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Entidades místicas do futebol brasileiro


Bruno Caetano.

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Eu tô falando desse cara aí da foto. E ele não tem sobrenome Genro até onde eu sei, hahahahaha!

É porque ele é genro do Luxa.

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Grande craque.

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Entidades místicas do futebol brasileiro: o craque estrangeiro

Por Leonardo de Escudeiro

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Defederico, do Corinthians

Seu time anda mal das pernas. Aquela 14ª colocação não é condizente com o tamanho do clube, e a fase poderia ser muito melhor se a criação de jogadas fosse melhor (ou se ela ao menos existisse). Pressionados por contratações, os dirigentes buscam nomes disponíveis no mercado brasileiro, mas não encontram nada. O jeito é recorrer aos países vizinhos. Afinal, assim como nós, eles também sabem produzir jogadores de qualidade, e nossa economia normalmente melhor que a deles nos possibilita oferecer salários maiores aos destaques.

Então ele chega. Nunca despertou o interesse de grandes clubes europeus, mas já passou pelas seleções de base de seu país e brilhou em algum Apertura por aí, deu umas assistências, fez uns golaços. O suficiente para chegar com status de salvador ao seu clube. Ele, o gringo craque que ninguém nunca viu jogar.

É um cara que joga no terço final do campo. Supostamente, é ofensivo, veloz, tem um bom passe, bons dribles… Falta não é sua especialidade, mas ele é gringo e é craque, provavelmente consegue guardar uma ou outra cobrança.

Logo que as especulações sobre sua chegada começaram a pipocar, você já foi procurar seu nome no Google. Os números não empolgam: ele não fez nem cinco gols no Campeonato Argentino passado, e as assistências também não são nada demais. Hora de ir para o Youtube. Fiel a seu clube, você faz o esforço de tentar ignorar a música ruim de fundo e se empolga com uma corrida aqui, um drible ali e aquele golaço, na gaveta. Parece que é craque mesmo.

O gringo craque pode não ter conseguido uma chance em um grande clube antes, mas talvez seja por falha dos olheiros dessas equipes. Ainda bem que o seu clube achou. Vai poder usufruir de seu futebol por uns dois anos e depois conseguir a maior nota que o clube formador não soube conseguir.

Então o gringo craque é relacionado pela primeira vez para um jogo. Mais um empate chato sem gols vai se desenhando, a partida já passou da metade do segundo tempo, e todo o mundo começa a cantar o nome do recém-contratado. Ele entra, toca uma ou duas vezes na bola, mas não faz nada. No jogo seguinte, mais uma vez é pedido pelos torcedores, sai do banco e não altera o jogo.

O torcedor então argumenta: “É que ele está tendo pouco tempo em campo, precisa jogar os 90 minutos”. A chance no time titular chega, de fato o gringo craque apresenta um futebol um pouco melhor, mas nada que justifique o apelido de “Novo Fulano” que recebeu.

Os primeiros jogos ruins são sempre relevados. Ele precisa se acostumar ao futebol brasileiro, se encaixar melhor no esquema do treinador. Não, o problema é o treinador! O time está bagunçado, como é que o futebol do cara vai deslanchar?

O time está arrumadinho? Tudo bem, é o posicionamento que está errado. Se o gringo craque vem sendo escalado pela ponta, na Argentina ele jogava pelo centro. Colocado no centro? Ô, professor, ele rende melhor pela ponta, descendo em diagonal!

O tempo passou, o gringo craque ainda está longe de render o que dele se esperava, e a torcida começa a perder a paciência. E é justamente quando ela está a ponto de se desiludir completamente que ele vai lá e anota aquele golaço marcante. Confiança renovada para mais alguns meses de decepção.

O gol salvador de reputação não volta a aparecer, e a torcida pede um chá de banco para o gringo craque. Depois de alguns jogos, o técnico acata a demanda popular e dá a vaga de titular para aquele meio-campista reserva que veio de um time do interior. Tão ruim quanto o gringo, mas que em algum momento pareceu ser uma opção melhor do que aquele enganador. O substituto em nada muda a equipe, e o torcedor se vê sem alternativas, senão esquecer a primeira desilusão com o gringo e pedi-lo de volta no time. Ele é o “Novo Fulano”, não é? Vai que agora deslancha de vez?!

Ele nunca deslancha, afinal não era craque coisa alguma. Havia um motivo pelo qual ninguém o havia visto antes. Com a paciência de comissão técnica, torcedores, dirigentes e imprensa esgotada, o gringo craque vai jogar na Série B ou encontra outro time em algum outro país na América do Sul. E não é que é capaz de ele aprontar contra o seu time em uma fase de grupos da Libertadores?

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Centurión meu filho! Você por aqui?!?

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Todos os "soy" que passaram pelo Grêmio.

É só "hablar" que vira ídolo dessa Geral ridícula.

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Centurión meu filho! Você por aqui?!?

Canete, Piris, Reasco, Pabon, Wilder a lista é grandeeee

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Desde que o Náutico contratou Acosta e ele jogou um absurdo, tentam trazer outro gringo que jogue bem. Nenhum até agora foi no mínimo convincente. Ricardo Laborde, Chuky Gonzalez, Cañete, Diego Morales, Olivera, Angelo Peña... 

  • Diretor Geral
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Li o texto e só me veio um nome em mente: CAÑETE!

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Filho-da-puta.

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DVDrico foi lastimável no Corinthians. O cara depois entrou numa depressão da porra, começou a questionar se realmente tinha capacidade de jogar futebol.

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Entidades místicas do futebol brasileiro: o pai do jogador promissor‏

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O filho tem só 13 anos, mas já saiu matéria em programa de televisão sobre o seu talento e como um determinado time grande está fazendo esforços para mantê-lo. Capas de jornais do exterior já o estampam em suas capas o chamando de “fenômeno” ou algum adjetivo do tipo para descrevê-lo. Nesses momentos, aparece uma figura bastante comum: o pai do garoto.

Quando um jovem como esse, de 13, 14, 15 anos pinta como uma promessa, é comum que a família abandone tudo para viver em função do garoto. Alguns casos, o jogador, mesmo com essa idade adolescente, já recebe salário maior que os pais por ter o rótulo de promessa na testa. E o pai do jogador vê o próprio sonho realizado pelo seu filho. E, assim, passa a gerenciar a carreira do garoto, cuidar daquele salário de alguns poucos milhares de reais e dar uma grana ao moleque como mesada.

O pai da promessa gosta de aparecer. Dá entrevistas contando causos do garoto de quando era criança, que ele gostava de bola desde sempre e que “sempre acreditou que ele seria jogador” (muito embora ele ainda não seja). É nessas entrevistas também que ele conta sobre o assédio dos clubes do exterior, que oferecem mundos e fundos à família. E, claro, em pouco tempo começa a reclamar do tratamento que o clube dá ao seu filho. Ele quer mais dinheiro, quer que o seu filho suba para o profissional, quer tudo e mais um pouco, de preferência com champanhe porque ele é chique, bem.

A pressão é tanta que o clube acaba não renovando o contrato e o garoto acaba deixando a equipe. Vai para algum clube meia boca do exterior, como uma promessa de craque. Lá, o pai do jogador revelação também resolve agir, porque o técnico, que claramente não gosta de brasileiros, não o coloca para jogar.

O garoto volta ao Brasil para algum time da Série B, mas o pai continua com uma empáfia que parece que o garoto veio da base do Barcelona. A atuação do pai é criticada pelos dirigentes, pelos colegas do garoto e até pelo menino mesmo, que começa a achar que o pai dele “enche o saco”. Sim, porque se nas entrevistas o pai é um mala, com o garoto também é: ele cobra isso e aquilo, como se entendesse mais de futebol que qualquer um. O garoto sente a pressão do pai, do treinador e do clube, que, por causa do pai, passou a pagar mais dinheiro do que ele realmente vale.

Aí que o pai do jogador às vezes é pego entornando o pote de mel, com uma pequena irregularidade aqui, um delito leve ali, um pedala na Receita Federal acolá, uma grana embolsada em uma negociação, uma sonegação marota e assim caminha a humanidade. Em passos de formiga e sem vontade. Até que o filho, que se tornou uma eterna promessa, chega ao 25º clube em cinco anos de carreira profissional. Agora, com barba na cara, ele ganha menos do que quando tinha 15 anos e era considerado um fenômeno. O pai reclama de uma jogada que ele fez em um clube pequeno, jogando um estadual irrelevante, e ele diz: “É tudo culpa sua”. E é mesmo.

Obs: O texto foi divulgado na newsletter da Trivela para os assinantes, por email. Logo estará no site.

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Esse texto me pareceu bastante baseado no Carlos Chera, mas o melhor exemplo disso daí nem pai é, mas se encaixa direitinho: A$$i$!

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Jean Chera e Diego Ribas. Dois patriarcas que "cagaram" nas carreiras dos filhos.

Diego ainda teve umas oportunidades fodas, Jean morreu pro futebol antes de começar...

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