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A máquina do Tempo


Jirimias

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Vi Belford Roxo na história, vi credibilidade.

:yeah: :yeah: :yeah: :yeah: :yeah: Ganhou crédito comigo. Em que parte da cidade a filha do Barbosa mora?

hahaha sinta-se homenageado. Acho que ela mora em Heliópolis e trabalha no supermercado Maça Verde haha . Na verdade, ele não tem filhos, somente uma mulher que cuidou deles nos últimos anos de vida, tida por ele como filha do coração.

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Ruiz coçava a cabeça e andava de um lado para o outro, porém sem nunca desviar os olhos do portão de madeira do outro lado da rua. Talvez por estar tão concentrado não percebeu que uma viatura de polícia acabava de encostar do seu lado. Somente segundos depois notou a presença da viatura e seu primeiro instinto foi querer correr, mas logo se conteve e manteve-se parado, porém as mãos molhadas e frias denunciavam o quanto à presença da lei mexia com ele.

Ruiz trabalhava apenas há dois anos com Dan. Foi tempo suficiente para ganhar a confiança do patrão, principalmente por ser do tipo "pau para toda obra". Sua principal função era motorista, mas já tinha feito serviços como fotógrafo, detetive, olheiro e segurança. Ganhava menos que merecia, mas isso não era um problema. A vida até conhecer Dan foi tão difícil que Ruiz aprendeu a dar valor ao pouco que tinha conseguido.

Boliviano, Ruiz está há seis anos no Brasil, sendo três deles passados no Rio de Janeiro. Já tinha trabalhado com confecção de roupa em um quartinho com vista para o Tietê e ali viveu os piores anos de sua jovem vida. Foi lá que, indignado pelas condições precárias, acabou roubando algumas dezenas de peças de roupa como forma de pagamento pelo seu trabalho. Ele pensava estar apenas fazendo a justiça, mas a Justiça entendeu que ele estava fazendo carreira no crime. Foi preso, pegou um ano de cadeia e foi solto graças a uma "forcinha" de Dan que o viu jogar bola com outros detentos em uma visita feita ao avô, o grande Dan Feline, preso na época por estelionato e envolvimento com bingos.

A carreira futebolística de Ruiz acabou três meses depois de estar em liberdade após uma dividida que causou uma grave lesão no menisco. Sem poder jogar, Ruiz encontrou no apoio de Dan uma forma de recomeçar a vida. Dizem que esta foi a única vez que Dan ajudou alguém sem ter algum interesse.

A movimentação intensificou na frente do portão que Ruiz vigiava há pelo menos três horas. Dan acabava de chegar com Edu quando Barbosa era retirado algemado de dentro da casa. O agente correu em direção ao goleiro e perguntou levantando sua cabeça com uma das mãos:

DAN: - Ficou louco, rapaz? O que você aprontou? Não vai me dizer que você matou uma mulher e arrumou um amigo chamado Macarrão não.
BARBOSA: - Não sei do que você está falando. Só fui conhecer a minha filha. Que mal há nisso?
DAN: - E foi preso por isso? O policial porque você está prendendo este sujeito? Talvez você não esteja conhecendo-o, mas ele é o goleiro da Seleção.

Os dois policiais olharam um para o outro e um deles, o mais velho, disse:

POLICIAL: - Bem que eu vi que conhecia ele de algum lugar. Rapaz, você frangueiro,hein! Tinha que ser preso por ser tão ruim.
DAN: - Ei, amigo, pega leve aí! Me diz: por quê prenderam ele?
POLICIAL: - Ele invadiu a casa da mulher ali dizendo que era pai dela, sendo que o pai dela já morreu há um tempo.
VELHOTA: - Deve ser droga que fez isso com ele. Coitado! - disse uma vizinha curiosa intrometendo na conversa para saber o que havia ocorrido.

Dan aproveitou a deixa da velha e passou a convencer os policiais que Barbosa não oferecia perigo, apenas esta em crise por uso de entorpecentes. Depois de gastar alguns minutos e alguns trocados, finalmente conseguiu a liberação do goleiro sem a necessidade de ir até à delegacia. Já dentro do carro, Barbosa tentava esconder algumas lágrimas de frustração e ficava perguntando-se baixinho: "Por quê ela não me conhece? Eu quero ir embora deste lugar." Edu tentava acalmá-lo com aquelas teses sobre realidade paralela, coisas que acabou decorando de tanto ouvir do professor, mas que Barbosa não entendia nada.

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Episódio triste, hein?

Espero que Belford Roxo apareça de novo o Barbosa consiga resolver isso. Será que vai afetar ele dentro de campo?

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Episódio triste, hein?

Espero que Belford Roxo apareça de novo o Barbosa consiga resolver isso. Será que vai afetar ele dentro de campo?

Eh, um pouco de drama na vida de Barbosa, mas acho que ele supera, pelo menos é o que deve acontecer para que dê tudo certo na Copa.

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kkkk...olha o Dan chamando o cara de drogado!

Barbosa vai dar a volta por cima!

Boa sorte! =)

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'Tadin' do Barbossa. Sempre acontece algum drama na vida do 'rapais' :yao:

BS na continuação Jiri

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'Tadin' do Barbossa. Sempre acontece algum drama na vida do 'rapais' :yao:

BS na continuação Jiri

Disso ele não tem como escapar rsrs Sofre no passado ou no presente.

kkkk...olha o Dan chamando o cara de drogado!

Barbosa vai dar a volta por cima!

Boa sorte! =)

hehe foi a velhota que chamou. Pior foi o Dan achando que ele era o novo Bruno.

Vamos ver o que o destino reserva para o Barbosa.

Galera, estou sem computador. Estou com um há quatro anos e ontem parece que algo grave aconteceu. Deixei ele hoje em uma loja para ver o que pode ser. Volto a atualizar assim que eu conseguir resolver esta questão.

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Pessoal, resolvi de forma paliativa o problema do pc. O técnico já condenou minha placa mãe, mas eu fiz alguns "clear cmo"s eu consegui fazê-lo funcionar, mas para isso o PC vai ficar ligado direto, pq se desliga, muito provavelmente ele não ligará. Ele tem que aguentar até o dia 1/11 qdo poderei comprar um novo. Assim sendo, eu vou dar uma acelerada na próxima atualização jogando o save para depois da Copa das Confederações, para não correr o risco do save terminar por estes problemas.

Com isso, eu vou pular a interatividade da Copa das Confederações e a derradeira etapa será no Mundial. Amanhã pretendo revelar o ranking da interatividade.

Abraço a todos!

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Após a primeira etapa, Diego e André lideram a interatividade. A segunda etapa antecederá o início da Copa do Mundo e o formato será diferente e com pontuações maiores o que permite quem não participou da primeira etapa de conquistar um papel na história.

Convocações:

Goleiros: Barbosa (Vasco) e Jefferson (Botafogo)

Laterais: Carlinhos (Fluminense), Douglas ( São Paulo), Marcos Rocha ( Atlético/MG) e Peter ( Figueirense)

Zagueiros: Dedé (Vasco), Lúcio e Rafael Tolói (São Paulo) e Réver (Atlético/MG)

Meio-campo: Alex (Coritiba), Ganso (São Paulo), Paulinho e Ralf (Corinthians), Ronaldinho Gaúcho ( Atlético/MG) e Zé Roberto (Grêmio)

Atacantes: Alecsandro (Atlético/MG), Leandro Damião (Inter), Marco Aurélio (Sport), Neymar (Santos) e Osvaldo ( São Paulo)

Goleiros: Barbosa (Vasco) e Jefferson (Botafogo)

Laterais: Carlinhos (Fluminense), Douglas ( São Paulo), Marcos Rocha ( Atlético/MG) e Peter ( Figueirense)

Zagueiros: Dedé (Vasco), Lúcio e Rafael Tolói (São Paulo) e Réver (Atlético/MG)

Meio-campo: Ganso (São Paulo), Thiago Neves ( Fluminense), Arouca (Santos), Elias e Gabriel ( Flamengo) Paulinho(Corinthians), Ronaldinho Gaúcho ( Atlético/MG) e Zé Roberto (Grêmio)

Atacantes: Leandro Damião (Inter), Nem (Fluminense), Neymar (Santos), Luis Fabiano e Osvaldo ( São Paulo)

Participantes da Primeira Fase

Murilo Burns: 24 ptos

Primeira conv: 13 ptos.

Segunda conv: 11 ptos.

Jefferson (Botafogo) 1 1

Victor (Atlético - MG)

Fábio (Cruzeiro)

Réver (atlético - MG) 1 1

Dedé (Vasco) 1 1

Douglas (Figueirense)

Lúcio (São Paulo) 1 1

Lucas (Botafogo)

Peter (Figueirense) 11

Fábio Santos (Corinthians)

Kléber (Internacional)

Ronaldinho Gaúcho (Atlético - MG) 11

Alex (Coritiba) 1

Zé Roberto (Grêmio) 1 1

Arouca (Santos) 1

Douglas (Corinthians)

Paulinho (Corinthians) 1

Jádson (São Paulo)

Ganso (São Paulo) 11

Éder Luis (Vasco)

Neymar (Santos) 1 1

Osvaldo (São Paulo) 1 1

Leandro Damião (Internacional) 1 1

Mario Lucca: 24 ptos

Primeira conv: 12 ptos.

Segunda conv: 12 ptos


Jeferson 1 1
Victor
Vanderlei

Magal
Peter 11
Lucas
Kleber
Douglas 11
Dede 1 1
Rever 1 1
Juan

Arouca 1
Paulinho 1 1
Ralf 1
Ygor

Ronaldinho 11
Wagner
Ganso 11

Osvaldo1 1
Marcos Aurelio 1
Nem 1
Neymar 1 1
Deivid

Kaique Lopes: 21 ptos

Primeira conv: 11 ptos.

Segunda conv: 10 ptos


Jefferson 1 1

Cavalieri

Fábio

Luis Ricardo (Lusa)

Marcos Rocha (Atlético) 1 1

Márcio Azevedo

Fábio Santos

Réver 1 1

Dedé 1 1

Durval

Henrique

Jean

Fernando

Paulinho 1 1

Ralf 1

R10 11

Alex 1

Zé Roberto 11

Neymar 11

Osvaldo 11

Fred

Wellingtom Nem 1

Fábio 24 ptos

Primeira conv: 11 ptos.

Segunda conv: 13 ptos.

Jefferson (Botafogo) 11

Diego Cavalieri (Fluminense)

Cássio (Corinthians)

Réver (Atlético - MG) 11

Dedé (Vasco) 11

Matheus (Botafogo)

Lúcio (São Paulo) 11

Everton (Cruzeiro)

Peter (Figueirense) 11

Fábio Santos (Corinthians)

João Paulo (Flamengo)

Ronaldinho Gaúcho (Atlético - MG) 11

Ralf (Corinthians) 1

Patrik (Palmeiras)

Arouca (Santos) 1

Thiago Neves (Fluminense) 1

Paulinho (Corinthians) 11

Jádson (São Paulo)

Ganso (São Paulo) 11

Alexandre Pato (Corinthians)

Neymar (Santos) 11

Osvaldo (São Paulo) 11

Wellington Nem (Fluminense)1

Renato Gomes: 24 ptos

Primeira conv: 12 ptos.

Segunda conv: 12 ptos

Goleiros
Jefferson (Botafogo) 11
Victor (Atlético Mineiro)

Rafael (Santos)

Zagueiros

Dedé (Cruzeiro) 11

Réver (Atlético Mineiro) 11

Henrique (Palmeiras)
Lúcio (São Paulo) 11

Laterais

Lucas (Botafogo)
Marcos Rocha (Atlético MG) 11
Cortez (São Paulo)
Douglas Santos (Náutico)

Meias

Ralf (Corinthians) 1

Paulinho (Corinthians) 11

Arouca (Santos)1
Zé Roberto (Grêmio) 11
Alex (Coritiba) 1
Wellington Nem (Fluminense)1

Ganso (São Paulo) 11
Bernard (São Paulo)

Atacantes
Neymar (Santos) 11
Damião (Internacional) 11
Fred (Fluminense)

Diego: 25 ptos

Primeira conv: 11 ptos.

Segunda conv: 14 ptos.

Jeferson(botafogo) 11
Victor(gremio)
Rafael(santos)

Dedé (Cruzeiro) 11

Réver (Atlético Mineiro) 11

Henrique (Palmeiras)
Lúcio (São Paulo) 11

Lucas (Botafogo)
Marcos Rocha (Atlético MG) 11
Cortez (São Paulo)
Douglas Santos (Náutico)

Ronaldinho Gaúcho (Atlético - MG) 11

Ralf (Corinthians) 1

Arouca (Santos)1

Thiago Neves (Fluminense)1

Paulinho (Corinthians) 11

Jádson (São Paulo)

Ganso (São Paulo) 11

Alexandre Pato (Corinthians)

Neymar (Santos) 11

Osvaldo (São Paulo) 11

Wellington Nem (Internacional)1

Luis Fabiano(São Paulo)1

André: 25 ptos

Primeira conv: 13 ptos.

Segunda conv: 12 ptos

G -

Fabio

Cavalieri

Jeferson 11

Lat-

Gabriel

Peter(fig) 11

lEverton

Kleber

Def-

Dede 11

Douglas(fig)

Rever 11

Paulo Henrique

MC-

Neymar 11

Nem1

Ze Roberto 11

Alex 1

Paulinho 11

Arouca1

Ganso 11

Ralf 1

At-

Fred

Damiao 11

Oswaldo 11

Marcos Aurelio 1

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puts, qse qse... fui bem na primeira convocação, mas na segunda caiu bastante :(

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puts, qse qse... fui bem na primeira convocação, mas na segunda caiu bastante :(

Verdade. Mas ainda tem a última etapa, dá pra recuperar, só que vai ser um pouco diferente a interatividade.

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A decepção de Barbosa seria uma grande aliada de Edu e Andreas para devolver a dupla de viajantes para 1950, porém a viagem de Dan havia causado danos na Máquina do Tempo o que adiaria em alguns meses uma nova investida. Além disso seria muito complicado convencer Flávio Costa a desistir de disputar o Mundial de 2014 neste bom momento que vivia no comando da Seleção Brasileira. O Brasil já estava pronto para disputar a Copa das Confederações, este que seria um teste tanto para o país que sediaria a Copa em alguns meses, quanto para a Seleção que entraria em campo.

Para muitos críticos, nem todos entendidos em futebol, aquela convocação representaria uma prévia da convocação para o Mundial. Pouco se acreditava em uma mudança radical, só mesmo uma lesão ou uma grande revelação de última hora.

O Brasil foi para a Copa das Confederações com esta configuração:

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Curioso pensar que o 4-4-2 implantado por Flávio após a derrota para a Suíça marcou a melhora sensível da equipe. A grande verdade era que o General havia cedido ao conselho de um amigo pessoal que viu no jeito antigo que Costa colocou a equipe para jogar contra os suíços como uma ameaça para os planos da Seleção. Este amigo pessoal era Murtosa, conhecido como companheiro inseparável de Felipão, hoje treinador do Cruzeiro, mas que aceitou aliar-se à Flávio a pedido de Marín. Esta foi a única condição do dirigente da CBF para a contratação do indicado de Dan, nada mais que uma forma de controlar as decisões técnicas de Costa.

Mas o mesmo 4-4-2 conheceu alguns fracassos antes do início do torneio internacional. Nos três amistosos disputados antes da competição, o Brasil sofreu três derrotas, sendo duas para equipes piores colocadas no ranking da Fifa. Os resultados foram determinantes para deixar a Seleção na 14º posição, a pior dos últimos anos.

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A Copa das Confederações começou para o Brasil no dia 16.06.2013 com vitória por 2-1 sobre os italianos: os mais fortes, além do Brasil, em um grupo que contava ainda com México e Gana. Zé Roberto foi o nome daquele jogo, algo que vinha sendo costumeiro.

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Exceto pela forma covarde como jogaram os mexicanos, pouco ele fizeram para evitar a sonora goleada sofrida no Estádio Nacional de Brasília. Com Neymar em baixa, coube a Wellington Nem assumir a responsabilidade de carregar o Brasil. Outro que se destacava era o meia Gabriel, do Flamengo, foi dele o passe para o gol de Leandro Damião que selou o fim da reação do México.

Mas esta vitória do Brasil poderia ter sido melhor se a Seleção não perdesse cinco titulares por lesão, graças ao excesso dos adversários. Quatro deles não jogariam mais a competição.

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Já classificado e desfalcado, o Brasil encontrou dificuldades de encarar a velocidade dos ganeses. O Brasil chegou a abrir o placar no Maracanã, mas cedeu a virada. Chegou a empatar com Neymar, mas viu Jordan Ayew marcar seu terceiro gol dando a vitória a sua seleção. A vitória da Gana não mudou em nada a tabela, pior para eles que ficaram no meio do caminho.

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Antes do jogo contra o Uruguai, válido pela semi-final, mais uma notícia vinda do Departamento Médico assombrou a Seleção. Wellington Nem torceu o tornozelo em um treino e também ficaria fora do torneio. O número de desfalques continuava cinco, isso porque Gabriel conseguiu se recuperar antes do previsto.

A revanche de Barbosa.

Flávio Costa e Barbosa certamente tiveram um momento reprise naquele confronto contra os uruguaios quando viram a campanha da Copa das Confederações ruírem após chute perfeito de Cavani, já na prorrogação. Mas a mística de um Brasil e Uruguai não permite que nenhum dos dois lados comemore vitória antes da hora: Leandro Damião, no último minuto da prorrogação empataria a partida e levaria a decisão para as penalidades.

Nos pênaltis, os brasileiros conheceram um herói: o goleiro Barbosa que defendeu duas das três cobranças desperdiçadas pela Celeste, garantindo o Brasil na final contra os espanhóis, que bateram o México por 3-2

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O amargo sabor da derrota.

Com a suspensão de Marcos Rocha após segundo amarelo, o Brasil contabilizava seis desfalques para a finalíssima contra os espanhóis. A Seleção voltava ao Maracanã após ser derrotado por Gana e por isso os jogadores queriam muito compensar os cariocas por não ter visto a Seleção ganhar em sua cidade.

O jogo em si foi muito truncado, principalmente no primeiro tempo quando as equipes ficaram se estudando. Na segunda etapa, as equipes arriscaram mais, até mesmo os espanhóis que estavam em desvantagem numérica. As duas representações presentearam os presentes com um bom futebol, o esperado das duas maiores forças do esporte no mundo.

Porém, os cariocas sentiram mais uma vez a decepção da derrota quando Natxo Monreal marcou aos 19 minutos o gol que garantiria o título da Espanha. Era perceptível que para Barbosa e Flávio Costa a derrota tinha um sabor ainda mais amargo que para os outros brasileiros.

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Pessoal, infelizmente meu pc morreu de vez, estou por enquanto sem computador, só usando o do trampo qdo dá tempo. Eu não guardei o save, por isso a parte de jogo do save será encerrada no próximo post ( joguei até a pré-convocatória para a Copa do Mundo). Pretendo dar os capítulos finais ao save para não deixar a história por fazer, já que seria a segunda vez com este mesmo save.

Assim que normalizar tudo eu posto os capítulos finais.

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Capítulo 14: A viagem de Edu

Edu estava suando frio. As mãos geladas denunciavam. Partiu dele mesmo de servir de cobaia para viagem teste que levaria de volta Barbosa e Flávio Costa ao ano de 1950.
- Qual é a sensação, professor?
- Você já sentiu o frio na barriga em uma decida de montanha russa?
- Sim, mas faz tempo a última fez que fiz isso.
-Então multiplica por dez aquela sensação, é mais ou menos isso que você sentirá. Depois vem o apagão e aí...
- E aí?
- Aí você estará em 1950, quer dizer, isso se nada der errado ( risos ).
- Espero que não dê. Estive pensando... algum problema se eu levar algo para registrar o momento?
- Acho melhor não. Poderia chamar a atenção o uso de tecnologias, além do mais, já está comprovado que nada que se registra no passado mantém-se registrado aqui.
Passava pela cabeça de Edu que poderia ser interessante gravar em seu celular imagens daquela época, mas acabou cedendo ao conselho do professor. Para a viagem de Edu ter o valor de teste ele sabia que teria que ficar em 1950 por pelo menos seis horas, tempo este que deveria ser preenchido de alguma forma. Andreas entregou a ele algumas notas da moeda da época para que comprasse o ingresso para o jogo do Brasil, apesar de deixar claro para seu aprendiz de que não tentasse nenhuma modificação no passado.
Estava tudo pronto. O professor Andreas acionou a alavanca, as luzes da casa piscaram, procedeu um breve tremor e por fim o clarão que após dissipado revelou que Edu não estava mais ali...
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Edu ficou surpreso com a velocidade em que havia mudado de época, foi tão rápido que as sensações descritas pelo professor quase não foram notadas. Estava aliviado e apreensivo ao mesmo tempo. Aliviado pela primeira etapa da viagem ter sido bem sucedida e apreensivo por já aguarda pelo retorno.
Estava em um terreno baldio. Demorou um pouco para reconhecer o lugar, pois o tempo cuidou de mudar muita coisa em relação á época de onde ele veio. Pôde confirmar que estava no ano certo quando ouviu ao longe uma voz que anunciava a venda de ingressos com comodidade - "Fuja da fila dos guichês! Compre o ingresso da finalíssima Brasil e Uruguai com João Texugo!"
Edu sorriu e soltou uma frase em voz alta: cambistas sempre existiram!
Com alguma dificuldade, Edu desviou do matagal e chegou até à rua. Bateu o mato que estava na calça e seguiu em direção ao Maracanã. No caminho até o estádio não perdeu uma oportunidade de observar tudo ao redor para comparar como o tempo fez bem à cidade. Olhava para as pessoas com o sentimento de dó e pensando como se surpreenderiam ao ver o Rio em 2013. Pensava ele: "como ficariam surpresos ao ver os grandes arranha-céus, monumentos e toda a modernidade."
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Capítulo 15: Antônia

A viagem demorou mais do que o esperado, o professor olhava impaciente o viajante que acabava de chegar. Estava deitado, olhos arregalados e sem esboçar qualquer reação. Ao primeiro toque do professor apenas apertou os lábios e sentiu a boca seca. Somente reagiu com mais vigor quando sentiu o tapa queimar o lado direito do rosto. Olhou com raiva para o professor que sorria, dizendo:
Bem-vindo, viajante!
Edu seguiu calado até o segundo gole de água quando enfim soltou as primeiras palavras após a viagem:
Antônia!
Como? Tá me estranhando? Que sorriso bobo é esse? Não vai me dizer que...
Ela é linda. Olhos verdes claros, cabelos loiros e encaracolados, sorriso tímido mas arrebatador. Ah!
Quem é esta, Edu?
A mulher da minha vida.
Edu, você não...
Calma, professor. Qual o problema de se apaixonar por alguém do passado?
Nenhum problema se você não foi longe demais com essa paixonite.
Longe demais como?
Relação carnal. Corpos e lábios se misturando, troca de substâncias, enfim, todas estas coisas.
Edu gargalhava:
Professor, ouvindo o senhor falando assim até parece meu avô. Estou falando de amor.
Edu, isso que você fez pode ter consequências gravíssimas.
Mas professor, o senhor mesmo diz que nada que fizemos no passado tem consequências no futuro.
Sim, mas e no passado isso não é garantido. Imagine que esta mulher possa ter contraído alguma doença com o contato contigo.
Que isso, professor? Eu sou um cara que me cuido.
Não estou falando disso. O que me preocupa são vírus ou bactérias que estão no seu corpo, seres que evoluíram e que hoje não causam problemas para nós, mas que podem até matar uma pessoa que não possui um organismo não preparado para lidar com as ameaças atuais.
Edu recusava-se a pensar assim e ignorando as preocupações do professor começou a contar sua ventura em 1950, sempre acompanhado pelos olhares de reprovação do professor.
"Minha ideia era apenas ver a partida de 1950 respeitando tudo aquilo que o senhor pediu que eu fizesse, por isso procurei logo um lugar para sentar-me. Era uma multidão enorme quando eu cheguei ao lugar escolhido, mas em questão de minutos o estádio estava completamente ocupado.
Era difícil não torcer mesmo sabendo que o resultado não seria modificado, que o destino já estava traçado. Confesso que tive vontade de entrar lá dentro do campo e causar algum transtorno que adiasse o jogo ou até mesmo trancar o Giggia no banheiro. Devaneios que tratei de ignorar com medo do que poderia ocorrer.
A partida começava, eu só tinha olhos para o campo, até que ela cruzou a minha frente. Ela não me notou, mas eu não consegui fazer outra coisa senão acompanhá-la com os olhos. Ela era linda. Temia nunca mais vê-la depois daquele momento, até que fui ajudado por um torcedor que se levantou e ela ficou alguns segundos ali na minha frente aguardando passagem. Não pensei duas vezes, estiquei minha mão e toquei na dela. Foi um breve toque, mas pude sentir quão macia era sua mão. Macia e pesada, pois logo senti um tapa em meu rosto. Ela me chamou de ousado, foi o melhor tapa que eu podia levar.
Depois caiu a ficha de que o meu ato podia ser algo realmente ousado para aqueles tempos e resolvi seguí-la para tentar me desculpar. Fui surpreendido por ela estar seguindo em direção a saída das arquibancadas, onde encontrávamos apenas eu e ela. Pensei até que não tivesse notado minha presença, mas em determinado momento ela virou para trás e perguntou porque eu fiz aquilo? Expliquei minhas razões até quando ela permitiu..."
Ela te deu outro tapa?
Não, professor. Ela me beijou. O beijo mais maravilhoso que já recebi.
Tá bom. Pode parar por aí. Deixa o passado para lá, hoje nós temos outro problema com o que temos que nos preocupar.
O que aconteceu, professor?
Teremos que cancelar os planos de nossos amigos viajantes do tempo.
Mas porquê? Não prometemos que iríamos deixá-los ter a segunda chance com a Seleção?
Sim, prometemos, mas isso não quer dizer que temos que cumprir. Olha o que está neste jornal:
A manchete do jornal trazia: Treinador do Brasil bebe em festa particular de Ronaldinho, bate o carro e afirma ter vindo de 1950.
Edu ficou estarrecido. Ainda não sabia o que fazer., mas uma coisa era certa: não podia contar com Dan para fazer parte do plano, pois não sabia qual seria sua reação. Ele e o professor deveriam agir rápido, pois o Brasil iniciaria sua preparação para a Copa do Mundo em alguns dias, o que tornaria difícil o acesso aos dois viajantes.
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Capítulo 16: O Dia D

Faltavam três dias para o Seleção Brasileira concentrar-se em Teresópolis para a preparação para a Copa do Mundo. Um contato com os jogadores e comissão técnica ficaria mais restrito, o que prejudicaria os planos de Edu e Andreas de fazer com que os viajantes do tempo retornassem de onde vieram.
Nos dias que antecederam aquela manhã, Edu havia pedido licença de seu trabalho na faculdade para se dedicar exclusivamente a acompanhar os passos da dupla. O momento ideal seria quando Barbosa e Flávio Costa estivessem juntos e sem o Dan por perto. Isso aconteceu naquele dia em uma cafeteria no Centro da cidade.
Edu se aproximou dos dois homens, puxou uma cadeira e sentou-se diante deles. Pegou o jornal da mão de Barbosa querendo a atenção exclusiva dos dois.
EDU: - Então, gente, chegou a hora de viajar!
BARBOSA: - Como assim? Nem pensar. - retrucou Barbosa
FLÁVIO: - Isso não foi o que combinamos, rapaz. - disse Flávio Costa franzindo a sombracelha.
EDU: - Certo, mas os planos mudaram.
Edu estava aparentemente nervoso, gesticulava bastante enquanto falava sobre o perigo que os dois corriam se permanecessem em 2014. A história mirabolante criada pelo professor Andreas parecia convencer os dois homens que não tiravam os olhos de Edu.
FLÁVIO: - Deixa eu ver se eu entendi: por causa daquele monte de besteira que o Barbosa falou bêbado tem gente interessada em nos "estudar". Se descobrirem que somos quem nós somos a Máquina do Tempo corre o risco de ser apreendida, o professor e você podem ser processados e nós dois presos por falsidade ideológica, é isso?
EDU: -Sim, por isso preciso que vocês me acompanhem.
FLÁVIO: - Tudo bem, eu concordo. E você, Barbosa?
Barbosa demora um pouco a responder até que percebeu que Flávio piscou um dos olhos.
BARBOSA: - Por mim está tudo bem também.
EDU: - Certo. Vamos?
FLÁVIO: - Calma, Edu. Não podemos sumir assim repentinamente. Imagine a confusão que pode causar a você se sumirmos. Olha o quanto de gente que já notou nossa presença. Como você foi o último a estar conosco...
Edu não tinha pensado nisso. A última coisa que queria era ser investigado pelo sumiço de duas pessoas e aceitou a proposta de Flávio Costa de encontrarem-se em alguns dias naquela mesma cafeteria.
*********************************************************
Este foi o penúltimo capítulo. Até o Capítulo Final!!!
  • 4 semanas atrás...
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Capítulo Final.
O relógio marcava dez horas. Edu já estava há mais de uma hora sentado na mesma mesa em que havia conversado com Barbosa e Flávio dias atrás. O café já estava frio quando ele ouviu o repórter na TV anunciando: "Com dois dias de antecedência a Seleção Brasileira chega à Granja Comary para a preparação para o Mundial. Os primeiros jogadores já estão concentrados desde ontem, apenas os jogadores de Flamengo, São Paulo e Atlético Mineiro que irão se apresentar no próximo final de semana em virtude dos jogos da Libertadores."
- Maldição! - esbravejou Edu batendo com o punho na mesa antes de sair da cafeteria apressado. Ele já havia terminado de cruzar a rua quando recebeu um telefonema. Era Dan.
-Desculpe por não ter ligado mais cedo, maninho. Eu ia te avisar que os meninos não iriam comparecer na cafeteria para você não perder seu tempo, mas achei mais seguro falar isso depois que tudo já estivesse definido. Você entende, não é? Business é business. Mas pode ficar tranquilo que acabando a Copa eu entrego os dois para você.
Xingar até então só aliviava a tensão, já não havia muito o que ser feito para reverter a situação.
Semanas depois...
O Maracanã estava lotado, nem mesmo o Sol deixou de comparecer com toda força fazendo daquela tarde a mais quente do inverno de 2014. Brasil e Espanha enfrentavam-se para decidir o campeonato Mundial depois dos dois conjuntos construírem campanhas incontestáveis nas fases anteriores da competição.
A final entre os dois países era bastante aguardada pela maioria, mas decepcionava Barbosa e Flávio Costa que tinham a esperança de que o Uruguai vencesse os espanhóis na semi-final e assim pudessem reviver uma revanche. Se o adversário não era o mesmo daquela época, a euforia entre os torcedores era bem parecida, apesar do adversário impor respeito e admiração até mesmo dos brasileiros.
Próximo dali, o professor Andreas fazia alguns ajustes na Máquina do Tempo e parecia ansioso com aquela que seria a última viagem da engenhoca. Enquanto isso, Edu se apertava em uma das cadeiras do estádio para acompanhar a partida e aguardar pelo momento de levar Flávio e Barbosa para o laboratório. Apesar de preocupado com sua missão especial, Edu dividia seus pensamentos entre o presente e o passado. Era impossível não lembrar de Antônia estando ali no Maracanã e como era difícil conviver com a saudade de alguém com quem ele não encontraria mais.
Vamos deixar Edu de lado para falar um pouco da final. O confronto entre Espanha e Brasil ganhou um ingrediente a mais que foi o fato de Diego Costa, até então artilheiro daquela Copa com nove gols, ter dito em uma entrevista que comemoraria sim um gol sobre seu país natal. Isso justificava as vaias que tomavam conta do Maracanã toda vez que o camisa 9 pegava na bola. Gritos de mercenário e traidor tomavam conta do estádio e de alguma forma mexeram com o jogador que fazia até então uma partida bastante discreta.
O Brasil era melhor, mas esbarrava no inspirado Casillas. Neymar comandava o time em campo e era o responsável pelos inúmeros gritos de "Uh" que ressoavam no estádio. A primeira etapa chegava assim ao final sem que nenhuma as duas equipes marcassem.
Veio o segundo tempo e a torcida estava determinada a mostrar que poderia fazer a diferença e fez. Empurrado pelo grito de "Sou brasileiro com muito orgulho", Zé Roberto carregou a bola até a intermediária, em seguida abriu para a direita para Gabriel ( Flamengo ), este viu Neymar passar correndo entre o zagueiro e lateral e rolou a bola com força suficiente para chegar no pé do craque brasileiro que de primeira girou para o meio da área e achou Leandro Damião livre para abrir o placar. O Maraca parecia vir abaixo e a torcida, que já gritava, agora parecia alucinada.
A Espanha não sentiu o gol e veio buscar o empate. De tanto insistir, aos 31 minutos, Iniesta acertou um lindo lançamento para Pedro que ganhou na corrida de Dedé e bateu no canto esquerdo de Barbosa. Um chute indefensável, o empate dos visitantes.
Flávio Costa por pouco não entrou em campo para tentar arrumar o posicionamento de seus jogadores. Por alguns segundos o filme de 1950 vinha em sua mente e repetia para si mesmo :" outra dessa eu não aguento" - resmungou ele. Animados pelos gritos de seu treinador, o Brasil foi para cima dos espanhóis e chegou a acertar a trave do goleiro adversário com Zé Roberto. O relógio do árbitro marcava 44 minutos e aa prorrogação, tida por muitos como uma injustiça do futebol, já era uma realidade.
Foi quando o Maracanã calou-se para ver a chegada de Soldado sozinho na direita depois de uma chance desperdiçada pelo Brasil. Soldado avançou praticamente sem marcação, Rever foi o primeiro a dar combate, mas o espanhol se antecipou ao carrinho do brasileiro e tocou na frente para Diego Costa que seguiu até a entrada da área. Ele observou Barbosa dando pistas de que se preparava para um cruzamento e por isso deixava o canto um pouco aberto. Como bom oportunista, o brasileiro que vestia a camisa do adversário, bateu forte na bola, Barbosa se lançou para ela um pouco atrasado, a bola bateu na ponta dos dedos e entrou no cantinho.
O barulho da bola batendo na rede era velho conhecido do goleiro brasileiro, o silêncio após o gol também. Desconsolado, Barbosa queria que um buraco se abrisse na pequena área onde se jogaria. Os minutos finais de partida eram dignos de um filme de drama: o Brasil criava uma ou outra oportunidade que quase sempre era desperdiçada pelo nervosismo. Aos 47 minutos, o árbitro inglês pediu a bola e terminou o jogo.
Nem mal terminou a partida, Barbosa deixou o gramado em sentido ao vestiário. A torcida nem de longe era pacífica como aquela do passado. Os gritos de "Vai morrer!" fizeram com que ele apressasse o passo e seguisse em direção ao lugar marcado por Edu. Flávio veio logo atrás. Edu reparou os olhos marejados de Barbosa, pensou em dizer alguma coisa, mas temeu piorar ainda mais a situação. Já Flávio mantinha-se inabalável, porém calado.
Vamos? - perguntou Edu.
Sim. Nada mais nos prende aqui. - disse Barbosa ainda com tom meio choroso.
Minutos depois...
- Chegamos! - disse Edu
- Já era tempo! Como estão nossos amigos? - perguntou Andreas.
- Arrasados.
- Imagino. Infelizmente, quis o acaso que tudo se repetisse. Estão prontos?
- Sim. - responderam os dois sem muita convicção.
- Então coloquem a roupa que vocês vieram. Está sobre a cama.
Os dois seguiram em direção ao quarto, enquanto Edu olhava para o professor querendo dizer algo, mas parecia faltar-lhe coragem.
- O que foi, Edu? Está pensativo...
- Professor, espero que o senhor não se ofenda, mas não acho seguro que faça novamente estava viagem.
- Está achando que estou velho demais para isso?
- Professor, eu acho que eu poderia fazer esta viagem e poupá-lo desse esforço. O que acha?
- Quer ir mesmo? Sei... Quer encontrar a tal Antônia, não é?
- Sim, quero olhá-la nem que seja de longe. Já me conformei em perdê-la para o tempo.
- Se quer assim, não vejo problema. Você já fez essa viagem antes, então sabe o que deve fazer.
- Só preciso de um favor professor.
- Qual?
- Neste envelope tem a conta de luz lá de casa, vence hoje. Pode pagar para mim?
- Me dá isso, seu folgado.
Edu sorriu, subiu na plataforma e aguardou por Flávio e Barbosa. Os três estavam de pé e foram alinhados pelo professor.
- Boa viagem a todos!
- Obrigado, professor! - agradeceu Flávio Costa.
- Desculpa pela surra que eu te dei na viagem de ida, Andreas. - desculpou-se Barbosa.
- Já passou. Sejam felizes!
A luz piscou algumas vezes e ocorreu um apagão em seguida. Segundos depois a escuridão revelaria que a Máquina do Tempo acabara de cumprir sua principal missão.
Horas depois
Andreas acordou assustado. Havia sentado no sofá para aguardar pelo retorno de Edu, que demorava mais que o esperado. Maior foi o susto quando andou até o laboratório e deparou com a Máquina do Tempo, porém sem ver nenhum sinal de Edu. Depois de procurá-lo por todo o canto da casa resolveu abrir o envelope que Edu havia dado antes da viagem. Não havia nenhuma conta de luz e sim um bilhete escrito às pressas.
"Peço desculpas pelo que eu resolvi fazer e principalmente por não comunicá-lo. Sabia que jamais entenderia. Desde que conheci a mulher da minha vida, tenho sido um ser pela metade. Até pensei em trazê-la comigo nesta viagem, mas temi que poderia prejudicá-lo, por isso decidi ficar definitivamente preso ao passado, preso ao meu grande amor. Não se preocupe, vou ficar bem. Abraço!
Assinado: Seu eterno aprendiz
O tempo passou e Andreas nunca mais foi o mesmo. Passou a conviver com a solidão e depressão, terminando seus últimos dias em uma casa de repouso onde foi internado voluntariamente. Até o último dia de vida conviveu com a culpa de ter "brincado" com a vida das pessoas. Lembrava do sofrimento de Barbosa ao ser renegado pela própria filha, além do sofrimento da dupla de viajantes com uma nova derrota em Copas do Mundo e por fim de ter mudado definitivamente o rumo da vida de Edu, mesmo sabendo que a decisão partiu de seu pupilo. O sentimento que carregava era de remorso, arrependimento de ter criado a Máquina do Tempo.
Aliás, a invenção de Andreas chegou a ser mencionada em um livro escrito por Dan Filho, mas assim como o livro, a existência da Máquina foi encarada como uma obra de ficção. A última notícia sobre o paradeiro da Máquina do Tempo surgiu anos depois, quando um casal de moradores de rua invadiram a casa abandonada de Andreas e encontraram algo que chamaram de "coisa estranha". Ela foi vendida por uma mixaria e seu comprador segue até hoje em anonimato.
FIM.

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