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Crise no futebol argentino - Possível aposentadoria de Messi e outros


Gourcuff

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Se Messi parar mesmo, futebol argentino quebra de vez; entenda
ESPN.com.br - http://espn.uol.com.br/noticia/609178_se-messi-parar-mesmo-futebol-argentino-quebra-de-vez-entenda

O pênalti perdido pelo seu grande astro pode ter consequências muito mais graves ao futebol argentino que ‘apenas' um título perdido e outro ano acrescentado à persistente seca de título. Lionel Messi se abalou com a nova derrota para o Chile na decisão da Copa América e, no calor da emoção, disse que não jogaria mais por seu país. A perda dentro de campo, claro, seria gigantesca. O problema é que ela também teria consequências irreparáveis nos já combalidos caixas da Associação de Futebol da Argentina, a AFA.

Já não é segredo algum o tamanho da crise vivida no futebol hermano. Tanto é que a albiceleste quase ficou de fora da Copa América por conta de uma intervenção do governo na AFA - o que é proibido pela Fifa, mas acabou deixado em segundo plano nesse caso. Mas, como já mostrou o próprio ESPN.com.br, essa era apenas a ponta do iceberg.As contas estão tão no vermelho que o técnico Gerardo Martino sequer estava recebendo salários. Na própria Copa América, o país não teve dinheiro para mandar jovens para completar os treinos da equipe principal. A Argentina teve que recorrer a jogadores, homens e mulheres, de uma universidade para isso. E, claro, acabou virando piada.

E o que Messi tem a ver com tudo isso? Muito, na verdade. Se está ruim com ele, sem ele a situação seria catastrófica.

Isso porque estima-se que ele seja o responsável por algo em torno de 40 e 50% do dinheiro arrecadado pela seleção. Ou seja: se ele se aposentar, a arrecadação de dinheiro cai pela metade.

Messi é o grande responsável por dinheiro em três frentes: venda de ingressos, venda de amistosos e patrocinadores. Por ele, os argentinos estão dispostos a colocar a mão nos bolsos para lotar estádios, e os gringos a abrir os cofres para receber a seleção albiceleste nos principais estádios do mundo. Fora isso, as grandes empresas pagam mais para patrocinar um time que conta com o melhor jogador do mundo em campo - ainda mais um atleta no estilo de Messi, sempre muito distante de qualquer confusão.

"Contar com Messi na seleção tem um algo a mais. Se nota um incremento nos ingressos por sua presença. Te brinca com prestígio, claridade e, obviamente, dinheiro. Ele tem o efeito de uma bola de neve e, por sorte, ela é a nosso favor", disse, em 2013, o então tesoureiro da AFA José Lemme. "O feito de Messi ser argentino potencializa a marca. Os patrocinadores sabem o que significa ter o melhor do mundo em campo", completava.

"Em matéria de faturamento, Messi significa algo entre 40 e 50%. E futebolisticamente falando, também. Ele é o jogador e mais deu resultados ao futebol argentino em toda a história. E em todo sentido. Dá nada, sem pedir nada em troca", dizia Julio Grondona, o então presidente da Associação de Futebol da Argentina.

A matemática, portanto, é simples. Sem Messi, o dinheiro que entra cai pela metade, e o dinheiro que sai segue basicamente o mesmo. Se já estão no vermelho, as contas, claro, não vão fechar nunca por lá.

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209 cheques sem fundo, técnico sem salário há meses e abandono: futebol argentino agoniza
ESPN.com.br - http://espn.uol.com.br/noticia/603573_209-cheques-sem-fundo-tecnico-sem-salario-ha-meses-e-abandono-futebol-argentino-agoniza

O futebol argentino vive uma crise sem precedentes. Após intervenção do governo na AFA (Associação de Futebol Argentina), o que é proibido pela Fifa, a seleção albiceleste pode sair da Copa América, enquanto os clubes do país podem ser vetados na Libertadores. Essa, porém, é só a ponta do iceberg, já que a mídia local não para de publicar reportagens sobre os escândalos e desmandos da Federação, mostrando o total estado de abandono da AFA depois da morte do "eterno" Julio Grondona.

Uma matéria do Tribunal Digital, por exemplo, mostra que, desde outubro do ano passado, 209 cheques sem fundo da Associação foram assinados por pessoas que trabalham na organização, incluindo o presidente Luis Segura, que está com as contas zeradas. Com isso, 24 milhões de pesos (cerca de R$ 6,2 milhões) não foram pagos por falta de fundos.

Com as contas no vermelho, a AFA não está dando conta de pagar nem mesmo o treinador da seleção argentina, Gerardo "Tata" Martino, que está há sete meses sem receber. Em alguns dias, ele completará o oitavo mês sem ver um peso sequer cair em seu saldo bancário. Funcionários da comissão técnica e da Associação também estão com vencimentos atrasados.

Não à toa, o período de treinos da Argentina nos Estados Unidos, durante preparação para a Copa América, viraram uma "várzea" total. Sem dinheiro para enviar juniores aos EUA para servirem de sparring para o time adulto da Albiceleste, a AFA recorreu a garotos e garotas do San Jose Spartans, time da Universidade de San Jose, na Califórnia, para completarem os treinos antes do torneio de seleções.

De acordo com diversos veículos, "Tata" Martino ficou muito irritado com a situação, especialmente depois que canais de TV do país ridicularizaram a seleção por treinar contra os alunos da universidade, que formaram um time misto de homens e mulheres.

"Que distantes ficaram os tempos em que José Pekerman era diretor-geral [da AFA] e Marcelo Bielsa o treinador! Nessa época, viajavam sparrings selecionados das seleções juvenis da AFA, em geral garotos de futuro, para respirarem esse clima tão especial", lamentou reportagem do jornal Clarín, lembrando do início dos anos 2000.

A situação já vem acontecendo desde a partida contra o Chile, em março, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, quando Martino teve que recorrer a amigos do Lanús para que a equipe enviasse alguns juniores para ajudar no treino da seleção.

Já nos EUA, devido às lesões de atletas como Lucas Biglia e às situações extra-campo de atletas como Lionel Messi, que teve que voltar à Espanha para participar de julgamentos sobre suas acusações de fraude fiscal, "Tata" não consegue nem formar dois times durante o treino, o que o levou a recorrer aos universitários americanos.

Nas seleções de base da Argentina, a situação não é diferente: total abandono. Sem um diretor e uma comissão técnica de juniores desde o início do ano, a AFA já adiou três vezes o prazo para apresentar um novo nome, já que ninguém parece disposto a assumir a "bomba" - ainda mais sem garantir de que irá receber seus pagamentos.

O reflexo disso é a retirada da equipe de competições importantes. No mês passado, por exemplo, a AFA recusou convite para jogar o tradicional Torneio de Toulon, da França, considerado um dos mais prestigiosos do mundo. Os argentinos também não devem disputar o Torneio de Valencia, entre 24 de julho e 4 de agosto, mais uma vez por falta de verbas.

"Os juvenis estão à deriva, e a Argentina vai sumindo do mapa", lamentou o La Nación.

 

Una crisis que se reaviva: las razones que explican el estallido de Lionel Messi contra los dirigentes de la AFA

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Se não mudar tudo na AFA, esqueçam o Messi na seleção. 

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Essa matéria da ESPN é do início do mês, até estranhei não terem publicado:

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209 cheques sem fundo, técnico sem salário há meses e abandono: futebol argentino agoniza

O futebol argentino vive uma crise sem precedentes. Após intervenção do governo na AFA (Associação de Futebol Argentina), o que é proibido pela Fifa, a seleção albicelestepode sair da Copa América, enquanto os clubes do país podem ser vetados na Libertadores. Essa, porém, é só a ponta do iceberg, já que a mídia local não para de publicar reportagens sobre os escândalos e desmandos da Federação, mostrando o total estado de abandono da AFA depois da morte do "eterno" Julio Grondona.

Uma matéria do Tribunal Digital, por exemplo, mostra que, desde outubro do ano passado, 209 cheques sem fundo da Associação foram assinados por pessoas que trabalham na organização, incluindo o presidente Luis Segura, que está com as contas zeradas. Com isso, 24 milhões de pesos (cerca de R$ 6,2 milhões) não foram pagos por falta de fundos.

Com as contas no vermelho, a AFA não está dando conta de pagar nem mesmo o treinador da seleção argentina, Gerardo "Tata" Martino, que está há sete meses sem receber. Em alguns dias, ele completará o oitavo mês sem ver um peso sequer cair em seu saldo bancário. Funcionários da comissão técnica e da Associação também estão com vencimentos atrasados.

Não à toa, o período de treinos da Argentina nos Estados Unidos, durante preparação para a Copa América, viraram uma "várzea" total. Sem dinheiro para enviar juniores aos EUA para servirem de sparring para o time adulto da Albiceleste, a AFA recorreu a garotos e garotas do San Jose Spartans, time da Universidade de San Jose, na Califórnia, para completarem os treinos antes do torneio de seleções.

De acordo com diversos veículos, "Tata" Martino ficou muito irritado com a situação, especialmente depois que canais de TV do país ridicularizaram a seleção por treinar contra os alunos da universidade, que formaram um time misto de homens e mulheres.

"Que distantes ficaram os tempos em que José Pekerman era diretor-geral [da AFA] e Marcelo Bielsa o treinador! Nessa época, viajavam sparrings selecionados das seleções juvenis da AFA, em geral garotos de futuro, para respirarem esse clima tão especial", lamentou reportagem do jornal Clarín, lembrando do início dos anos 2000.

A situação já vem acontecendo desde a partida contra o Chile, em março, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, quando Martino teve que recorrer a amigos do Lanús para que a equipe enviasse alguns juniores para ajudar no treino da seleção.

Já nos EUA, devido às lesões de atletas como Lucas Biglia e às situações extra-campo de atletas como Lionel Messi, que teve que voltar à Espanha para participar de julgamentos sobre suas acusações de fraude fiscal, "Tata" não consegue nem formar dois times durante o treino, o que o levou a recorrer aos universitários americanos.

Nas seleções de base da Argentina, a situação não é diferente: total abandono. Sem um diretor e uma comissão técnica de juniores desde o início do ano, a AFA já adiou três vezes o prazo para apresentar um novo nome, já que ninguém parece disposto a assumir a "bomba" - ainda mais sem garantir de que irá receber seus pagamentos.

O reflexo disso é a retirada da equipe de competições importantes. No mês passado, por exemplo, a AFA recusou convite para jogar o tradicional Torneio de Toulon, da França, considerado um dos mais prestigiosos do mundo. Os argentinos também não devem disputar o Torneio de Valencia, entre 24 de julho e 4 de agosto, mais uma vez por falta de verbas.

"Os juvenis estão à deriva, e a Argentina vai sumindo do mapa", lamentou o La Nación.

ESPN

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Se tá ruim pra eles, chegando na final, imagina pra nós, que fomos eliminados pelo Peru.

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Enquanto isso o Dunga tava lá recebendo, em dia, quase R$ 1 milhão por mês da CBF...

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Gostaria de saber muito a opinião do Mauro Cézar e os seus "hinchas" e a delicia que é o futebol argentino que ele tanto adora hahahahah!

Uma seleção que chegou na final de uma Copa do Mundo e tem Messi, Aguero, Higuain, Di Magia, Maschemito, Tévez e cia estar em crise é uma incompetência maior que a nossa administração aqui. E veja bem, a nossa administração é inacreditavelmente horrorosa. Não faz sentido.

Me parece que essas aposentadorias são muito mais uma questão de protesto que de vontade. Em 2 anos tem Copa do Mundo, a última em alto nível de uma caralhada de jogadores. Sair agora é meio sem sentido ao meu ver.

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Do ponto de vista puramente futebolístico, concordo com Maradona. Messi não tem o perfil para ser líder. É um jogador sem comentários, mas lhe falta a cereja do bolo:

Deem bola para mim que eu decido essa porra.

Talvez seja tenha um lado positivo a falta do Messi.

 

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Em compensação os dirigentes estão cada vez mais ricos. E as seleções cada vez mais à deriva. Só jogando para se transferirem para outros clubes, e rara vez por patriotismo.

No caso do Messi, tem esse revés de não ser líder, mas é fantástico no quesito técnica.

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Messi é criado em um sistema de jogo que usa a mente, a tática e a inteligência antes de perder o controle em uma partida. Durante 4 anos cruciais para seu desenvolvimento psicológico, ele foi moldado por Pep Guardiola. Pep era um adolescente emocionalmente muito instável até ser moldado por Cruyff e transformado em líder sereno. Não se ensina esse tipo de caráter a quem não se deixa ser ensinado.

(Espelho. Reflexo. O espelho reflete certo, ele não erra porque não pensa. Não explicamos o que está no espelho, mas o que é real e palpável à frente dele.)

Messi é gênio indomável, fera mitológica dos tempos medievais, com capacidade para reduzir a nada um adversário até então imponente e altivo, de mão pesada e tamanho gigantesco. Mas dizimar adversários é algo que Messi sempre provou fazer com a bola nos pés. Nunca provocou, jogou sujo, simulou. Nunca gritou, esbravejou ou perdeu a cabeça.

Ali, na Argentina, segurando um peso gigantesco que era colocado injustamente sobre ele, Messi sabia que o que pediam dele era algo que ele não podia oferecer. Ele também sabia que o que ele pedia da Argentina era algo que ela nunca o ofereceu. Talvez a declaração que correu o mundo não tenha sido 'algo dito de cabeça quente', pois eu não penso nele como sendo assim. Messi é calado. E, como mais um dentre tantos calados, Messi pensa demais. Quando criança inocente, mas já melhor do mundo, ele tinha esperança. Considerando que aprendeu a alcançar o inalcançável, sendo do menor de todos ao maior do século, é plausível que, em seu interior, o processo de entender e aceitar o vácuo na própria carreira demorou algum tempo. A digestão daquele alimento, difícil de ser degustado e mastigado, era obviamente lenta. Então, tirando dos olhos a venda da ilusão e esperança (sendo isso possibilitado pela maturidade adquirida com o tempo), e enxergando mais claramente - talvez durante os 90 minutos, talvez nos últimos 2 anos, nunca saberemos -, Messi deixou a esperança morrer, e percebeu finalmente que a Argentina nunca seria o que ele pedia. Para não lidar novamente com aquele inconfundível sentimento, Messi decidiu. Uma despedida silenciosa de quem deixou visível e manifesta a própria mortalidade, de quem conhece o próprio limite para saber que aquele desafio ele não conseguiria cumprir. Dor e frustração, sim. Mas ele, ciente disso, parece capaz de viver em paz, mesmo com essa dor. [1]

A relação é como a de um pai que nunca aceita o que o filho faz da vida. Apesar do reconhecimento que o filho tem na sua área, do status financeiro que atingiu e de todas as vezes em que elevou o próprio potencial, ele pega o carro e sempre volta à casa do pai. Sua origem, um bairro que parece não reconhecer (afinal, o cotidiano dele e o daquelas pessoas se cruzou apenas durante os piores momentos de sua vida), a casa de sua infância. O ambiente ali é frio. Mesmo sendo recebido, o filho entende as entrelinhas. Durante a sua vida, tentou por diversas vezes fazer o pai compreender suas atitudes, sem sucesso. Então, em algum momento ele se cansa. Está simplesmente exausto diante da ignorância (e frustração pessoal como consequência disso), e aceita que as visitas ao pai deverão ser mais esporádicas. Talvez ele ainda seja obrigado pelo seu corpo a pegar o carro e dirigir até a casa do pai. Uma obrigação interna que ele desejava não conhecer, ou pelo menos não obedecer. Ali, ele volta a ser o filho que nunca foi o que o pai pediu. Volta a se sentir um menino de 11 anos que recebe, como facadas, alguns adjetivos indesejáveis. Volta a ser o filho que recebeu duras críticas por não seguir o caminho que o pai predeterminou para ele, o caminho que a família sempre percorreu.

Ele volta a perceber que todo o sucesso que atingiu, ali naquela casa, não passa de um sonho, um mundo paralelo. Ele volta a sentir aquele sentimento interno inconfundível: tentar encher de água um copo furado no seu fundo. Ele pega as próprias glórias, o que ele tem, extraindo até a última gota, e coloca tudo ali dentro. Inútil. O copo se esvazia com assustadora rapidez. É inútil por que ele não recebe a única coisa que gostaria: o reconhecimento de seu pai. Ou, talvez, nem isso, mas um único sorriso, aceitação. Bastava.

Tudo o que Messi quer não é nada perto do que ele já fez. Uma federação que dê tranquilidade e apoio para ele trabalhar. Um time arrumado taticamente. Ou, talvez, nem isso, pois um pé calibrado de um companheiro não tão eficaz já o faria realizado. O público mostraria com ele a aceitação que ele, de joelhos, sempre implorou. O grito calado. A maturidade agora é provada não em tentar recuperar todo o tempo perdido com o 'pai', mas em entender que este pai nunca irá aceitar o que ele se tornou. Ele tentou de tudo, e viu que era simplesmente incapaz. Ele ainda ama seu pai, sim, porque isso é incondicional. Talvez ele irá visitá-lo ocasionalmente, mas provavelmente estará melhor longe, fazendo o que ama em outro lugar, longe das críticas e do olhar severo - algo que só causa a ele uma dor profunda, incorrigível e incurável.

O futebol é reflexo da vida. É injusto e cruel, em especial para quem não (o) enxerga.

[1] Me lembrei do capítulo um do livro 'Guardiola Confidencial', que conta a história de dois enxadristas. Se fosse só uma partida que durasse pouco tempo, um enxadrista maduro, técnico e inteligente poderia vencer o jovem. Mas não, uma partida de xadrez é demorada, que demanda grande esforço mental. Cinco, talvez seis horas. O enxadrista experiente simplesmente não quer viver outra vez o sofrimento de passar tantas horas seguidas com o cérebro funcionando a todo vapor, calculando possibilidades sem descanso. Já o jovem não tem consciência do desgaste que isso provoca. Um conseguiria se manter concentrado por duas horas; o outro, por cinco. Por isso seria impossível ganhar. Ambos tem um nível parecido, mas enxergam as coisas de um ponto de vista diferente. Messi, durante sua vida, viveu os dois.

Por Bruno Caetano

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Nunca gritou, esbravejou ou perdeu a cabeça

Mas o que é um gênio? vamos supor que seja somente com a premissa que você levantou.

Então a Argentina não estava precisando de um gênio e sim de um herói.

Se alguém do Brasil tivesse gritado ou esbravejado com o grupo quando ainda estava 3x0 para Alemanha. O resultado podia ser diferente como, de fato foi, no caso do Uruguay em 50.  Quando o Brasil fez 1x0 naquela final, Obdulio Varela não fez dois gols ou deu passe para quem os marcou. Ele simplesmente foi buscar a bola no fundo da rede, colocou no meu campo, deu uma bronca no grupo que estava cabisbaixo e se tornou herói.

A Argentina de Maradona em 86 tinha feito 2x0 e viu uma Alemanha empatar. Nem por isso El pibe de oro, ficou calado, pensando. Como se tivesse dizendo: sem problemas, vamos marcar novamente, deu um passe para Burruchaga definir o jogo. Em 90, deixou meio time do Brasil no chão para Cannigia fazer 1x0.

Na seleção, me lembro da narrativa de uma conversa de Dunga e Romário (ele dormiam no mesmo quarto). Romário dizia: hoje vou marcar um gol. E Dunga: Eu também.

É desses jogadores que o futebol faz a diferença.

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2 horas atrás, Zicogalinho disse:

deu um passe para Burruchaga definir o jogo. Em 90, deixou meio time do Brasil no chão para Cannigia fazer 1x0.

Então a diferença entre Messi e Maradona se resume a "Burruchaga e Cannigia maracaram e Higuaín não"? Que azar do Messi então, lol.

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Achei que já haviam publicado isso:

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Tata Martino renuncia ao comando da seleção argentina após Copa América
Treinador entregou o cargo nesta terça-feira, intensificando crise na AFA. Com seis jogadores confirmados, Comitê diz que participação na Olimpíada está sob ameaça

 

Após o traumático vice-campeonato na Copa América Centenário, há mais de uma semana, Tata Martino decidiu deixar o comando da seleção argentina. Em comunicado, a Associação de Futebol Argentino (AFA) confirmou que o treinador entregou o cargo nesta terça-feira, intensificando a crise institucional. A decisão de Martino teria sido comunicada depois de uma reunião com Chiqui Tapia, vice-presidente da AFA, que estava no comando da federação por conta da saída do presidente Luis Segura. 

Sua saída ocorre depois de a AFA confirmar sua permanência no cargo, inclusive no comando da equipe sub-23 que disputará a Olimpíada no Rio de Janeiro, no mês que vem. A seleção olímpica, inclusive, foi o estopim para a decisão do treinador, uma vez que apenas seis nomes estavam confirmados, segundo o "Olé": Rulli (Real Sociedad), Gómez (Lanús), Martínez (Unión), Espinoza (Villarreal), Lo Celso (PSG) e Correa (Atlético de Madrid).

- Devido à indefinição na designação de novas autoridades da Associação de Futebol Argentino e os graves inconvenientes para conseguir formar a equipe para representar o país nos próximos Jogos Olímpicos, a comissão técnica da seleção decidiu apresentar sua renúncia nesta data - diz comunicado divulgado pela AFA.

Esta teria sido apenas a gota d'água para sua saída. Diversos problemas envolvendo a seleção estariam incomodando o treinador, que não recebia salário há nove meses. Outro fator que teria pesado seria a chance de haver uma debandada dos astros da equipe, a começar por Messi - que declarou logo depois da final da Copa América que não pretende mais jogar pela seleção. Agüero, Mascherano, Banega, Biglia, Lavezzi, Di María e outros poderiam seguir seus passos.

Contratado para substituir Alejandro Sabella após a Copa do Mundo de 2014, Tata Martino termina sua passagem na Argentina com 29 jogos. Venceu 19, empatou sete e perdeu apenas três, com 66 gols pró e 18 contra. Seus maiores feitos foram levar a seleção a duas finais consecutivas da Copa América, mas que terminaram em vice-campeonatos para o Chile nos pênaltis. Nas eliminatórias para o Mundial da Rússia, a equipe ocupa a terceira posição após seis rodadas, com dois pontos a menos que Uruguai e Equador.

Em crise, a AFA ganhou os noticiários no fim do mês passado, depois que o governo argentino decidiu intervir no processo eleitoral para a presidência da entidade - por conta de uma investigação sobre desvio de recursos do programa do governo de apoio ao futebol no país. A eleição, que deveria ocorrer no último dia 30, definiria o substituto de Luis Segura, que renunciou ao cargo de presidente dias antes do fim do mandato, na semana passada.

PARTICIPAÇÃO NA OLIMPÍADA SOB RISCO

O presidente do Comitê Olímpico da Argentina, Gerardo Werthein, colocou em dúvida a participação da seleção no torneio de futebol dos Jogos do Rio. Ele criticou duramente a AFA, a quem atribuiu a responsabilidade pela não-liberação dos atletas - já que os clubes têm direito a vetar a participação de seus atletas, já que não se trata de um evento em "data Fifa".

- Há 50% de chances que a seleção argentina não envie um time para os Jogos Olímpicos. A AFA não se impõe, não toma decisões. É uma AFA muda - disse Werthein à "Rádio Mitre".

Werthein, na mesma entrevista, tentou amenizar a situação.

- A Argentina definitivamente terá um time (nos Jogos), algo que não aconteceria se deixasse tudo nas mãos da AFA. O futebol é uma representação muito importante para o país, e é uma vergonha que hoje não possamos formar um time para competir no Rio - afirmou Werthein.

O torneio de futebol da Olimpíada começa no dia 3 de agosto. A estreia argentina está marcada para daqui a exatamente um mês, no dia 4, diante de Portugal, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

Globoesporte

  • 2 semanas atrás...
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Grandes bostas que vai mudar... Se estiverem os mesmos dirigentes não adianta nada mudar formato de liga!

  • 1 mês depois...
  • Diretor Geral
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Messi lá na frente e os outros 9 atrás da linha da bola. Me cobrem depois hahaha.

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