros acima e abaixo), três clubes tiveram apenas um patrocínio no uniforme, Vasco, Atlético-PR e Sport. Com o contrato de um ano com a Caixa Econômica Federal, o time pernambucano recebeu R$ 6 milhões. Também teve aporte neste tipo de receita através da Adidas, cujo acordo segue desconhecido. Ainda no cenário local, vale destacar que Náutico e Santa tiveram Topper/Caixa e Penalty/MRV como contratos mais duradouros, respectivamente.

Sobre as fabricantes, Nike (2 clubes) e Adidas (5) trouxeram a rivalidade global para os dois times mais populares do país. Nos dois casos, contratos maiores que os do patrocínio-máster, num formato já recorrente. Dos quatro maiores acordos, apenas o Palmeiras irá assinar um novo trato a partir de 2017.

Maiores contratos com fornecedoras de material esportivo em 2016:
1º) R$ 40 milhões/ano – Corinthians/Nike (2016-2025)
2º) R$ 35 milhões/ano – Flamengo/Adidas (2013-2022)
3º) R$ 27 milhões/ano – São Paulo/Under Armour (2015-2019)
4º) R$ 22 milhões/ano – Fluminense/Dry World (2016-2020 – rescindido)
5º) R$ 20 milhões/ano – Atlético-MG/Dry World (2016-2020 – rescindido)
6º) R$ 19 milhões/ano – Palmeiras/Adidas (2015-2016)

Em relação aos patrocínios tradicionais, com as marcas estampadas, a lista tem o Palmeiras como líder absoluto, levando em cona apenas uma empresa. Isso porque a Crefisa pagou ao alviverde (que terminou o ano como campeão brasileiro) por espaços na parte frontal, costas e ombros.

A título de comparação, o rival São Paulo firmou um contrato de 25 milhões por 19 meses com uma marca (na lista abaixo, a média anual), mas teve outros nove anunciantes, com a arrecadação passando de R$ 30 milhões. Enquanto isso, Timão e Fla seguem como os principais expoentes da Caixa. A instituição bancária está presente em 16 dos 21 clubes abordados no estudo do Ibope.

Maiores contratos de patrocínio no uniforme em 2016:
1º) R$ 66,0 milhões – Palmeiras (Crefisa – privado)
2º) R$ 30,0 milhões – Corinthians (Caixa)
3º) R$ 25,0 milhões – Flamengo (Caixa)
4º) R$ 15,7 milhões – São Paulo (Prevent Senior – privado)
5º) R$ 12,9 milhões – Grêmio (Banrisul)
5º) R$ 12,9 milhões – Internacional (Banrisul) 

Confira o levantamento do Ibope-Repucom numa resolução melhor aqui.marca_esporte.png

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Eu não gosto de ver patrocínio estatal pra clube de futebol. Criticava a Petrobrás no Flamengo e agora a Caixa com um punhado de clubes.

Eu até entendo que são segmentos em que há disputa de mercado com instituições privadas e é preciso ter uma estratégia de marketing para atingir o público. Mas se for pra investir no futebol, seria melhor colocar dinheiro no campeonato como um todo (por exemplo dando o naming right pro campeonato). Agora investir em determinados clubes é sacanagerm.

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Patrocínio estatal é algo que não curto. Os clubes e as federações, não sei se todas, mas acredito que sim, já ganham o privilégio de isenção de impostos. O negócio fechado com a Carabao foi um alívio não só pra essa minha crítica, como para as finanças visto que a Caixa parece não renovar com os clubes.

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Esses times pequenos reclamando do Flamengo por não assinar com a Globo são todos chupa-bolas da FERJ. A FERJ ganha mais que todo mundo nesse contrato e é por esta razão que o Flamengo não o assinou. Quem tem que ganhar muito dinheiro são os clubes, não a federação.

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Outra explicação pras cotas grandes dos times de menor investimento do Rio: alguns devem ter todos os seus jogos (exceto o contra o Flamengo, a princípio) transmitidos na TV fechada/pay-per-view, caso do Volta Redonda e do Madureira.

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Em 11/01/2017 at 02:29, MICHEL O disse:

Eu não gosto de ver patrocínio estatal pra clube de futebol.

Eu também penso assim, mas não tem como mudar essa realidade.

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