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Lista: cinco razões para crer que Iniesta seria dispensado na base brasileira


Gourcuff

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Lista: cinco razões para crer que Iniesta seria dispensado na base brasileira
http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/na-base-da-bola/post/lista-cinco-razoes-para-crer-que-iniesta-seria-dispensado-na-base-brasileira.html

Andrés Iniesta é hoje um craque de nível mundial. Autor do gol do título espanhol da Copa do Mundo de 2010 e de incontáveis serviços prestados ao Barcelona, já não é mais contestado mundialmente. Falar isso hoje, no entanto, é chover no molhado, e nem sempre foi assim.

O mérito do êxito de Iniesta é dele, e ninguém tira. Mas é também do Barcelona, que bancou e apostou em um jogador que poucos apostariam. Na base brasileira, ou nos clubes profissionais daqui, é possível encontrar, nas estatísticas, argumentos para crer que Iniesta não teria nem o respaldo e nem a paciência para se tornar o que se tornou. Confira alguns deles.

1 - O porte físico. Iniesta tem apenas 1,70m. Não é um velocista, como é Messi. Não é forte fisicamente. Também não é um exímio finalizador que faz muitos gols de fora da área (embora faça uns golaços importantes em alguns momentos).

2 - A demora na maturação. Iniesta virou titular do Barcelona com 24 anos. Alguém aí conhece algum clube brasileiro que espera um jogador da base virar titular até os 24 anos? Pouquíssimos. Antes disso, ele é vendido, emprestado ou dispensado.

3 - O jeito introvertido. Iniesta teve dificuldades de adaptação em Barcelona. Baixinho e com problemas pessoais que interferem no rendimento em campo, seria fatalmente um nome cogitado em listas de dispensa.

4 - O antimarketing. Iniesta é o avesso de Neymar. Não usa brinquinho, não pinta cabelo (até porque já são raros os sobreviventes), não fica em evidência fora do campo. Se não resolvesse dentro dele, jamais seria visto. Se não resolvesse em campo, não seria um produto a ser vendido cedo, e os clubes brasileiros adoram um dinheirinho vindo de venda de jogadores.

5 - O contexto da época. Em 2003, quando Iniesta subiu, o Brasil era campeão de tudo, do sub-17 ao profissional. Com jogadores fortes em todas as categorias (Rivaldo e Ronaldo, no profissional, Daniel Carvalho e Dudu Cearense nos juniores, Abuda e Roncatto nos juvenis), poderia não haver espaço para alguém como Iniesta. Não era o tipo de jogador que a maioria dos clubes brasileiros queria produzir, e talvez não continue sendo.

Postado

Baita texto do Pedro!! Sabe muito de base, e eu concordo com ele, não sei se o Iniesta teria vida longa.. Aqui se prima demais pela força física..

Postado

E curioso como na Europa estão se valorizando justamente esses jogadores mais técnicos e menos "marrentos" e nossa base ainda presa aos anos 2000 acha que lá só querem os altos fortões para receber cruzamentos e fazer gols de cabeça.

Postado

O deixa mais angústia é a razão do "anti-marketing". Coisa mais escrota é perder um jogador desses porque ele é uma pessoal normal, sem usar coisas que o destaque (À não ser sua técnica).

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Discordo de algumas coisas. Mas esperar até os 24 realmente seria impossível no Brasil.

Mas é fácil também apontar isso, quantos outros jogadores surgiram só aos 24 e tiveram sucesso?

Postado

Acho que os 3 jogadores de maior potencial aqui da base são nanicos: Arthur (volante), Lincoln (meia e maior promessa) e Raul (futuro melhor lateral do mundo). Ainda tem o Everton (atacante), que não vai ser acima da média eu acho, mas pode dar um bom jogador.

Se bem me lembro, o único jogador mais forte fisicamente que vingou foi o Walace.

Postado

Acho bobagem. Na mesma época que o Iniesta subiu para o profissional, o Brasil se encantava com um nanico e magrinho chamado Robinho (que mais tarde não mostraria o talento que prometia). É lógico que os clubes e os próprios brasileiros não tem muita paciência, mas já estou achando que estão colocando o futebol do nosso país no lixo indevidamente.

Outra coisa, inevitavelmente o Iniesta se tornaria titular muito antes, caso fosse no Brasil. O nível do nosso futebol nacional já não era elevado e um jogador como ele fatalmente se sobressairia e assumiria a posição de destaque. Vale lembrar que Iniesta não era titular do meio-campo do Barça porque havia um cara que se chamava DECO na sua posição e, não podemos nos esquecer, o espanhol entrava com frequência no time campeão da Champions de 2006.

  • Diretor Geral
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Mas é fácil também apontar isso, quantos outros jogadores surgiram só aos 24 e tiveram sucesso?

Pois é, pouquíssimos na verdade.

Na real achei o texto BEM RASO, esse monte de tópico levantado aí não é exclusividade somente da nossa categoria de base, é algo bem maior. Ele pegou pontos genéricos (porte físico? Isso mudou no mundo inteiro meu chapa, e não somente por aqui) e os colocou como se ocorressem apenas conosco. Mentira.

Até porque se formos levar em consideração o que ele diz, parece que só temos revelado "bonecões de Olinda e/ou lutadores de jiu-jitsu, popstars super-carismáticos e atores de comercial da Gillete". O que não é verdade.

 

p.s: mesmo achando o texto fraco, concordo que um cara como o Iniesta teria imensas dificuldades em "se provar" por aqui, como jovem jogador. Temos vários exemplos de próprios garotos brasileiros rejeitados nas nossas próprias bases e que vingaram em outros países.

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