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Espiral descendente: os passos para a queda


Marco.Oliveira

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Espiral descendente: os passos para a queda

Quarta-feira, 21/09/2016 às 14:20 por Humberto Luiz Peron

 

Estamos em um momento do Campeonato Brasileiro em que o sinal amarelo está aceso para as equipes que estão na parte de baixo da tabela. A cada rodada, a probabilidade desses times disputarem a Série B no próximo ano fica mais próxima. Analisando as campanhas e atitudes das equipes que sofreram com o descenso nos últimos anos é possível traçar pontos comuns entre os clubes rebaixados para a Série B, pois uma equipe não cai apenas pelo resultado na última rodada. Talvez o que possa variar nos dez pontos listados abaixo seja o número de trocas de treinador, que para alguns clubes podem passar de três, em um torneio de 38 rodadas.

 

1- O clube provável de ser rebaixado começa o torneio com pretensões elevadas

Não há um Campeonato Brasileiro em que não comece com pelo menos 12 equipes falando na conquista da taça. Os outros clubes também não são modestos em dizer que vão lutar por vagas na Libertadores, Copa Sul-Americana, ou, como virou moda nos últimos anos, ficar na primeira página da tabela. Tudo isso gera uma expectativa enorme, que atrapalha muito quando um time perde duas ou três partidas seguidas, ou termina uma rodada na zona do rebaixamento.

 

2 – Inicia o campeonato ganhando jogos importantes

Times fracos também vivem boas fases e o início do Brasileiro é o momento ideal para isso. Com várias equipes em formação e renovação e com outras disputando finais da Libertadores, times fracos até conseguem bons resultados, jogando mal, mas os membros da comissão técnica e os jogadores dizem que o mais importante é somar pontos e ficar na parte de cima da tabela.

 

3 – É derrotado em duas partidas seguidas e acha normal

Com a torcida empolgada com a grande campanha, o time perde a primeira em casa, com o estádio lotado, para um dos últimos colocados e acha normal, pois o time ainda está bem colocado e, ao final do jogo, com o primeiro revés, a torcida aplaude. A segunda derrota chega na próxima partida, que é fora de casa, mas, com boa campanha, não há do que reclamar, principalmente em um jogo em que o time foi visitante.

 

4 – A fase de maus resultados não termina e o técnico é trocado

As vitórias ficam raras, o time tem uma sequência de maus resultados e a chamada fase ruim parece interminável. Não tem mais jeito e, depois de algumas contratações desesperadas – e caras –, os dirigentes, pressionados, mandam embora o treinador que tinha montado o elenco.

 

5 - Resultados ruins com o novo técnico

Com um novo treinador e as contratações ainda longe da melhor forma, é lógico que os resultados não aparecem. O novo técnico diz que precisa de tempo para ajustar a equipe, ao mesmo tempo em que o departamento médico do clube fica cheio de jogadores lesionados. Aqui, o time já se torna um frequentador da zona do rebaixamento.

 

6 – Nessa fase, a torcida já se conforma ou usa de violência

Chega um momento do campeonato em que boa parte dos torcedores já aceita o fato de que o clube vai cair – e até citam, como desculpa, exemplos de times que foram rebaixados e voltaram fortes. Ao mesmo tempo, outros grupos de fãs perdem a razão, depredam o clube e intimidam diretores e jogadores com ameaças de agressões.

 

7 – Mais uma troca desesperada de técnico

Ainda mais pressionada, a diretoria troca, de novo, o treinador e aposta em técnicos que têm história no clube e/ou são conhecidos como disciplinadores. Jogadores experientes, que estão na reserva em outros clubes ou que disputam a Série B, acabam sendo contratados. É criado um clima em que todos são convocados para ajudar o time, pois o momento é delicado – geralmente chamado de “o pior da história”.

 

8 – Nova fase com resultados positivos

Com o elenco, técnico, diretoria e torcida unidos, o time consegue alguns resultados positivos, vitórias que são tratadas como feitos heróicos e comemoradas como se fossem a conquista de um título. Depois desses resultados já começam os discursos inflamados de “time grande não cai” e a torcida empolgada grita “o campeão voltou”, alguns mais eufóricos dizem que o time ainda vai buscar um lugar entre os quatro mais bem colocados, ou o título da Copa do Brasil.

 

9 –A depressão volta com o final de mais um bom momento

O período de recuperação acaba logo e as derrotas consecutivas voltam. Como uma última tentativa de provocar mais uma reação do elenco, o técnico afasta alguns atletas, entre eles jogadores caros e considerados intocáveis. Mas o clube não se afasta das últimas colocações e começa a fazer contas.

 

10 – Depende apenas de seus resultados e cai

Como os outros times que lutam contra o rebaixamento também são ruins e igualmente não se cansam de perder pontos, nas últimas rodadas, a equipe depende somente de suas forças para escapar do descenso, mas fracassa e o jeito é a torcida se conformar, pois o time vai disputar a Série B na próxima temporada

 

Fonte: http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/peron-na-arquibancada/post/espiral-descendente-os-passos-para-queda.html

 

Eu nunca concordo totalmente com essas "receita de bolo" que alguns comentaristas decretam como verdade absoluta pra justificar o absoluto amadorismo com o qual o futebol brasileiro é comandado, mas desta vez ao ler essa postagem eu fui obrigado a concordar. A cada tópico veio na cabeça uma meia dúzia de times (alguns grandes) que sistematicamente percorreram cada uma dessas etapas e amargaram um ou mais rebaixamentos nesses últimos 10 anos.

Postado

Trapezio descendente

Postado
10 minutos atrás, xBode disse:

Trapezio descendente

É esse mesmo que nois vamo buscar... #Biiirrrrr

Postado

Vai da não? Saí de casa, caí pra caralho...

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