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Há quanto tempo o Brasil vive em crise?


Aleef

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Estava lendo notícias sobre o futebol brasileiro e em como o futebol ao nosso redor evoluiu. A Islândia tendo um crescimento absurdo com a Eurocopa tendo iniciado isso em 2002 e sendo um dos países que mais possuem pessoas habilitadas a treinarem times de futebol segundo a UEFA (ter a licença). A Alemanha que deixou de ter campanhas de vices e começou a ganhar títulos, a Bélgica que colheu frutos com uma bela seleção mesmo não tendo um técnico a altura. Portugal que tem um excelente celeiro de técnicos como José Mourinho, Jorge Jesus, Leonardo Jardim, Espírito Santo e dentre outros senhores e não esquecemos do futebol sul-americano com vários países em estado elevado como Chile, Equador, Argentina sempre forte, Colômbia e  até mesmo na terra do tio Sam uma evolução consagrada. Vale salientar  também o avanço que o Qatar anda tendo com seus jogadores mesmo sendo o quarto esporte mais popular do país e devido a questões políticas não consegue exportar seus jogadores, mas mesmo assim possui um dos centros de treinamentos mais modernos do mundo e ainda por cima tem um excelente jogador supervisionando e dando apoio tanto técnico quanto moral nas seleções sub- 19 e sub-23 (Xavi é o nome do cidadão).

Mas e aqui? Não houve avanços táticos, técnicos e creio que na preparação física. Não houve mudanças no calendário brasileiro significativamente interessantes, houve acréscimo de mais uma liga para alguns clubes, entretanto, não vejo nada de bom. Mas aqui que vem a pergunta será que estamos vivendo essa crise desde a época do penta campeonato em que Felipão deixou de lado o Romário, Alex dentre outros jogadores? Será que não estamos sofrendo com esse decréscimo de qualidade desde há um bom tempo? Estava lendo agora a pouco a Placar da década de 70 em que a revista analisa meticulosamente como está sendo os jogos para a copa de 74 e como estávamos até o momento. E o resultado senhores não é nada agradável de se ver. Parece até o futuro que por ironia do destino é hoje em dia. Mas vamos aos comentários que parecem falar do que sofremos hoje. Com Rivelino, Palhinha, Paulo César e vários outros estavam tudo bem. Só que o primeiro era nervoso, o segundo vivia sozinho no ataque e o terceiro taticamente era uma bosta. Zagallo sofreu com o elenco e taticamente foi um merda. Defesa era um deus no acuda, o time não tinha consistência e passamos da Alemanha por milagre mesmo. Em questões que envolviam as táticas estávamos vendo um aumento na qualidade europeia no preparo físico e na qualidade dos treinadores que estudavam mais. O Brasil se sobressaia devido a qualidade técnica que seus jogadores possuíam. Algo como pequenos Messis espalhados dentro de campo. 

Mas não era só isso que o Brasil estava vendo, mas Geraldo Cunha (ex- preparador do Santos) juntamente com Oswaldo Brandão, Telê Santana e Oto Maria avisaram o futuro que o futebol brasileiro teria se não ficassem espertos. O Brasil não tinha tempo para treinar, na década de 50 a década de 70 houve um decréscimo de 50% de treinamentos voltado a qualidade técnica do jogador. "Se a coisa continuar desse jeito, é bem provável que dentro de alguns anos a escola brasileira e a europeia se equiparem, com um ligeiro para os europeus, já que nunca alcançaremos o preparo físico como o deles devido a problemas da formação do brasileiro e eles podem perfeitamente se aproximarem da nossa técnica, o que acontecerá se continuarmos a relaxar nessa parte. [...]" MARIA, Oto. 

Brandão culpou o calendário, já que com muito jogos, menos tempo de preparação e menos tempo de preparação, menos tempo para melhorar e com menos tempo para melhorar, a qualidade fica estagnada e o futebol não evolui. Telê Santana fala que os treinamentos de base eram uma porcaria e os jogadores chegavam com déficits. Tanto que no São Paulo adotou treinos de manhãs e a tarde para que jogadores pudessem ter mais contato com a bola e consequentemente melhorarem seu domínio devido a velocidade e a preparação física que estavam sendo altas para os padrões brasileiros. 

A revista:https://books.google.com.br/books?id=x7Kkmakj1FMC&pg=PA21&dq=revista+placar&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj4yOvsrv7NAhWFf5AKHfU5BFMQ6AEIPzAG#v=onepage&q=revista%20placar&f=false

A pergunta que fica será que essa crise no futebol brasileiro já não está conosco há um bom tempo? 

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Respondendo a sua pergunta: sim.

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Se fornos analisar, vamos descobrir que o Brasil nunca foi o país do futebol, mas sempre foi o país da vitória. Que o futebol nunca evoluiu, onde a maioria só prefere porque Pelé nos deu duas copas, Garrincha nos deu outra e aí cresceram as gerações que formaram Branco, Bebeto, Romário, Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu... Mas aí aconteceu o que o Oto Maria avisou, e então lascou tudo.

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Pra mim a grande questão não é técnica, nunca foi. Se analisarmos friamente, veremos que continuamos (Brasil e Argentina) a frente da Europa no quesito técnico. Compare a nossa seleção sub-23 com qualquer outra no mundo que você verá isso (PS: Ano passado poderíamos ter tido 4 sulamericanos no TOP 5 do FIFA Ballon d'Or).

Outro ponto que gostaria de analisar é que tivemos uma geração fantástica tecnicamente (2006) que acabou MUITO cedo, isso complicou muito nossa transição pra 2010 e 2014. Ronaldinho e Kaka poderiam ter jogado 2010 no auge e 2014 já começando a decair fisicamente, mas compondo o grupo. Ronaldo poderia ter jogado 2010. Didico poderia ter sido o 9 titular até 2014. Infelizmente não tivemos esses caras e a bomba estourou na mão de jogadores jovens ou não tão bons como os citados acima.

Preparação física é uma discussão legal. Nossos jogadores, assim como no resto da America do Sul, não possuem uma composição física tão forte como na Europa, coisa genética mesmo. Inclusive tivemos alguns casos de jogadores que foram pra Europa e graças a esses fortalecimentos físicos que fizeram, acabaram estourando (no péssimo sentido) por lá.

Na minha opinião, nossos jogadores só não estão preparados fisicamente pra jogar numa Premier League, aonde o ritmo é alucinante. Mas vendo o numero absurdo de lesões que os clubes tem por lá, será que é a melhor saída? Aqui quando um clube tem 12 desfalques (caso do Galo no inicio do Brasileiro) é um absurdo, erro na preparação física. Lá na Premier League é algo corriqueiro... (PS: Gostaria de citar que nossa medicina esportiva é do nível, ou melhor, que a europeia.)

Nosso grande deficit é tático. Nossos treinadores, tirando o Telê e mais outros poucos, nunca foram referencias táticas. Nunca tivemos uma real escola como na Argentina e na Europa, isso sempre complicou nosso futebol. A Alemanha é um exemplo claro de como vencer taticamente. Não são extremamente tecnicos, mas são absurdamente organizados. 

Estou ansioso pra ver o Tite na frente da seleção. Com essa geração de 2014, mais a nova geração vindo por aí, acho que temos grandes chances de vencer o Copa do Mundo da Russia. Mesmo com todos os empecilhos que a CBF põe no caminho...

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Sempre esteve.

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A imensa maioria dos Brasileiros não gosta de esporte, gosta de ganhar.

(Popó, Guga, Senna...)

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10 horas atrás, Ichthus disse:

Se fornos analisar, vamos descobrir que o Brasil nunca foi o país do futebol, mas sempre foi o país da vitória. Que o futebol nunca evoluiu, onde a maioria só prefere porque Pelé nos deu duas copas, Garrincha nos deu outra e aí cresceram as gerações que formaram Branco, Bebeto, Romário, Ronaldo, Roberto Carlos, Cafu... Mas aí aconteceu o que o Oto Maria avisou, e então lascou tudo.

Para né cara. O Brasil é e sempre foi o país do futebol. Não é porque a CBF é corrupta ou os dirigentes brasileiros amadores que o brasileiro respira menos futebol. Não tem país no mundo que se compare com o Brasil.

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5 horas atrás, Dsmoreira disse:

Outro ponto que gostaria de analisar é que tivemos uma geração fantástica tecnicamente (2006) que acabou MUITO cedo, isso complicou muito nossa transição pra 2010 e 2014. Ronaldinho e Kaka poderiam ter jogado 2010 no auge e 2014 já começando a decair fisicamente, mas compondo o grupo. Ronaldo poderia ter jogado 2010. Didico poderia ter sido o 9 titular até 2014. Infelizmente não tivemos esses caras e a bomba estourou na mão de jogadores jovens ou não tão bons como os citados acima.

Essa geração de 2006, na verdade, teve seu auge entre 2002 e 2006, não foi uma geração que começou a despontar em 2006 e se destacaria até 2010. Ronaldinho foi um caso à parte, de ter entrado em decadência relativamente cedo, é verdade. Na Copa de 2010, o mesmo tinha 30 anos e já estava saindo do Milan e vindo pro Flamengo.

Mas o Didico estava numa boa forma e tinha feito um Brasileirão de 2009 perfeito, sendo até um dos artilheiros. Ronaldo já tava em final de carreira, com 33 anos, tanto até que se aposentou no ano seguinte. Kaka foi pra Copa de 2010 como um dos principais nomes, junto com Fabuloso e Robinho. 

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2 horas atrás, Yan Perisse disse:

Essa geração de 2006, na verdade, teve seu auge entre 2002 e 2006, não foi uma geração que começou a despontar em 2006 e se destacaria até 2010. Ronaldinho foi um caso à parte, de ter entrado em decadência relativamente cedo, é verdade. Na Copa de 2010, o mesmo tinha 30 anos e já estava saindo do Milan e vindo pro Flamengo.

Mas o Didico estava numa boa forma e tinha feito um Brasileirão de 2009 perfeito, sendo até um dos artilheiros. Ronaldo já tava em final de carreira, com 33 anos, tanto até que se aposentou no ano seguinte. Kaka foi pra Copa de 2010 como um dos principais nomes, junto com Fabuloso e Robinho. 

Na verdade, tirando o Ronaldo, essa geração estava no auge em 2006 e que poderia ter durado até 2010.

O que eu quis dizer que Ronaldinho, Adriano e Kaká acabaram pro futebol antes da hora. Ronaldinho e Adriano por motivos extracampo e Kaká por lesões. Na Copa de 2010 dava pra ter sim os três no elenco, se bobear até na titularidade. O Ronaldo teria 33 anos, mas mesmo assim poderia estar no elenco, afinal, só observar o Klose e Xavi na ultima Copa.

Se os quatro tivessem tido uma carreira com duração normal, o vácuo de gerações teria sido bem menor. Com isso, a nossa impressão sobre a crise de talento seria totalmente diferente.

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2 horas atrás, Dsmoreira disse:

Na verdade, tirando o Ronaldo, essa geração estava no auge em 2006 e que poderia ter durado até 2010.

O que eu quis dizer que Ronaldinho, Adriano e Kaká acabaram pro futebol antes da hora. Ronaldinho e Adriano por motivos extracampo e Kaká por lesões. Na Copa de 2010 dava pra ter sim os três no elenco, se bobear até na titularidade. O Ronaldo teria 33 anos, mas mesmo assim poderia estar no elenco, afinal, só observar o Klose e Xavi na ultima Copa.

Se os quatro tivessem tido uma carreira com duração normal, o vácuo de gerações teria sido bem menor. Com isso, a nossa impressão sobre a crise de talento seria totalmente diferente.

Adriano deveria ter sido convocado naquela Copa. Tinha feito um ótimo Brasileirão, mas colocaram um Grafite. Com o Ronaldinho eu concordo que deveria estar num nível bom naquela Copa, tinha 30 anos apenas. Mas é o Ronaldinho, né? Teve um auge curtíssimo. O Kaka eu não me lembro se ele jogava bem nessa época, mas era um dos principais jogadores da Copa de 2010.

Resumindo o que eu disse, Adriano e Kaka tiveram uma carreira boa que durou até a Copa de 2010. Ronaldo já estava velho nesta Copa e nem adiantava puxar muito pelo físico dele. Ronaldinho só foi se encontrar depois em 2013 no Galo, passou a Copa de 2010 com 30 anos num nível abaixo.

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Em 22/07/2016 at 07:26, Dsmoreira disse:

Pra mim a grande questão não é técnica, nunca foi. Se analisarmos friamente, veremos que continuamos (Brasil e Argentina) a frente da Europa no quesito técnico. Compare a nossa seleção sub-23 com qualquer outra no mundo que você verá isso (PS: Ano passado poderíamos ter tido 4 sulamericanos no TOP 5 do FIFA Ballon d'Or).

A Universidade do futebol fez uma pesquisa para verificar quantos jogadores brasileiros foram relacionados entre os melhores do mundo na década de 70 e quantos foram relacionados nessa década. A uma diferença de 9 jogadores. Sim, nos anos 70 tínhamos 12 jogadores entre os melhores do mundo e hoje temos 3 e desses três dois são zagueiros. Tem certeza que não perdemos em técnica? A capacitação de jovens no Brasil é um horror. O franzino perdeu a vez, o fortinho tem que jogar de volante ou zagueiro, o alto é zagueiro e ai de querer inventar de jogar de atacante porque vira presa fácil para os zagueiros adversários. 

Como que estamos perdendo em treinamento de base, a Alemanha por exemplo revela vários jogadores, Dortmund que odiava revelar os jogadores virou referência. Quantos jogadores podemos chamar de jóias e falar que eles irão brilhar no profissional ou melhor quantos irão jogar realmente durante bons anos? Hoje eu só enxergo três; Gabriel Jesus que está sendo disputados pelos manchesters, Itália e Espanha, Luan do Grêmio e Gabriel Barbosa que recebeu proposta da Juventus. Claro, tem vários, mas que ainda tem que mostrar mais potencial. Como é que estamos fazendo isso, é ridículo para o tamanho do país. 

Em 22/07/2016 at 12:54, Sewko disse:

Para né cara. O Brasil é e sempre foi o país do futebol. Não é porque a CBF é corrupta ou os dirigentes brasileiros amadores que o brasileiro respira menos futebol. Não tem país no mundo que se compare com o Brasil.

Será que somos mesmo o país do futebol? Qual é a média de público aqui e a média de público na Islândia, Alemanha, Estados Unidos? Isso sem contar a Turquia, só vermos o caso do Alex, para quem não conhece:

 

Hoje nos Estados Unidos existem mais pessoas praticando "soccer" oficialmente do que nós. Acho que temos que primeiro derrubar essa coisa de que nós somos o país do futebol, que nós não precisamos de outros países para se meter o bentelho quando estamos falando de futebol. 

Isso sem falar na desorganização da diretoria dos clubes, do lado passional dominar o lado racional. Da limitação tanto tática ( quem daqui do Brasil faz marcação em zona? Não sei se o Paulo Bento trouxe isso aqui ainda então invoco o @Henrique M. para poder explicar (claro, se quiser) mais sobre o time do Cruzeiro com um técnico que possui ideias e conceitos enraizados da Europa ). Tive a oportunidade de ver uma palestra hoje com Medina ( professor da Universidade do futebol), Gustavo de Oliveira ( diretor do São Paulo) e um repórter da Época e falaram de algo interessante sobre o método de contratação de técnicos tanto no profissional quanto no da base. Na época que o Medina trabalhou no Internacional como executivo eles iniciaram o processo de entrevistas para contratar um técnico na base e de 500 currículos, ficaram 10 que foram feito perguntas sobre o método de trabalho, enfim no final das contas contrataram um cara chamado Mano Menezes. Só que o mais importante é esse lance de como contratar um cara eficiente? Precisa realmente ser formado em educação física? Precisa realmente ser um ex-jogador? Porque contratar um cara menos experiente para a base se é ele que irá lapidar um futuro craque? Sabe, são dúvidas que permanecem no nosso futebol como um todo. 

Taticamente porque estamos atrasados? Será que tudo fica no papel do craque e se fica no papel do craque porque achamos que eles irão vim do nada? E porque não a continuidade no trabalho, só vermos o caso do São Paulo saiu o Muricy e entraram técnicos de perfis totalmente diferentes um atrás do outro. Saiu o Osorio e contratou o Doriva. Qual continuidade teve nisso? São várias dúvidas que creio que já sabemos as respostas, mas que ainda permanecem a cada dia  mais fixa nas rodas de botecos, no sofá, na conversa entre amigos, até mesmo no fórum como estou fazendo agora, enfim em diversos lugares e momentos. 

 

  • Vice-Presidente
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10 minutos atrás, Aleef disse:

Isso sem falar na desorganização da diretoria dos clubes, do lado passional dominar o lado racional. Da limitação tanto tática ( quem daqui do Brasil faz marcação em zona? Não sei se o Paulo Bento trouxe isso aqui ainda então invoco o @Henrique M. para poder explicar (claro, se quiser) mais sobre o time do Cruzeiro com um técnico que possui ideias e conceitos enraizados da Europa ). 

Ele trouxe conceitos diferentes de fora, vem tentando fazer marcação por zona nas bolas paradas defensivas, usa rodízio de jogadores e vem buscando trazer uma abordagem diferente de como treinador vê o jogo. Aqui no país a gente tem muito disso de escalar o time por quem vem jogando bem, não importando muito o adversário. Ele prepara todo o esquema de jogo dele baseado no que ele quer do próximo jogo e como a outra equipe atua. Recentemente ele escalou o Allano na partida contra o Fluminense enquanto toda a torcida do Cruzeiro acha que deveria ter começado com o Cabral. Quem entende de futebol sabe porque ele começou com o Allano e não com o Cabral. O Allano tem mais vigor físico e velocidade para acompanhar o ataque leve do Fluminense, obviamente que a estratégia deu totalmente errado porque o Allano é um péssimo jogador. Mas se ele tivesse colocado quem a torcida queria, o baile teria sido o mesmo, já que o Ariel Cabral é um jogador lento e que ia tomar um baile na velocidade dos adversários,se com um jogador apto para combater a velocidade adversária foi difícil, imagina com quem não era apto? Eu acho isso interessante, a questão é que ainda falta material humano capaz de entender o que o Paulo Bento deseja e nem falo de qualidade técnica e sim de qualidade tática.

O @igorlucas10 também pode trazer mais informação para você.

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35 minutos atrás, Aleef disse:

A Universidade do futebol fez uma pesquisa para verificar quantos jogadores brasileiros foram relacionados entre os melhores do mundo na década de 70 e quantos foram relacionados nessa década. A uma diferença de 9 jogadores. Sim, nos anos 70 tínhamos 12 jogadores entre os melhores do mundo e hoje temos 3 e desses três dois são zagueiros. Tem certeza que não perdemos em técnica? A capacitação de jovens no Brasil é um horror. O franzino perdeu a vez, o fortinho tem que jogar de volante ou zagueiro, o alto é zagueiro e ai de querer inventar de jogar de atacante porque vira presa fácil para os zagueiros adversários. 

Como que estamos perdendo em treinamento de base, a Alemanha por exemplo revela vários jogadores, Dortmund que odiava revelar os jogadores virou referência. Quantos jogadores podemos chamar de jóias e falar que eles irão brilhar no profissional ou melhor quantos irão jogar realmente durante bons anos? Hoje eu só enxergo três; Gabriel Jesus que está sendo disputados pelos manchesters, Itália e Espanha, Luan do Grêmio e Gabriel Barbosa que recebeu proposta da Juventus. Claro, tem vários, mas que ainda tem que mostrar mais potencial. Como é que estamos fazendo isso, é ridículo para o tamanho do país. 

A questão é: Nós pioramos ou tentamos copiar a Europa em alguns conceitos e acabamos perdendo nossa essência? A tragedia de 82 não tem a ver com isso?

Será que o futebol na Europa, por ter mais mídia, não foi sempre supervalorizado nessas listas de melhores do mundo? Olhe a década de 90, Vasco (Mundial de 2000) tinha Romario e Edmundo no ataque. Com certeza era um dos melhores ataques do mundo, será que estavam em listas de melhores do mundo? Eu não lembro.

A nossa "crise técnica" começou a ser discutida recentemente, ninguem cogitava isso até 2006. Não era atoa que a seleção brasileira de 2006 era considerada uma das melhores da historia.

Eu também acho nossa capitação ridícula para o tamanho do nosso país e do esporte nesse país, poderíamos alcançar uma dominância parecida com a do Estados Unidos no basquete. Entretanto, mesmo com essa deficiencia na capitação, ainda revelamos mais jogadores diferenciados que a Europa, só ficamos atras da Argentina (o que é uma vergonha pela diferença de tamanho dos dois países).

Vivemos o pior momento do nosso futebol? Com certeza, mas acho que há uma certa supervalorização dessa crise na nossa mídia, efeitos do 7x1...

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No Brasil o Santos de Dorival é o único time que me vem a cabeça usando marcação por zona, Cruzeiro tem usado algo mais próximo de marcação mista,mas ainda sim uma mista com vários encaixes, mas não são encaixes longos. Bento trouxe alguns conceitos interessantes, os volantes do time são verdadeiros meias, zagueiros ''alargam'' para saída de jogo, a sincronia dos meias são muito interessante,sempre tem revesamento de quem sobe, mas quem quando algum soube outro sempre fica. Quando um lateral chega na ponta geralmente o extremo afunila. Claro, essas características pegando vários jogos, pode ser que um jogo ou em outro tenha apresentado características diferentes. Mas a maior diferença que vejo é de mentalidade, em todos os setores do campo o time tenta reter a posse,e vê que até os defensores devem ajudar neste aspecto, por exemplo, o Fábio que é um goleiro com saída de jogo ruim, tem sempre saído dando um passe para um companheiro, o famoso ''chutão'' só em casos extremos. Mas vejo que o time deve melhorar o repertorio no ultimo terço de campo, mas ainda se vê algumas jogadas trabalhadas neste sentido. Como a enfiada do zagueiro nas costas do lateral adversário, da para observar este lance bem, no gol de cabeça do Willian contra o Palmeiras.

Isso é secundários mas mostrou conhecimento de vários esquemas, time geralmente joga no 4-3-3 ou no 4-3-1-2, mas já testou 4-4-2,4-2-3-1 e em algumas situações de jogo, o time defende no 4-1-4-1.

Mas vejo ele sendo ''sucateado'' pelos problemas do futebol Brasileiro, acho que ele teve só 2 ou 3 semanas livres de trabalho,graças ao mesmo calendário sempre tem que estar mudando o time, sofre com a ausência de consciência tática de uns atletas, veja como Edimar já encaixou bem, e não é por causa do futebol, mas sim por causa de ótima leitura de jogo. Imprensa tem sido extremamente desleal com ele.

Mas o calendário sufoca quem tem qualidade, o calendário é responsável por lesões e ausência de tempo para trabalhar.. Semanas de tempo para trabalhar são raríssimas. E sei que poucos treinadores querem que isso mude, porque tendo sempre jogo quarta-Domingo, é só controlar o vestiário e ser campeão. Rs. Dá folga depois dos jogos, viaja um dia antes ( viagens no Brasil são maiores que em outros lugares) e onde sobra tempo para os dois técnicos trabalharem?

Agora quem tem conteúdo sofre demais com esses problemas, vejo o Roger no Grêmios sofrendo diversos problemas parecidos. Sempre quando ele tenta algo mais ''inovador'', sempre tem problemas com tempo para aperfeiçoar e a pressão excessiva por resultados.

@Aleef @Henrique M.

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Completando oque o @Dsmoreira falou, lá no final dos anos 80, iniciando os anos 90 ( ou talvez até antes) o futebol Mundial começou a ter uma fase cientifica, e nós não participamos dessa mudança, e agora para que essa mudança seja feita, tentamos acabar com características nossas, não vou dizer apenas do lado técnico, mas torcidas únicas, proibição de sinalizadores, vários hinos antes de começarem as partidas, isso não faz parte da nossa essência.Proibição de tirar a camisa na hora da comemoração de gols, até mesmo reclamar com o árbitro...

 Não se deve copiar nada de fora, mas sim aprender com oque for possível, e sendo assim, fazendo da melhor forma, que adapte para nossa cultura. São culturas diferentes.

 

 

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5 horas atrás, Henrique M. disse:

Ele trouxe conceitos diferentes de fora, vem tentando fazer marcação por zona nas bolas paradas defensivas, usa rodízio de jogadores e vem buscando trazer uma abordagem diferente de como treinador vê o jogo. Aqui no país a gente tem muito disso de escalar o time por quem vem jogando bem, não importando muito o adversário. Ele prepara todo o esquema de jogo dele baseado no que ele quer do próximo jogo e como a outra equipe atua. Recentemente ele escalou o Allano na partida contra o Fluminense enquanto toda a torcida do Cruzeiro acha que deveria ter começado com o Cabral. Quem entende de futebol sabe porque ele começou com o Allano e não com o Cabral. O Allano tem mais vigor físico e velocidade para acompanhar o ataque leve do Fluminense, obviamente que a estratégia deu totalmente errado porque o Allano é um péssimo jogador. Mas se ele tivesse colocado quem a torcida queria, o baile teria sido o mesmo, já que o Ariel Cabral é um jogador lento e que ia tomar um baile na velocidade dos adversários,se com um jogador apto para combater a velocidade adversária foi difícil, imagina com quem não era apto? Eu acho isso interessante, a questão é que ainda falta material humano capaz de entender o que o Paulo Bento deseja e nem falo de qualidade técnica e sim de qualidade tática.

O @igorlucas10 também pode trazer mais informação para você.

Isso é uma idéia retardada. O Adílson Baptista saiu com essa no Brasileirão de 2004, nem preciso dizer que o Grêmio terminou o torneio em último lugar.

Futebol é técnica, organização e repetição. Mudar toda a forma de atuar de acordo com o jogo do outro time pode até surpreendê-lo no começo (como acontecia com o time do Adílson), mas logo o time sucumbe as limitações pela falta de repetição e passa toda a vantagem a outra equipe que mantém a sua estrutura tática ao invés de querer reinventar tudo.

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4 horas atrás, Dsmoreira disse:

A questão é: Nós pioramos ou tentamos copiar a Europa em alguns conceitos e acabamos perdendo nossa essência? A tragedia de 82 não tem a ver com isso?

Será que o futebol na Europa, por ter mais mídia, não foi sempre supervalorizado nessas listas de melhores do mundo? Olhe a década de 90, Vasco (Mundial de 2000) tinha Romario e Edmundo no ataque. Com certeza era um dos melhores ataques do mundo, será que estavam em listas de melhores do mundo? Eu não lembro.

A nossa "crise técnica" começou a ser discutida recentemente, ninguem cogitava isso até 2006. Não era atoa que a seleção brasileira de 2006 era considerada uma das melhores da historia.

Eu também acho nossa capitação ridícula para o tamanho do nosso país e do esporte nesse país, poderíamos alcançar uma dominância parecida com a do Estados Unidos no basquete. Entretanto, mesmo com essa deficiencia na capitação, ainda revelamos mais jogadores diferenciados que a Europa, só ficamos atras da Argentina (o que é uma vergonha pela diferença de tamanho dos dois países).

Vivemos o pior momento do nosso futebol? Com certeza, mas acho que há uma certa supervalorização dessa crise na nossa mídia, efeitos do 7x1...

A seleção de 82 era uma equipe leve e "faceira" demais. Faltava imposição e marcação (é o que preocupa muito nessa seleção da Olimpíada).

O Brasil tinha um centroavante (Chulapa), 2 meias (Zico, Sócrates) e um "ponta" (Éder) que atacavam muito, dois volantes que queriam mais jogar do que marcar e fechar a defesa (Cerezo e Falcão), dois laterais que subiam demais (Leandro e Junior), isso tudo para uma dupla de zaga que não tinha tanta imposção e um goleiro limitado (Peres)...

Troca o Leandro pelo Paulo Roberto, troca o Cerezo pelo Batista e a seleção já aumentaria muito sua capacidade defensiva.

A seleção de 2006 tinha time para vencer a Copa. Mas o treinador insistia em um futebol burocrático e de toque-toque e rolou muita coisa extra-campo...

E a de 2002 teria perdido a Copa se o Scolari não tivesse percebido a bobagem que era ter o Juninho Paulista de segundo-volante.

  • Vice-Presidente
Postado
8 horas atrás, Salvador. disse:

Isso é uma idéia retardada. O Adílson Baptista saiu com essa no Brasileirão de 2004, nem preciso dizer que o Grêmio terminou o torneio em último lugar.

Futebol é técnica, organização e repetição. Mudar toda a forma de atuar de acordo com o jogo do outro time pode até surpreendê-lo no começo (como acontecia com o time do Adílson), mas logo o time sucumbe as limitações pela falta de repetição e passa toda a vantagem a outra equipe que mantém a sua estrutura tática ao invés de querer reinventar tudo.

A questão é que o esquema de jogo dele não é tática ou modificar para contra-atacar ou defensivo. O esquema de jogo são os jogadores para contra-atacar as qualidades do adversário e dar melhores armas para ser eficiente. O Cruzeiro já tem um padrão tático e um estilo de jogar, e ele precisou de poucos jogos para implementar isso. Ele só não está fazendo uma campanha melhor porque a equipe do Cruzeiro tem sérios problemas psicológicos.

Postado
10 horas atrás, Salvador. disse:

A seleção de 82 era uma equipe leve e "faceira" demais. Faltava imposição e marcação (é o que preocupa muito nessa seleção da Olimpíada).

O Brasil tinha um centroavante (Chulapa), 2 meias (Zico, Sócrates) e um "ponta" (Éder) que atacavam muito, dois volantes que queriam mais jogar do que marcar e fechar a defesa (Cerezo e Falcão), dois laterais que subiam demais (Leandro e Junior), isso tudo para uma dupla de zaga que não tinha tanta imposção e um goleiro limitado (Peres)...

Troca o Leandro pelo Paulo Roberto, troca o Cerezo pelo Batista e a seleção já aumentaria muito sua capacidade defensiva.

A seleção de 2006 tinha time para vencer a Copa. Mas o treinador insistia em um futebol burocrático e de toque-toque e rolou muita coisa extra-campo...

E a de 2002 teria perdido a Copa se o Scolari não tivesse percebido a bobagem que era ter o Juninho Paulista de segundo-volante.

A seleção de 82 era tão boa tecnicamente que a derrota causou uma mudança no mindset do brasileiro, foi algo parecido com: Sobrar tecnicamente e ofensivamente não presta, temos que ser seguros na defesa. Depois disso, veio o titulo de 94 e praticamente consolidou esse novo estilo brasileiro, o que é uma pena.

Outra coisa que causou uma queda na qualidade técnica do nosso futebol foi a necessidade de produzir jogadores com características europeias para venda. O que é bizarro, porque na verdade, a Europa estava tentando recriar os nossos jogadores "clássicos".

Olhando a nossa geração para a Copa de 2018, tenho certeza que teremos uma puta seleção. Provavelmente temos a melhor geração (novamente junto com a Argentina) para essa Copa. Vai sobrar jogador do meio pra frente...

Hoje, analisando 2006, tenho mais certeza que a culpa foi da comissão técnica (organização na pré-Copa, tática, etc...) do que dos jogadores. Mas sim, ali rolou muita merda extra-campo...

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