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Futbol Club Barcelona


Bruno Caetano.

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sobre o mundial de clubes, conversei pelo twitter com dois caras de fora (não sei especificar de qual país, mas postam em inglês) sobre a importância do campeonato para o clube e torcida, já que pra nós ser campeão do mundo é um negócio espetacular (qr dizer, dizem que é, eu ainda não sei)

os dois disseram que o clube tornou esse campeonato mais importante quando o Pep chegou, criando a mentalidade de vencer tudo sempre e que por ter vários sul-americanos hoje, eles podem ter mais vontade de ganhar e se esforçar mais por isso, mais do que europeus normalmente fazem.

mas que pros torcedores não é quase nada relevante, ninguém sai pra comemorar. O que vale de verdade pra eles é La Liga e a Champions.

Aqui tem as duas threads abertas, se quiserem ler é só clicar e dá pra ver todos os replies.

 

 

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até injusto comparar os dois. Alexis sempre foi um peixe fora d'água em Barcelona. o clube é grande demais pro talento dele (que nem é pequeno, só não condiz com o Barça)

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Sanchez evoluiu muito durante sua passagem pelo Barcelona. Sua última temporada pelo Barça (2013/14) foi muito boa. Enquanto isso Suárez chegou ao Barça no auge de sua carreira, depois de uma temporada de 31 gols e 12 assistencias pelo Liverpool. Suárez é melhor, mas Alexis Sanchez é sim um grande jogador e tem bola sim para jogar pelo Barça.

  • 2 semanas atrás...
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Que partida do DEUSBERTO hoje. Essa temporada já jogou de ponta, de meia central, de volante, de lateral. O Piqué e o Bravo que abram o olho.

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A maior obra de Messi

Por Victor Mendes Xavier, do Doentes por Futebol

Messi é o maior pesadelo para o escritor de futebol. Para falar sobre o argentino, um autor tem que estar inspirado e, por causa disso, acaba abusando dos adjetivos, dá uns pitacos de romance e literatura e corre o risco de deixar um texto chato para o leitor. Messi representa muitas coisas que não são fáceis de definir. Não seria exagero afirmar que ele, somente por sua presença, determina planejamentos próprios, não só dos seus treinadores, como dos seus adversários. Seus rivais vão até o limite para pará-lo. E seus companheiros têm o trabalho muito mais facilitado quando o 10 está em campo. Com Messi ajudando, um futebolista não precisa alcançar a excelência para cumprir um bom papel. José Mourinho já avisou: “Messi é diferente de todos os outros atletas. Disputou a final da Liga dos Campeões com Guardiola, vai jogá-la nesta temporada com Luis Enrique e se um dia for treinado pelo Antônio, voltará a fazê-lo”.

O futebol é um esporte coletivo e, atualmente, vivemos um período da história em que o valor da coletividade é ressaltado muito mais que a individualidade. Parece uma afronta destacar que “X é mais importante que Y”. Mas fazer isso é imprescindível caso se pretenda analisar o Barcelona de 2015 com certo rigor. O Barcelona não tem um princípio comum. O futebol coletivo está acima de tudo. Cada jogada do time que conquistou a Tríplice Coroa no primeiro semestre de 2015 encontrava sua origem na iniciativa do camisa 10. Seus dribles, seus passes, suas tabelas, seus passes e lançamentos em diagonais (sequência abaixo), seus gols, seus movimentos sem a bola.

MESSI-PASSE-DIAGONAL-NEYMAR-DPF

Afirmar com tanta convicção que em 2015 assistimos à melhor versão de Messi não é uma tarefa tão simples. Porém, dizer que o Barcelona 2014/2015 é a sua melhor obra é o correto. Porque simplesmente todos os mecanismos ofensivos do time treinado por Luis Enrique foram construídos a partir da mágica canhota do melhor jogador do mundo. Lionel levantou praticamente sozinho uma equipe. O Barcelona de 2015, aquele que começou em janeiro perdendo para a Real Sociedad e terminou em junho derrotando a Juventus, é a maior façanha de Messi.

Desde que chegou à Catalunha para começar sua etapa como treinador do Barcelona, Luis Enrique pendeu às mudanças na estrutura de jogo culé. A contratação de Luis Suárez já indicava que o meio-campo não seria mais a alma da equipe. Primeiro, Lucho diminuiu a importância da posse de bola, permitindo aos jogadores terem espaço para contra-atacar com maior frequência. Depois, aboliu o ‘Jogo de Posição’, para que Messi, Suárez e Neymar tivessem mais fluidez para tomarem decisões. A medular, outrora artífice do ‘tiki-taka’, passou a ser responsável por sustentar o ataque, do trio MSN. O Barcelona começou a evoluir através de um 4-3-3 clássico. O Messi falso 9 desapareceu, o Messi ponta direita retornou (foto abaixo). O argentino voltou a driblar e arrancar e descobriu sua versão passadora. Dali pra frente nasceu o novo Barcelona. O Barcelona do “sistema Messi”.

MESSI-PONTA-DIREITA-DPF

Entre janeiro e março, se defender do Barcelona parecia impossível. Os blaugranas eram uma máquina de driblar. Messi e Neymar se divertiam. Mas jogar como um ponta enérgico durante 90 minutos de um jogo requer muita intensidade. Então, aos poucos, a dupla foi perdendo frescura. Momento ideal para Luis Enrique dar um passo em definitivo. O treinador asturiano já tinha um sistema que potenciava o futebol dos seus atacantes, mas necessitava de um update. Messi recuou 20 metros, centralizou sua posição e acercou-se de Busquets e Iniesta. Dessa forma, Rakitic acentuou suas chegadas à área e Neymar deixou a ponta esquerda para se mover por todas as partes da zona de ofensiva.

MESSI-PONTA-ESQUERDA-CAMISA-DEZ-DPF

Messi continuava partindo da ponta, logicamente, mas passou a receber muitas bolas como camisa 10 (foto acima à direita), como interior direito (foto abaixo à direita) e inclusive chegou a se vestir de primeiro volante (foto abaixo à esquerda). Visitar Neymar? Também, claro (foto acima à esquerda). Sua presença era total. Messi estava aonde a bola estava. O Messi mais global potenciou todos. Alba e Rakitic cravaram um lugar em definitivo no time titular por causa do argentino. Iniesta e Daniel Alves, quando muitos pensaram que seus melhores dias já haviam passado, continuaram brindando ao Barcelona um serviço incomensurável que, sem Messi, possivelmente não fariam.

MESSI-MEDIOCENTRO-INTERIOR-DIREITO-DPF

Messi é um presente dos deuses do Olimpo do futebol. Uma arma quase que perfeita, um animal sedento por títulos, que age por instinto visando um único objetivo: ganhar troféus. Ele nunca está satisfeito. Quanto mais, melhor. A essência do futebol é admirar o melhor. Messi só existe um. O único Rei desse esporte.

Texto interessantíssimo. Essa é a versão mais técnica dele, mas não é o melhor Messi -- na minha opinião. Mas é interessante que essa regularidade dele me fez ver diferentes versões de auge, amadurecimento e entendimento de jogo. Infelizmente isso não foi possível com Ronaldinho e Kaká.

Sobre isso, nos comentários do DPF, o autor do texto respondeu sobre qual a melhor versão do argentino:

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É uma escolha difícil, que certamente geraria um debate interessante. De primeira, sem pensar muito, vejo o Messi de 10-11 mais alienígena, imparável, sobrenatural. Ali, sua superioridade individual era obscena e, creio eu, irrepetível. 

Mas o Messi de 14-15 nos surpreende com um entendimento e leitura de jogo digna dos maiores meio-campistas e gestores de jogo da história. É de uma finura gigante.

 

  • 1 mês depois...
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Rakitic, Arda e a dificuldade de ser um meio-campista culé

Por Victor Mendes Xavier, do Doentes Por Futebol

Ao longo da temporada, pudemos perceber que o Barcelona de 2015/2016 mudou. Se o ano 1 de Luis Enrique ficou marcado pela renúncia ao Jogo de Posição que baliza o estilo culé, resultando em pouco controle a partir da posse e em maior agressividade e verticalidade, o ano 2 tem sido diferente. Desde a estreia, em agosto, Lucho já acenava para a possibilidade de um jogo mais posicional, com maior ordem e controle. Dito e feito. O Barcelona não joga como nos tempos de Guardiola, mas é mais visível a conquista de peso do meio-campo. Na temporada passada, o trivote formado por Busquets, Rakitic e Iniesta trabalhava única e exclusivamente para municiar e facilitar a vida de Messi, Suárez e Neymar. Hoje, o centro do gramado voltou a fazer parte do coração barcelonista.

Isso explica o porquê das fantásticas temporadas de Busquets e Iniesta, que vivem, quem sabe, os melhores anos de suas vidas. O Barcelona já não tem mais a “obrigação” de mover com rapidez a bola a qualquer custo quando inicia uma transição. A equipe voltou a trocar mais passes horizontais, com menor ritmo, sob a batuta de Sergio e, principalmente, de um global Andrés. O camisa 8 se veste de Xavi a cada partida, mostrando presença, confiança e, sobretudo, uma regularidade exemplar. É bom mencionar que Messi tem sido cada vez mais meio-campista, mas não dá para afirmar com tanta convicção se isso foi o motivo mais forte para Luis Enrique encarregar uma maior participação à medular.

Lionel sempre será o centro das atenções no Camp Nou, e esse seu recuo torna a posição de interior direito um pouco mais “peculiar”. Conviver com essa figura sagrada requer muito mais exigência e uma maior concentração e responsabilidade. Ivan Rakitic cumpre o papel com uma elogiável disciplina. Primeiramente, o croata não é Xavi, portanto criar linhas de passes não é sua responsabilidade, muito menos gerir o jogo catalão. Ainda que o atual Barça jogue mais a partir do meio-campo, o camisa 4 continua cumprindo a mesma função do ano passado: ajustando-se aos movimentos de Messi e protegendo as costas de Daniel Alves. Defensivamente, Rakitic se dobra na lateral direita, já que o argentino raramente volta para marcar e o baiano passa a maior parte do tempo no campo de ataque.

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Diante desse novo cenário, onde entraria Arda Turan? O turco, como já explicamos, é excelente, mas imperfeito. Tem defeitos, muitos deles nítidos. Um deles é a incapacidade de fazer seu futebol aparecer quando sua equipe não está em um bom dia. Para exemplificar, analisemos o primeiro tempo de Barcelona 2×1 Sevilla desse domingo.

Os andaluzes foram ao Camp Nou com a intenção de adiantar suas linhas. Quando planejou a partida, Unai Emery provavelmente não sabia que Luis Enrique facilitaria sua vida poupando dois membros do meio-campo. Em vez de Rakitic e Iniesta, iniciaram Sergi Roberto e Arda Turan. Iborra fez um trabalho específico na zona de Busquets, que ficou sobrecarregado e clamou pela ajuda de seus companheiros. Nulos, os interiores não ajudaram em nada nas tarefas criativas. Mas o mais preocupante foi Arda, que, de fato, sumiu. A solução (eterna) de Luis Enrique foi Messi. O técnico decidiu recuar Alba, abrir Sergi e Arda e deixar o meio livre para o argentino. Bingo.

É essa falta de aptidão que torna difícil a vida de um centro-campista no Barcelona. Em grandes noites, é difícil de imaginar Rakitic na reserva: hoje, o croata está muito adaptado ao seu serviço na Catalunha. E engana-se quem pensa que isso aconteceu somente por ser compatível a Messi e Daniel Alves. Rakitic também oferece ao Barça maior solidez na saída de bola. Prova disso foi a bagunça no primeiro tempo da vitória contra o Málaga há um mês. O pressing blanquiazul destroçou Vermaelen, Mascherano e Arda, e só a entrada de Rakitic, no segundo tempo, foi capaz de corrigir esse pesadelo, pela habilidade em lançamentos que quebram linhas.

Para Arda, a dificuldade é maior ainda porque seu ex-time, o Atlético de Madrid, é diametralmente oposto ao atual. Ou seja: tudo que Luis Enrique pede é, na cabeça do turco, novo. Arda nunca foi constante e, até por isso, quando foi contratado pelos azulgrenás, imaginávamos que ele seria uma peça de retenção de bola, papel que cumpriu o último Xavi no Barça da Tríplice Coroa de 2015. Agora, com esse maior protagonismo dos meios-campistas, o turco é obrigado a estar ligado os 90 minutos. Não à toa, sofre quando joga de interior direito e tem maior responsabilidade em receber a bola de um dos zagueiros e levar ao campo de ataque.

Defensivamente, por que Arda era essencial ao Atlético de Madrid e não aporta nada de diferente no Barcelona? Simples: no Atléti, Arda era importante porque só tinha que correr, nada mais. Perseguia o lateral, dava combate ao volante, ficava no mano a mano com o meia. Trabalho duro, mas “simples”. Já no Barcelona, sua função é mais específica. Trata-se de ter senso de posicionamento, de saber lidar com o que passa em suas costas, de ter timing para colocação. O que explica muito o fato de Mascherano nunca sequer ter ameaçado a vaga de Busquets, que reúne todas essas características de forma brilhante, como volante.

Arda Turan está em seu segundo mês como barcelonista. Rakitic vai para seu segundo ano, teve tempo para adaptação. O turco necessita disso e talvez mostre sua melhor forma a partir da próxima temporada. Porém, para competir nos dias mais exigentes, Luis Enrique precisa mais do croata. E sabe disso. Com a Liga quase sentenciada, os jogos que faltam podem servir para dar mais confiança (e minutos) para acomodar Turan ao jeito de jogar barcelonista.

 

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