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A seleção precisa se reinventar? Isso é comum na história


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A seleção precisa se reinventar? Ok, isso é comum na história

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Reinvenção. A palavra de ordem para a seleção brasileira no momento. Depois dos sete gols sofridos para a Alemanha, dentro de casa, em plena semifinal de Copa do Mundo, não há nada mais visado do que a mudança. No futebol, deve acontecer, ainda que em um nível incerto. Na gestão dele é que se faz o grande mistério, até pela estrutura imóvel que rege a CBF há tanto tempo – e que, no fundo, infelizmente faz as esperanças se esvaírem.

Ao longo de seus 100 anos, a Seleção se reinventou. E bem mais do que uma vez. Abrindo espaço a jogadores negros e profissionais, ou mesmo de outros estados que não fossem Rio de Janeiro e São Paulo. Mudando o esquema tático ou aprimorando as técnicas de preparação do time. Adotando outro uniforme. Ou até mesmo no gesto de buscar a bola no fundo do gol. Abaixo, listamos 10 momentos transformadores, que nem sempre levaram o time ao sucesso, mas que foram importantes ao longo da história:

1922: A volta de um time genuinamente brasileiro

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A seleção brasileira viveu anos gloriosos na década de 1910. Em 1919, cinco anos depois de sua criação oficial, já faturava o Campeonato Sul-Americano. A equipe não tinha se saído tão bem nas duas primeiras edições, mas se redimiu no torneio realizado no Rio de Janeiro. E o herói foi Friedenreich. O craque marcou o gol do título na decisão contra o Uruguai, ganhando o apelido de El Tigre dos charruas. O problema viria depois.

Em 1920, uma disputa política entre dirigentes fez com que a Seleção fosse composta apenas por cariocas no Sul-Americano. Ao invés de defender o título, só acumulou derrotas – incluindo os 6 a 0 para o Uruguai, o pior revés da história até os 7 a 1 para a Alemanha. Já em 1921, algo ainda mais vergonhoso: o presidente da República, Epitácio Pessoa, se reuniu com a diretoria da CBD para pedir que apenas jogadores de pele mais clara e cabelos lisos fossem convocados. Tudo porque o Sul-Americano seria disputado em Buenos Aires, onde os brasileiros foram chamados de “macaquitos” por um jornal local em 1916. Limitado pelo preconceito e pela briga que perdurava com os paulistas, a Seleção sofreu duas derrotas em três jogos.

O fim da regra imbecil aconteceu para o Sul-Americano de 1922, quando também havia um apelo por causa do centenário da Independência. Os paulistas haviam voltado às convocações, assim como os mulatos – cujo grande nome era justamente Friedenreich. El Tigre se lesionou logo no primeiro jogo, mas o time sem preconceitos e sem conflitos teve muito sucesso na empreitada: recuperou o título ao vencer o Paraguai por 3 a 0. Entre os destaques, o mulato Tatu, do Corinthians, que fez o gol do empate na estreia contra o Chile. As brigas se seguiriam nos anos seguintes e a Seleção chegou a afastar das competições na década de 1920. Ao menos o preconceito explícito ficou para trás depois daquele título.

1937: A integração dos profissionais

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Um dos jogos mais marcantes da seleção brasileira aconteceu em 1932. Um ano antes, foi disputada a primeira edição da Copa Rio Branco, um torneio amistoso entre Brasil e Uruguai. E a Seleção surpreendeu ao vencer por 2 a 0, em uma atuação lendária de Domingos da Guia. A revanche aconteceria na reedição da Copa, no Estádio Centenário. E os dirigentes do Rio e de São Paulo temiam que a vingança celeste pudesse acabar em violência. Por isso mesmo, barraram seus jogadores. A desacreditada equipe foi formada apenas por atletas de Botafogo, Vasco, Carioca, Sport Club Brasil e Bonsucesso. Entre os novatos, Leônidas da Silva.

O Brasil surpreendeu mais uma vez. Calou o Centenário ao vencer a melhor equipe do mundo por 2 a 1. Leônidas mostrou que era craque ao anotar os dois gols que garantiram o título da Copa Rio Branco. A derrota deixou os uruguaios inconformados e o Peñarol pediu um duelo: vitória do Brasil por 1 a 0, gol de Jarbas. E um terceiro, contra o Nacional, vencido mais uma vez pelos brasileiros. O retorno dos craques ao Rio foi triunfal, com milhares de torcedores nas ruas e visita ao presidente Getúlio Vargas. Porém, gerou uma debandada: ao contrário do futebol uruguaio, os clubes brasileiros ainda não eram profissionalizados. Leônidas e Domingos da Guia acabaram vendidos ao país vizinho.

A profissionalização do futebol brasileiro aconteceu a partir de 1933, com o retorno de alguns craques que haviam saído do país. Mas sem a adesão da CBD. Para fortalecer a equipe de amadores que disputaria a Copa de 1934, a confederação pagou a alguns profissionais para reforçarem o time. Não deu muito certo: junto à péssima preparação, o Brasil caiu para a Espanha logo na primeira fase. Somente em 1937 é que a CBD cedeu e aceitou os profissionais. Isso permitiu à Seleção contar com um elenco fortíssimo para a Copa de 1938. Para fazer uma campanha histórica, comandada pelo talento de Leônidas e Domingos da Guia.

1945: Uma seleção brasileira do zero

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O profissionalismo fez com que os grandes astros voltassem ao futebol brasileiro, assim como a campanha até as semifinais de 1938 colocou a Seleção entre os melhores do mundo. O problema é que todas essas mudanças não foram tão bem assimiladas. A soberba imperou em dirigentes e jogadores. Primeiro, com a recusa da disputa do Sul-Americano de 1939, com os brasileiros achando que já tinham o melhor futebol do planeta. Depois, pelos craques que perderam o rumo por causa do dinheiro. Ao mesmo tempo, Argentina e Uruguai, que não estiveram no Mundial de 1938, tinham equipes fortíssimas. E impuseram duras derrotas ao Brasil nos anos seguintes – incluindo um 6 a 1 e dois 5 a 1 à Albiceleste entre 1939 e 1940.

Também por conta da Segunda Guerra Mundial, o Brasil ficou sem atuar até o Campeonato Sul-Americano de 1942. Ali já ficava marcada uma renovação gradual do elenco do fim da década anterior. Entre os novatos, o principal nome da Seleção nos anos 1940: Zizinho. Já a partir de 1945, com o final da guerra se aproximando, a nova era se implantou de vez. Flávio Costa era o novo técnico, apostando em estratégias ofensivas e novos talentos que tinham surgido naqueles últimos anos, como Heleno de Freitas, Tesourinha, Jair da Rosa Pinto e Ademir de Menezes. O Brasil não foi páreo para o esquadrão da Argentina no Sul-Americano, mas faturou a Copa Roca. Naquele momento, se formavam as bases da equipe que fez a torcida se tornar tão confiante para o título na Copa de 1950.

1953: O novo manto

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A derrota para o Uruguai no Maracanã em 1950 machucou a alma dos brasileiros. A derrota era uma chaga que o país carregava na mente, mas queria esquecer. Dos titulares na decisão, quatro nunca mais foram convocados à Seleção. Outros quatro ficaram no caminho durante a preparação a rumo ao Mundial de 1954. Zizinho seguiu como referência, mas acabou de fora da convocação final. Jair da Rosa Pinto só participou de mais dois amistosos, só em 1956. E Bauer foi o único dos 11 de 1950 que sobreviveu ao Maracanazo e teve a chance de disputar mais uma Copa.

Na tentativa de expurgar o fantasma celeste, o Brasil mudou sua camisa. O uniforme branco, usado em 1950, era o símbolo do azar. Em 1953, o Correio da Manhã recebeu a permissão da CBD para realizar a escolha do novo fardamento, que incluísse as quatro cores da bandeira. O vencedor foi o enviado pelo gaúcho Aldyr Garcia Schlee. A camisa amarela com detalhes verdes, os calções azuis e as meias brancas se tornaram um grande símbolo. A estreia aconteceu em fevereiro de 1954, contra o Chile, justo no primeiro jogo da história da Seleção pelas Eliminatórias da Copa. O novo uniforme não resultou necessariamente em uma mudança de mentalidade, mas acabou dando uma identidade importantíssima ao Brasil.

1957: A primeira revolução tática

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Não foi a camisa amarela que fez o Brasil ser campeão do mundo. A derrota em 1954 foi amarga, e levantou as contestações contra o “complexo de vira-latas” da seleção brasileira. A equipe de Zezé Moreira tinha perdido para uma equipe fortíssima da Hungria, mas, acima da qualidade técnica dos Mágicos Magiares, o que foi colocado acima foi a violência do jogo que ficou conhecido como a Batalha de Berna. Os húngaros, no entanto, teriam uma parte na guinada brasileira para o Mundial seguinte – e não só pelo resultado.

Quatro técnicos passaram pelo comando da seleção principal logo depois daquela Copa. Em 1958, chegaria o quinto: Vicente Feola. O são-paulino já tinha dirigido a equipe por um jogo, em 1955, e acabou sendo o escolhido de João Havelange, recém-eleito presidente da CBD. A entidade preparava uma organização maior para a disputa do Mundial de 1958, com comissão técnica que desse maior apoio técnico ao elenco, com a ajuda de Paulo Machado de Carvalho. E Feola era visto como alguém que não centralizaria o processo. Foi mais do que isso.

Porque, no São Paulo, Feola havia trabalhado com Béla Guttmann. Em sua rápida passagem pelo Tricolor, o técnico húngaro havia ampliado o 4-2-4, fundamental para o sucesso da seleção de seu país até 1954. E Feola passou a aplicar o esquema tático também na seleção, com suas particularidades. Zagallo era um ponta que recompunha o meio e permitia as subidas mais efetivas de Nilton Santos. O novo esquema acabou sendo uma das chaves para o título na Suécia, assim como a aposta no desacreditado Garrincha e no novato Pelé.

1958: A tranquilidade que valeu o título

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A preocupação com o psicológico não é uma discussão apenas atual na seleção brasileira. Na Copa de 1958, essa era uma das principais preocupações do time. A France Football excluía a Seleção de sua lista de favoritos porque seus craques eram “excessivamente imaturos, emocionalmente vulneráveis, de difícil adaptação a ambientes de competição, despreparados psicologicamente, enfim, para disputas de tal porte”. Tanto que Havelange e Paulo Machado de Carvalho acabaram integrando um psicólogo à comissão técnica.

Os próprios jogadores dizem que a presença do profissional não ajudou muito na Suécia. Mesmo assim, eles precisaram, e muito, de controle psicológico na final. Porque o gol dos donos da casa logo aos quatro minutos, enlouquecendo o Estádio Rasunda, era um enorme motivador para o “complexo de vira-latas”. Pois, neste instante, coube Didi reinventar a Seleção em plena final da Copa. A tranquilidade com que o maestro buscou a bola no fundo das redes foi fundamental para acalmar seus companheiros. Cinco minutos depois, saiu o empate. E, a partir de então, o Brasil se encaminharia ao seu primeiro título mundial.

1970: A Seleção nacional de verdade e com a ajuda da ciência

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Durante cinco décadas, a seleção brasileira foi praticamente um combinado Rio-São Paulo. Até os anos 1940, apenas quatro jogadores de outros Estados haviam entrado em campo pela equipe “nacional”: Alvariza (do Brasil de Pelotas), Mica (do Botafogo da Bahia), Niginho (do Palestra Itália, futuro Cruzeiro) e Cardeal (do Nono Regimento de Infantaria, do Rio Grande do Sul). Em 1942, o inédito jogo com dois atletas de fora do eixo no time titular, o goleiro Caju (Atlético Paranaense) e o atacante Paulo (da Siderúrgica, de Minas Gerais). Tesourinha, craque do Internacional, foi o primeiro a se tornar efetivamente titular. E a abertura geralmente só vinha quando a Seleção se resumia a combinados regionais – times formados por jogadores de clubes do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Pernambuco e de Minas Gerais já representaram o Brasil em amistosos e competições.

A criação da Taça Brasil ajudava a descentralizar o futebol nacional, passando a integrar mais jogadores de outros estados, algo potencializado pelo Robertão. O início desse processo aconteceu na Copa de 1966, quando 44 atletas foram pré-convocados por Vicente Feola. Até o Mundial da Inglaterra, só quatro de outros Estados tinham defendido o Brasil em Copas, sempre reservas: dois “contratados” no amadorismo marrom de 1934 e dois colorados em 1950, cedidos pelo Rolo Compressor. A partir daquela Copa, a presença de jogadores de outros Estados começou a ser frequente, representados então por Tostão (Cruzeiro) e Alcindo (Grêmio). Alcindo foi o primeiro a entrar em campo e Tostão, o primeiro a fazer gol.

O problema é que a falta de organização do Brasil não ajudou em nada a variedade de opções. A bagunça foi apontada como uma das razões para o fracasso do time e abriram as portas para a militarização da comissão técnica. Deixou a Seleção sujeita à ditadura que vigorava no país, mas em um ponto foi importante: abriu espaço à ciência dentro do futebol. A preparação física foi um dos pilares na Copa de 1970, com um time que unia força e técnica. Além disso, os 11 de Zagallo no México representavam também essa integração com outros Estados. Eram três titulares, Piazza, Everaldo e Tostão.

1980: A reabertura política também influenciou em campo

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O aumento da preparação física ajudou o Brasil de 1970. Mas acabou tornando a Seleção refém disso a partir de então. As equipes que fracassaram em 1974 e 1978 ficaram marcadas pelo futebol de muita força. E a desmilitarização da Seleção seguiria de mãos dadas com o processo parecido que atravessava o país e também a organização do futebol. Em 1979, a CBD se tornou CBF, com o empresário Giulite Coutinho assumindo a presidência, que era do almirante Heleno Nunes. Mesma época em que Cláudio Coutinho deixava o comando da Seleção, após os resultados ruins na Copa América daquele ano.

Telê Santana assumiu a equipe com uma nova mentalidade. Diminuía a exigência física dos tempos de Coutinho para formar uma equipe bem mais técnica. Sequer havia padrões pré-formados para o esquema tático. “Telê era conservador, da geração de meu pai, mas o treinador mais democrático que já vi. Ele nunca impunha um time ou como ia jogar. Deixava que o time se autoformatasse. Ninguém foi mais democrático que ele para o time”, afirmou Sócrates, em entrevista à Revista ESPN. O resgate do futebol-arte, que valeu para o Brasil encantar a todos na Copa de 1982, mas que não serviu para a conquista da taça.

1990: A redescoberta do Brasil

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A primeira vez em que a Seleção teve mais jogadores de clubes estrangeiros do que de brasileiros em uma Copa do Mundo foi em 1990. Eram 12 forasteiros no elenco, que representavam a debandada rumo à Europa na década de 1980 – e também a absorção dos jogadores que não atuavam no país pela equipe nacional, algo gradual a partir do final da década de 1970. No comando daquele time, Sebastião Lazaroni. E os vários problemas do treinador, desde a fama de retranqueiro até os esquemas com empresários, culminaram em uma das piores campanhas do Brasil em Copas.

O cenário era de terra arrasada. Por isso mesmo, a CBF tomou uma medida ousada ao contratar Paulo Roberto Falcão como técnico. Era um modelo inspirado em Franz Beckenbauer, o comandante da Alemanha campeã do mundo, de alguém que conhecia a seleção e também as novidades técnicas da Europa. No início, Falcão começou convocando apenas jogadores do futebol brasileiro. Os resultados não vieram. Mas aquelas partidas serviram para abrir as portas da equipe nacional para uma nova geração de jogadores. Daquele grupo, começaram a aparecer Mauro Silva, Cafu, Leonardo, Márcio Santos e outros que foram importantes ao Brasil na Copa de 1994. A falta de resultados fez com que Falcão acabasse demitido em 1991. Mas Parreira aproveitou parte daquele trabalho para ser tetra.

2006: O caminho que o Brasil ainda procura até hoje

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Desde 1982, a seleção brasileira não havia encantado tanto quanto em 2005. A Copa das Confederações foi o ápice de uma equipe caracterizada pelo “jogo bonito”, em que Ronaldinho, Kaká, Adriano e Robinho eram os principais talentos do time que goleou a Argentina na final. O time campeão do mundo em 2002 havia ganhado mais mágica e seguia ao Mundial de 2006 como franco favorito. Aberto também a todo o oba-oba que dominou a preparação do time de Carlos Alberto Parreira. No fim das contas, a preparação no clima de já ganhou acabou sendo apontada como principal motivo para o fracasso do Brasil no Mundial da Alemanha. Um fantasma que fez a Seleção se transformar.

A reinvenção veio para o ciclo seguinte. Dunga era o técnico escolhido para seguir uma linha dura, colocando fim àquela bacanal que se transformou a Seleção. Não fez o time jogar tão bonito, mas o tornou muito competitivo. Para cair de novo nas quartas de final da Copa do Mundo. Em 2014, não queriam a rigidez de Dunga, nem os nomes aos quais o técnico tanto se apegou. Mano Menezes era a novidade que não durou muito tempo. A CBF, no entanto, recorreu a outro técnico com fama de disciplinador, embora mais afável aos seus jogadores. A seleção de Felipão seguia a concentração dos tempos de Dunga, mas com uma pitada de Weggis pela abertura excessiva na preparação. Acabou engolida pela Alemanha.

E o próximo desafio será exatamente reinventar em cima de uma reinvenção que não chegou a dar completamente certo em nenhum momento, e encontrar o futebol que o Brasil achou que tinha em 2006.

Trivela

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