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Santa vence por 1×0 e é o campeão pernambucano de 2015


Cesarrock9

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Postado

Foi tenso e complicado, mas o Santa Cruz festejou seu 28º título ao vencer o Salgueiro por 1×0 neste domingo (3), no estádio do Arruda. Apesar de toda dificuldade em chegar ao gol adversário, o tricolor conseguiu seu quarto título em cinco anos num belo chute de Anderson Aquino, aos 24 do segundo tempo. Ao Salgueiro, que fez até onde seu limite podia, fica o mérito de ter chegado à final e criado muita dificuldade, o que valorizou ainda mais a conquista dos corais.

 

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O Salgueiro ensaiou dar um susto no Santa logo no começo do jogo, tanto que aos 30 segundos já tinha o primeiro escanteio da partida. Mas ficou por api mesmo. Quando o jogo foi retomado, o time do sertão foi lá para trás e deu a senha para grande parte do primeiro tempo sem criatividade de um lado e de outro. Com espaço em mais da metade do terreno, o time da casa foi para cima mas sem conseguir dar velocidade ao jogo e envolver a defesa rival.

 

E tome bola lançada para o ataque e cruzamentos pelo lado vermelho, preto e branco e chutão e rebatidas pelo lado vermelho, verde e branco. As melhores oportunidades, mesmo assim ficaram para os corais. Betinho pegou um rebote de Luciano e João Paulo arriscou de longe. Na primeira, a bola foi para fora. Na segunda, Luciano fez a defesa.

 

Apesar de não permitir que os atacantes tricolores finalizassem dentro da área, não se pode dizer que a estratégia do Salgueiro estava correta. Primeiro porque dava liberdade até para os volantes adversários. Segundo porque não conseguia conectar um contra-ataque. Teve duas ótimas oportunidades mas em ambas o atacante Kanu perdeu o domínio.

 

A primeira jogada de qualidade saiu apenas aos 38. Triangulação com passes rápidos no ataque do Santa até Bruninho cruzar voltando para Emerson Santos bater colocado. Luciano deu rebote e João Paulo foi bloquado por Rodolfo Potiguar.

 

Os dois times voltaram para o segundo tempo com as mesmas formações que terminaram o primeiro – o Salgueiro teve Cássio entrando no lugar de Marlon. Mas o Carcará encaixou a marcação um pouco melhor no meio de campo, tanto que Edson Sitta não teve a mesma liberdade para chegar perto da área. O que continuou faltando, para ambos, foi técnica.

 

Muita insistência nas bolas alçadas na área e pouquíssima inspiração. No momento em que o técnico Sérgio China tentava dar mais qualidade ao setor ofensivo o Santa abriu o placar. Anderson Aquino recebeu com liberdde na frente da meia-lua e acertou um belo chute no canto esquerdo de Luciano para fazer o Arruda explodir.

 

Com a vantagem foi o time da casa a se encolher em seu campo de defesa para arriscar os contra-ataques. Mesmo com mais terreno para trabalhar, o Salgueiro foi, até certo ponto, presa fácil para o sistema defensivo tricolor. Para quem precisava de pelo menos um gol, não conseguir finalizar aumenta e muito o prejuízo.

 

Ficha do jogo:

 

Santa Cruz: Fred; Nininho, Alemão, Danny Morais e Tiago Costa; Edson Sitta, Bruninho (Diego Sacoman), Emerson Santos (Renatinho) e João Paulo; Anderson Aquino (Bileu) e Betinho. Técnico: Ricardinho.

 

Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré, Ranieri, Rogério Paraíba e Marlon (Cássio); Pio, Moreilândia, Rodolfo Potiguar, Valdeir (Anderson Lessa) e Lúcio; Kanu. Técnico: Sérgio China.

 

Local: Arruda. Árbitro: Emerson Sobral. Assistentes: Albert Junior e Elan Vieira. Gols: Anderson Aquino, aos 24 do segundo tempo. Cartões amarelos: Nininho, Anderson Aquino, Ranieri, Pio e Moreilândia. Público: 46.370. Renda: R$ 1.106.405.

 

Fonte: JC/Super Esportes

 

 

Da desconfiança ao título

 

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O Santa Cruz era uma incógnita para a torcida no começo do ano. Perdeu três de seus destaques na Série B: Leo Gamalho foi para o Bahia e o volante Sandro Manoel e o lateral-esquerdo Tiago Costa rumaram para o Ceará – este voltaria na reta final. Nada menos que 17 jogadores foram contratados, além do técnico Ricardinho. E de quebra o peso de ter apenas o Campeonato Pernambucano e a Série B. E a perspectiva inicial era a mais sombria possível, pois logo na estreia um clássico e contra o então franco-favorito Sport. Em pleno Arruda, os rubro-negros fizeram 3×0.

 

Alguns ainda poderiam argumentar que foi o início de um time em formação contra outro que já atuava junto desde a temporada passada. Mas durou até a segunda rodada. O tricolor foi a Serra Talhada e foi atropelado pelo Cangaceiro. Novamente um 3×0 incontestável. O goleiro Bruno, os laterais Moisés (direito) e Leo Veloso (esquerdo) foram apontados como vilões. Para completar, o atacante Bruno Mineiro, maior esperança de gols, sofreu uma grave lesão muscular.

 

A responsabilidade de vestir a camisa nove, aquela que cheira a gol, caiu nas costas de Betinho, que passou boa parte da Série B machucado e, para a torcida, devendo bastante. Sem fazer gol ele foi fundamental na primeira vitória. Na terceira rodada deu os passes para os gols de Biteco e João Paulo, este último despontando como destaque no meio de campo. Parecia que os bons ventos voltariam a soprar. Ficou apenas na aparência.

 

Na rodada seguinte, os corais voltariam a jogar em casa, agora contra o Salgueiro. E foi o jogo em que a gritaria por atacante se fez mais alta. Só no primeiro tempo, Betinho carimbou a trave duas vezes. Aos nove do segundo tempo, Jeferson Berguer marcou o que seria o gol da vitória do Carcará. O Santa caía para a lanterna do hexagonal.

 

A pressão era enorme para o segundo clássico, agora contra o Náutico. Num jogo tenso, mas onde jogou melhor, o tricolor foi premiado com o gol da vitória no fim da partida. Por ironia, marcado por ele, Betinho. A tabela marcava um novo Clássico das Emoções apenas quatro dias depois. Um insosso 0x0 manteve a desconfiança. O time não conseguia vencer duas vezes seguidas e os atacantes sofriam para marcar. Para completar, o jogo seguinte seria contra o Salgueiro. E o placar se repetiu: 1×0 para o Carcará. O time de Ricardinho era derrubado do G4 mais uma vez.

 

O ponto da virada

 

Quando menos se acreditava, o time virou o jogo a seu favor. O adversário era o Central, no Arruda. Anderson Aquino marcou o gol da primeira vitória tricolor dentro de casa na temporada. Melhor ainda, os três pontos mandaram o time de volta para o G4, agora em terceiro lugar.

 

O troco

Na penúltima rodada era preciso vencer para carimbar o passaporte para a semifinal. E foi a primeira demonstração clara que a evolução estava em pleno andamento. O Santa Cruz dominou do começo ao fim e devolveu os 3×0 da segunda rodada. Para completar, Betinho afastou os resquícios de cara feia com os dois gols marcados.

 

Suor e sangue

 

À evolução tática da vitória sobre o Serra Talhada, os corais mostraram outro ingrediente da fórmula de campeão: lutar até o fim. Foi assim no último clássico do Pernambucano 2015. Já disparado no primeiro lugar, o Sport poupou alguns titulares, pois começaria a disputar a semifinal da Copa do Nordeste com o Bahia. Ainda assim abriu 1×0, de pênalti, e na jogada da infração, perdeu o zagueiro Danny Morais, expulso. Mesmo com um a menos, os corais não desistiram e foram premiados aos 47 do segundo tempo com o gol de empate marcado pelo meia João Paulo com direito a cabeçada na bola e na chuteira de Oswaldo. A imagem do jogador comemorando com o lado esquerdo do rosto coberto de sangue é a mais emblemática da campanha coral na competição.

 

Passeio

O adversário na semifinal seria o Central, vítima duas vezes no hexagonal. O Santa teve uma certa dificuldade mas não perdeu o controle do jogo em nenhum momento. Betinho abriu o placar no fim do primeiro tempo. Depois dos 22 do segundo com duas expulsões da Patativa a porteira abriu. Betinho fez mais um e Alemão marcou os outros dois e o segundo jogo viraria mera formalidade. E virou mesmo, mas muito pela seriedade dos jogadores. Aos cinco minutos, Emerson Santos fez 1×0. No fim do jogo, Aquino ampliou. Nos dois jogosm, seis gols. Nos dez da fase inicial, foram nove. Nas últimas cinco partidas apenas um gol tomado. Essas eram as credenciais da equipe para a inédita decisão com o Salgueiro.

 

JOGOS DO SANTA CRUZ

 

Hexagonal do Título

 

31/1 – Santa Cruz 0x3 Sport

8/2 – Serra Talhada 3×0 Santa Cruz

18/2 – Salgueiro 1×0 Santa Cruz

15/3 – Santa Cruz 1×0 Central

21/3 – Santa Cruz 3×0 Serra Talhada

5/4 – Sport 1×1 Santa Cruz

 

Semifinal

 

18/4 – Santa Cruz 4×0 Central

26/4 – Central 0x2 Santa Cruz

 

Final

29/4 – Salgueiro 0x0 Santa Cruz

3/5 – Santa Cruz 1×0 Salgueiro

 

Fonte: Jornal do Commercio

 

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Postado

Parabéns ao Santa, admiro muito, uma das mais fanáticas do Brasil, que bom que o clube está voltando!!!

Postado

"O Sport seria mais competitivo nessa final.", pena que nem passou pelo poderoso Salgueiro na semifinal.

Santa conseguiu ser campeão com Alemão e Danny Morais como opções para a zaga. Mitos! hahahaha

Torcida do Santa é fantástica! Que façam boa campanha na Série B e subam juntos com nós e o Ceará.

Postado

Sport é meu peru.

 

Parabéns ao santinha, se o botinha subir que o santa vá junto.

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