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O homem que quer mudar o jogo


Giovannivm

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Bom, é meu primeiro tópico, não sei se estou postando do jeito certo ou no lugar adequado...

 

Enfim,

 

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2015/05/o-homem-que-quer-mudar-o-jogo.html

 

Vi essa notícia e me interessei absurdamente. Esse é o meu sonho. O que acham da ideia do cara?

 

Pra resumir as ideias principais:

 

Nos últimos anos, muita gente – Bourgeois incluído – passou a usar a matemática para tornar o futebol brasileiro mais pragmático (NEGÓCIOS mostrou isso na edição de novembro de 2013). Clubes geram planilhas de desempenho de cada jogador, consultorias se especializaram em analisar balanços das equipes (como a Pluri e a Futebol Business), empresas vendem dados das partidas aos clubes (a Footstats e as europeias Prozone e Opta). Mas o que Bourgeois mostrou, no café do Itaim, é algo novo.

 

O gol não importa
Laptop ligado e suco na mesa, ele começa a explicação. “O futebol tem um problema: o conjunto é maior que a soma das partes”, diz. Ou seja, montar um time não é só achar 11 bons jogadores. Nem sempre 11 craques formam um time vencedor, e nem sempre um time vencedor está cheio de craques. Então ele apresenta o campo da matemática que dá conta de problemas dessa natureza: a pesquisa operacional.

 

(...)

 

“O gol, por exemplo, não importa”, ele diz – talvez se tornando a primeira pessoa do futebol a pronunciar a frase. “Gol é muito aleatório. Você chuta, a bola bate na cabeça de outro cara e entra. Outro jogador chuta, a bola bate na trave, corre por cima da linha e não entra”, diz. “O gol, para mim, vale zero.”

 

Ele então formulou uma hipótese. Para que um time faça gols, há duas condições básicas: ter a bola e criar uma situação de gol. “É o que leva ao evento aleatório gol”, diz. Assim, os parâmetros que avaliam os jogadores derivariam desses dois pontos: posse de bola e chances de gol. O número de passes dados por um jogador, por exemplo, não é um parâmetro. Já o número de oportunidades de gols criadas pela sequência de passes da qual ele participou, sim. A quantidade de bolas roubadas não é um parâmetro. Já o número de desarmes seguidos de passes que criam oportunidades de gol, sim. E por aí vai – são dezenas de atributos.
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Tinha lido num grupo do facebook. Achei fantástico o que o cara tá fazendo. Há tempos penso que grande parte do êxito no futebol pode vir com estudo estatístico.

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Pura balela desse Monobola , futebol é muito mais complexo que uma equação matematica.

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Pura balela desse Monobola , futebol é muito mais complexo que uma equação matematica.

 

O bom mesmo é continuar confiando apenas nas crenças e místicas de cada treinador e ignorar os nros. Tá serto.

 

O futebol, eu concordo e o carinha da matéria tb, é muito mais aleatório que o basquete ou vôlei. Mas ainda assim, existe muito espaço para a análise de dados estatísticos ajudarem os times a tomarem decisões mais assertivas e aumentar a chance do aleatório pender para o seu lado. E é isso que o cara está oferecendo aos times. Uma ferramenta para aumentar suas chances. E não uma fórmula para transformar merda em ouro.

Postado

O bom mesmo é continuar confiando apenas nas crenças e místicas de cada treinador e ignorar os nros. Tá serto.

 

O futebol, eu concordo e o carinha da matéria tb, é muito mais aleatório que o basquete ou vôlei. Mas ainda assim, existe muito espaço para a análise de dados estatísticos ajudarem os times a tomarem decisões mais assertivas e aumentar a chance do aleatório pender para o seu lado. E é isso que o cara está oferecendo aos times. Uma ferramenta para aumentar suas chances. E não uma fórmula para transformar merda em ouro.

 

Exatamente!

 

Todo esporte envolve uma sequência de eventos estocásticos, que não podemos controlar. A história da bola bater na trave e entrar ou não no gol. A matemática pode ajudar uma equipe a criar mais desses eventos. Aí depende de um treinador para que parte desses eventos sejam chances de gol e, especialmente, haja um aproveitamento melhor dessas chances. Um time bem montado, com essa ajuda, pode não ganhar um jogo, mas tem mais chance de vencer um campeonato.

 

Fato interessante: tenho contato com algumas pessoas que estudam o futebol. Uma delas me falou que as duas primeiras equipes do Brasil e fazerem uso de (um pouco de) matemática no time foram o Cruzeiro e o Corinthians. Vejam bem, quem de vcs não colocaria esses dois times no top3 de maior destaque nacional nos últimos 4 anos?

Postado

O problema é essa mentalidade de pouca importância ao gol dele, que pode levar a times mais eficientes mas mais retranqueiros, que não reproduzam essa eficiência de forma criativa muito menos ofensiva, contrariando tudo o que o nosso futebol sempre foi. Esse pragmatismo pode acabar com os nossos diferenciais de ginga, malemolência, drible, imprevisibilidade... Tudo porque não é medido pelos números.

Outro problema é isso daqui:
 

“Tive uma reunião com o CEO do Real Madrid. Durante três horas, não ouvi a palavra futebol: era só ‘entretenimento’. Torcedor era ‘cliente’.”

 

Até concordo que tenha sua cota de entretenimento, agora sequer citar a palavra futebol é ignorar a competição que há não só entre os times, mas no meio do elenco pra chegar e ser titular, daquela tensão toda que há... Tratar como mero entretenimento e ignorar essa parte esportiva é tirar do futebol o que ele de fato é. Pois competição existe até entre dois molequinhos que jogam PES, que também é entretenimento, o que provam que competição e entretenimento podem sim andar lado a lado.

Postado

O bom mesmo é continuar confiando apenas nas crenças e místicas de cada treinador e ignorar os nros. Tá serto.

 

O futebol, eu concordo e o carinha da matéria tb, é muito mais aleatório que o basquete ou vôlei. Mas ainda assim, existe muito espaço para a análise de dados estatísticos ajudarem os times a tomarem decisões mais assertivas e aumentar a chance do aleatório pender para o seu lado. E é isso que o cara está oferecendo aos times. Uma ferramenta para aumentar suas chances. E não uma fórmula para transformar merda em ouro.

 

O teu raciocinio tá certo lek , mais na equação nao fala se o cara vai romper os ligamentos do joelho se ele vai entrar em má fase se ele vai sentir o peso da camisa a verdade é que o futebol está chato demais .

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li a matéria esses dias, achei bem legal. bom 1º tópico, brother.

 

fiquei meio assustado pq o estudo disse que o Leandro Pereira ia acrescentar algo, mas pelo menos acertou no Gabriel hahaha

De qualquer forma, pirei na ideia quando assisti o filme, cheguei a querer levar pra minha empresa (meu chefe não se apaixonou com a ideia na época, mas eu continuo com ela) e fiquei pensando em como isso podia ser implantado no futebol.

 

até fico admirado pelo Palmeiras estar testando algo inovador (e sim, arriscado) assim, considerando a letargia das últimas temporadas. mas pode ser que dê certo.

acho bem importante essa parte de dados e informações consolidadas sobre nosso esporte. acho que enriquece a experiência de todo mundo em volta.

 

 

O problema é essa mentalidade de pouca importância ao gol dele, que pode levar a times mais eficientes mas mais retranqueiros, que não reproduzam essa eficiência de forma criativa muito menos ofensiva, contrariando tudo o que o nosso futebol sempre foi. Esse pragmatismo pode acabar com os nossos diferenciais de ginga, malemolência, drible, imprevisibilidade... Tudo porque não é medido pelos números.

 

acho que vc entendeu errado, Leandro. não é que o gol não importa, é que ele é tão aleatório que não existe fórmula pra calcular e mensurar. então você leva em consideração as outras ações que levam ao gol mais do que a finalização ou o desvio que faz a rede balançar, sacou?

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acho que vc entendeu errado, Leandro. não é que o gol não importa, é que ele é tão aleatório que não existe fórmula pra calcular e mensurar. então você leva em consideração as outras ações que levam ao gol mais do que a finalização ou o desvio que faz a rede balançar, sacou?

 

Esse "mais" é que torna o raciocínio errado, pois quem ganha é quem justamente faz mais gols. Não dá pra ser pragmático como ele é, e ignorar isso. Qualquer ação de jogo deve ser planejada EM FUNÇÃO do gol. Posse de bola? Sim, pra levar pra frente. Porque se ficar cozinhando, leva! Passe na medida? Pra frente também, pra desmontar a defesa. Só passa pro lado, se ceder contra-ataque (jogador marcado) ou tiver outra opção de jogo (ala subindo, seg. volante chegando de trás...). Mesmo a preocupação defensiva é em função do gol, tanto pra não tomar quanto pra pensar em fazer.

E o problema do uso das estatísticas, é que elas excluem as coisas imprevisíveis do futebol, que torna o esporte cativante por você não saber o que vai acontecer. Isso pode até ter um quê de profissionalização e organização, mas temo que vá levar a uma decadência do nosso nível técnico pelo que eu disse antes: é algo que pode excluir a imprevisibilidade que sempre foi característica do nosso futebol. Organizar sim, matar nossa essência não.

Vejo com olhos bem pessimistas essa ideia aí, parece que o ônus é bem maior que o bônus.

  • Diretor Geral
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Ótimo tópico, cara! :yest:

 

 

[...] E combinei com alguns clubes: vou deixar um envelope lacrado com eles, para abrirem no fim do ano”, afirma. Sim, é um matemático confiante na fórmula que encontrou. “Não te dou que você vai ser campeão. Mas que vai pegar G4, eu consigo.”

 

Gosto de sujeito assim, confiante e ambicioso hahaha. Já chegou mostrando que não tá pra brincadeira, e tem mais é que ser assim mesmo.

 

Acho que essa utilização das estatísticas -- que é algo novo pra nós aqui --, dos números e de algoritmos, como os do matemático da matéria são parte do futuro do nosso futebol, não tem como fugir. Vejo como uma ~evolução~ do trabalho de análise dos olheiros, embora (eu) ainda considere extremamente importante a análise subjetiva dos próprios, a de 'campo e bola'.

 

Isso virá pra somar e eu não tenho dúvidas disso, mas claro, vai depender BASTANTE de QUEM vai analisar esses dados e de COMO ele vai pesar essas informações na hora de investir em determinado jogador. Os técnicos de hoje, os medalhões, não me parecem capacitados pra isso. Quem sabe uma nova geração que esteja sendo lapidada, acompanhada de novos integrantes na diretoria do clube, possa ADICIONAR mais essa ferramenta na construção de elencos e times de futebol.

 

Esse "mais" é que torna o raciocínio errado, pois quem ganha é quem justamente faz mais gols. Não dá pra ser pragmático como ele é, e ignorar isso. Qualquer ação de jogo deve ser planejada EM FUNÇÃO do gol. Posse de bola? Sim, pra levar pra frente. Porque se ficar cozinhando, leva! Passe na medida? Pra frente também, pra desmontar a defesa. Só passa pro lado, se ceder contra-ataque (jogador marcado) ou tiver outra opção de jogo (ala subindo, seg. volante chegando de trás...). Mesmo a preocupação defensiva é em função do gol, tanto pra não tomar quanto pra não pensar em fazer.

 

[...]

 

Eu acho que você não compreendeu bem a ideia do cara, Lê. Olha esse trecho:

 

[...] O número de passes dados por um jogador, por exemplo, não é um parâmetro. Já o número de oportunidades de gols criadas pela sequência de passes da qual ele participou, sim. A quantidade de bolas roubadas não é um parâmetro. Já o número de desarmes seguidos de passes que criam oportunidades de gol, sim. E por aí vai [...]

 

Ou seja, apesar de considerar o "evento gol" como aleatório, ele BASEIA toda sua estruturação matemática EM FUNÇÃO DISSO. Ou seja, não é a posse de bola, é a posse de bola que gera gol; não é o desarme, é o desarme que gera gol; não é contra-ataque, é o contra-ataque que gera gol!

 

Logo, ele tá sim priorizando a marcação de tentos, mas não calculando EM CIMA DISSO, mas em cima dos fatores QUE GERAM ISSO (o gol).

 

Quanto à essa ferramenta influenciar numa mudança do nosso estilo de jogo mais técnico, ofensivo e "malemolente" -- como você mesmo disse, haha --, acho que é superestimar demais uma ferramenta que já é utilizada fora do país e que não teve essa intervenção negativa toda, não. Duvido mt que o uso de dados mais precisos façam nossos jovens driblar menos, procurar menos o companheiro ofensivamente, chutar com menos efeito e por aí vai, pra te falar a verdade não vejo qualquer relação nisso.

Postado

Ou seja, apesar de considerar o "evento gol" como aleatório, ele BASEIA toda sua estruturação matemática EM FUNÇÃO DISSO. Ou seja, não é a posse de bola, é a posse de bola que gera gol; não é o desarme, é o desarme que gera gol; não é contra-ataque, é o contra-ataque que gera gol!

 

Logo, ele tá sim priorizando a marcação de tentos, mas não calculando EM CIMA DISSO, mas em cima dos fatores QUE GERAM ISSO (o gol).

 

Entendi, nesse sentido pode ajudar bastante mesmo.

 

Quanto à essa ferramenta influenciar numa mudança do nosso estilo de jogo mais técnico, ofensivo e "malemolente" -- como você mesmo disse, haha --, acho que é superestimar demais uma ferramenta que já é utilizada fora do país e que não teve essa intervenção negativa toda, não. Duvido mt que o uso de dados mais precisos façam nossos jovens driblar menos, procurar menos o companheiro ofensivamente, chutar com menos efeito e por aí vai, pra te falar a verdade não vejo qualquer relação nisso.

 

Em nenhuma área - e não só no futebol - criatividade não pode ser menosprezada jamais. E o fato de essa ferramenta ser utilizada fora do país, é um alerta para que nós mesmos não deixemos de usar. Porque se antes só a gente sabia usar esse recurso bem, agora os europeus aprenderam a usar melhor - por conta da organização - e se a gente prescindir dele, o perigo de ficarmos pra trás e virarmos um gigante branco do futebol é grande.

Enfim, da forma como tu colocou compreendo melhor, mas não pode nunca excluir a criatividade que deixa o nosso futebol imprevisível porque senão vamos produzir jogadores cada vez mais inferiores aos europeus - que evoluirão mais rápido que nós - e aí a gente não ameaça mais ninguém.

  • Diretor Geral
Postado

[...], mas não pode nunca excluir a criatividade que deixa o nosso futebol imprevisível porque senão vamos produzir jogadores cada vez mais inferiores aos europeus - que evoluirão mais rápido que nós - e aí a gente não ameaça mais ninguém.

 

Sim, concordo absolutamente contigo. Essa agilidade e criatividade são marcas registradas do nosso futebol já há MUITO tempo, por isso acho difícil que uma "simples" ferramenta de análise estatística consiga intervir assim, a ponto de moldar a cabeça e a capacidade dos nossos jovens.

 

Talento é algo intrínseco, basta sabermos lapidá-lo. ;) :yest:

Postado

Sim, concordo absolutamente contigo. Essa agilidade e criatividade são marcas registradas do nosso futebol já há MUITO tempo, por isso acho difícil que uma "simples" ferramenta de análise estatística consiga intervir assim, a ponto de moldar a cabeça e a capacidade dos nossos jovens.

 

Talento é algo intrínseco, basta sabermos lapidá-lo. ;) :yest:

 

A questão toda, então, é não cair na mão de pessoas erradas com mentalidades erradas. Quando eu pensei no medo de isso "matar nosso futebol" (eufemismo exagerado), eu pensei nisso cair nas mãos dos mesmos caras que escolhem jogadores por força física e não por habilidade. O fato de só entrar em clube grande assim é que acaba moldando a cabeça dos nossos jovens jogadores que botam essa capacidade em desuso. Imagina essas pessoas usando essas estatísticas? Ideias boas na mão de gente má torna a execução pior ainda.

É até algo que pode ser muito útil, mas teve gente aqui achando que isso pode ser a tábua de salvação do nosso futebol, e ninguém pode ser ingênuo a esse ponto. É uma ótima ferramenta que bem usada pelas pessoas certas fez muito bem e bem usada pelas pessoas erradas, faz um mal tão grande quanto.

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Leandro, acho que o problema da sua leitura vem pela pitada de sensacionalismo do repórter, que coloca um tópico com o subtítulo "O gol não importa". Mas, como o Leho explicou bem, é o evento que gera gol. Ou seja, um time de sucesso é um time que cria chances de gol. Naturalmente algumas chances vão ser concretizadas e outras não, por isso que quem cria chance é mais importante que quem finaliza.

 

li a matéria esses dias, achei bem legal. bom 1º tópico, brother.

 

fiquei meio assustado pq o estudo disse que o Leandro Pereira ia acrescentar algo, mas pelo menos acertou no Gabriel hahaha

De qualquer forma, pirei na ideia quando assisti o filme, cheguei a querer levar pra minha empresa (meu chefe não se apaixonou com a ideia na época, mas eu continuo com ela) e fiquei pensando em como isso podia ser implantado no futebol.

 

até fico admirado pelo Palmeiras estar testando algo inovador (e sim, arriscado) assim, considerando a letargia das últimas temporadas. mas pode ser que dê certo.

acho bem importante essa parte de dados e informações consolidadas sobre nosso esporte. acho que enriquece a experiência de todo mundo em volta.

 

Pô, o Leandro Pereira, por mais que seja um naba, fez o gol da final, que quase deu o título paulista ao Verdão. E essa simulação foi provavelmente feita com as peças do time do ano passado, que só sabia mandar a bola pro centroavante finalizar. Assim, é possível que naquele esquema o Leandro Pereira tivesse um pouco mais de sucesso que o Henrique teve.

 

Ótimo tópico, cara! :yest:

 

 

 

Gosto de sujeito assim, confiante e ambicioso hahaha. Já chegou mostrando que não tá pra brincadeira, e tem mais é que ser assim mesmo.

 

Acho que essa utilização das estatísticas -- que é algo novo pra nós aqui --, dos números e de algoritmos, como os do matemático da matéria são parte do futuro do nosso futebol, não tem como fugir. Vejo como uma ~evolução~ do trabalho de análise dos olheiros, embora (eu) ainda considere extremamente importante a análise subjetiva dos próprios, a de 'campo e bola'.

 

Isso virá pra somar e eu não tenho dúvidas disso, mas claro, vai depender BASTANTE de QUEM vai analisar esses dados e de COMO ele vai pesar essas informações na hora de investir em determinado jogador. Os técnicos de hoje, os medalhões, não me parecem capacitados pra isso. Quem sabe uma nova geração que esteja sendo lapidada, acompanhada de novos integrantes na diretoria do clube, possa ADICIONAR mais essa ferramenta na construção de elencos e times de futebol.

 

Leho, acho que esse é o ponto principal. Isso pode ajudar muito os times, mas não adianta achar que SÓ isso vai trazer sucesso. O scout vai continuar a ser importante, porque ele pode acompanhar coisas que números não veem, como o perfil psicológico do jogador, a capacidade de evolução, etc. e também o treinador, que é o principal elo entre as ideias de uma diretoria que usa uma ferramenta matemática e o comportamento da equipe em campo, pois é ele quem treina e escala. Como vc disse, é algo que vem para ADICIONAR.


Por fim, um espaço para críticas:

 

Primeiro, é fácil prever o passado. O modelo anda em linha com o que já aconteceu, mas vamos ver se ele reage igualmente bem nos próximos campeonatos. Se for bem, temos um bom modelo. Se não for, não significa que a teoria dele está errado, apenas que o modelo precisa ser refinado. Outra coisa: não tenho certeza se vale a pena valorizar tanto a criação de chances de gol para jogadores mais defensivos. Para um zagueiro, por exemplo, o elemento mais importante (na minha opinião) é o desarme que ele fez e evitou uma chance de gol. Não sei se o modelo capta isso.

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1) Leandro, acho que o problema da sua leitura vem pela pitada de sensacionalismo do repórter, que coloca um tópico com o subtítulo "O gol não importa". Mas, como o Leho explicou bem, é o evento que gera gol. Ou seja, um time de sucesso é um time que cria chances de gol. Naturalmente algumas chances vão ser concretizadas e outras não, por isso que quem cria chance é mais importante que quem finaliza.

 

 

2) Leho, acho que esse é o ponto principal. Isso pode ajudar muito os times, mas não adianta achar que SÓ isso vai trazer sucesso. O scout vai continuar a ser importante, porque ele pode acompanhar coisas que números não veem, como o perfil psicológico do jogador, a capacidade de evolução, etc. e também o treinador, que é o principal elo entre as ideias de uma diretoria que usa uma ferramenta matemática e o comportamento da equipe em campo, pois é ele quem treina e escala. Como vc disse, é algo que vem para ADICIONAR.

3) Primeiro, é fácil prever o passado. O modelo anda em linha com o que já aconteceu, mas vamos ver se ele reage igualmente bem nos próximos campeonatos. Se for bem, temos um bom modelo. Se não for, não significa que a teoria dele está errado, apenas que o modelo precisa ser refinado. Outra coisa: não tenho certeza se vale a pena valorizar tanto a criação de chances de gol para jogadores mais defensivos. Para um zagueiro, por exemplo, o elemento mais importante (na minha opinião) é o desarme que ele fez e evitou uma chance de gol. Não sei se o modelo capta isso.

 

1) Bem verdade isso daí. E no fundo, deve ter muito jornalista (não-esportivo, e provavelmente coxinha) que pensa dessa maneira mesmo. Que o que importa é o lance bonito e não o gol feito. Mas essa coisa de criar chance ser mais importante que finalizar é parte do arcaísmo do nosso futebol atual: olha quanto time a gente vê criando um monte de chance e perdendo por 1, 2 a 0 que não tem competência em finalizar.

2) Concordo plenamente! Até porque tem uma série de conjecturas que podem entrar no meio dessas estatísticas: jogadores sem compromisso (seja um Adriano ou Ganso), problemas particulares, imaturidade dos mais novos, erros de juiz (expulsão injusta, pênalti errado, inversão de falta...).

3) Olha, criação de chances de gol pra jogadores defensivos realmente não tem tanto valor, mas não pode se focar apenas no desarme que senão da cabeça-de-área pra trás só vão aparecer os Willians da vida que tiram todas pra perder logo depois. EU, particularmente veria tanto chances de gol evitadas quanto a % de acerto nos passes (dividindo por curtos, médios e longos).

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1) Bem verdade isso daí. E no fundo, deve ter muito jornalista (não-esportivo, e provavelmente coxinha) que pensa dessa maneira mesmo. Que o que importa é o lance bonito e não o gol feito. Mas essa coisa de criar chance ser mais importante que finalizar é parte do arcaísmo do nosso futebol atual: olha quanto time a gente vê criando um monte de chance e perdendo por 1, 2 a 0 que não tem competência em finalizar.

2) Concordo plenamente! Até porque tem uma série de conjecturas que podem entrar no meio dessas estatísticas: jogadores sem compromisso (seja um Adriano ou Ganso), problemas particulares, imaturidade dos mais novos, erros de juiz (expulsão injusta, pênalti errado, inversão de falta...).

3) Olha, criação de chances de gol pra jogadores defensivos realmente não tem tanto valor, mas não pode se focar apenas no desarme que senão da cabeça-de-área pra trás só vão aparecer os Willians da vida que tiram todas pra perder logo depois. EU, particularmente veria tanto chances de gol evitadas quanto a % de acerto nos passes (dividindo por curtos, médios e longos).

 

O ponto 1) creio ser mais uma questão de treino. Se o time cria muitas chances claras de gol e perder todas, pode ser por dois motivos (e tem duas explicações): pode ser MUITO azar, e aí por isso que um modelo serve pra um campeonato, não um jogo só, já que esse azar não se repetiria por 38 rodadas; ou pode ser falta de qualidade na finalização, e aí é uma questão de treino desde a base, por isso não podemos esquecer do treino, também.

 

Quanto ao 3), obviamente se o modelo se prender a apenas uma variável para cada posição, ele é ruim. Deve haver uma série de parâmetros para cada posição, e imagino que o cara fez isso. O que eu acredito é que as principais variáveis para jogadores ofensivos deve ser criar chance de gol e, para defensores, evitar essas chances, e não sei se ele fez isso. Quanto às variáveis secundárias, como qualidade de passe e posse de bola (a reportagem cita esse segundo), acredito que o modelo leve em consideração, sim.

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Futebol tá cada vez mais importante no modelo estatístico. O Grêmio, por exemplo, comprou um software alemão que é usado já faz tempo pela seleção da Alemanha pra fazer análise dos jogadores. É óbvio que tem um fator que tu não consegue mensurar, mas tem vários outros como taxa de passe, finalização, desarme, drible, chances criadas, aproveitamento no cabeceio, velocidade e os coletivos como porcentagem de vitórias com XYZ jogadores, por qual lado faz-se e leva-se mais gols, quais jogadores tocam mais na bola e tal.

 

Se não dá pra ti prever com 100% de certeza, tem algumas coisas que dá. Não acho ruim tu entrar com tecnologia no futebol, não, ainda mais esse tipo, analítica.

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Eu entendi a lógica do cara ("é mais importante o modo como vc chega ao resultado do que o resultado em si"), e na minha opinião ela não faz tanto sentido assim porque se baseia na premissa de que o principal objetivo de um time é em toda parte do tempo fazer gols, e não é bem assim. O buraco é muito, mas muito mas embaixo, pois cada situação de jogo gera um milhão de "abas", que por sua vez dependem de diversas circunstancias. Pra ilustrar:

 

O que vale mais: um jogador que rouba a bola e toca pra tras ou um jogador que rouba a bola e cria uma boa chance?

 

De acordo com o raciocinio do cara, o que cria a chance. sempre. Mas isso não é verdade, pois pode ter sido o  caso em que segurar o jogo é mais interessante que partir pro ataque. O desarme dele vale menos do que se ele tivesse criado a chance, o time não aproveitado e a bola ter ficado pro adversário, que ganhou uma nova oportunidade de construir uma jogada? Optar por não criar situações de gol não necessariamente significa que o cara não tem qualidade, pelo contrário, muitas vezes significa que ele é inteligente, experi.

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O que vale mais: um jogador que rouba a bola e toca pra tras ou um jogador que rouba a bola e cria uma boa chance?

 

De acordo com o raciocinio do cara, o que cria a chance. sempre. Mas isso não é verdade, pois pode ter sido o  caso em que segurar o jogo é mais interessante que partir pro ataque. O desarme dele vale menos do que se ele tivesse criado a chance, o time não aproveitado e a bola ter ficado pro adversário, que ganhou uma nova oportunidade de construir uma jogada? Optar por não criar situações de gol não necessariamente significa que o cara não tem qualidade, pelo contrário, muitas vezes significa que ele é inteligente, experi.

 

Discordo. O time não precisa ir todo pro ataque pra criar uma chance. Se o adversário estiver todo no ataque, um desarme e um bom passe pode criar uma chance de gol com um ou dois jogadores na frente, só. E isso pode gerar um gol, que é o objetivo do futebol. Claro que é uma forma de pensar, e respeito a sua.

 

Uma possível consequência negativa deste modelo talvez estejamos vendo no Palmeiras atualmente, time que ele mesmo afirmar ter ajudado a montar. Vários jogadores que criam chances, mas poucos para concretizar. Assim, o time tem posse, mas acaba tentando um passe mais limpo ao invés de chutar. Quem torce pro time tem visto isso.

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Pô, o Leandro Pereira, por mais que seja um naba, fez o gol da final, que quase deu o título paulista ao Verdão. E essa simulação foi provavelmente feita com as peças do time do ano passado, que só sabia mandar a bola pro centroavante finalizar. Assim, é possível que naquele esquema o Leandro Pereira tivesse um pouco mais de sucesso que o Henrique teve.

 

Sim, ele é o melhor ou 2º melhor atacante do time. É que não é o suficiente, talvez por isso contrataram o Alecsandro.

Só achei engraçado, mas na época achei bom terem contratado e dispensado o Henrique. Já não tinha dado certo com o Leandro e não tinha sentido repetir a fórmula. Ele sabe correr, dominar e tal, sabe jogar com a bola no chão. Falta melhorar em cada coisa pra virar um bom atacante de verdade.

 

 

Eu entendi a lógica do cara ("é mais importante o modo como vc chega ao resultado do que o resultado em si"), e na minha opinião ela não faz tanto sentido assim porque se baseia na premissa de que o principal objetivo de um time é em toda parte do tempo fazer gols, e não é bem assim. O buraco é muito, mas muito mas embaixo, pois cada situação de jogo gera um milhão de "abas", que por sua vez dependem de diversas circunstancias. Pra ilustrar:

 

O que vale mais: um jogador que rouba a bola e toca pra tras ou um jogador que rouba a bola e cria uma boa chance?

 

De acordo com o raciocinio do cara, o que cria a chance. sempre. Mas isso não é verdade, pois pode ter sido o  caso em que segurar o jogo é mais interessante que partir pro ataque. O desarme dele vale menos do que se ele tivesse criado a chance, o time não aproveitado e a bola ter ficado pro adversário, que ganhou uma nova oportunidade de construir uma jogada? Optar por não criar situações de gol não necessariamente significa que o cara não tem qualidade, pelo contrário, muitas vezes significa que ele é inteligente, experi.

 

Concordo com esse lado. Mas seria uma possível evolução da inteligência do programa. De qualquer forma já seria um troço legal, não?

  • 2 semanas atrás...
  • Diretor Geral
Postado

São Paulo define executivo que será o CEO do clube

por Fábio Suzuki

 

Alexandre-Bourgeois-Pinheiro-Futura-Pres

Bourgeois foi CEO da Teisa, fundo de investimento que era parceira do Santos

O São Paulo definiu que Alexandre Bourgeois é o executivo ideal para ser o CEO – ou gerente-geral, como prefere a diretoria –- e liderar o novo plano de gestão do clube que foi sugerido pelo Instituto Áquila, que presta consultoria no Morumbi desde o ano passado. Bourgeois foi gestor do fundo de investimento Teisa, ex-parceiro do Santos. O executivo iniciará os trabalhos em breve e ficará responsável pela indicação de novos profissionais para atuar no novo projeto que está sendo montado pelo clube.

Prioridade

A principal iniciativa no São Paulo que Alexandre Bourgeois colocará em prática será o fundo financeiro formado por empresários são-paulinos que o presidente Carlos Miguel Aidar tanto almeja e que foi proposta de sua campanha, em 2014. Nesse projeto, os investidores vão entrar com o dinheiro e receberão como garantia a multa rescisória de atletas, podendo recuperar o investimento no momento da venda do jogador.

 

@Lancenet!

Gostei. Agora se vai dar certo, só o tempo e o trabalho do cara dirá...

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mas aí ele tem que parar de prestar esse trabalho aos outros clubes né? imagina o conflito de interesses.

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Ele já divulgou os palpites dele pra essa temporada?

Postado

A ideia é boa mas a tese é muito simplista.

 

O que foi dito sobre os desarmes, por exemplo.

  • Diretor Geral
Postado

mas aí ele tem que parar de prestar esse trabalho aos outros clubes né? imagina o conflito de interesses.

 

Com certeza ele terá que escolher, senão não tem como.

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