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Sete dribles, um gol. Sete gols, um drible


Henrique S.

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Analisem, por favor...

SETE DRIBLES, UM GOL. SETE GOLS, UM DRIBLE.

Era uma vez um campinho onde meninos de todas nacionalidades jogavam seu querido futebol, organizavam seu campeonato entre si e jogavam.
Como em todo lugar, haviam grupinhos e invariavelmente eram desses grupinhos que se formava cada time.
Joaquim era um menino grande e forte, e seus amigos eram iguais a ele, todos eram engomadinhos e desengonçados jogando, mas ainda sim gostavam de jogar e queriam vencer.
Coisa que não conseguiam fazer quando jogavam contra os meninos magrinhos e de pernas tortas, que andavam de chinelo e jogavam sorrindo e brincando. Pareciam só ligar de tratar bem a bola e nada mais.

Esses jogavam rindo como se nada daquilo ali importasse, pareciam estar numa espécie de encanto mágico quando estavam com a bola e em uma entediante fila de espera quando sem ela.
Faziam marabalismos, obras de arte com ela no pé e nem se davam conta disso. Qualquer um adversário que tentasse a tirar de um deles era facilmente deixado pra trás, ou pior, se esparramava no chão como se Deus quisesse que ele fosse um fiel espectador a contemplar o drible que outro tomaria a seguir.
Eles simplesmente entravam no campo, definiam onde cada um ia jogar e pronto. Sem tática, sem plano de jogo. Puro e simples improviso. Como podiam? "Como eles conseguem e nós não?"

Joaquim se esforçava para entender como faziam isso, como driblavam dois, três, quatro... tão facil? Como chegavam na cara do gol e com tanta frieza humilhavam o pobre goleiro? Esses malditos não perdiam nunca!
Jogou tantas vezes contra eles que perdeu a conta, não só a conta como todos os jogos. Pensaram em ir todos em um só, mas esqueceram que deixariam outro livre, que recebeu a bola e se com vários na frente já era dificil pará-lo, sem ninguém era como dar um convite para o encontro da bola com sua amada rede.
Pensaram em fazer muitas faltas, mas cada falta era um suicídio ja que era triste a visão da bola passando por cima da barreira e beijando a rede.
Pensaram em imitá-los... analisando meticulosamente toda ação de seus rivais - '"Finalmente vamos vencer!!!" pensaram.
Perderam novamente!

Embora quisessem tanto, não tinham a inspiração nata de seus adversários, não amavam tanto o futebol quanto pensavam... amavam a vitória, isso não era suficiente.
Tentaram, tentaram e tentaram... NADA! Gerações e gerações se passavam e os mesmos meninos apareciam cada vez mais, sempre do mesmo jeito: magros, com sorriso fácil e uma incrível magia nos pés.
Uma vez ou outra os conterrâneos de Joaquim tinham um ou outro menino que fosse parecido com os tais meninos de magia no pé. Mas ainda sim não conseguiam ter tantos - "Tantos e tantos de uma só vez, como conseguem? De onde eles vêm?"

Mas depois de tanto esforço, foram se aprimorando na arte. Não na arte do puro futebol que seus adversários amavam, em outra arte, em outro tipo de futebol.

Pensaram em várias e várias táticas; faltas planejadas para DIMINUIR o tempo que o time adversário fica com a bola, posse de bola sem arriscar nada para não DIMINUIR a chance do adversário ter a bola, marcação em linha para DIMINUIR o espaço do adversário, marcação por setor para DIMINUIR o tempo que cada jogador adversário fica com a bola, DIMINUIÇÃO das mesmas linhas, DIMINUIÇÃO dos setores, diminuição, diminuição, diminuição.
E com a bola nos pés, como não podiam fazer como eles, deveriam jogar sempre em conjunto, três ou quatro onde antes havia um, tocando a bola rapido para não perderem-a tentando driblar. Mesmo na frente do gol, a ordem era tocar para quem estivesse com o gol vazio e de maneira nenhuma tentar fazer um golaço encobrindo ou driblando o goleiro. Passes curtos e fortes, sem magia. Aprenderam a usar sua altura e sua força para ter vantagem sobre o adversário franzino, mirar o corpo e não a bola.
Aos poucos Joaquim viu com orgulho que seu time estava vencendo. Sim, estavam vencendo e o público que antes adoravam e exaltavam os meninos com magia nos pés, agora adoram os meninos do futebol moderno e dinâmico.
E cada vez mais, cada vez mais e cada vez mais o time de Joaquim(e todos que o admiravam e queriam muito vencer os meninos de sorriso fácil) se aprimorava, o futebol mudava, mudava e mudava mais.
O tempo passou... Os meninos magrinhos não eram mais invencíveis, perdiam algumas mas mesmo assim ainda eram os melhores. Joaquim queria mais! Não bastava só ganhá-los, tinham que vencê-los como faziam com ele a muito tempo atrás, tinham que vencê-los com muita facilidade e sorrindo(mesmo que não pelos mesmos motivos), tinham que diminuí-los!!!

Era 07-01 de um ano qualquer e Joaquim, enfim, conseguiu.

Postado

Gostei apenas do titulo da matéria , mais relaxa que jaja o léo vai digitar uma bíblia aqui expressando a sua opinião.

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Serio, qual a intenção dessa porra? Nego ainda não entendeu que não somos mais os mesmos, justamente por imitar o futebol europeu, revelamos cada vez mais jogadores físicos e não habilidosos e técnicos. Jogamos cada vez mais por vencer não por jogar bonito.

Se olhar a base de todos os times da seria A, é capaz de encontrar uns 5 com menos de 1,80m. Fazemos jogador para vender para europa, por isso cada vez mais fazemos o perfil que eles gostam la.

Nosso futebol morreu e ponto.

Postado

Serio, qual a intenção dessa porra? Nego ainda não entendeu que não somos mais os mesmos, justamente por imitar o futebol europeu, revelamos cada vez mais jogadores físicos e não habilidosos e técnicos. Jogamos cada vez mais por vencer não por jogar bonito.

Se olhar a base de todos os times da seria A, é capaz de encontrar uns 5 com menos de 1,80m. Fazemos jogador para vender para europa, por isso cada vez mais fazemos o perfil que eles gostam la.

Nosso futebol morreu e ponto.

Concordo cara !!!! penso a mesma coisa !

Postado

Muito mimimi,o futebol bem pensado é tão bonito e artístico para os olhos quanto os dribles e as firulas.

Postado

Acho o futebol alemão muito bem jogado. Não existe isso de futebol brasileiro. A maioria joga na europa.

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