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NÃO. PISE. NA. GRAMA.
por André Kfouri
 

Não gosto de escrever em primeira pessoa. O risco de aparentar um exercício de autorreferência é suficiente para me impedir, por isso invejo quem tem a capacidade de fazê-lo com simplicidade. Infelizmente são raros.

Mas há situações em que não há como evitar. Ou melhor, há situações em que a primeira pessoa é quase obrigatória, como se verá mais adiante.

Telê Santana foi muito além do que se espera de um técnico de futebol. A palavra “legado”, sequestrada, distorcida e banalizada por políticos do esporte, é necessária quando se fala na obra do ex-jogador e ex-treinador que nos deixou há exatos dez anos.

O legado de Telê é o que o futebol tem de mais precioso: o encanto que nos ata a esse jogo e não nos abandona nunca mais. É como uma revelação ou o dia em que descobrimos um sentimento totalmente novo. Pessoas são responsáveis por esses momentos e Telê foi uma delas.

Nasci em setembro de 1973, portanto tinha oito anos quando a Seleção Brasileira de 1982 se converteu em um paradigma do futebol bem jogado para todo o sempre. Na trajetória do que se convencionou chamar de “jogo bonito” e se entende como futebol de posse, passe e ataque, a contribuição daquele time equivale a um mestrado.

Telê, o mestre, supervisionou a formação futebolística de uma geração que teve a benção de começar a se interessar por futebol naquele pequeno intervalo de tempo. Seu impacto é perene, até para os infelizes que jamais o compreenderão.

Dunga, por exemplo, disse em sua última entrevista que o “ressentimento” causado pelo título mundial de 1994 é um dos motivos de sua rejeição. É triste que ele, logo ele, reduza a conquista da Copa dos Estados Unidos a algo tão insignificante. Primeiro porque o Brasil de 1994 era tecnicamente superior a seus adversários e foi campeão com méritos. E depois porque a maneira como aquele time é lembrado, no que diz respeito ao futebol que praticava, é responsabilidade dele – do time – e não das pessoas. 

Não é uma questão de ressentimento, mas de sentimento.

A mágoa, se existe, está em quem não entende por que a Seleção de 1982, que “não ganhou”, está há mais de três décadas no coração das pessoas pela conexão com um jogo sublime. 

Este é o legado de Telê. Este é o motivo pelo qual ele nunca será esquecido. 

***

Reproduzo um episódio que aconteceu em 1995 e abre uma pequena janela para a personalidade de Telê Santana. É uma história que contei no blog que tive no antigo portal IG, mas não aqui.

O canal de televisão em que trabalho, a ESPN Brasil, iniciava suas operações naquela época, sob o nome de TVA Esportes. Fazíamos um jornal, “30 Minutos”, exibido nas noites de segunda e sexta-feira. Telê, então técnico do São Paulo, era um dos colunistas. 

O acordo com ele era simples: se quiséssemos gravar seu comentário, teríamos de chegar ao CT do São Paulo meia hora antes do treino começar. Era uma condição indiscutível. Só com essa antecedência ele poderia nos receber, sentar-se diante da câmera e nos oferecer alguns minutos de suas opiniões, sem comprometer sua razão de vida: ensinar. 

O treino, a pontualidade e o profissionalismo eram sagrados para Telê. 

Assim como o campo. 

E naquela sexta-feira, não me recordo exatamente por que, chegamos tarde ao CT. 

Olhei para um dos gramados e lá estava ele: chuteira, calção, camiseta e boné, brincando de enrolar o cordão do apito no dedo. Os jogadores se aqueciam para iniciar o trabalho, enquanto Telê caminhava, olhando para o chão, no meio do campo. 

Temendo pelo pior, liguei para a redação. “Se vira, moleque. Precisamos do comentário dele hoje”, disse Roberto Salim, um de meus professores.  

Eu tinha uma entrevista marcada longe dali, não poderia esperar o treino terminar. Mudar o horário até era uma opção, mas precisava ao menos saber se Telê toparia gravar o comentário na sequência. 

Parênteses: aquela época era uma espécie de elo perdido na cobertura dos clubes. Não éramos tantos jornalistas, não havia salas de imprensa ou painéis com as marcas de patrocinadores. Ficávamos à beira do campo, fazendo o possível para não atrapalhar. O início dos alongamentos era o sinal do fim do treino, quando simplesmente entrávamos no campo e abordávamos os entrevistados. 

Acredite: certos jogadores falavam por horas.

No São Paulo, Telê tinha uma regra dourada para repórteres: NÃO. PISE. NO. CAMPO. (enquanto o treino não terminar).

Eu estava a um passo de desrespeitá-la. Era urgente saber se poderíamos esperar, e não havia outra maneira de descobrir. 

Passei por cima da linha, dei dois ou três passos, sentindo-me sobre um campo minado. Ainda de longe, Telê percebeu e se virou de costas. 

Era o primeiro sinal de reprovação. 

Aproximei-me, já com escusas: “Bom dia, seu Telê, eu sei que não poderia estar aqui…”

Ele me interrompeu: “Bom dia. Você está atrasado”.

Eu me desculpei novamente, dei-lhe a razão que ele evidentemente sabia que possuía. Perguntei se ele tinha tempo para gravar o comentário após o treino. Ele tinha. 

Agradeci e comecei a me afastar. Telê me chamou. Virei-me e, pela primeira vez, estávamos frente a frente. 

“Você sabe que não poderia entrar no campo, aqui não se pemite isso”, disse ele. 

“Claro, seu Telê. Desculpe”.

Comecei a fazer o caminho de volta, na direção da linha lateral. Silêncio. Aquela linha era a minha salvação. Uma vez de volta ao “outro lado”, nada mais me aconteceria. 

Faltavam poucos passos quando ele gritou: “E QUEM TE DEU AUTORIZAÇÃO PARA ENTRAR NO CAMPO?! QUE BAGUNÇA É ESSA?!”

Imaginei os jogadores rindo, mas não tive coragem de olhar. 

http://blogs.lance.com.br/andrekfouri/2016/04/21/tele-santana/

Porra... parece que foi ontem que lamentávamos a morte dessa lenda do nosso futebol. Lenda a ponto de virar ídolo de vários times, mas principalmente no Tricolor do Morumbi, onde foi duas vezes campeão mundial de clubes, entre outros títulos.

Texto acima é bem gostoso de se ler, e meio que dá uma ideia do que era Telê Santana pros mais jovens: altamente metódico, perfeccionista e vencedor.

Deveriam abrir uma escola de técnicos e meter o nome desse sujeito porque, o que ele ensinou de bola pra mt gente aí não tá escrito no gibi.

 

Postem outros materiais relacionados, fiquem à vontade!

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  • Leho. destacou este tópico

Graças a Deus por ele ter ganho duas Libertadores pelo São Paulo. Se não fossem os triunfos no São Paulo, ele ia ficar com uma baita pecha de fracassado, tudo por causa do "pacheco-torcedor-de-resultados", comportamento cancerígeno do torcedor de futebol brasileiro.

Se Telê descansa em paz, é graças ao São Paulo, que permitiu a ele mostrar que JOGAR BONITO DÁ CERTO SIM!

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15 minutos atrás, Ichthus disse:

Graças a Deus por ele ter ganho duas Libertadores pelo São Paulo. Se não fossem os triunfos no São Paulo, ele ia ficar com uma baita pecha de fracassado, tudo por causa do "pacheco-torcedor-de-resultados", comportamento cancerígeno do torcedor de futebol brasileiro.

Se Telê descansa em paz, é graças ao São Paulo, que permitiu a ele mostrar que JOGAR BONITO DÁ CERTO SIM!

Discordo totalmente. Futebol é resultado SIM. Sem choro. Odeio esse papo da seleção de 82~86 coisa de velho saudosista, em geral cariocas como Fernando Calazans. FUTEBOL É RESULTADO, TORCEDOR VIVE DE RESULTADO. Aliás, torcedor de clube de verdade CAGA para a seleção.

Telê é importante para o Grêmio, por um resultado, pois era o técnico do título gaúcho de 77 que foi o início da reconstrução do grêmio na época.

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Em 23/04/2016 at 17:12, Léo R. disse:

Discordo totalmente. Futebol é resultado SIM. Sem choro. Odeio esse papo da seleção de 82~86 coisa de velho saudosista, em geral cariocas como Fernando Calazans. FUTEBOL É RESULTADO, TORCEDOR VIVE DE RESULTADO. Aliás, torcedor de clube de verdade CAGA para a seleção.

Telê é importante para o Grêmio, por um resultado, pois era o técnico do título gaúcho de 77 que foi o início da reconstrução do grêmio na época.

É uma bosta isso. Por causa desse negócio de viver de resultado que a molecadinha atual tá torcendo pelos times europeus. Torcedor de verdade xinga quando perde, é goleado ou cai, mas não larga.

E se já é errado torcedor viver de resultados por conta dos aspectos que eu citei, quem trabalha em um clube muito menos. Os cartolas fazem as lambanças que conhecemos muito bem exatamente em nome do resultado. Os técnicos não trazem nada de novo/não se renovam porque vencem mesmo jogando mal. O problema é que quem vence jogando mal, um dia vai perder pra quem é mais eficiente.
 

Felipão deu resultado em 2002. Em 2014, vimos o 7x1.

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Eu acho que o que o @Léo R. quis dizer é que não adianta o time ter um bom desempenho, ganhar partida aqui e ali e quando chegar na hora mais importante o time se caga nas calças e perde o título. É evidente que um treinador, em um primeiro momento e dentre suas limitações, deve que ser avaliado pelo desempenho da equipe, ninguém é burro o suficiente de achar que um cara que mal acabou de chegar já vai botar o time no microondas e sair uma taça. Tem que se dar tempo pro treinador trabalhar, uma ou duas temporadas pro cidadão para ele implementar sua mentalidade, etc. Da mesma forma que dirigentes vão dar tempo, eles vão querer resultados em troca. Tudo em excesso é ruim, e da mesma forma que você não pode avaliar alguém só pelos resultados, você não pode avaliar alguém só por desempenho.

É por esse e outros n motivos que o Arsenal não ganha nada expressivo a anos, tem suas limitações financeiras em relação a outros gigantes da PL, mas isso não pode ser desculpa. Da mesma forma que eu não quero só bom desempenho da minha equipe e sem taças, eu também não quero meu time jogando uma bosta sempre e ganhando um título aqui e outro ali. Você ta trabalhando com extremos e se esquecendo que futebol é tudo muito relativo e o equilíbrio é fundamental.

O exemplo do Felipão foi uma infelicidade você citar. O que o tempo entre passagens tem haver com o cara servir ou não? O time não estava jogando mal até o inicio da copa, e a própria Alemanha não tava tendo nenhum desempenho absurdo até pegar o Brasil. O Brasil tomou 7x1 por erros do próprio treinador e n outros motivos, enfatizando que isso não tem absolutamente nada haver com o cara ter treinado a seleção há 12 anos atrás. Eu posso citar uma infinidade de treinadores que mantiveram o bom nível de seus times passados tantos anos.

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51 minutos atrás, Mark. disse:

Eu acho que o que o @Léo R. quis dizer é que não adianta o time ter um bom desempenho, ganhar partida aqui e ali e quando chegar na hora mais importante o time se caga nas calças e perde o título. É evidente que um treinador, em um primeiro momento e dentre suas limitações, deve que ser avaliado pelo desempenho da equipe, ninguém é burro o suficiente de achar que um cara que mal acabou de chegar já vai botar o time no microondas e sair uma taça. Tem que se dar tempo pro treinador trabalhar, uma ou duas temporadas pro cidadão para ele implementar sua mentalidade, etc. Da mesma forma que dirigentes vão dar tempo, eles vão querer resultados em troca. Tudo em excesso é ruim, e da mesma forma que você não pode avaliar alguém só pelos resultados, você não pode avaliar alguém só por desempenho.

É por esse e outros n motivos que o Arsenal não ganha nada expressivo a anos, tem suas limitações financeiras em relação a outros gigantes da PL, mas isso não pode ser desculpa. Da mesma forma que eu não quero só bom desempenho da minha equipe e sem taças, eu também não quero meu time jogando uma bosta sempre e ganhando um título aqui e outro ali. Você ta trabalhando com extremos e se esquecendo que futebol é tudo muito relativo e o equilíbrio é fundamental.

O exemplo do Felipão foi uma infelicidade você citar. O que o tempo entre passagens tem haver com o cara servir ou não? O time não estava jogando mal até o inicio da copa, e a própria Alemanha não tava tendo nenhum desempenho absurdo até pegar o Brasil. O Brasil tomou 7x1 por erros do próprio treinador e n outros motivos, enfatizando que isso não tem absolutamente nada haver com o cara ter treinado a seleção há 12 anos atrás. Eu posso citar uma infinidade de treinadores que mantiveram o bom nível de seus times passados tantos anos.

Tudo bem, mas o problema é que o Telê sempre foi um cara que entrega resultados (Léo deu exemplo do próprio Grêmio) e ia ficar marcado pela derrota na Seleção por ser de uma época em que não existia Internet como hoje onde as pessoas podem olhar pro outro lado. E esse negócio de "avaliar só por desempenho" foi algo que eu não falei. A questão é que se o desempenho é bom, o potencial tá lá.

Quanto ao exemplo do Felipão eu citei por causa justamente dessa ideia de "Ah, com o treinador do penta o hexa vem" como se os resultados do passado tivessem algo a ver com os do presente. E não estávamos jogando mal? Ganhamos na Croácia pelas individualidades e ainda tivemos a desonrosa marca de abrir a Copa com gol contra. Contra o México - Ochoa a parte - não saímos do zero. Única partida convincente foi contra Camarões que foi fácil o pior time da Copa. Contra o Chile, fomos quase eliminados por jogar mal e cagarmos nas calças. Contra a Colômbia, individualidades de novo, um pouco de sorte e a falta de camisa dos hermanos pesou também. E aí tu vem e me fala que o Brasil jogou BEM na Copa?

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19 minutos atrás, Ichthus disse:

Tudo bem, mas o problema é que o Telê sempre foi um cara que entrega resultados (Léo deu exemplo do próprio Grêmio) e ia ficar marcado pela derrota na Seleção por ser de uma época em que não existia Internet como hoje onde as pessoas podem olhar pro outro lado. E esse negócio de "avaliar só por desempenho" foi algo que eu não falei. A questão é que se o desempenho é bom, o potencial tá lá.

Quanto ao exemplo do Felipão eu citei por causa justamente dessa ideia de "Ah, com o treinador do penta o hexa vem" como se os resultados do passado tivessem algo a ver com os do presente. E não estávamos jogando mal? Ganhamos na Croácia pelas individualidades e ainda tivemos a desonrosa marca de abrir a Copa com gol contra. Contra o México - Ochoa a parte - não saímos do zero. Única partida convincente foi contra Camarões que foi fácil o pior time da Copa. Contra o Chile, fomos quase eliminados por jogar mal e cagarmos nas calças. Contra a Colômbia, individualidades de novo, um pouco de sorte e a falta de camisa dos hermanos pesou também. E aí tu vem e me fala que o Brasil jogou BEM na Copa?

Sim, mas nesse caso eu generalizei todos os treinadores, não estava falando em relação ao Telê em especifico mesmo o tópico sendo em relação a ele, apenas generalizei em questão do quesito desempenho x resultado. Sobre o Telê, foi um dos treinadores brasileiros mais vitoriosos que eu me lembro, se não o mais. Não é por causa de 1 ou 2 resultados que alguém sã vai desconsiderar a carreira dele.

Sobre o meu texto, a primeira parte: "...Tudo em excesso é ruim, e da mesma forma que você não pode avaliar alguém só pelos resultados, você não pode avaliar alguém só por desempenho..." Eu não estava me referindo a sua pessoa em especifico, até peço desculpas se você entendeu dessa forma. Sobre a segunda parte do você: "...Você ta trabalhando com extremos e se esquecendo que futebol é tudo muito relativo e o equilíbrio é fundamental... ", eu estava me referindo a sua parte do texto: "...Se não fossem os triunfos no São Paulo, ele ia ficar com uma baita pecha de fracassado...".

E eu vou desconsiderar toda esse parte em negrito porque você não leu o que eu escrevi. Onde foi que eu escrevi que o Brasil foi bem NA Copa? Por favor né, em nenhum momento eu escrevi tamanha insanidade.

E sobre o texto em questão, obrigado @Leho., representa muito bem o legado do Telê Santana.

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6 minutos atrás, Mark. disse:

Sim, mas nesse caso eu generalizei todos os treinadores, não estava falando em relação ao Telê em especifico mesmo o tópico sendo em relação a ele, apenas generalizei em questão do quesito desempenho x resultado. Sobre o Telê, foi um dos treinadores brasileiros mais vitoriosos que eu me lembro, se não o mais. Não é por causa de 1 ou 2 resultados que alguém sã vai desconsiderar a carreira dele.

Sobre o meu texto, a primeira parte: "...Tudo em excesso é ruim, e da mesma forma que você não pode avaliar alguém só pelos resultados, você não pode avaliar alguém só por desempenho..." Eu não estava me referindo a sua pessoa em especifico, até peço desculpas se você entendeu dessa forma. Sobre a segunda parte do você: "...Você ta trabalhando com extremos e se esquecendo que futebol é tudo muito relativo e o equilíbrio é fundamental... ", eu estava me referindo a sua parte do texto: "...Se não fossem os triunfos no São Paulo, ele ia ficar com uma baita pecha de fracassado...".

E eu vou desconsiderar toda esse parte em negrito porque você não leu o que eu escrevi. Onde foi que eu escrevi que o Brasil foi bem NA Copa? Por favor né, em nenhum momento eu escrevi tamanha insanidade.

E sobre o texto em questão, obrigado @Leho., representa muito bem o legado do Telê Santana.

Olha, eu particularmente acho que ele ia ficar com essa fama sim. Era capaz de só vocês e os atleticanos reconhecerem ele. Mas pro Brasil!? Vish! Iam lembrar como o cara das derrotas de 82 e 86. Tirando a gente que é mais fã de futebol, tu sabe como é o brasileiro comum, né?

E eu havia te interpretado mal mesmo, mas ainda assim... Copa das Confederações ninguém tava de corpo e alma na competição. Acaba não sendo mérito tanto por isso, quanto pela Espanha que a gente ganhou, que acabou passando vergonha não muito depois. Aí veio um monte de resultado enganador em amistoso que fez a gente (a gente incluindo eu) pensar que agora ia... E deu no que deu.

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10 minutos atrás, Ichthus disse:

Olha, eu particularmente acho que ele ia ficar com essa fama sim. Era capaz de só vocês e os atleticanos reconhecerem ele. Mas pro Brasil!? Vish! Iam lembrar como o cara das derrotas de 82 e 86. Tirando a gente que é mais fã de futebol, tu sabe como é o brasileiro comum, né?

E eu havia te interpretado mal mesmo, mas ainda assim... Copa das Confederações ninguém tava de corpo e alma na competição. Acaba não sendo mérito tanto por isso, quanto pela Espanha que a gente ganhou, que acabou passando vergonha não muito depois. Aí veio um monte de resultado enganador em amistoso que fez a gente (a gente incluindo eu) pensar que agora ia... E deu no que deu.

Por isso eu disse mentalmente sã, haha. Mas se tratando do povo brasileiro, é bem capaz de grande parte desconsiderarem toda a carreira dele por causa desses resultados. Mas é isso, o time não tava jogando mal, mas também não estava jogando o futebol total, acredito que de razoável para bom e se mantivesse aquele nível pré-copa, tinha perdido para a Alemanha, mas não teria um vexame nem de perto do que tomou. O que fodeu foi que o resultado contra a Espanha mascarou muita coisa que estava errado e quando começou a Copa junto com o embalo do oba oba, nego (aqui inclui treinador e jogadores) não enxergavam os problemas, ou não queriam enxergar.

A decisão de não substituir o Felipão por alguém mais preparado ou qualificado à época foi meramente política. Sabe aquele ditado: time que tá ganhando não mexe? Então, foi basicamente isso, para nossa infelicidade :/

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  • Bruno Caetano. tirou o destaque deste tópico

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