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O Gol Direito do Horto


PedroLuis

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Postado

O gol direito do Horto

 

Minas Gerais, Belo Horizonte, Horto. Neste endereço pouco exato, mas de muito significado para os atleticanos, o Clube Atlético Mineiro renasceu para o futebol. Dentro daqueles três muros erguidos na zona leste da capital, vez por outra, o Galo separa as noites do meio de semana para desafiar o impossível e a lógica. E ali, em cima daquele retângulo verde, pisoteado por mais de vinte homens correndo para lá e pra cá, está o gol direito do Horto. Estático. Ciente de que não precisa se mover para determinar o que vai acontecer no jogo.

 

O gol direito do Horto não são meras barras de ferros e alguns metros de corda fincados na grama. É um presente de reconciliação para os atleticanos vindo diretamente do Olimpo do futebol. Os deuses da bola o enviaram para pedir perdão, assim como um marido compra flores para sua esposa depois de um desentendimento. Perdão pelos anos de injustiças, de azar e de incompetência, despejados de uma vez só na história alvinegra. Se quem cai no Horto está fadado à morte, aquele gol é o grande porteiro do cemitério. Posicionado no espaço aberto da arquibancada, é ele quem conduz o adversário para fora, como se mostrasse o caminho para aqueles que desafiam o Galo no seu terreiro.

 

Ninguém explica o que acontece naquele pedaço de campo onde ele foi fincado. Os homens de fé dirão que é Deus. Os adversários dirão que é sorte. Os cientistas ficarão calados, porque nada de exato acontece ali. Entre suas traves, Victor foi instantaneamente canonizado pela torcida, eternizando seu pé esquerdo e superando as canhotas de Humberto Ramos e Éder, tão importantes na história do clube. E se, como disse o presidente Alexandre Kalil, quem apagou as luzes do estádio contra os argentinos foi seu pai, foi para que ele chamasse o gol direito do Horto de volta para receber a bola que viria do pé de Guilherme.

 

Mas ele esteve adormecido. Parou por um ano para, quem sabe, recarregar suas energias e voltar com toda aura para um ano posterior. Porém, guardou um ensinamento do maior homem que já balançou sua rede: Ronaldinho Gaúcho. Quando, ali perto, o camisa 10 soltou o famoso “quando tá valendo, tá valendo”, o gol direito do Horto entendeu como poucos. Entendeu que deveria aparecer nos momentos importantes, que nem sempre deve fazer o que a torcida quer, que deveria voltar à ativa quando realmente estiver valendo. E assim fez.

 

Voltou em 2015, mas com clima de 2013. Libertadores, jogo truncado e necessidade de dois gols. Para que o atleticano não fique mal acostumado, deixou que seu companheiro do outro lado tivesse um brilho no primeiro tempo, mas guardou o grande momento para si. Voltou tão forte, mas tão forte, que contagiou um pequeno pedaço de madeira fincado no canto do gramado a alguns metros de si. E como quem coordena tudo que acontece naquela parte do mundo, chamou o chute da Rafael Carioca para encontrar sua rede. Foi suado, foi sofrido, foi como o atleticano gosta. Foi no gol direito do Horto.

 

FONTE: DOENTES POR FUTEBOL

 

Axei do caralho esse texto!

Postado

Pode parecer loucura, mas o Galo começar atacando pro lado esquerdo é praticamente certeza de bom resultado, 2013 foi todo assim e que assim continue! 

Postado

Que viagem galera , o time é bom há algum tempo , a fase é muito boa a algum tempo , simples assim...podem colocar pra jogar em qualquer lugar que a bola vai entrar ! 

Me lembro de ver o sp jogar em 05 , 06 , 07 e não tinha pra ninguem , hoje em dia contra os gambas em pleno morumbi  já dá pra borrar nas calças.

Aproveitem a fase , pq passa muito rapido e dá saudades :/

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