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Briga entre ultras desencadeou confronto político com 40 mortes na Ucrânia


Johann Duwe

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Briga entre ultras desencadeou confronto político com 40 mortes na Ucrânia

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A situação política na Ucrânia é delicadíssima. Mesmo as pequenas tensões têm desdobrado confrontos entre partidários do novo governo do país, nacionalista e pró-Ocidente, com os antigos comandantes ucranianos, que sustentavam a união com a Rússia. E, neste final de semana, o futebol desencadeou um dos episódios mais sangrentos das últimas semanas no país. Durante a visita do Metalist Kharkiv para o jogo contra o Chornomorets Odessa, cerca de 40 pessoas foram assassinadas em um conflito entre os grupos políticos.

Segundo a agência Reuters, os torcedores do Metalist começaram a entoar músicas nacionalistas na cidade do leste do país, com mais de um milhão de habitantes e cuja maioria de sua população fala russo. Foi o suficiente para iniciar uma série de eventos que acabaram com as 40 mortes. “Tudo aconteceu como num filme de terror. Nunca esperávamos uma emboscada nessa escala e a polícia fazer tão pouco”, comentou um dos torcedores do Chornomorets, em entrevista à televisão ucraniana.

O estopim para o confronto foi uma briga entre torcedores das duas equipes, na qual torcedores armados fizeram uma emboscada. As batalhas teriam se espalhado pela cidade em poucas horas, com o uso de pedras e bombas. Policiais tentavam controlar o conflito com escudos e balas de borracha. Os torcedores visitantes chegaram a um acampamento ocupado por pessoas favoráveis à Rússia, assim como para um prédio comercial dos tempos soviéticos que era ocupado por rebeldes a Kiev, ambos incendiados. Com a demora dos bombeiros, boa parte das pessoas morreu e alguns chegaram a se jogar dos andares mais altos do prédio.

Ainda que não tenha sido o futebol que gerou tantas formas, ele acabou sendo a motivação inicial para o confronto. E é impossível não se tomar uma medida dura diante de tudo que ocorreu. O Metalist é gerido por magnatas pró-Rússia, mas a presença de nacionalistas entre os ultras é massiva. O mínimo que pode se pedir agora é a punição aos torcedores visitantes. Mas não seria surpreendente se apenas o time da casa passasse frequentar os estádios nessa reta final de campeonato.

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